4. O declínio da biodiversidade
• Ritmo acelerado de descrição de novas espécies, entendimento dos ecossistemas,
tabulação de dados sobre a biota mundial
• Ritmo acelerado de ameaças
• Não sabemos quantas espécies existem, mas as taxas de extinção podem ser
estimadas em 4 abordagens
Registros fósseis Espécie-área
Mudanças no
status de ameaça
Declínio
populacional e
perda de áreas de
ocorrência
5. O declínio da biodiversidade
• Difícil determinar quando uma espécie está extinta pois algumas são conhecidas
por um único espécime, ou localização
• Muitas vezes a quantidade remanescente é muito pequena para exercer sua
função ecológica primordial
• Extinções podem causar desequilíbrios nas comunidades, que impacta o
ecossistema
• Pode ocorrer de uma vez ou gradativamente
6. Homogeneização da biota daTerra
• Há o movimento natural dos organismos, mas globalização humana aumenta a
taxa de introdução de espécies
• Introdução de espécies pode ter efeitos positivos e negativos
• Introdução de espécies e aumento de populações generalistas são responsáveis
pela homogeneização taxonômica
• Introdução de peixes esportivos nos EUA em 2000 levou a uma média de 15
espécies compartilhadas a mais entre 48 estados da federação, em comparação
com a época da colonização europeia
7. Ameaças à biodiversidade
• Compreender as causas ajuda na conservação
• Mais de 60% da superfície daTerra foi modificada
• Influência humana é o fator mais importante que contribui para a perda de
biodiversidade
• 3 influências nos habitats
Perda de
habitat
Fragmentação
de habitat
Degradação
de habitat
9. Ameaças à biodiversidade
• Perda, fragmentação e degradação de habitat está ligada a diversas causas, como
espécies invasoras, sobre-exploração, poluição...
10. Espécies invasoras
• 20% dos vertebrados estão ameaçados devido às espécies invasoras
• Efeito é mais pronunciado nos locais onde elas competem, predam ou mudam o
ambiente físico
• Final da déc. 80 temos a invasão do mexilhão-zebra da Eurásia (Dreissena
polymorpha) na América do Norte
• Trouxe perda de população de mexilhões nativos dulcícolas (60-90%) e extinções
11. Espécies invasoras
• Introdução da perca-do-Nilo (Lates niloticus) no Lago Vitória no início de 1960
extinguiu 200 espécies de ciclídeos (havia 600 espécies)
• Maioria dos ciclídeos é endêmica do local, e se havia 80% de biomassa de
ciclídeos, hoje há 80% de biomassa de perca-do-Nilo
• Alteração do habitat pode aumentar a vulnerabilidade à invasão por espécies
exóticas:
Diminuição de
90% floresta
seca no Havaí
Gramíneas
invasoras
Ameaças às
plantas locais
Gramíneas são
combustível
12. Espécies invasoras
• Espécies invasoras podem modificar ciclagem de
nutrientes
• Trepadeira invasora Pueraria montana no sudoeste dos
EUA compete por luz e N, fixando 235 kg de N por
hectare por ano, uma quantidade muito maior que a
deposição atmosférica
• O controle ou erradicação de espécies invasoras é
difícil, trabalhoso e custoso, mas justificável se a
preservação for para valor econômico ou cultural
• A melhor estratégia é o controle da chegada de
materiais biológicos
13. Sobre-exploração
• Sobre-exploração e caça excessiva refletem na
diminuição de abundância da biodiversidade e
extinção
• 1999 na Floresta Amazônica brasileira: 13
milhões de mamíferos mortos
• Oceanos, a cada to de pescada em arrastos
comerciais, 1 a 4 to de outras vidas marinhas são
carregadas: captura acessória
• “Melhor” abordagem nos casos de espécies com
valor econômico: coleta sustentável e
fiscalização
População
aumenta
Encolhimento do
ambiente natural
Alimentos
obtidos do
ambiente
14. Poluição, doenças e mudanças climáticas
• Poluentes são fatores de degradação e
perda de biodiversidade, causando
estresse fisiológico
• Há contaminantes que são
desreguladores endócrinos
• Doença causada pelo fungo
Batrachochytrium dendrobatidis dizimou
anfíbios
• Lobo-da-tasmânia foi extinto por uma
doença indeterminada, e atualmente o
diabo-da-tasmânia é ameaçado por uma
doença de tumor facial
15. Poluição, doenças e
mudanças climáticas
• Houve deslocamento de muitas espécies
para latitudes ou elevações superiores
por causa do aquecimento global
• Poucas estão diretamente em risco,
como anfíbios, e em especial duas
espécies de répteis (Sceloporus)
• Ritmo acelerado do aumento de
temperatura pode exceder a capacidade
de deslocamento e adaptação
16. Abordagens à conservação
• Conservação é mais voltada para preservação de
habitat, mas compreender espécies é essencial
• Análises genéticas são importantes instrumentos na
conservação
• Quanto menor a população, maior o efeito de deriva
genética, consanguinidade, menor variabilidade
genética e aumento de genes deletérios, o que
aumenta o risco de extinção
17. Abordagens à conservação
• Solução é o resgate genético
• Início dos anos 90, população de pantera-da-florida (Puma
concolor coryi) chegou a 25 indivíduos, com baixa
diversidade e alta frequência de problemas cardíacos,
caudas retorcidas, mau desenvolvimento dos testículos
• Captura de 8 fêmeas doTexas e soltura na Florida
• Resultado: população triplicou, variabilidade duplicou,
frequência de anomalia decaiu
• Proteção de habitats e construção de passagens entre
fragmentos auxilia nesses casos, mas o manejo direto foi
mais eficaz
18. Abordagens à conservação
• Análise genética auxilia no monitoramento e fiscalização em comércios ilegais:
biologia da conservação forense
• Baleias capturadas ilegalmente e vendidas como golfinho ou baleia-minke foram
identificadas no Japão
• Cicadáceas têm sido marcadas geneticamente, permitindo seu monitoramento
19. Abordagens à conservação
• Existem modelos que estimam sucesso de permanência de populações,
áreas/habitats a serem protegidos, fases de vida mais vulnerável, risco de
extinção, fornecendo até opções de gestão
• O mais usado é chamado Análise de Viabilidade Populacional (AVP) que calcula a
probabilidade de persistência de populações sob vários cenários, e a partir disso
determina-se quantos animais soltar, quantas plantas propagar para assegurar o
estabelecimento de populações ou determinar a quantidade segura de coleta
• Entretanto, devemos nos preocupar com o excesso de confiança
20. Abordagens à conservação
• Introdução de indivíduos, manipulação extensiva de habitat são ações para
populações ameaçadas
• Em casos extremos, a última esperança é a conservação ex situ e criação sob
condições controladas com expectativa de reintrodução
• Mais conhecidos são centros em zoológicos, centros de reprodução, jardins
botânicos, aquários
• Dentre os problemas temos doenças, falta de verba, mudança de comportamento
• Proteção da biodiversidade depende de regulamentações políticas, manutenção
de estrutura jurídica e apoio da ciência
21. Classificação de espécies para proteção
• Espécies mais raras e em mais rápido declínio são prioritárias
• Raridade pode ser determinada por uma matriz de abrangência, especificidade de
habitat e tamanho de população local
22.
23. Classificação de espécies para proteção
• Esforços de estado de conservação de espécies iniciou em 1963
• Classificação que indica quão ameaçada está a espécie
• O protocolo de avaliação de sua categoria leva em conta indivíduos, populações,
área geográfica total, taxa de declínio e ameaças
Criticamente
em perigo
Em perigo Vulnerável
Sob algum
nível menor
de ameaça
24. Panorama no Brasil
15-20% da
biodiversidade
mundial
50.313 espécies de
plantas e 125.251
de animais
Por ano descreve-
se 700 espécies
3% das espécies
estão ameaçadas
(5.501)
1.125 criticamente
em perigo
Livro vermelho
das espécies em
perigo