O documento discute o filme Gattaca e questões éticas levantadas pela manipulação genética. O filme se passa em uma sociedade futura dividida entre "Válidos", produtos da engenharia genética, e "Inválidos", submetidos ao acaso natural. Apesar do controle social total, Vincent, um "Inválido", consegue se passar por "Válido" para realizar seu sonho de ser astronauta, levantando debates sobre determinismo biológico e a natureza humana.
O documento discute o filme Gattaca e questões éticas levantadas pela engenharia genética. No filme, a sociedade é dividida entre "Válidos", criados geneticamente, e "Inválidos", nascidos naturalmente. Apesar do controle genético, a natureza humana persiste, como mostra a luta de Vincent para realizar seu sonho. O documento também debate como a ciência pode ser usada e como o capitalismo se adapta à inclusão de todos no mercado.
O filme GATTACA retrata uma sociedade futura onde a manipulação genética é comum e as pessoas são divididas em "Válidos" e "Inválidos" de acordo com suas qualidades genéticas. O protagonista Vincent, um "Inválido", assume a identidade de um "Válido" para realizar seu sonho de se tornar um piloto espacial, levantando questões éticas sobre a seleção genética e a discriminação baseada no código genético.
A propósito da utilização de células tronco embrionáriasThuane Sales
O documento discute o uso ético de células-tronco embrionárias para pesquisa e tratamento médico. Ele argumenta que (1) definir o início da vida é subjetivo e pragmático, (2) a produção de embriões em laboratório é diferente da concepção natural, e (3) o uso de células-tronco pode trazer benefícios terapêuticos significativos para doenças graves.
1. Museus e escolas frequentemente citam a variação entre raças de cães como evidência de evolução, porém criadores de cães afirmam que apenas produzem cães.
2. Apesar de variação limitada ocorrer dentro das espécies, não há evidência de que mutações ou seleção natural possam gerar novas informações genéticas necessárias para a evolução de novas estruturas ou características.
3. Novas "espécies" definidas pela incapacidade de cruzamento ainda compartilham o mesmo código gen
O documento apresenta dois planos de aula semanais para uma turma de 3o ano do ensino médio sobre o tema genética. Os planos detalham os objetivos, conteúdos, atividades e avaliações previstas para as aulas, que incluem discussões, demonstrações, jogos e filmes sobre conceitos genéticos. Os alunos demonstraram interesse e participação ativa nas aulas.
O documento fornece instruções para grupos de alunos sobre um trabalho a ser realizado sobre o filme Gattaca. Os alunos devem produzir uma resenha do filme abordando aspectos como enredo, análise crítica e recomendação. O documento também lista perguntas para cada grupo responder sobre temas como personagens, conceitos científicos e implicações éticas retratadas no filme.
El documento analiza la película Gattaca a través de las teorías de varios pensadores. Describe que en la película la genética logra perfeccionar la raza humana, generando una división entre una raza superior e inferior. También discute que la ciencia en Gattaca sigue un paradigma positivista que es cuestionado por las anomalías que surgen.
The document discusses several key themes in the film Gattaca including genetic engineering and the moral issues surrounding it, the contrast between human frailty and inhuman perfection, and oppression and discrimination based on genetics. It provides examples of how characters in the film are discriminated against due to their genes and compares this to real-world examples of oppression. It analyzes how the world of Gattaca is dystopic and oppressive for those who are not genetically gifted and explores the relationship between the characters of Vincent and Jerome. Finally, it examines the theme of science versus religion and ethics, and how unchecked scientific discovery without moral or ethical considerations could lead to the type of society portrayed in the film.
O documento discute o filme Gattaca e questões éticas levantadas pela engenharia genética. No filme, a sociedade é dividida entre "Válidos", criados geneticamente, e "Inválidos", nascidos naturalmente. Apesar do controle genético, a natureza humana persiste, como mostra a luta de Vincent para realizar seu sonho. O documento também debate como a ciência pode ser usada e como o capitalismo se adapta à inclusão de todos no mercado.
O filme GATTACA retrata uma sociedade futura onde a manipulação genética é comum e as pessoas são divididas em "Válidos" e "Inválidos" de acordo com suas qualidades genéticas. O protagonista Vincent, um "Inválido", assume a identidade de um "Válido" para realizar seu sonho de se tornar um piloto espacial, levantando questões éticas sobre a seleção genética e a discriminação baseada no código genético.
A propósito da utilização de células tronco embrionáriasThuane Sales
O documento discute o uso ético de células-tronco embrionárias para pesquisa e tratamento médico. Ele argumenta que (1) definir o início da vida é subjetivo e pragmático, (2) a produção de embriões em laboratório é diferente da concepção natural, e (3) o uso de células-tronco pode trazer benefícios terapêuticos significativos para doenças graves.
1. Museus e escolas frequentemente citam a variação entre raças de cães como evidência de evolução, porém criadores de cães afirmam que apenas produzem cães.
2. Apesar de variação limitada ocorrer dentro das espécies, não há evidência de que mutações ou seleção natural possam gerar novas informações genéticas necessárias para a evolução de novas estruturas ou características.
3. Novas "espécies" definidas pela incapacidade de cruzamento ainda compartilham o mesmo código gen
O documento apresenta dois planos de aula semanais para uma turma de 3o ano do ensino médio sobre o tema genética. Os planos detalham os objetivos, conteúdos, atividades e avaliações previstas para as aulas, que incluem discussões, demonstrações, jogos e filmes sobre conceitos genéticos. Os alunos demonstraram interesse e participação ativa nas aulas.
O documento fornece instruções para grupos de alunos sobre um trabalho a ser realizado sobre o filme Gattaca. Os alunos devem produzir uma resenha do filme abordando aspectos como enredo, análise crítica e recomendação. O documento também lista perguntas para cada grupo responder sobre temas como personagens, conceitos científicos e implicações éticas retratadas no filme.
El documento analiza la película Gattaca a través de las teorías de varios pensadores. Describe que en la película la genética logra perfeccionar la raza humana, generando una división entre una raza superior e inferior. También discute que la ciencia en Gattaca sigue un paradigma positivista que es cuestionado por las anomalías que surgen.
The document discusses several key themes in the film Gattaca including genetic engineering and the moral issues surrounding it, the contrast between human frailty and inhuman perfection, and oppression and discrimination based on genetics. It provides examples of how characters in the film are discriminated against due to their genes and compares this to real-world examples of oppression. It analyzes how the world of Gattaca is dystopic and oppressive for those who are not genetically gifted and explores the relationship between the characters of Vincent and Jerome. Finally, it examines the theme of science versus religion and ethics, and how unchecked scientific discovery without moral or ethical considerations could lead to the type of society portrayed in the film.
1. O filme Avatar aborda filosofia, tecnociência e cultura de forma ampla.
2. A filosofia no filme explora o espiritismo puro e a interligação entre a natureza.
3. A tecnociência no filme mostra avanços futuros como naves espaciais e seres híbridos.
Este documento discute os riscos do avanço da biotecnologia e da eugenia moderna. A autora argumenta que a ciência não é neutra e está sujeita a fatores ideológicos, econômicos e políticos. A biotecnologia vermelha pode ser usada para manipular características humanas de acordo com desejos de mercado ou para hierarquizar raças. A eugenia historicamente promoveu a esterilização forçada e o genocídio em nome da pureza racial.
O documento discute questões éticas relacionadas à manipulação genética e bioética, incluindo a criogenia e a reprodução medicamente assistida. Aborda questões como os progressos científicos que tornaram essas técnicas possíveis, bem como preocupações éticas, sociais, religiosas, econômicas e jurídicas que elas levantam.
John Gray discute sua visão cética sobre o progresso humano. Ele acredita que a fé no progresso é uma ilusão e que os avanços científicos não estão relacionados à ética. Apesar do poder e conhecimento humanos continuarem crescendo, a natureza humana e as instituições sociais impõem limites ao progresso.
Os científicos deste mundo, após o fracasso dos Organismos Geneticamente Modificados (Transgênicos) condenados e incinerado por não mais atrair investidores de peso e também com a publicação do livro Genes Alterados, Verdades Adulteradas do renomado Steven Druker, agora querem exterminar as pragas do mundo inteiro com Pragas Transgênicas. Um reducionismo científico que pode botar em risco a história da humanidade. Este artigo é uma síntese do que foi definido como Estrutura de Repetições Palindrômicas Repetidas Agrupadas Regularmente Interpostas (C.R.I.S.P.R em Inglês). Boa leitura e estudos. Oliver Blanco 27/06/2019
Notas sobre "O Poço" e o dia do Jornalista (ou: nosso poço é uma pirâmide)Emerson Campos
O documento discute como o filme O Poço serve como metáfora para a desigualdade social exacerbada durante a pandemia, onde os ricos continuam esbanjando enquanto os pobres são sacrificados. Também critica nações como os EUA que confiscam equipamentos médicos de outros países, colocando uns acima de outros. Por fim, defende que a mudança deve começar por uma consciência social mais igualitária em vez de modelos autoritários.
Notas sobre "O Poço" e o dia do Jornalista (ou: nosso poço é uma pirâmide)Emerson Campos
O documento analisa a desigualdade social representada no filme O Poço através da metáfora de uma pirâmide social, na qual os mais ricos estão no topo e os mais pobres nos níveis inferiores, condenados à morte. Também critica as ações de países e empresas que buscam apenas seus próprios interesses durante a pandemia, sacrificando os mais vulneráveis. Defende que a mudança deve partir da consciência e da luta por uma distribuição mais igualitária dos recursos.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
Este documento fornece estratégias para estruturar uma dissertação, incluindo introdução, desenvolvimento e conclusão. Ele também oferece exemplos de como começar um parágrafo de introdução usando uma definição, citação, narrativa, dados estatísticos, históricos ou interrogações.
1) O documento afirma que HIV não existe e é um rótulo para 25 doenças causadas por baixa imunidade.
2) Os testes de HIV como o Elisa podem dar falsos positivos se a pessoa tiver outra doença que afete a imunidade.
3) O tratamento para HIV na verdade é prejudicial e causa mais depressão da imunidade, levando à manifestação das doenças.
1) O documento discute como o conhecimento científico é socialmente construído e como a ciência deve se tornar um novo senso comum mais esclarecido.
2) Aborda pensadores históricos como Adam Smith, Darwin e Einstein e como nosso conhecimento seria sem eles.
3) Reflete sobre como a ciência moderna desconfia da experiência imediata e visa dominar a natureza através de medições e quantificações.
O documento questiona por que algumas pessoas fazem coisas ruins sabendo que trará problemas futuros, e discute se os seres humanos são realmente inteligentes dado os contrastes entre as ações humanas e a ordem da natureza.
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
1. O filme Avatar aborda filosofia, tecnociência e cultura de forma ampla.
2. A filosofia no filme explora o espiritismo puro e a interligação entre a natureza.
3. A tecnociência no filme mostra avanços futuros como naves espaciais e seres híbridos.
Este documento discute os riscos do avanço da biotecnologia e da eugenia moderna. A autora argumenta que a ciência não é neutra e está sujeita a fatores ideológicos, econômicos e políticos. A biotecnologia vermelha pode ser usada para manipular características humanas de acordo com desejos de mercado ou para hierarquizar raças. A eugenia historicamente promoveu a esterilização forçada e o genocídio em nome da pureza racial.
O documento discute questões éticas relacionadas à manipulação genética e bioética, incluindo a criogenia e a reprodução medicamente assistida. Aborda questões como os progressos científicos que tornaram essas técnicas possíveis, bem como preocupações éticas, sociais, religiosas, econômicas e jurídicas que elas levantam.
John Gray discute sua visão cética sobre o progresso humano. Ele acredita que a fé no progresso é uma ilusão e que os avanços científicos não estão relacionados à ética. Apesar do poder e conhecimento humanos continuarem crescendo, a natureza humana e as instituições sociais impõem limites ao progresso.
Os científicos deste mundo, após o fracasso dos Organismos Geneticamente Modificados (Transgênicos) condenados e incinerado por não mais atrair investidores de peso e também com a publicação do livro Genes Alterados, Verdades Adulteradas do renomado Steven Druker, agora querem exterminar as pragas do mundo inteiro com Pragas Transgênicas. Um reducionismo científico que pode botar em risco a história da humanidade. Este artigo é uma síntese do que foi definido como Estrutura de Repetições Palindrômicas Repetidas Agrupadas Regularmente Interpostas (C.R.I.S.P.R em Inglês). Boa leitura e estudos. Oliver Blanco 27/06/2019
Notas sobre "O Poço" e o dia do Jornalista (ou: nosso poço é uma pirâmide)Emerson Campos
O documento discute como o filme O Poço serve como metáfora para a desigualdade social exacerbada durante a pandemia, onde os ricos continuam esbanjando enquanto os pobres são sacrificados. Também critica nações como os EUA que confiscam equipamentos médicos de outros países, colocando uns acima de outros. Por fim, defende que a mudança deve começar por uma consciência social mais igualitária em vez de modelos autoritários.
Notas sobre "O Poço" e o dia do Jornalista (ou: nosso poço é uma pirâmide)Emerson Campos
O documento analisa a desigualdade social representada no filme O Poço através da metáfora de uma pirâmide social, na qual os mais ricos estão no topo e os mais pobres nos níveis inferiores, condenados à morte. Também critica as ações de países e empresas que buscam apenas seus próprios interesses durante a pandemia, sacrificando os mais vulneráveis. Defende que a mudança deve partir da consciência e da luta por uma distribuição mais igualitária dos recursos.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
1) O documento discute os riscos da manipulação de células-tronco embrionárias e da fertilização in vitro para embriões humanos.
2) Defende que embriões são seres humanos e não devem ser usados em pesquisas ou descartados, pois isso viola o direito à vida.
3) Pede apoio para a Ação de Inconstitucionalidade contra a lei brasileira que permite a manipulação de células-tronco embrionárias.
Este documento fornece estratégias para estruturar uma dissertação, incluindo introdução, desenvolvimento e conclusão. Ele também oferece exemplos de como começar um parágrafo de introdução usando uma definição, citação, narrativa, dados estatísticos, históricos ou interrogações.
1) O documento afirma que HIV não existe e é um rótulo para 25 doenças causadas por baixa imunidade.
2) Os testes de HIV como o Elisa podem dar falsos positivos se a pessoa tiver outra doença que afete a imunidade.
3) O tratamento para HIV na verdade é prejudicial e causa mais depressão da imunidade, levando à manifestação das doenças.
1) O documento discute como o conhecimento científico é socialmente construído e como a ciência deve se tornar um novo senso comum mais esclarecido.
2) Aborda pensadores históricos como Adam Smith, Darwin e Einstein e como nosso conhecimento seria sem eles.
3) Reflete sobre como a ciência moderna desconfia da experiência imediata e visa dominar a natureza através de medições e quantificações.
O documento questiona por que algumas pessoas fazem coisas ruins sabendo que trará problemas futuros, e discute se os seres humanos são realmente inteligentes dado os contrastes entre as ações humanas e a ordem da natureza.
Semelhante a Clonagem, engenharia genética, organi... (14)
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Clonagem, engenharia genética, organi...
1. Gattaca e a Nova Cosmologia Humana
Clonagem, engenharia genética, organismos geneticamente modificados, Projeto Genoma
Humano, terapia gênica: a moderna biotecnologia tem potencial para alterar profundamente a
natureza e o próprio ser humano, e vem levantando polêmicas éticas. Os debates sobre
questões científicas costumam apresentar continuidades e descontinuidades conceituais no
transcorrer da história. Descobertas ou invenções surgem carregadas de valores éticos,
religiosos, bem como de aspectos econômicos, políticos e de forças sociais. Em alguns
períodos históricos, o homem teria pensado que a terra era achatada, em outros, que era o
centro do universo. Ao longo do tempo, portanto, noções e conceitos estão a todo instante
em pleno processo de mutação e são constantemente reinterpretados e mesmo reinventados,
além dessas compreensões terem marcado o pensamento de várias gerações. E o cinema não
ficou indiferente a isto, como no filme que iremos analisar. Este filme apresenta uma
discussão sobre a comercialização das técnicas de manipulação genética que garantem uma
vida "tranqüila" e "bem-sucedida" para o ser geneticamente perfeito. O nome Gattaca
relaciona-se às primeiras letras de nucleotídeos do DNA e é condizente com a discussão a
respeito do destino de uma pessoa ser determinado pela sua composição genética. O
trabalho consiste na compreensão de algumas de suas instâncias representativas,
problematizando as noções de determinismo biológico e cultural a ele
associadas.Transpassam o trabalho as discussões sobre “natureza humana”, representação e
apropriação ideológica de modelos científicos e morais.Situa-se portanto dentro do debate
histórico entre natureza , cultura e ciência,e as suas possíveis conseqüências nos
empreendimentos de uma representação da construção cosmológica ocidental.
O filme se passa em um futuro, talvez bem próximo, em que as técnicas de engenharia
genética seriam capazes de orientar a produção de filhos "perfeitos". No entanto, alguns
casais ainda seguem o "método tradicional" e deixam que as leis da meiose e da fecundação
ao acaso gerem seus filhos, chamados "Inválidos". É assim que nasce o personagem principal
do filme, Vincent (talvez uma alusão a "vencedor").Vincent trabalha em uma empresa de vôos
espaciais, GATTACA. Essas letras representam as bases nitrogenadas do DNA e são
semelhantes a um trecho do DNA cortado por um tipo de enzima de restrição, que são as
enzimas fundamentais para a engenharia genética, já que permitem cortar o DNA de um
organismo e inserir o DNA de outro organismo.Vincent está determinado a fazer parte de uma
equipe em um vôo para Titã, uma lua de Saturno. Para isso, porém, ele tem de esconder sua
"identidade genética", já que possui um problema cardíaco sério, que provocará sua morte por
volta dos 30 anos. Vincent esconde esse problema apresentando nos exames amostras do
sangue e da urina de Jerome, um indivíduo geneticamente "perfeito", que, por acidente, ficou
paraplégico.
A sociedade de Gattaca está dividida em duas “classes sociais”, os Válidos, os “filhos da
Ciência”, produtos da engenharia genética e da eugenia social, e os Inválidos, os “filhos de
Deus”, submetidos ao acaso da Natureza e às impurezas genéticas. Gattaca retrata uma
sociedade de classe cuja técnica de manipulação do código genético tornou-se prática
cotidiana de controle social.No final, a trama de Gattaca sugere um drama familiar, um “filho
de Deus”, nascido do acaso da Natureza, outro, produto de um planejamento genético quase
perfeito. O que se observa é que o tema da técnica de manipulação genética perpassa todo
o drama policial (e familiar) de Gattaca. Apesar do mais alto controle social garantido pelo
registro genético, a espécie humana continua a mesma: dividida em classes sociais e se
utilizando de subterfúgios escusos e clandestinos para atingir seus interesses egoístas. Ao
lado dos mais sofisticados recursos de manipulação genética, que hoje estão se tornando
realidade pelos avanços da engenharia genética e da biologia molecular, assistimos a um jogo
de ambição e fraude, seja a de Vincent para ter acesso à corporação Gattaca e realizar seu
2. sonho de tornar-se astronauta; ou do diretor Josef, de Gattaca (representado pelo escritor
Gore Vidal, num papel especial), que assassina outro diretor num jogo de poder.
Numa sociedade de controle social quase-absoluto, os “de baixo” apelam para fraudes sutis,
clandestinas, como forma de resistência individual ao totalitarismo do destino genético. Nesse
ambiente de resistência individual, pode-se perceber certa solidariedade entre os “de baixo”,
como a atitude condescendente do faxineiro Caesar (representado por Ernest Borgnine) ou
pelo médico Lamar, que aparentam certa simpatia pelos ideais transgressores de
Vincent/Jerome.
Questões Eticas
Há portanto, as implicações morais (o que é certo, o que é errado) das aplicações da
medicina e da biotecnologia. Assim,o filme nos leva a questões do tipo: Seria ético que os
pais escolhessem o sexo e outras características da criança? Uma pessoa deve ser informada
se um teste genético indicar que ela poderá desenvolver uma doença incurável no futuro?
Empresas e companhias de seguro têm o direito de realizar testes genéticos em seus
funcionários ou em candidatos a um emprego para detectar doenças que poderão se
desenvolver no futuro e assim impedir seu desenvolvimento profissional ? Isso já pode ser
feito em relação às doenças recessivas ligadas ao cromossomo X. Nesse caso, são usadas
técnicas de reprodução assistida para implantar apenas embriões femininos e heterozigotos
para a doença. Mas será que esses procedimentos ficarão restritos às doenças ou as
pessoas poderão se achar no direito de escolher algumas características de seus filhos, como
a cor dos olhos ou o nível de inteligência? Será que haverá então uma divisão entre os que
poderão pagar por esses testes e, em alguns casos, por sua cura, e os que não poderão?
Nesse caso, haveria o risco de uma discriminação baseada no código genético de cada um.As
questões não param: É desejável uma sociedade que controla e determina o que cada um
deve querer ou pode realizar? E quem decide esse controle? É justo discriminar e cortar o
acesso ao que uma pessoa quer a partir de "imperfeições" genéticas, como ocorre com
Vincent, em oposição a seu irmão perfeito (Anton), que, por isso, tem todas as chances? E
qual o critério de perfeição? Imperfeito é aquele que é "diferente"? Aliás, no filme aparece um
pianista de seis dedos em cada mão, capaz de tocar uma peça especialmente criada para
ele. Os seis dedos representam uma "imperfeição"? Será que alguém, para ser feliz, tem de
ser "perfeito"? No filme, descobrimos que Jerome Eugene ("eugene", em grego, significa "bons
genes"), o amigo paraplégico de Vincent, tenta se matar por não ter vencido um concurso.A
diferença entre o que é e o que deve ser implica em que, mesmo no caso de existir uma
influência genética nas diferenças de habilidades (em termos estatísticos) entre indivíduos,
qualquer pessoa deve ter o direito de desenvolver seu potencial como achar melhor. Não é
possível extrair um juízo de valor a partir de uma teoria científica. Em outras palavras: valores
pertencem à esfera ética e não à esfera científica, e a ciência não pode dar conta de todas
as necessidades humanas, nem é a única forma de conhecer e de se relacionar com o
mundo.No filme , isto acontece na corporação Gattaca, mas poderia se passar num Campo de
Concentração ou numa sociedade totalitária qualquer. E Vincent representa o homem - em
sua luta contra o sistema, agora representado pelos imperativos categóricos da eugenia
social. A ambição individualista de Vincent é que conduz a trama. A sua luta é contra o
destino de classe – ou casta? - agora demarcado, graças ao avanço da técnica, pelo
estigma do destino genético. É um destino genético produzido pelo homem, mas que, na
medida em que é produto de um afastamento das barreiras naturais – o domínio do código da
vida - numa sociedade de classe, tende a tornar-se uma “segunda natureza”. É contra essa
“segunda natureza”, produzida pela manipulação técnica, que Vincent se revolta e busca uma
saída individual.
Em Gattaca, os proletários seriam os Inválidos, os Condenados da Terra. Apesar disso, a
atitude arrogante do verdadeiro Jerome diante de um policial que o interroga, numa certa
3. passagem do filme, sugere que, mesmo entre os Válidos existe uma certa hierarquia de classe
- a não ser que os policiais, guardiães da Ordem genético-fascista da sociedade de Gattaca,
sejam da classe dos Inválidos. Não podemos culpar a técnica em si, mas a forma social que a
desenvolve e se apropria dela.
Primeira Natureza X Segunda Natureza
Gattaca sugere o dualismo Acaso (ligado a “primeira natureza”) versus Planejamento
(imperativo da “segunda natureza”). Pode-se apreender no filme, certa nostalgia de um
passado distante em que um fio de cabelo era apenas um fio de cabelo (ou uma mera
lembrança afetiva), e não um registro genético capaz de denunciar a identidade de classe
das pessoas, através de exame de DNA. A luta de Vincent não é apenas contra o Sistema de
Gattaca, mas contra si mesmo, contra seus fluidos e restos corporais capazes de denúncia-lo
como Inválido. É o estranhamento assumindo proporções abismais, atingindo o próprio ser
orgânico do homem, objeto de uma rede controlativa, de uma “grade”, talvez uma nova forma
de ciberespaço, capaz de aprofundar o controle social.
Mas apesar do clima totalitário, o filme expõe as falhas irremediáveis de Gattaca e do seu
sistema de controle. Contra a técnica que supostamente desumaniza o homem, na verdade,
o diretor e roteirista Andrew Niccol sugere uma “natureza humana” recalcitrante às
imposições sistêmicas. O filme dá a entender que, apesar de suas imperfeições, Vincent tem
uma determinação que lhe permite vencer suas limitações, ir para o espaço (talvez uma
metáfora para a capacidade de escapar de suas deficiências genéticas) e até vencer seu
irmão mais "perfeito" em uma aposta de natação. A força de Vincent viria então de uma
capacidade de livre arbítrio, capaz de modificar seu "destino genético". Genes, afinal, não são
destino, mas propensões. Isso quer dizer que os genes são um dos fatores que influem em
nossas características. Não podemos esquecer que o ambiente - em sentido amplo, o que
inclui a cultura e os fatores psicossociais - também deve ser levado em conta. Além disso, o
fato de que podemos prever as conseqüências de nossas ações - inclusive em um futuro
distante -, aumenta nosso poder de modificar nosso comportamento.
Devemos considerar também que o problema não é a ciência, mas sim como decidimos aplicar
o conhecimento científico. A pesquisa científica pode criar medicamentos que salvam vidas,
mas pode também criar armas de destruição em massa. O fundamental é que a sociedade
esteja bem-informada para tomar decisões, baseadas em princípios éticos, de modo a usar a
ciência para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e para manter a saúde
ambiental de nosso planeta. Cabe então à sociedade decidir seu futuro.Finalmente, é um erro
inferir como as coisas devem ser a partir de como as coisas são. Independentemente do
papel do gene nas características, o que é determinado ou influenciado geneticamente não é
necessariamente bom (ou mau), nem deve necessariamente ser estimulado.
Questões Psico-socio-economicas
À medida que o capitalismo busca o alargamento de seus limites, encontramos uma noção
para ilustrar o quanto esse sistema necessita, para sua própria perpetuação, de uma forma
de "inclusão diferencial". Trata-se de um processo de reinvenção constante e contínua do
sistema, no qual se parte da idéia "politicamente correta" de que não há mais diferenciações
no processo de entrada na dinâmica produtiva do mercado capitalista. Em princípio, todos
são igualmente capazes de se inserir no processo competitivo. É o próprio mercado que vai
selecionar e hierarquizar.Nesse sentido, a hierarquização se dará no próprio convívio social.
Nem todos estarão aptos a alcançar o que é visto como modelo ideal a ser vislumbrado na
dinâmica capitalista. Considerando que a produção e o consumo são os pilares mais
importantes do sistema vigente, todos os indivíduos com necessidades especiais, como a
Síndrome de Down por exemplo, serão considerados aptos a alçar vôos competitivos mais
4. altos quando se revelarem capazes de se aproximar da chamada normalidade. Aqueles que
não conseguirem entrar nessa disputa inerente à lógica capitalista, poderão ser inseridos no
mesmo patamar dos "invalidos" do filme Gattaca, sendo essa portanto uma forma mais
sofisticada de exclusão social.
Autores como Deleuze nos ajudam a compreender como o sistema gera mecanismos próprios
para capturar a subjetividade dos indivíduos e sobrepor suas formas e expressões. Diante
disso, o papel dos meios de comunicação de massa passa a ser fundamental na sociedade
contemporânea, denominado por diversos autores como o Quarto Poder, sobretudo em
função de sua capacidade de produzir modos de vida e dinâmicas sociais. A mídia é um
potente disparador de processos de subjetivação, porque ela investe como ninguém no
cotidiano de cada indivíduo, buscando adequar comportamentos e maneiras de pensar de
acordo com os interesses do capitalismo.
Trata-se de dizer que o capitalismo está sempre pronto a criar novos desejos ou a se
apropriar dos fluxos que não estejam de acordo com a sua dinâmica de funcionamento. Desse
ponto de vista, quanto maior for a "inclusão diferencial", mais eficaz será o controle e a
passividade diante do estabelecido como hegemônico. Conforme nos disse Deleuze , "não
existe exterior, não existem as pessoas de fora. Só existem pessoas que deveriam ser como
nós, e cujo crime é não o serem" .
Entre as continuidades e descontinuidades dos debates em torno controle genético , através
da decifração do código genético e modernas formas de comunicação como a internet pode
estar apontando para a idéia de que eventuais diferenças estão sendo dissipadas pela
instrumentalização científica, sufocando qualquer possibilidade de resistência à subjetividade
forjada permanentemente pelo capitalismo.
Nesse sentido, poderíamos nos indagar se apenas com o desenvolvimento das informações
genéticas e do prenúncio de um futuro mais sadio para a humanidade, estaríamos
engendrando novos modos de existência? Ou então, o que fazer com os processos de
resistência daqueles que de alguma maneira não se ajustam ou não querem se adequar às
padronizações e serializações impostas pela subjetividade capitalista?
A apropriação das descobertas científicas continua sendo uma questão premente de ser
discutida nos dias de hoje. O Projeto Genoma Humano, por exemplo, vem sendo alardeado por
grande parte da mídia como o caminho para a cura da maioria dos males que afetam a saúde
da humanidade, subestimando-se a possibilidade do surgimento de efeitos colaterais. Talvez
seja interessante fazer algumas ponderações necessárias para a ampliação desse debate, e
nada como voltar ao passado para perceber que "alguns dos males que a ciência e suas
aplicações provocam nascem do desejo de fazer o bem.
Trata-se, portanto, de buscar avaliar os possíveis efeitos da ciência na humanidade, que são
diversos e muitas vezes imprevisíveis. O problema é, na maioria das vezes, esse debate se
manter praticamente circunscrito à comunidade científica, que tende a se autoproclamar
como foco de disseminação de verdades totalizantes sobre as pesquisas em andamento.
"Quem fala de ciências conhecendo-as em detalhe e de primeira mão? Os próprios cientistas.
Também falam de ciência os professores, os jornalistas, o grande público, só que falam de
longe, ou com a incontornável mediação dos cientistas. 'Para falar de ciência é preciso ser
especialista', declara-se, de modo a bloquear de antemão qualquer pesquisa direta de campo.
Esse estado de coisas seria muito chocante em política ou economia. Imaginemos um político
dizendo: 'Só os políticos estão aptos a falar de política', (...), ou um jornalista: 'Eu sou a
corrente de transmissão dos políticos, aquela que explica ao público o que é preciso pensar'"
Se pensarmos bem,há muitas maneiras de abordar esse problema pelo aspecto da
5. racionalidade humana. Pode-se negar o problema ou reduzi-lo ao domínio da lógica habitual,
da normalidade e da boa adaptação social . Dessa perspectiva, corrigi-se as falhas, de modo
a retornar às normas dominantes. Inversamente, pode-se considerar que esses
comportamentos dependem de uma lógica diferente, que deve ser estruturada como tal. Em
vez de abandoná-los à sua irracionalidade aparente, vamos então tratá-los como uma
matéria do qual se podem extrair elementos essenciais à vida da humanidade, especialmente
à sua vida de desejo e às suas potencialidades criativas .
Autor : Enio Ferreira