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                erto dia, Tomás chegou a casa já tarde e foi
                jantar. Como é habitual, cada membro da família
                contava como tinha sido o seu dia. Tomás,
empolgado por que esse momento chegasse finalmente, sentou-
se à mesa e nem deu tempo de os pais falarem.

       - Hoje, nas aulas, estivemos a aprender como localizar
alguns Planetas no céu. Eu sei localizá-los e, se tivéssemos um telescópio, conseguíamos vê-los
melhor. – insistiu o menino, que estava à espera que os pais demonstrassem curiosidade sobre
o assunto e que lhe pedissem para pôr em prática os conhecimentos que adquiriu.

       - Estou a ver que tiveste um dia muito preenchido e aprendeste muitas coisas novas! –
                               respondeu o pai, que já tinha percebido qual o desejo do filho
                               e estava à espera do momento adequado. – Se quiseres,
                               quando acabarmos de jantar, podemos ir lá para fora para nos
                               mostrares as tuas aptidões na área da astronomia!

                                       - Estou de acordo! – concordou a mãe, dando asas a
                               que o sorriso de Tomás aumentasse ainda mais. – Sempre tive
                               curiosidade em conhecer melhor a astronomia. Mas, com uma
condição! Tens que acabar de jantar mais cedo, para estares à mesma hora na cama.

       - Está bem, mãe!

       Tomás nem parecia aquela pessoa que gostava de comer com calma! Em menos de
dez minutos, o menino estava pronto para dar uma “lição de astronomia”!

       Tomás aprontou-se, chamou os pais e indicou os Planetas e localizou-os. O pai,
intrigado com tanta sabedoria, quis pôr o filho à prova e perguntou-lhe:
- Com tanta sabedoria, também deves saber localizar a
Estrela Polar?

        - Essa, a professora ainda não nos ensinou a localizar.
Mas vou pedir-lhe! – respondeu o filho . Ó pai, para que servem
as estrelas?

        -Podem servir para muita coisa! Sei lá… talvez as
estrelas um dia possam ser a nossa casa. Não se sabe. … talvez
quando morrermos cada um de nós se transforme numa estrela ou, … talvez, até habite nelas.

        -Parece ser divertido viver numa estrela!

        - Talvez! Mas agora tu vives na Terra e vais para a cama que já se faz tarde.

        - Oh! Mesmo agora?! … Até amanhã.

        - Até amanhã, filho! – despediram-se, assim, os pais em coro.




                 António Pedro Correia da Silva Pinheiro Nº 4 Ano/Turma: 7º Ano A

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  • 1. C erto dia, Tomás chegou a casa já tarde e foi jantar. Como é habitual, cada membro da família contava como tinha sido o seu dia. Tomás, empolgado por que esse momento chegasse finalmente, sentou- se à mesa e nem deu tempo de os pais falarem. - Hoje, nas aulas, estivemos a aprender como localizar alguns Planetas no céu. Eu sei localizá-los e, se tivéssemos um telescópio, conseguíamos vê-los melhor. – insistiu o menino, que estava à espera que os pais demonstrassem curiosidade sobre o assunto e que lhe pedissem para pôr em prática os conhecimentos que adquiriu. - Estou a ver que tiveste um dia muito preenchido e aprendeste muitas coisas novas! – respondeu o pai, que já tinha percebido qual o desejo do filho e estava à espera do momento adequado. – Se quiseres, quando acabarmos de jantar, podemos ir lá para fora para nos mostrares as tuas aptidões na área da astronomia! - Estou de acordo! – concordou a mãe, dando asas a que o sorriso de Tomás aumentasse ainda mais. – Sempre tive curiosidade em conhecer melhor a astronomia. Mas, com uma condição! Tens que acabar de jantar mais cedo, para estares à mesma hora na cama. - Está bem, mãe! Tomás nem parecia aquela pessoa que gostava de comer com calma! Em menos de dez minutos, o menino estava pronto para dar uma “lição de astronomia”! Tomás aprontou-se, chamou os pais e indicou os Planetas e localizou-os. O pai, intrigado com tanta sabedoria, quis pôr o filho à prova e perguntou-lhe:
  • 2. - Com tanta sabedoria, também deves saber localizar a Estrela Polar? - Essa, a professora ainda não nos ensinou a localizar. Mas vou pedir-lhe! – respondeu o filho . Ó pai, para que servem as estrelas? -Podem servir para muita coisa! Sei lá… talvez as estrelas um dia possam ser a nossa casa. Não se sabe. … talvez quando morrermos cada um de nós se transforme numa estrela ou, … talvez, até habite nelas. -Parece ser divertido viver numa estrela! - Talvez! Mas agora tu vives na Terra e vais para a cama que já se faz tarde. - Oh! Mesmo agora?! … Até amanhã. - Até amanhã, filho! – despediram-se, assim, os pais em coro. António Pedro Correia da Silva Pinheiro Nº 4 Ano/Turma: 7º Ano A