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Curso: Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Disciplina: Cartografia e Geoprocessamento
Estudante: Lidiane Aparecida Tostes Carvalho
1
Olá, estudantes!
Observamos na Unidade 2 que o geoprocessamento é uma ferramenta computacional capaz
de oferecer uma amplitude de produtos incalculável, que tem natureza multidisciplinar e que
pode servir de base para um sistema de tomadas de decisão mais assertivo, tanto na esfera
pública, quanto privada.
Diante disso, pede-se que vocês realizem a leitura do artigo Contribuições do
geoprocessamento à compreensão do mundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia,
disponível na biblioteca da disciplina. Após a leitura, nosso debate se dará sobre as questões
abaixo elencadas:
1- Na sua região, foi realizado algum trabalho em formato similar ao citado?
2- Quais as principais bases de dados foram utilizadas para a construção do trabalho?
3- Quais os principais resultados encontrados e como você avalia estes resultados?
Observação: Caso não exista nenhum trabalho similar, responder as questões com base no
trabalho disponível na biblioteca da disciplina.
ATIVIDADE 03
1 R= Eu não cheguei a fazer nenhum trabalho similar ao que foi pedido na pergunta
acima, então utilizei os dados “ Contribuições do geoprocessamento à compreensão
do mundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia” .
2 R= Para construção do trabalho disponível pela biblioteca da disciplina foram
utilizados: os dados geocodificados dos imóveis rurais registrados no CAR com
imagens de satélite com resolução de 5 metros oferecidas pelo SFB; os dados
geocodificados dos estabelecimentos e/ou das atividades desenvolvidas registrados
no Censo Agropecuário de 2017 organizado com registros do CNEFE, ambos do
IBGE; dados geocodificados do desmatamento do projeto PRODES do INPE com
taxas anuais estimadas de desmatamento a partir de imagens dos satélites LANDSAT
com distância temporal de 15 dias e resolução de 20 até 30 metros.
3 R= Resposta: Os resultados do trabalho disponível pela biblioteca da disciplina
foram os seguintes: a reunião dos dados geocodificados mostraram a existência de
estabelecimentos ou atividades desenvolvidos na agropecuária, isto é, localizações
para produtores rurais, unidades ou áreas de produção, todos com referência
geográfica. Desse conjunto mais de 89% corresponde ao pequeno produtor com área
inferior a quatro módulos fiscais, e cuja repartição territorial dentro do Bioma da
Amazônia possui concentração em 79% para os Estados do Pará, Rondônia,
Amazonas e Mato Grosso. Essa população estatística tem correspondência com três
subgrupos: o primeiro composto por 39,3% com registros de imóveis rurais que estão
coincidentes nas bases de dados do CAR e do IBGE; o segundo composto por 28,0%
com registros no Censo Agropecuário de 2017 do IBGE que estão ausentes na base
de dados do CAR; o terceiro composto por 32,7% com registros de imóveis rurais no
CAR que não surgem na base de dados do IBGE. As circunstâncias das estatísticas
para o segundo subgrupo trata daquela população constituída por apicultores,
Curso: Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Disciplina: Cartografia e Geoprocessamento
Estudante: Lidiane Aparecida Tostes Carvalho
2
pescadores e extrativistas, cujas atividades independem de uma fração de terra, e por
isso dificilmente farão inscrição no CAR; quanto ao terceiro subgrupo envolvem áreas
com conflitos agrários ou áreas de terras devolutas, produtores ausentes porque
trabalham em áreas urbanas com rendas extragrícolas inseridos numa cadeia entre
pecuarista e extrativista por períodos, ou porque as áreas envolvem formas complexas
de acesso, entre outros, como grandes áreas de estabelecimentos agropecuários com
registro no IBGE que possuem vários CARs e cuja correspondência deveria estar em
igual número na composição de CCIRs (sem averiguação).
Relativamente aos resultados decorrentes da análise de geoprocessamento dos
polígonos e áreas desmatadas demonstraram que a média de desmatamento por
polígono está em 19,1%, numa situação relativamente estável numa década com
cerca de 30.000 áreas de polígono cadastradas com desmatamento por cada ano de
estudo, tal fato significa que os produtores rurais têm limitado o direito de exploração
desses imóveis em 20%, tal como regido pelo Código Florestal, portanto esses níveis
de desmatamento não se tratam de ilegalidade. Essa amostragem corresponde com
29,7% da população dos dados geocodificados decorrentes da reunião CAR e IBGE
(próxima de 1 milhão de estabelecimentos/atividades na agropecuária), porém, o
desmatamento ocorrido dentro de áreas de parques nacionais, terras indígenas, etc.
(áreas protegidas) representa uma margem de cerca de 12% do número total de
polígonos, e menos de 40% em áreas com desmatamento ocorreram em imóveis
cadastrados no CAR, e outra estimativa envolve a ocorrência de desmatamento
individualizado através do produtor rural cuja correspondência representa menos de
3% para os registros de mais de 1 milhão de produtores rurais ou unidades ou áreas
de produção existentes no Bioma da Amazônia.
Um outro aspecto importante ter desenvolvido e implementado, no âmbito do Plano
Amazônia Agora e do Programa Regulariza Pará, diferentes estratégias de avanço da
agenda de regularização ambiental: análise e validação do Cadastro Ambiental Rural
em força-tarefa, os bancos de dados para servidão ambiental e supressão vegetal, a
regularização ambiental de territórios coletivos, também podem ser acompanhados os
resultados estatísticos dessas ações, tendo existido um total de cerca de 100.000
imóveis rurais analisados no CAR desde o aumento da equipe em 2016, e futuramente
isso permitirá uma investigação mais completa sobre os fatos dos fenômenos de
desmatamento ou queimadas relacionados aos estabelecimentos ou atividades
desenvolvidos na agropecuária (localizações de produtores rurais, unidades ou áreas
de produção).
Referências:
DA SILVA, MÁRCIO F.; Cartografia e Geoprocessamento. Curso de Pós-Graduação
em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Faculdade UnyLeya, Brasília-DF, 2022.
DE MIRANDA, EVARISTO; ET AL. Contribuições do geoprocessamento à
compreensão domundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia.

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  • 1. Curso: Georreferenciamento de Imóveis Rurais Disciplina: Cartografia e Geoprocessamento Estudante: Lidiane Aparecida Tostes Carvalho 1 Olá, estudantes! Observamos na Unidade 2 que o geoprocessamento é uma ferramenta computacional capaz de oferecer uma amplitude de produtos incalculável, que tem natureza multidisciplinar e que pode servir de base para um sistema de tomadas de decisão mais assertivo, tanto na esfera pública, quanto privada. Diante disso, pede-se que vocês realizem a leitura do artigo Contribuições do geoprocessamento à compreensão do mundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia, disponível na biblioteca da disciplina. Após a leitura, nosso debate se dará sobre as questões abaixo elencadas: 1- Na sua região, foi realizado algum trabalho em formato similar ao citado? 2- Quais as principais bases de dados foram utilizadas para a construção do trabalho? 3- Quais os principais resultados encontrados e como você avalia estes resultados? Observação: Caso não exista nenhum trabalho similar, responder as questões com base no trabalho disponível na biblioteca da disciplina. ATIVIDADE 03 1 R= Eu não cheguei a fazer nenhum trabalho similar ao que foi pedido na pergunta acima, então utilizei os dados “ Contribuições do geoprocessamento à compreensão do mundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia” . 2 R= Para construção do trabalho disponível pela biblioteca da disciplina foram utilizados: os dados geocodificados dos imóveis rurais registrados no CAR com imagens de satélite com resolução de 5 metros oferecidas pelo SFB; os dados geocodificados dos estabelecimentos e/ou das atividades desenvolvidas registrados no Censo Agropecuário de 2017 organizado com registros do CNEFE, ambos do IBGE; dados geocodificados do desmatamento do projeto PRODES do INPE com taxas anuais estimadas de desmatamento a partir de imagens dos satélites LANDSAT com distância temporal de 15 dias e resolução de 20 até 30 metros. 3 R= Resposta: Os resultados do trabalho disponível pela biblioteca da disciplina foram os seguintes: a reunião dos dados geocodificados mostraram a existência de estabelecimentos ou atividades desenvolvidos na agropecuária, isto é, localizações para produtores rurais, unidades ou áreas de produção, todos com referência geográfica. Desse conjunto mais de 89% corresponde ao pequeno produtor com área inferior a quatro módulos fiscais, e cuja repartição territorial dentro do Bioma da Amazônia possui concentração em 79% para os Estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Essa população estatística tem correspondência com três subgrupos: o primeiro composto por 39,3% com registros de imóveis rurais que estão coincidentes nas bases de dados do CAR e do IBGE; o segundo composto por 28,0% com registros no Censo Agropecuário de 2017 do IBGE que estão ausentes na base de dados do CAR; o terceiro composto por 32,7% com registros de imóveis rurais no CAR que não surgem na base de dados do IBGE. As circunstâncias das estatísticas para o segundo subgrupo trata daquela população constituída por apicultores,
  • 2. Curso: Georreferenciamento de Imóveis Rurais Disciplina: Cartografia e Geoprocessamento Estudante: Lidiane Aparecida Tostes Carvalho 2 pescadores e extrativistas, cujas atividades independem de uma fração de terra, e por isso dificilmente farão inscrição no CAR; quanto ao terceiro subgrupo envolvem áreas com conflitos agrários ou áreas de terras devolutas, produtores ausentes porque trabalham em áreas urbanas com rendas extragrícolas inseridos numa cadeia entre pecuarista e extrativista por períodos, ou porque as áreas envolvem formas complexas de acesso, entre outros, como grandes áreas de estabelecimentos agropecuários com registro no IBGE que possuem vários CARs e cuja correspondência deveria estar em igual número na composição de CCIRs (sem averiguação). Relativamente aos resultados decorrentes da análise de geoprocessamento dos polígonos e áreas desmatadas demonstraram que a média de desmatamento por polígono está em 19,1%, numa situação relativamente estável numa década com cerca de 30.000 áreas de polígono cadastradas com desmatamento por cada ano de estudo, tal fato significa que os produtores rurais têm limitado o direito de exploração desses imóveis em 20%, tal como regido pelo Código Florestal, portanto esses níveis de desmatamento não se tratam de ilegalidade. Essa amostragem corresponde com 29,7% da população dos dados geocodificados decorrentes da reunião CAR e IBGE (próxima de 1 milhão de estabelecimentos/atividades na agropecuária), porém, o desmatamento ocorrido dentro de áreas de parques nacionais, terras indígenas, etc. (áreas protegidas) representa uma margem de cerca de 12% do número total de polígonos, e menos de 40% em áreas com desmatamento ocorreram em imóveis cadastrados no CAR, e outra estimativa envolve a ocorrência de desmatamento individualizado através do produtor rural cuja correspondência representa menos de 3% para os registros de mais de 1 milhão de produtores rurais ou unidades ou áreas de produção existentes no Bioma da Amazônia. Um outro aspecto importante ter desenvolvido e implementado, no âmbito do Plano Amazônia Agora e do Programa Regulariza Pará, diferentes estratégias de avanço da agenda de regularização ambiental: análise e validação do Cadastro Ambiental Rural em força-tarefa, os bancos de dados para servidão ambiental e supressão vegetal, a regularização ambiental de territórios coletivos, também podem ser acompanhados os resultados estatísticos dessas ações, tendo existido um total de cerca de 100.000 imóveis rurais analisados no CAR desde o aumento da equipe em 2016, e futuramente isso permitirá uma investigação mais completa sobre os fatos dos fenômenos de desmatamento ou queimadas relacionados aos estabelecimentos ou atividades desenvolvidos na agropecuária (localizações de produtores rurais, unidades ou áreas de produção). Referências: DA SILVA, MÁRCIO F.; Cartografia e Geoprocessamento. Curso de Pós-Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Faculdade UnyLeya, Brasília-DF, 2022. DE MIRANDA, EVARISTO; ET AL. Contribuições do geoprocessamento à compreensão domundo rural e do desmatamento no bioma Amazônia.