SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
Murilo Soares Pereira, RA: 298468
Pedro Henrique de Freitas, RA: 321443




      Experimento 04
   Circuitos Sequenciais


       Prof. Takashi Utsonomiya




                            ˜
   Universidade Federal de Sao Carlos




             S˜o Carlos - SP
              a
Sum´rio
                                       a


1 Resumo                                                                                    p. 4


2 Objetivos                                                                                 p. 5


3 Componentes                                                                               p. 6


4 Introdu¸˜o Te´rica
         ca    o                                                                            p. 7

  4.1   Circuitos L´gicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                   o                                                                        p. 7

        4.1.1   Circuitos Combinat´rios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                  o                                                         p. 7

        4.1.2   Circuitos Sequenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     p. 8

  4.2   Latchs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 8

        4.2.1   Latch SR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      p. 9

        4.2.2   Latch D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 11

  4.3   Flip-Flops . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   p. 13

        4.3.1   Flip-Flop D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 13

        4.3.2   Flip-Flop JK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     p. 14

        4.3.3   Flip-Flop T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 15


5 Procedimento Experimental                                                                p. 16

  5.1   Circuito SR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 16

  5.2   Circuito D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   p. 17
5.3   Circuito AB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 18

  5.4   Circuito SR com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      p. 19

  5.5   Circuito D com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     p. 21

  5.6   Circuito AB com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      p. 21

  5.7   Circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais . . . . . . . . . . .        p. 22

  5.8   Flip-Flop JK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     p. 24

  5.9   Circuito Bin´rio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                    a                                                                      p. 25


6 Tarefas                                                                                  p. 27

  6.1   Circuito SR utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        p. 27

  6.2   Circuito D utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       p. 28

  6.3   Circuito AB utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        p. 29

  6.4   Circuitos SR com pulso, D com pulso e AB com pulso utilizando portas
        NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    p. 30

        6.4.1   Circuito SR com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . .          p. 30

        6.4.2   Circuito AB com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . .          p. 31

        6.4.3   Circuito D com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . .         p. 32


7 Conclus˜es
         o                                                                                 p. 33


8 Bibliografia                                                                              p. 34
4




1       Resumo


    No quarto experimento da disciplina de Laborat´rio de Circuitos Digitais, analisamos
                                                  o
e implementamos os circuitos seq¨enciais, utilizando portas l´gicas NAND, AND e NOT.
                                u                            o
Foi analisado, tamb´m, o comportamento do flip-flop JK, em especial.
                   e
5




2        Objetivos



    O quarto experimento da disciplina de Laborat´rio de Circuitos Digitais teve como
                                                 o
objetivo analisar o comportamento de circuitos seq¨enciais, capazes de armazenar infor-
                                                  u
ma¸oes l´gicas at´ o momento que desejarmos. Uma das maneiras de implementarmos
  c˜    o        e
tais circuitos s˜o atrav´s da constru¸˜o de m´quinas de estado, que veremos durante este
                a       e            ca      a
relat´rio.
     o
6




3        Componentes



    • Prot-o-board

    • Circuitos integrados

        – 74LS00 (porta NAND, 2 entradas)

        – 74LS10 (porta NAND, 3 entradas)

        – 74LS04 (porta NOT)

        – 74LS107 (circuito Flip-Flop, tipo JK)

    • Fios

    • Alicate

    • Mult´
          ımetro

    • Oscilosc´pio
              o

    • Gerador de frequˆncias
                      e

    • Fonte de alimenta¸ao
                       c˜
7




4        Introdu¸˜o Te´rica
                ca    o



4.1      Circuitos L´gicos
                    o

    Os circuitos l´gicos, como sabemos, podem ser de dois tipos: combinacionais e seq¨en-
                  o                                                                  u
ciais.

    S˜o constitu´
     a          ıdos por portas que admitem uma ou v´rias entradas, cada uma delas
                                                    a
podendo assumir o valor booleano 0 ou 1. Geralmente, os circuitos tˆm uma sa´
                                                                   e        ıda, que ´
                                                                                     e
fun¸˜o das entradas. As portas utilizadas nos circuitos dependem da tecnologia (Exemplo:
   ca
trans´
     ıstores), por´m correspondem normalmente as opera¸˜es l´gicas AND, OR, NOT,
                  e                           `       co    o
NAND, NOR. As portas s˜o combinadas em circuitos, conectando eletricamente as sa´
                      a                                                         ıdas
de algumas portas as entradas de outras.
                  `


4.1.1    Circuitos Combinat´rios
                           o

    Neste tipo de circuito, a sa´ depende apenas de uma combina¸˜o das entradas. Esses
                                ıda                            ca
cicuitos seguem a l´gica combinacional e utiliza a ´lgebra booleana como ferramenta. Uma
                   o                               a
representa¸ao de um modelo gen´rico pode ser visto na figura 4.1:
          c˜                  e




                      Figura 4.1: Modelo de circuito combinacional
8


4.1.2       Circuitos Sequenciais

    Trata-se de um circuito caracterizado por uma re-alimenta¸ao da sa´ para a entrada
                                                             c˜       ıda
(o que o diferencia de um circuito combinacional), denominada estado interno, cuja prin-
cipal caracter´
              ıstica ´ fazer com que as sa´
                     e                    ıdas sejam dependentes das entradas atuais e
de estados ocorridos anteriormente. Na figura 4.2 podemos ver o funcionamento de tal
circuito:




                       Figura 4.2: Modelo de circuito sequencial




4.2         Latchs

    A forma mais b´sica de implementar-se um circuito l´gico de mem´ria ´ conhecida como
                  a                                    o           o e
latch, que significa, em portuguˆs, trinco, ferrolho. Sua arquitetura ´ composta de duas
                               e                                     e
portas l´gicas inversoras, possuindo duas saidas: a vari´vel l´gica Q e o seu complemento
        o                                               a     o
l´gico.
 o
9




                               Figura 4.3: Modelo de latch



   Tendo em vista a figura 4.3, note que se imposto n´
                                                    ıvel l´gico alto (1) em Q, seu
                                                          o
complemento ir´ para o n´ l´gico baixo (0). Esse estado (Q = 0) permanecer´ at´ que
              a         ıvel o                                            a e
seja imposto n´
              ıvel l´gico baixo a Q. Evidentemente, o latch s´ consegue armazenar um
                    o           `                            o
unico bit. Caso seja necess´rio armazenar uma palavra de mais de um bit, ser´ necess´rio
´                          a                                                a       a
um latch para cada bit (por exemplo, uma palavra de 32 bits precisar´ de um dispositivo
                                                                    a
de mem´ria de 32 latchs para ser armazenada). Um latch, portanto, ´ um elemento b´sico
      o                                                           e              a
de mem´ria que opera sob n´
      o                   ıveis de sinal (isto ´, ativo quando o sinal ´ 1 ou 0).
                                               e                       e


4.2.1    Latch SR

   Pode-se tamb´m, construir um latch com outras portas l´gicas (OR e AND), e n˜o
               e                                         o                     a
obstante, disponibilizar entradas para o latch. Um latch constru´ dessa forma ´ chamado
                                                                ıdo           e
Latch SR.
10




            Figura 4.4: Implementa¸˜o do latch SR utilizando portas NAND
                                  ca



   Note que este latch SR possui duas portas NAND entrela¸adas com duas entradas, S e
                                                         c
R. Possui tamb´m duas sa´
              e         ıdas, uma denominada Q, e a outra sendo o complemento de Q.
Independentemente dos valores l´gicos atribu´
                               o            ıdos a S e a R, estas vari´veis s˜o referˆncias
                                                 `     `              a      a       e
aos valores da vari´vel de estado do latch SR. Em primeiro lugar, especifica-se o estado do
                   a
latch SR atrav´s do par Q e seu complemento:
              e


Estado SET : Q = 1, Q = 0
Estado RESET : Q = 0, Q = 1


   ´
   E claro que a escolha adequada das entradas poder´ produzir um dos dois estados, de
                                                    a
acordo com a tabela caracter´
                            ıstica vista acima. Note que o estado SET ´ alcan¸ado pela
                                                                      e      c
combina¸˜o S = 0 e R = 1. O estado RESET por S = 1 e R = 0. J´ na combina¸ao S
       ca                                                    a           c˜
= 1 e R = 1, o estado atual ´ mantido. Finalmente, a combina¸ao S = 0 e R = 0, n˜o ´
                            e                               c˜                  a e
utilizada pelo simples fato de produzir um estado indefinido, da´ o uso do s´
                                                               ı           ımbolo ? ou -.

    Note que a diferen¸a entre as duas implementa¸˜es est´ na combina¸ao SR que leva
                      c                          co      a           c˜
                      ´
ao estado indefinido. E claro que o aparecimento de estado indefinido representa uma
desvantagem dos Latches-SR. Um avan¸o poss´ na dire¸˜o da elimina¸ao desse problema
                                   c      ıvel     ca            c˜
´ a inclus˜o de um terceira entrada de controle, C. Seu diagrama l´gico ´ dado pela figura
e         a                                                       o     e
4.5, e sua respectiva tabela caracter´
                                     ıstica ´ dado pela tabela TODO:
                                            e
11




            Figura 4.5: Implementa¸˜o do latch SR com entrada de controle
                                  ca



                          C       S   R      Pr´ximo estado
                                               o
                              0   X X
                                          Mant´m o estado atual
                                              e
                              1   0   0
                              1   0   1            0
                              1   1   0            1
                              1   1   1         Proibido

                   Tabela 4.1: Tabela caracter´
                                              ıstica para a figura 4.5



   Esta entrada de controle ”habilita”o latch; sendo usada para restringir entradas que
possam afetar o seu estado.


4.2.2    Latch D

   O latch-SR possui uma s´ria desvantagem: seu estado indefinido, que n˜o pode ser uti-
                          e                                            a
lizado. Mas possui tamb´m uma vantagem: com o entrada de controle, n˜o h´ necessidade
                       e                                            a a
de fazer-se uma combina¸˜o de S e R para manter-se o atual estado. Porisso, necessita-se
                       ca
12


apenas da entrada de controle, C, e de mais uma unica entrada, a qual chamaremos de D.
                                                ´
A esta nova configura¸ao daremos o nome de latch tipo D.
                    c˜




             Figura 4.6: Implementa¸˜o do latch D utilizando portas NAND
                                   ca



                              C D         Pr´ximo estado
                                            o
                              0   X   Mant´m o estado atual
                                          e
                              1   0               0
                              1   1               1

                    Tabela 4.2: Tabela caracter´
                                               ıstica para a figura 4.6



    Observe que a entrada D substitui, com vantagem, as duas anteriores, S e R. Primeiro
porque ´ mantido o estado atual pela desabilita¸ao do latch via entrada de controle, ou seja,
       e                                       c˜
impondo C = 0; e depois, pela elimina¸ao do estado indefinido, pelo fato de n˜o ser mais
                                     c˜                                     a
permitida a combina¸˜o S = R = 1, pela inclus˜o de um inversor. Mas h´, tamb´m, uma
                   ca                        a                       a      e
desvantagem. Enquanto a entrada de controle ´ mantida alta, e se houver uma flutua¸˜o
                                            e                                    ca
no sinal D, a sa´ Q, do Latch D, tamb´m flutuar´, eventualmente mudando de estado.
                ıda                  e        a
Significa que o estado do latch D, portanto, n˜o ´ sempre est´vel.
                                             a e            a
13


4.3     Flip-Flops

   Qualquer dispositivo ou circuito que tem dois estados ´ dito biest´vel. Por exemplo,
                                                         e           a
uma chave de alavanca tem dois estados est´veis. Ela est´ ou aberta ou fechada, depen-
                                          a             a
dendo da posi¸ao da alavanca. A chave tamb´m ´ dita como tendo mem´ria, visto que ela
             c˜                           e e                     o
permanecer´ em um estado definido at´ que algu´m muda a posi¸ao da alavanca.
          a                        e         e             c˜

   Um flip-flop ´ um circuito eletrˆnico biest´vel (dois estados est´veis), isto ´, sua sa´ ´
              e                  o          a                     a            e        ıda e
0 ou +5V. O flip-flop tamb´m tem mem´ria, visto que sua sa´ permanecer´ em um estado
                        e         o                     ıda         a
definido at´ que algo ocorra para mud´-lo. Como tal, o flip-flop pode ser considerado um
          e                         a
dispositivo de mem´ria de 1 bit. Por exemplo, quando o flip-flop tem sua sa´ estabelecida
                  o                                                      ıda
em 0V, ele pode ser considerado como armazenando um sinal l´gico 0, e quando sua sa´
                                                           o                       ıda
´ estabelecida em +5V, como armazenando um sinal l´gico 1.
e                                                 o

   Um flip-flop tipicamente inclui zero, um ou dois sinais de entrada, um sinal de clock,
e um sinal de sa´
                ıda, apesar de muitos flip-flops comerciais proverem adicionalmente o
complemento do sinal de sa´
                          ıda. Alguns flip-flops tamb´m incluem um sinal da entrada
                                                   e
clear, que limpa a sa´ atual. Como s˜o implementados na forma de circuitos integrados,
                     ıda            a
eles tamb´m necessitam de conex˜es de alimenta¸ao. A pulsa¸˜o ou mudan¸a no sinal do
         e                     o              c˜          ca          c
clock faz com que o flip-flop mude ou retenha seu sinal de sa´
                                                           ıda, baseado nos valores dos
sinais de entrada e na equa¸ao carecter´
                           c˜          ıstica do flip-flop.


4.3.1    Flip-Flop D

   O D vem da palavra dados, ´ o tipo de flip-flop mais utilizado. Possui uma arquitetura
                             e
simples com uma entrada D e um CLOCK. Este flip-flop ´ resultado de dois latches D
                                                   e
ligados de forma sequencial, onde suas entradas enable s˜o complementares. No flip-flop
                                                        a
tipo D, o que interessa ´ a transi¸˜o negativa, e sempre que esta ocorre a sa´ ´ atualizada.
                        e         ca                                         ıda e
14




              Figura 4.7: Modelo de flip-flop D montado com portas NAND



4.3.2    Flip-Flop JK

    ´
    E uma varia¸˜o do latch SR s´
               ca               ıncrono, ao qual foi inclu´ uma nova realimenta¸˜o das
                                                          ıda                  ca
sa´
  ıdas Q e Q, as portas l´gicas de entrada. Neste caso J executa a fun¸ao set e K a de reset.
                         o                                            c˜
O que diferencia o flip-flop JK do latch SR ´ quando as entradas J e K forem iguais a 1,
                                          e
ap´s o sinal de clock a sa´ tem seu valor alterado. O flip-flop JK master-slave ´ formado
  o                       ıda                                                 e
por dois latches denominados master (mestre) e slave (escravo), que se comunicam atrav´s
                                                                                      e
das portas de entrada e sa´
                          ıda. Tem as seguintes caracter´
                                                        ısticas:


   • est´ livre do problema de oscila¸ao
        a                            c˜

   • as sa´
          ıdas s´ se atualizam na decida do pulso do clock, sendo por isso chamados de
                o
     sens´ a borda de descida ou transi¸ao negativa
         ıvel `                        c˜

   • para transform´-lo em um flip-flop sens´ a borda de subida ou transi¸˜o positiva,
                   a                      ıvel `                       ca
     basta acrescentar um inversor na entrada de clock
15




            Figura 4.8: Modelo de flip-flop JK montado com portas NAND



4.3.3    Flip-Flop T

   Os flip-flops do tipo T s˜o variantes diretas dos flip-flops JK e tˆm a caracter´
                          a                                       e            ıstica de:
se T = 0, ent˜o J = 0 e K = 0, com isso as sa´
             a                               ıdas do flip-flop n˜o se alteram e se T = 1,
                                                              a
ent˜o J = 1 e K = 1, portanto as sa´
   a                               ıdas futuras ser˜o o complemento das atuais.
                                                   a
16




5       Procedimento Experimental



    Nesse experimento foram constru´
                                   ıdos circuitos sequenciais utilizando portas NOT,
NAND e AND al´m de serem analizados os comportamentos do flip-flop JK.
             e


5.1     Circuito SR

    Utilizando circuito integrado de portas NAND (74LS00) montamos um circuito se-
quencial conhecido como SR (Set-Reset) que possui duas entradas e duas sa´
                                                                         ıdas como
representado a seguir:




                          Figura 5.1: circuito SET-RESET



    Como observado na figura, o valor de sa´ verificado depender´ tanto das entradas
                                          ıda                 a
dadas como dos valores de sa´
                            ıdas anteriores. Sua tabela verdade pode ser constru´ da
                                                                                ıda
seguinte forma:
17


                         R S     Q    ¯
                                      Q       Resultado
                         0   0   Q0   ¯
                                      Q0 Mant´m estado inicial
                                             e
                         0   1   1    0
                                              Complementa
                         1   0   0    1
                         1   1   -    -          Proibido

                   Tabela 5.1: Tabela caracter´
                                              ıstica para o circuito SR



   Analisando a tabela exibida, conclu´
                                      ımos que o circuito SR assume em Q o valor deter-
minado pela entrada set, quando essa difere da entrada reset, e quando iguais, o circuito
    e                         ¯
mant´m o valor inicial de Q e Q (para o caso de baixo pulso) e assume uma configura¸aoc˜
                               a                            ¯
proibida quando as entradas est˜o ambas em estado alto (Q e Q assumem o valor 1 que ´
                                                                                    e
l´gicamente “imposs´
 o                 ıvel” e portanto este tipo de entrada no dispositivo ´ ignorado).
                                                                        e


5.2     Circuito D

   O circuito D implementado em seguida nada mais ´ do que uma unifica¸˜o das entradas
                                                  e                  ca
do circuito SR de forma que s´ s˜o considerados, efetivamente, as entradas v´lidas para
                             o a                                            a
modifica¸˜o das sa´
       ca        ıdas, tais como R = 1, S = 0 ou vice-versa. Seu circuito ´ representado
                                                                          e
da seguinte maneira:
18




                                  Figura 5.2: circuito D



   Como observado acima, o circuito ´ extremamente semelhante ao SR, por´m as entradas
                                    e                                   e
se restringem as entradas distintas.
              `

                                       ¯   ¯
                                       D Q Q
                                        0   0   1
                                        1   1   0

                      Tabela 5.2: Tabela-verdade para o circuito D




5.3     Circuito AB

   Uma vez tendo elaborado o circuito SR, se unirmos esse com outro circuito SR obtemos
um circuito AB.
19




                                Figura 5.3: circuito AB



                            A B     Q    ¯
                                         Q   Resultado
                            0   0   Q0   ¯
                                         Q Mant´m estado
                                               e
                            0   1    0   1
                                                  Copia
                            1   1    0   1
                            1   1    -   -      Proibido

                    Tabela 5.3: Tabela-verdade para o circuito AB




5.4     Circuito SR com pulso

   A partir do circuito AB podemos, pela adici¸ao de uma vari´vel de controle (pulso/clock)
                                              c˜             a
conectado junto com as entradas A e B, construir um circuito SR s´
                                                                 ıncrono. Como mostrado
na figura:
20




                           Figura 5.4: circuito SR com pulso



   Nesta figura vemos a presen¸a de um gerador de pulso (C) conectado junto com as
                             c
entradas A e B. O valor de sa´ e absolutamente dependente do valor do pulso dado
                             ıda
de forma que o circuito ´ considerado ou n˜o dependendo do caso. Seu comportamento
                        e                 a
portanto pode ser representado pela seguinte tabela:

                     Pulso S R      Q    ¯
                                         Q         Resultado
                            0   0   Q    ¯
                                         Q
                            0   1   Q    ¯
                                         Q
                                                   Inalterado
                            1   0   Q    ¯
                                         Q
                            1   1   Q    ¯
                                         Q
                            0   0   Q0   ¯
                                         Q0 Mant´m estado inicial
                                                e
                            0   1    0   1
                                                        Copia
                            1   0    1   0
                            1   1    -    -            Proibido

                Tabela 5.4: Tabela-verdade para o circuito SR com pulso
21


5.5     Circuito D com pulso

   Analogamente ao circuito acima, ´ poss´ contruir um circuito D com uma vari´vel
                                   e     ıvel                                 a
de controle (pulso) acoplada, como representado no esquema a seguir:




                           Figura 5.5: circuito D com pulso



                                ¯
                      Pulso D Q Q               Resultado
                                ¯
                            0 Q Q
                                          Mant´m estado anterior
                                              e
                              1     ¯
                                  Q Q
                              0   0   1
                                                  Copia
                              1   1   0

                Tabela 5.5: Tabela-verdade para o circuito D com pulso




5.6     Circuito AB com pulso

   Analogamente, introduziremos pulso no circuito AB produzindo o esquem a seguir:
22




                            Figura 5.6: circuito AB com pulso



                                 ¯
                     Pulso A B Q Q                   Resultado
                                 ¯
                           0 0 Q Q
                             0   1     ¯
                                     Q Q
                                                     Inalterado
                             1   0     ¯
                                     Q Q
                             1   1     ¯
                                     Q Q
                             0   0   1    0   Mant´m estado anterior
                                                  e
                             0   1   0    1
                                                       Copia
                             1   0   1    0
                             1   1    -   -          Proibido

                Tabela 5.6: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso




5.7     Circuito AB com pulso e controle dos estados ini-
        ciais

   ´
   E imposs´ se ter controle de qual valor estar´ armazenado inicialmente em um cir-
           ıvel                                 a
cuito AB convencional, e ´ por isso que existe o controle de estados iniciais que ´ composto
                         e                                                        e
de duas novas entradas definidas como UM e LIMPA com as quais ´ poss´ for¸ar valores
                                                             e     ıvel c
23

                         ¯
iniciais em Q e portanto Q. O esquema de tal circuito ´ representado a seguir:
                                                      e




            Figura 5.7: circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais



         LIMPA UM       Pulso A      B   Q    ¯
                                              Q             Resultado
            0       0           X X      1    1           N˜o interessa
                                                           a
            0       1           X X      0    1       Seta valor inicial em 0
            1       0           X X      1    0       Seta valor inicial em 1
            1       1           X X      Q    ¯
                                              Q             Inalterado
            1       1            0   0      ¯
                                         Q0 Q0        Mant´m estado inicial
                                                          e
            1       1            0   1   0    1
                                                  Complementa estado anterior
            1       1            1   0   1    0
            1       1            1   1   -    -              Proibido

Tabela 5.7: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais
24


5.8     Flip-Flop JK

   Muitas vezes ´ preciso for¸ar um flip-flop a assumir um determinado estado indepen-
                e            c
dentemente dos valores de suas entradas (por exemplo ao se ligar o dispositivo), isto ´
                                                                                      e
poss´ com a adi¸ao da entrada LIMPA como mostrado no esquema abaixo:
    ıvel       c˜




                                Figura 5.8: Flip-flop JK



   O flip-flop JK funciona como um SR mas com a vantagem de eliminar o caso de estado
indeterminado ou proibido (quando ambas as entradas est˜o em estado alto) acrescentando,
                                                        a
  e         c˜                                          a                              ¯
al´m das fun¸oes set e reset, a comutabilidade na qual s˜o invertido os valores de Q e Q.
O comportamento do Flip-Flop JK ´ representado na tabela abaixo:
                                e
25


                   J K Pulso         Q   ¯
                                         Q        Resultado
                   0     0          Q0   ¯
                                         Q0 Mant´m estado anterior
                                                e
                   0     1           0    1
                                                       Copia
                   1     0          1  0
                   1     1          ¯
                                    Q0 Q0      Inverte estado anterior

                Tabela 5.8: Tabela-verdade para o circuito flip-flop JK




5.9     Circuito Bin´rio
                    a

   Analisamos o circuito abaixo utilizando o gerador de freq¨encias e um oscilosc´pio:
                                                            u                    o




                       Figura 5.9: Circuito analisado no oscilosc´pio
                                                                 o



   No canal 1 (CH 1) do oscilosc´pio, ligamos o circuito integrado, enquanto o freq¨enc´
                                o                                                  u ı-
metro foi ligado no canal 2 (CH 2). Ajustamos, ent˜o, a freq¨ˆncia para 1000 Hz. Ana-
                                                  a         ue
lisando as ondas no oscilosc´pio, percebemos que o per´
                            o                         ıodo da onda do cicuito integrado
era o dobro do per´
                  ıodo de onda do freq¨enc´
                                      u ımetro. Em outras palavras:
26


   TCI = 2T f requencimetro

   Ou seja, a freq¨ˆncia de onda do circuito integrado era de 1000/2 = 500 Hz, uma vez
                  ue
que T = 1/f, e ffreq = 1000 Hz.
27




6       Tarefas



6.1     Circuito SR utilizando portas NOR

    Outra implementa¸ao do circuito SR com duas entradas com portas l´gicas NOR:
                    c˜                                               o




                 Figura 6.1: Circuito SR modelado com portas NOR



                         S R     Q       Pr´ximo estado
                                           o
                         0   0   -      Estado n˜o usado
                                                a
                         0   1   1        Estado SET
                         1   0   0       Estado RESET
                         1   1   Qt   Mant´m o estado atual
                                          e

       Tabela 6.1: Tabela-verdade para o circuito SR modelado com portas NOR
28


6.2     Circuito D utilizando portas NOR

   O circuito D com portas NOR possui o mesmo resultado do circuito com portas NAND,
as duas possuem o mesmo resultado de sa´ (invers˜o do sinal de entrada). A unica
                                       ıda      a                          ´
diferen¸a ´ que a entrada n˜o possui seu sinal negado, diferentemente da implementa¸˜o
       c e                 a                                                       ca
do circuito com portas l´gicas NAND.
                        o




                  Figura 6.2: Circuito D modelado com portas NOR



                                           ¯
                                       D Q Q
                                       1   0   1
                                       0   1   0

       Tabela 6.2: Tabela-verdade para o circuito D modelado com portas NOR
29


6.3    Circuito AB utilizando portas NOR




                Figura 6.3: Circuito AB modelado com portas NOR



                     ¯ ¯
                     A B     Q    ¯
                                  Q         Resultado
                     0   0   -    -         Proibido
                     0   1   1    0
                                            Copia
                     1   0   0    1
                     1   1   Q0   ¯
                                  Q0 Mant´m estado anterior
                                         e

      Tabela 6.3: Tabela-verdade para o circuito AB modelado com portas NOR
30


6.4     Circuitos SR com pulso, D com pulso e AB com
        pulso utilizando portas NOR

6.4.1    Circuito SR com pulso utilizando portas NOR

   Para construirmos o circuito SR com pulso utilizando portas NOR, basta pegarmos o
circuito SR implementado com portas NOR e adicionar o circuito de pulso, caracterizando
o diagrama esquem´tico a seguir:
                 a




               Figura 6.4: Circuito SR com pulso utilizando portas NOR



               Pulso SET RESET         Q    ¯
                                            Q          Resultado
                        0          0   Q    ¯
                                            Q
                        0          1   Q    ¯
                                            Q
                                                       Inalterado
                        1          0   Q    ¯
                                            Q
                        1          1   Q    ¯
                                            Q
                        0          0   Q0   ¯
                                            Q0 Mant´m estado anterior
                                                   e
                        0          1   0    1
                                                         Copia
                        1          0   1    0
                        1          1    -   -           Proibido

    Tabela 6.4: Tabela-verdade para o circuito SR com pulso utilizando portas NOR
31


6.4.2   Circuito AB com pulso utilizando portas NOR




             Figura 6.5: Circuito AB com pulso utilizando portas NOR



                        ¯ ¯   ¯
                  Pulso A B Q Q                 Resultado
                              ¯
                        0 0 Q Q
                          0   1     ¯
                                  Q Q
                                                Inalterado
                          1   0     ¯
                                  Q Q
                          1   1     ¯
                                  Q Q
                          0   0   1   0   Mant´m estado anterior
                                              e
                          0   1   0   1
                                                  Copia
                          1   0   1   0
                          1   1   -   -          Proibido

   Tabela 6.5: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso utilizando portas NOR
32


6.4.3   Circuito D com pulso utilizando portas NOR




             Figura 6.6: Circuito D com pulso utilizando portas NOR



                             ¯
                   Pulso D Q Q       Resultado
                             ¯
                         0 Q Q Mant´m estado anterior
                                   e
                           1   1   0
                                               Copia
                           0   0   1

   Tabela 6.6: Tabela-verdade para o circuito D com pulso utilizando portas NOR
33




7       Conclus˜es
               o



    A partir do experimento realizado, pudemos compreender o funcionamento dos flip-
flops, suas aplica¸˜es e suas limita¸oes. Tamb´m conclu´
                 co                c˜        e        ımos que os flip-flops, por terem essa
capacidade de armazenar uma ´
                            ınfima mem´ria ao executar a comuta¸˜o de estados, podem
                                     o                        ca
ser considerados os “ancestrais” das mem´rias utilizadas hoje em dia em calculadoras,
                                        o
computadores e eletrˆnicos em geral. Isso porque, atualmente, o uso desse componente
                    o
tornou-se ultrapassado pelas novas tecnologias com um armazenamento de informa¸˜es
                                                                              co
muito maior e mais eficiente.
34




8        Bibliografia



    • MALVINO e LEACH. Eletrˆnica Digital: Princ´
                            o                   ıpios e Aplica¸oes.
                                                              c˜

    • TOCCI, WIDMER E MOSS. Sistemas Digitais: Princ´
                                                    ıpios e Aplica¸˜es.
                                                                  co

    • www.ee.pucrs.br

    • http://www.inf.ufsc.br/ine5365/circseq.html

    • An´lise de Circuitos Digitais – Flip-Flops Prof. Luiz Marcelo Chiesse da Silva -
        a
      Cefet/PR – Corn´lio Proc´pio.
                     e        o

    • PUCRS – Faculdade de Engenharia El´trica – Departamento de Engenharia El´trica
                                        e                                     e
      – Eletrˆnica Digital Cap. VII – F.C.C. De Castro.
             o

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Transformadores de comando e isolamento pptx
Transformadores de comando e isolamento pptxTransformadores de comando e isolamento pptx
Transformadores de comando e isolamento pptxNarah Rank
 
Circuitos integrados
Circuitos integradosCircuitos integrados
Circuitos integradoscabaldreams
 
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 Níveis
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 NíveisAmplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 Níveis
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 NíveisGS-Silva
 
Org flip flops_registradores Organizção de flip flops
Org flip flops_registradores Organizção de flip flopsOrg flip flops_registradores Organizção de flip flops
Org flip flops_registradores Organizção de flip flopsJorge Soares
 
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 20173 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017Drift
 

Destaque (6)

Transformadores de comando e isolamento pptx
Transformadores de comando e isolamento pptxTransformadores de comando e isolamento pptx
Transformadores de comando e isolamento pptx
 
Circuitos integrados
Circuitos integradosCircuitos integrados
Circuitos integrados
 
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 Níveis
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 NíveisAmplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 Níveis
Amplificadores Operacionais - Comparadores de Tensão de 1 e 2 Níveis
 
Org flip flops_registradores Organizção de flip flops
Org flip flops_registradores Organizção de flip flopsOrg flip flops_registradores Organizção de flip flops
Org flip flops_registradores Organizção de flip flops
 
Formação Síncrona e Assíncrona
Formação Síncrona e AssíncronaFormação Síncrona e Assíncrona
Formação Síncrona e Assíncrona
 
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 20173 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017
3 Things Every Sales Team Needs to Be Thinking About in 2017
 

Semelhante a Circuitos sequenciais e latches

Pratica eletronica 2019b_apostila
Pratica eletronica 2019b_apostilaPratica eletronica 2019b_apostila
Pratica eletronica 2019b_apostilaEdinaldo Guimaraes
 
Analogico - MULTIVIBRADOR ASTÁVEL
Analogico - MULTIVIBRADOR  ASTÁVELAnalogico - MULTIVIBRADOR  ASTÁVEL
Analogico - MULTIVIBRADOR ASTÁVELCiro Marcus
 
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADO
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADOFONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADO
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADOCiro Marcus
 
Filtro de Cavidade para LTE.pdf
Filtro de Cavidade para LTE.pdfFiltro de Cavidade para LTE.pdf
Filtro de Cavidade para LTE.pdfJoelManuel8
 
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007Sergio Favaro
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scrLuiz César
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scrLuiz Cláudio
 
Apostila informacoes basicas_tiristor_sc
Apostila informacoes basicas_tiristor_scApostila informacoes basicas_tiristor_sc
Apostila informacoes basicas_tiristor_scagilsontecno
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scrluiz carlos
 
Apostila tiristor scr[1]
Apostila tiristor scr[1]Apostila tiristor scr[1]
Apostila tiristor scr[1]Felipe Cesar
 
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01neomindx
 
Monografia fabiano rates
Monografia fabiano ratesMonografia fabiano rates
Monografia fabiano ratesFabiano Rates
 
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...Fabiano Rates
 

Semelhante a Circuitos sequenciais e latches (20)

Pratica eletronica 2019b_apostila
Pratica eletronica 2019b_apostilaPratica eletronica 2019b_apostila
Pratica eletronica 2019b_apostila
 
Eletronica 1
Eletronica 1Eletronica 1
Eletronica 1
 
Eletronica 1
Eletronica 1Eletronica 1
Eletronica 1
 
Analogico - MULTIVIBRADOR ASTÁVEL
Analogico - MULTIVIBRADOR  ASTÁVELAnalogico - MULTIVIBRADOR  ASTÁVEL
Analogico - MULTIVIBRADOR ASTÁVEL
 
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADO
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADOFONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADO
FONTE DE TENSÃO USANDO REGULADOR EM CIRCUITO INTEGRADO
 
Filtro de Cavidade para LTE.pdf
Filtro de Cavidade para LTE.pdfFiltro de Cavidade para LTE.pdf
Filtro de Cavidade para LTE.pdf
 
Praticas conversao
Praticas conversaoPraticas conversao
Praticas conversao
 
21336.2
21336.221336.2
21336.2
 
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007
Manual de baterias_bosch_6_008_fp1728_04_2007
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scr
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scr
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scr
 
Apostila informacoes basicas_tiristor_sc
Apostila informacoes basicas_tiristor_scApostila informacoes basicas_tiristor_sc
Apostila informacoes basicas_tiristor_sc
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scr
 
Apostila tiristor scr[1]
Apostila tiristor scr[1]Apostila tiristor scr[1]
Apostila tiristor scr[1]
 
Apostila tiristor scr
Apostila tiristor scrApostila tiristor scr
Apostila tiristor scr
 
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01
Apostilatiristorscr 150316222420-conversion-gate01
 
Monografia fabiano rates
Monografia fabiano ratesMonografia fabiano rates
Monografia fabiano rates
 
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...
Monografia sobre Inteligência artificial para comparar algoritmos de treiname...
 
quântica computacional
quântica computacionalquântica computacional
quântica computacional
 

Circuitos sequenciais e latches

  • 1. Murilo Soares Pereira, RA: 298468 Pedro Henrique de Freitas, RA: 321443 Experimento 04 Circuitos Sequenciais Prof. Takashi Utsonomiya ˜ Universidade Federal de Sao Carlos S˜o Carlos - SP a
  • 2. Sum´rio a 1 Resumo p. 4 2 Objetivos p. 5 3 Componentes p. 6 4 Introdu¸˜o Te´rica ca o p. 7 4.1 Circuitos L´gicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o p. 7 4.1.1 Circuitos Combinat´rios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o p. 7 4.1.2 Circuitos Sequenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 8 4.2 Latchs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 8 4.2.1 Latch SR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 9 4.2.2 Latch D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 11 4.3 Flip-Flops . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 13 4.3.1 Flip-Flop D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 13 4.3.2 Flip-Flop JK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14 4.3.3 Flip-Flop T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 15 5 Procedimento Experimental p. 16 5.1 Circuito SR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 16 5.2 Circuito D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17
  • 3. 5.3 Circuito AB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18 5.4 Circuito SR com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 19 5.5 Circuito D com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21 5.6 Circuito AB com pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21 5.7 Circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais . . . . . . . . . . . p. 22 5.8 Flip-Flop JK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 24 5.9 Circuito Bin´rio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a p. 25 6 Tarefas p. 27 6.1 Circuito SR utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 27 6.2 Circuito D utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28 6.3 Circuito AB utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29 6.4 Circuitos SR com pulso, D com pulso e AB com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 30 6.4.1 Circuito SR com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . p. 30 6.4.2 Circuito AB com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . p. 31 6.4.3 Circuito D com pulso utilizando portas NOR . . . . . . . . . . . . p. 32 7 Conclus˜es o p. 33 8 Bibliografia p. 34
  • 4. 4 1 Resumo No quarto experimento da disciplina de Laborat´rio de Circuitos Digitais, analisamos o e implementamos os circuitos seq¨enciais, utilizando portas l´gicas NAND, AND e NOT. u o Foi analisado, tamb´m, o comportamento do flip-flop JK, em especial. e
  • 5. 5 2 Objetivos O quarto experimento da disciplina de Laborat´rio de Circuitos Digitais teve como o objetivo analisar o comportamento de circuitos seq¨enciais, capazes de armazenar infor- u ma¸oes l´gicas at´ o momento que desejarmos. Uma das maneiras de implementarmos c˜ o e tais circuitos s˜o atrav´s da constru¸˜o de m´quinas de estado, que veremos durante este a e ca a relat´rio. o
  • 6. 6 3 Componentes • Prot-o-board • Circuitos integrados – 74LS00 (porta NAND, 2 entradas) – 74LS10 (porta NAND, 3 entradas) – 74LS04 (porta NOT) – 74LS107 (circuito Flip-Flop, tipo JK) • Fios • Alicate • Mult´ ımetro • Oscilosc´pio o • Gerador de frequˆncias e • Fonte de alimenta¸ao c˜
  • 7. 7 4 Introdu¸˜o Te´rica ca o 4.1 Circuitos L´gicos o Os circuitos l´gicos, como sabemos, podem ser de dois tipos: combinacionais e seq¨en- o u ciais. S˜o constitu´ a ıdos por portas que admitem uma ou v´rias entradas, cada uma delas a podendo assumir o valor booleano 0 ou 1. Geralmente, os circuitos tˆm uma sa´ e ıda, que ´ e fun¸˜o das entradas. As portas utilizadas nos circuitos dependem da tecnologia (Exemplo: ca trans´ ıstores), por´m correspondem normalmente as opera¸˜es l´gicas AND, OR, NOT, e ` co o NAND, NOR. As portas s˜o combinadas em circuitos, conectando eletricamente as sa´ a ıdas de algumas portas as entradas de outras. ` 4.1.1 Circuitos Combinat´rios o Neste tipo de circuito, a sa´ depende apenas de uma combina¸˜o das entradas. Esses ıda ca cicuitos seguem a l´gica combinacional e utiliza a ´lgebra booleana como ferramenta. Uma o a representa¸ao de um modelo gen´rico pode ser visto na figura 4.1: c˜ e Figura 4.1: Modelo de circuito combinacional
  • 8. 8 4.1.2 Circuitos Sequenciais Trata-se de um circuito caracterizado por uma re-alimenta¸ao da sa´ para a entrada c˜ ıda (o que o diferencia de um circuito combinacional), denominada estado interno, cuja prin- cipal caracter´ ıstica ´ fazer com que as sa´ e ıdas sejam dependentes das entradas atuais e de estados ocorridos anteriormente. Na figura 4.2 podemos ver o funcionamento de tal circuito: Figura 4.2: Modelo de circuito sequencial 4.2 Latchs A forma mais b´sica de implementar-se um circuito l´gico de mem´ria ´ conhecida como a o o e latch, que significa, em portuguˆs, trinco, ferrolho. Sua arquitetura ´ composta de duas e e portas l´gicas inversoras, possuindo duas saidas: a vari´vel l´gica Q e o seu complemento o a o l´gico. o
  • 9. 9 Figura 4.3: Modelo de latch Tendo em vista a figura 4.3, note que se imposto n´ ıvel l´gico alto (1) em Q, seu o complemento ir´ para o n´ l´gico baixo (0). Esse estado (Q = 0) permanecer´ at´ que a ıvel o a e seja imposto n´ ıvel l´gico baixo a Q. Evidentemente, o latch s´ consegue armazenar um o ` o unico bit. Caso seja necess´rio armazenar uma palavra de mais de um bit, ser´ necess´rio ´ a a a um latch para cada bit (por exemplo, uma palavra de 32 bits precisar´ de um dispositivo a de mem´ria de 32 latchs para ser armazenada). Um latch, portanto, ´ um elemento b´sico o e a de mem´ria que opera sob n´ o ıveis de sinal (isto ´, ativo quando o sinal ´ 1 ou 0). e e 4.2.1 Latch SR Pode-se tamb´m, construir um latch com outras portas l´gicas (OR e AND), e n˜o e o a obstante, disponibilizar entradas para o latch. Um latch constru´ dessa forma ´ chamado ıdo e Latch SR.
  • 10. 10 Figura 4.4: Implementa¸˜o do latch SR utilizando portas NAND ca Note que este latch SR possui duas portas NAND entrela¸adas com duas entradas, S e c R. Possui tamb´m duas sa´ e ıdas, uma denominada Q, e a outra sendo o complemento de Q. Independentemente dos valores l´gicos atribu´ o ıdos a S e a R, estas vari´veis s˜o referˆncias ` ` a a e aos valores da vari´vel de estado do latch SR. Em primeiro lugar, especifica-se o estado do a latch SR atrav´s do par Q e seu complemento: e Estado SET : Q = 1, Q = 0 Estado RESET : Q = 0, Q = 1 ´ E claro que a escolha adequada das entradas poder´ produzir um dos dois estados, de a acordo com a tabela caracter´ ıstica vista acima. Note que o estado SET ´ alcan¸ado pela e c combina¸˜o S = 0 e R = 1. O estado RESET por S = 1 e R = 0. J´ na combina¸ao S ca a c˜ = 1 e R = 1, o estado atual ´ mantido. Finalmente, a combina¸ao S = 0 e R = 0, n˜o ´ e c˜ a e utilizada pelo simples fato de produzir um estado indefinido, da´ o uso do s´ ı ımbolo ? ou -. Note que a diferen¸a entre as duas implementa¸˜es est´ na combina¸ao SR que leva c co a c˜ ´ ao estado indefinido. E claro que o aparecimento de estado indefinido representa uma desvantagem dos Latches-SR. Um avan¸o poss´ na dire¸˜o da elimina¸ao desse problema c ıvel ca c˜ ´ a inclus˜o de um terceira entrada de controle, C. Seu diagrama l´gico ´ dado pela figura e a o e 4.5, e sua respectiva tabela caracter´ ıstica ´ dado pela tabela TODO: e
  • 11. 11 Figura 4.5: Implementa¸˜o do latch SR com entrada de controle ca C S R Pr´ximo estado o 0 X X Mant´m o estado atual e 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 Proibido Tabela 4.1: Tabela caracter´ ıstica para a figura 4.5 Esta entrada de controle ”habilita”o latch; sendo usada para restringir entradas que possam afetar o seu estado. 4.2.2 Latch D O latch-SR possui uma s´ria desvantagem: seu estado indefinido, que n˜o pode ser uti- e a lizado. Mas possui tamb´m uma vantagem: com o entrada de controle, n˜o h´ necessidade e a a de fazer-se uma combina¸˜o de S e R para manter-se o atual estado. Porisso, necessita-se ca
  • 12. 12 apenas da entrada de controle, C, e de mais uma unica entrada, a qual chamaremos de D. ´ A esta nova configura¸ao daremos o nome de latch tipo D. c˜ Figura 4.6: Implementa¸˜o do latch D utilizando portas NAND ca C D Pr´ximo estado o 0 X Mant´m o estado atual e 1 0 0 1 1 1 Tabela 4.2: Tabela caracter´ ıstica para a figura 4.6 Observe que a entrada D substitui, com vantagem, as duas anteriores, S e R. Primeiro porque ´ mantido o estado atual pela desabilita¸ao do latch via entrada de controle, ou seja, e c˜ impondo C = 0; e depois, pela elimina¸ao do estado indefinido, pelo fato de n˜o ser mais c˜ a permitida a combina¸˜o S = R = 1, pela inclus˜o de um inversor. Mas h´, tamb´m, uma ca a a e desvantagem. Enquanto a entrada de controle ´ mantida alta, e se houver uma flutua¸˜o e ca no sinal D, a sa´ Q, do Latch D, tamb´m flutuar´, eventualmente mudando de estado. ıda e a Significa que o estado do latch D, portanto, n˜o ´ sempre est´vel. a e a
  • 13. 13 4.3 Flip-Flops Qualquer dispositivo ou circuito que tem dois estados ´ dito biest´vel. Por exemplo, e a uma chave de alavanca tem dois estados est´veis. Ela est´ ou aberta ou fechada, depen- a a dendo da posi¸ao da alavanca. A chave tamb´m ´ dita como tendo mem´ria, visto que ela c˜ e e o permanecer´ em um estado definido at´ que algu´m muda a posi¸ao da alavanca. a e e c˜ Um flip-flop ´ um circuito eletrˆnico biest´vel (dois estados est´veis), isto ´, sua sa´ ´ e o a a e ıda e 0 ou +5V. O flip-flop tamb´m tem mem´ria, visto que sua sa´ permanecer´ em um estado e o ıda a definido at´ que algo ocorra para mud´-lo. Como tal, o flip-flop pode ser considerado um e a dispositivo de mem´ria de 1 bit. Por exemplo, quando o flip-flop tem sua sa´ estabelecida o ıda em 0V, ele pode ser considerado como armazenando um sinal l´gico 0, e quando sua sa´ o ıda ´ estabelecida em +5V, como armazenando um sinal l´gico 1. e o Um flip-flop tipicamente inclui zero, um ou dois sinais de entrada, um sinal de clock, e um sinal de sa´ ıda, apesar de muitos flip-flops comerciais proverem adicionalmente o complemento do sinal de sa´ ıda. Alguns flip-flops tamb´m incluem um sinal da entrada e clear, que limpa a sa´ atual. Como s˜o implementados na forma de circuitos integrados, ıda a eles tamb´m necessitam de conex˜es de alimenta¸ao. A pulsa¸˜o ou mudan¸a no sinal do e o c˜ ca c clock faz com que o flip-flop mude ou retenha seu sinal de sa´ ıda, baseado nos valores dos sinais de entrada e na equa¸ao carecter´ c˜ ıstica do flip-flop. 4.3.1 Flip-Flop D O D vem da palavra dados, ´ o tipo de flip-flop mais utilizado. Possui uma arquitetura e simples com uma entrada D e um CLOCK. Este flip-flop ´ resultado de dois latches D e ligados de forma sequencial, onde suas entradas enable s˜o complementares. No flip-flop a tipo D, o que interessa ´ a transi¸˜o negativa, e sempre que esta ocorre a sa´ ´ atualizada. e ca ıda e
  • 14. 14 Figura 4.7: Modelo de flip-flop D montado com portas NAND 4.3.2 Flip-Flop JK ´ E uma varia¸˜o do latch SR s´ ca ıncrono, ao qual foi inclu´ uma nova realimenta¸˜o das ıda ca sa´ ıdas Q e Q, as portas l´gicas de entrada. Neste caso J executa a fun¸ao set e K a de reset. o c˜ O que diferencia o flip-flop JK do latch SR ´ quando as entradas J e K forem iguais a 1, e ap´s o sinal de clock a sa´ tem seu valor alterado. O flip-flop JK master-slave ´ formado o ıda e por dois latches denominados master (mestre) e slave (escravo), que se comunicam atrav´s e das portas de entrada e sa´ ıda. Tem as seguintes caracter´ ısticas: • est´ livre do problema de oscila¸ao a c˜ • as sa´ ıdas s´ se atualizam na decida do pulso do clock, sendo por isso chamados de o sens´ a borda de descida ou transi¸ao negativa ıvel ` c˜ • para transform´-lo em um flip-flop sens´ a borda de subida ou transi¸˜o positiva, a ıvel ` ca basta acrescentar um inversor na entrada de clock
  • 15. 15 Figura 4.8: Modelo de flip-flop JK montado com portas NAND 4.3.3 Flip-Flop T Os flip-flops do tipo T s˜o variantes diretas dos flip-flops JK e tˆm a caracter´ a e ıstica de: se T = 0, ent˜o J = 0 e K = 0, com isso as sa´ a ıdas do flip-flop n˜o se alteram e se T = 1, a ent˜o J = 1 e K = 1, portanto as sa´ a ıdas futuras ser˜o o complemento das atuais. a
  • 16. 16 5 Procedimento Experimental Nesse experimento foram constru´ ıdos circuitos sequenciais utilizando portas NOT, NAND e AND al´m de serem analizados os comportamentos do flip-flop JK. e 5.1 Circuito SR Utilizando circuito integrado de portas NAND (74LS00) montamos um circuito se- quencial conhecido como SR (Set-Reset) que possui duas entradas e duas sa´ ıdas como representado a seguir: Figura 5.1: circuito SET-RESET Como observado na figura, o valor de sa´ verificado depender´ tanto das entradas ıda a dadas como dos valores de sa´ ıdas anteriores. Sua tabela verdade pode ser constru´ da ıda seguinte forma:
  • 17. 17 R S Q ¯ Q Resultado 0 0 Q0 ¯ Q0 Mant´m estado inicial e 0 1 1 0 Complementa 1 0 0 1 1 1 - - Proibido Tabela 5.1: Tabela caracter´ ıstica para o circuito SR Analisando a tabela exibida, conclu´ ımos que o circuito SR assume em Q o valor deter- minado pela entrada set, quando essa difere da entrada reset, e quando iguais, o circuito e ¯ mant´m o valor inicial de Q e Q (para o caso de baixo pulso) e assume uma configura¸aoc˜ a ¯ proibida quando as entradas est˜o ambas em estado alto (Q e Q assumem o valor 1 que ´ e l´gicamente “imposs´ o ıvel” e portanto este tipo de entrada no dispositivo ´ ignorado). e 5.2 Circuito D O circuito D implementado em seguida nada mais ´ do que uma unifica¸˜o das entradas e ca do circuito SR de forma que s´ s˜o considerados, efetivamente, as entradas v´lidas para o a a modifica¸˜o das sa´ ca ıdas, tais como R = 1, S = 0 ou vice-versa. Seu circuito ´ representado e da seguinte maneira:
  • 18. 18 Figura 5.2: circuito D Como observado acima, o circuito ´ extremamente semelhante ao SR, por´m as entradas e e se restringem as entradas distintas. ` ¯ ¯ D Q Q 0 0 1 1 1 0 Tabela 5.2: Tabela-verdade para o circuito D 5.3 Circuito AB Uma vez tendo elaborado o circuito SR, se unirmos esse com outro circuito SR obtemos um circuito AB.
  • 19. 19 Figura 5.3: circuito AB A B Q ¯ Q Resultado 0 0 Q0 ¯ Q Mant´m estado e 0 1 0 1 Copia 1 1 0 1 1 1 - - Proibido Tabela 5.3: Tabela-verdade para o circuito AB 5.4 Circuito SR com pulso A partir do circuito AB podemos, pela adici¸ao de uma vari´vel de controle (pulso/clock) c˜ a conectado junto com as entradas A e B, construir um circuito SR s´ ıncrono. Como mostrado na figura:
  • 20. 20 Figura 5.4: circuito SR com pulso Nesta figura vemos a presen¸a de um gerador de pulso (C) conectado junto com as c entradas A e B. O valor de sa´ e absolutamente dependente do valor do pulso dado ıda de forma que o circuito ´ considerado ou n˜o dependendo do caso. Seu comportamento e a portanto pode ser representado pela seguinte tabela: Pulso S R Q ¯ Q Resultado 0 0 Q ¯ Q 0 1 Q ¯ Q Inalterado 1 0 Q ¯ Q 1 1 Q ¯ Q 0 0 Q0 ¯ Q0 Mant´m estado inicial e 0 1 0 1 Copia 1 0 1 0 1 1 - - Proibido Tabela 5.4: Tabela-verdade para o circuito SR com pulso
  • 21. 21 5.5 Circuito D com pulso Analogamente ao circuito acima, ´ poss´ contruir um circuito D com uma vari´vel e ıvel a de controle (pulso) acoplada, como representado no esquema a seguir: Figura 5.5: circuito D com pulso ¯ Pulso D Q Q Resultado ¯ 0 Q Q Mant´m estado anterior e 1 ¯ Q Q 0 0 1 Copia 1 1 0 Tabela 5.5: Tabela-verdade para o circuito D com pulso 5.6 Circuito AB com pulso Analogamente, introduziremos pulso no circuito AB produzindo o esquem a seguir:
  • 22. 22 Figura 5.6: circuito AB com pulso ¯ Pulso A B Q Q Resultado ¯ 0 0 Q Q 0 1 ¯ Q Q Inalterado 1 0 ¯ Q Q 1 1 ¯ Q Q 0 0 1 0 Mant´m estado anterior e 0 1 0 1 Copia 1 0 1 0 1 1 - - Proibido Tabela 5.6: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso 5.7 Circuito AB com pulso e controle dos estados ini- ciais ´ E imposs´ se ter controle de qual valor estar´ armazenado inicialmente em um cir- ıvel a cuito AB convencional, e ´ por isso que existe o controle de estados iniciais que ´ composto e e de duas novas entradas definidas como UM e LIMPA com as quais ´ poss´ for¸ar valores e ıvel c
  • 23. 23 ¯ iniciais em Q e portanto Q. O esquema de tal circuito ´ representado a seguir: e Figura 5.7: circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais LIMPA UM Pulso A B Q ¯ Q Resultado 0 0 X X 1 1 N˜o interessa a 0 1 X X 0 1 Seta valor inicial em 0 1 0 X X 1 0 Seta valor inicial em 1 1 1 X X Q ¯ Q Inalterado 1 1 0 0 ¯ Q0 Q0 Mant´m estado inicial e 1 1 0 1 0 1 Complementa estado anterior 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 - - Proibido Tabela 5.7: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso e controle dos estados iniciais
  • 24. 24 5.8 Flip-Flop JK Muitas vezes ´ preciso for¸ar um flip-flop a assumir um determinado estado indepen- e c dentemente dos valores de suas entradas (por exemplo ao se ligar o dispositivo), isto ´ e poss´ com a adi¸ao da entrada LIMPA como mostrado no esquema abaixo: ıvel c˜ Figura 5.8: Flip-flop JK O flip-flop JK funciona como um SR mas com a vantagem de eliminar o caso de estado indeterminado ou proibido (quando ambas as entradas est˜o em estado alto) acrescentando, a e c˜ a ¯ al´m das fun¸oes set e reset, a comutabilidade na qual s˜o invertido os valores de Q e Q. O comportamento do Flip-Flop JK ´ representado na tabela abaixo: e
  • 25. 25 J K Pulso Q ¯ Q Resultado 0 0 Q0 ¯ Q0 Mant´m estado anterior e 0 1 0 1 Copia 1 0 1 0 1 1 ¯ Q0 Q0 Inverte estado anterior Tabela 5.8: Tabela-verdade para o circuito flip-flop JK 5.9 Circuito Bin´rio a Analisamos o circuito abaixo utilizando o gerador de freq¨encias e um oscilosc´pio: u o Figura 5.9: Circuito analisado no oscilosc´pio o No canal 1 (CH 1) do oscilosc´pio, ligamos o circuito integrado, enquanto o freq¨enc´ o u ı- metro foi ligado no canal 2 (CH 2). Ajustamos, ent˜o, a freq¨ˆncia para 1000 Hz. Ana- a ue lisando as ondas no oscilosc´pio, percebemos que o per´ o ıodo da onda do cicuito integrado era o dobro do per´ ıodo de onda do freq¨enc´ u ımetro. Em outras palavras:
  • 26. 26 TCI = 2T f requencimetro Ou seja, a freq¨ˆncia de onda do circuito integrado era de 1000/2 = 500 Hz, uma vez ue que T = 1/f, e ffreq = 1000 Hz.
  • 27. 27 6 Tarefas 6.1 Circuito SR utilizando portas NOR Outra implementa¸ao do circuito SR com duas entradas com portas l´gicas NOR: c˜ o Figura 6.1: Circuito SR modelado com portas NOR S R Q Pr´ximo estado o 0 0 - Estado n˜o usado a 0 1 1 Estado SET 1 0 0 Estado RESET 1 1 Qt Mant´m o estado atual e Tabela 6.1: Tabela-verdade para o circuito SR modelado com portas NOR
  • 28. 28 6.2 Circuito D utilizando portas NOR O circuito D com portas NOR possui o mesmo resultado do circuito com portas NAND, as duas possuem o mesmo resultado de sa´ (invers˜o do sinal de entrada). A unica ıda a ´ diferen¸a ´ que a entrada n˜o possui seu sinal negado, diferentemente da implementa¸˜o c e a ca do circuito com portas l´gicas NAND. o Figura 6.2: Circuito D modelado com portas NOR ¯ D Q Q 1 0 1 0 1 0 Tabela 6.2: Tabela-verdade para o circuito D modelado com portas NOR
  • 29. 29 6.3 Circuito AB utilizando portas NOR Figura 6.3: Circuito AB modelado com portas NOR ¯ ¯ A B Q ¯ Q Resultado 0 0 - - Proibido 0 1 1 0 Copia 1 0 0 1 1 1 Q0 ¯ Q0 Mant´m estado anterior e Tabela 6.3: Tabela-verdade para o circuito AB modelado com portas NOR
  • 30. 30 6.4 Circuitos SR com pulso, D com pulso e AB com pulso utilizando portas NOR 6.4.1 Circuito SR com pulso utilizando portas NOR Para construirmos o circuito SR com pulso utilizando portas NOR, basta pegarmos o circuito SR implementado com portas NOR e adicionar o circuito de pulso, caracterizando o diagrama esquem´tico a seguir: a Figura 6.4: Circuito SR com pulso utilizando portas NOR Pulso SET RESET Q ¯ Q Resultado 0 0 Q ¯ Q 0 1 Q ¯ Q Inalterado 1 0 Q ¯ Q 1 1 Q ¯ Q 0 0 Q0 ¯ Q0 Mant´m estado anterior e 0 1 0 1 Copia 1 0 1 0 1 1 - - Proibido Tabela 6.4: Tabela-verdade para o circuito SR com pulso utilizando portas NOR
  • 31. 31 6.4.2 Circuito AB com pulso utilizando portas NOR Figura 6.5: Circuito AB com pulso utilizando portas NOR ¯ ¯ ¯ Pulso A B Q Q Resultado ¯ 0 0 Q Q 0 1 ¯ Q Q Inalterado 1 0 ¯ Q Q 1 1 ¯ Q Q 0 0 1 0 Mant´m estado anterior e 0 1 0 1 Copia 1 0 1 0 1 1 - - Proibido Tabela 6.5: Tabela-verdade para o circuito AB com pulso utilizando portas NOR
  • 32. 32 6.4.3 Circuito D com pulso utilizando portas NOR Figura 6.6: Circuito D com pulso utilizando portas NOR ¯ Pulso D Q Q Resultado ¯ 0 Q Q Mant´m estado anterior e 1 1 0 Copia 0 0 1 Tabela 6.6: Tabela-verdade para o circuito D com pulso utilizando portas NOR
  • 33. 33 7 Conclus˜es o A partir do experimento realizado, pudemos compreender o funcionamento dos flip- flops, suas aplica¸˜es e suas limita¸oes. Tamb´m conclu´ co c˜ e ımos que os flip-flops, por terem essa capacidade de armazenar uma ´ ınfima mem´ria ao executar a comuta¸˜o de estados, podem o ca ser considerados os “ancestrais” das mem´rias utilizadas hoje em dia em calculadoras, o computadores e eletrˆnicos em geral. Isso porque, atualmente, o uso desse componente o tornou-se ultrapassado pelas novas tecnologias com um armazenamento de informa¸˜es co muito maior e mais eficiente.
  • 34. 34 8 Bibliografia • MALVINO e LEACH. Eletrˆnica Digital: Princ´ o ıpios e Aplica¸oes. c˜ • TOCCI, WIDMER E MOSS. Sistemas Digitais: Princ´ ıpios e Aplica¸˜es. co • www.ee.pucrs.br • http://www.inf.ufsc.br/ine5365/circseq.html • An´lise de Circuitos Digitais – Flip-Flops Prof. Luiz Marcelo Chiesse da Silva - a Cefet/PR – Corn´lio Proc´pio. e o • PUCRS – Faculdade de Engenharia El´trica – Departamento de Engenharia El´trica e e – Eletrˆnica Digital Cap. VII – F.C.C. De Castro. o