O documento resume 3 poemas que celebram o 25 de Abril de 1974 em Portugal. O primeiro poema fala sobre como o vento não traz notícias do país, mas sempre há quem resiste e diz não. O segundo poema compara o sonho a coisas concretas como pedras e rios. O terceiro poema celebra o 25 de Abril como o dia inicial e limpo onde emergiram da noite e do silêncio para viverem livres.
2. DEMOCRACIA Trova do vento que passa Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. … Mesmo na noite mais triste em tempo de sevidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. Manuel Alegre
3. LIBERDADE Pedra filosofal Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso, em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos, que em oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul. … António Gedeão
4. REVOLUÇÃO 25 de Abril Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo Sophia de Mello Breyner