O documento descreve a planta Taraxacum officinale, conhecida popularmente como dente-de-leão. A planta é originária da Europa e cresce espontaneamente em terrenos baldios. Ela possui flores amarelas e frutos que se dispersam pelo vento. Além de ser considerada uma erva daninha, o dente-de-leão também possui propriedades medicinais e é comestível.
1. Ensaio / pesquisa
ambiental / científico - Flora
Lucas Rodrigues Vasconcelos
Fotografia Ambiental – 2017/2 Fernando Pires
2. Taraxacum
- Nome Científico: Taraxacum officinale
- Sinonímia: Leontodon taraxacum, Taraxacum dens-leonis, Taraxacum retroflexum
- Nomes Populares: Dente-de-leão, Taraxaco, Taráxaco, Paraquedas, Amor-de-homem,
Amor-dos-homens, Chicória-louca, Chicória-silvestre, Radite-bravo, Relógio-dos-estudantes,
Coroa-de-monge, Soprão, Dente-de-leão-dos-jardins, Frango, Leutodonte, Amargosa, Alface-
de-cão, Alface-de-côco, Esperança, Salada-de-toupeira, Quartilho
- Família: Asteraceae
- Categoria: Flores, Flores Anuais, Folhas e Flores, Medicinal, Plantas Daninhas, Plantas
Hortícolas, Raízes e Rizomas
- Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
- Origem: Europa
- Altura: 0.1 a 0.3 metros, 0.3 a 0.4 metros
- Luminosidade: Sol Pleno
- Ciclo de Vida: Perene
3. O dente-de-leão é uma planta herbácea e perene, originária do continente europeu e
mais comumente conhecida como uma erva daninha, de distribuição cosmopolita. Apresenta
uma longa raiz pivotante e folhas basais, dispostas em roseta, oblongas a oblanceoladas,
glabras ou pubescentes e irregularmente lobadas, com uma seiva amarga e leitosa. Suas
inflorescências compostas são do tipo capítulo e surgem em escapos eretos, em qualquer época
do ano. Elas apresentam flores de corola amarela, liguladas e que, por apomixia (reprodução
assexuada), formam frutos do tipo aquênio, fusiformes e de cor marrom, equipados com cerdas
brancas e sedosas, que permitem que o fruto atinja grandes distâncias, quando carregado pelo
vento. O conjunto dos frutos tem uma forma esférica, plumosa, como um “pompom”.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em qualquer tipo de solo, mas
preferencialmente férteis e irrigados regularmente. Eles crescem espontaneamente em terrenos
baldios e ao longo de estradas, mas parecem ter uma predileção especial por gramados bem
cuidados. Para controlá-la nestas situações, deve-se utilizar um firmino ou uma faca, soltando
o solo entorno da raiz da planta, permitindo assim puxá-la inteira. Herbicidas seletivos também
são eficientes em grandes áreas, onde o controle manual se torna inviável, mas devem ser
utilizados sob criteriosa indicação e acompanhamento de um engenheiro agrônomo.
Multiplica-se facilmente por sementes. Ao cultivá-la como hortaliça, é usual conduzi-la
como anual, para que não seja permitida a frutificação, já que facilmente se espalha infestando
os jardins das proximidades.
4. O “dente-de-leão” é considerada uma importante planta daninha, principalmente em
gramados, onde apresenta difícil erradicação, já que sua longa raiz arrebenta com facilidade ao
se tentar o arranca-lo, persistindo assim no solo e rebrotando em seguida. Apesar disso, ela é
também comestível, constando com frequência em listas de plantas comestíveis não
convencionais, as “PANCs”. As folhas do dente-de-leão são uma fonte interessante de
vitaminas A, B e C, sendo também ricas em ferro e potássio. Elas pode ser consumidas cruas
em saladas e sucos verdes, ou mesmo cozidas e refogadas, como se fosse espinafre. As folhas
mais maduras, costumam ser muito amargas e são preferidas para refogar, enquanto que as
jovens são ideais para preparações cruas. Das suas raízes, tostadas e reduzidas a pó, também é
possível fazer uma bebida substituta ao café, à semelhança da chicória. Com as flores faz-se
geleia, xarope e vinho. Não obstante todas as suas qualidades como hortaliça, o dente-de-leão
ainda tem uma elevada reputação como planta medicinal, tratando e prevenindo uma
infinidade de doenças
- Indicações: Gota, Acidose, Afecções ósseas, Acne, Afecções renais, Afecções da
bexiga, Irritação da pele, Anemia, Arteriosclerose, Diarréia, Fraqueza, Cálculos
biliares, Câncer, Cáries, Celulite, Cirrose, Cistite, Hipercolesterolemia, Constipação,
Dermatoses, Afecções hepatobiliares, Reumatismo, Diabetes, Dismenorréia, Eczema,
Edema, Esplenite, Icterícia, Oligúria, Piorréia, Sardas, Varizes, Verrugas
- Propriedades: Alcalinizante, Antidiarréica, Antiescorbútica, Antiflogística, Anti-
hemorrágica, Hipotensora Antiinflamatória, Antilítica biliar, Antioxidante, Anti-
reumática, Antiúrica, Aperiente, Bactericida, Carminativa, Colagoga, Colerética,
Depurativa, Diurética, Digestiva, Estimulante, Expectorante, Febrífuga, Fortificante,
Galactagoga, Hipocolesterolêmica, Hipoglicêmica, Laxante suave, Nutritiva
- Partes Utilizadas: Raízes, caule, folhas sementes e flores