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Organização: Andreza Rocha
O menino sul-africano foi morto aos doze anos de idade quando a
polícia abriu fogo contra uma manifestação de estudantes que
protestavam contra o apartheid, regime de segregação racial
adotado de 1948 a 1984 pelos sucessivos governos da África do
Sul. A foto de Pieterson agonizante sendo carregado por um
colega e sua irmã comoveu o mundo todo. O dia de sua morte, 16
de junho, passou a ser conhecido na África do Sul como o Dia
Internacional da Juventude. Em 16 de junho de 2002 foi
inaugurado no país um museu e um memorial que levam seu
nome e que homenageiam todos que morreram na Revolta de
1976.
Nascido no Paquistão em 1982 e vendido aos quatro anos de idade para
uma indústria de carpetes como escravo, o menino Iqbal trabalhava 12
horas por dia e não recebia comida e cuidados adequados para uma
criança de sua idade. Por isso seu crescimento foi afetado: aos doze
anos tinha o tamanho de uma criança de 6. Aos dez anos, Iqbal
conseguiu fugir da escravidão e uniu-se a um grupo libertador
paquistanês cujo objetivo era erradicar o trabalho infantil ao redor do
mundo. Em 1995, ele foi assassinado depois de ter libertado
aproximadamente 3 mil crianças paquistanesas do trabalho escravo. Um
ano antes de sua morte, Iqbal recebeu o Reebok Human Rights Award,
prêmio destinado a jovens do mundo todo que tenham contribuído de
forma significante para a causa dos direitos humanos.
Nasceu em um município no leste de Johannesburgo, na África do
Sul, em 1989. Desde seu nascimento, ele era portador do vírus HIV,
adquirido de sua mãe. Quando a doença de sua mãe a tornou
incapaz de cuidar dele, Nkosi foi adotado legalmente. Ele nunca
conheceu seu pai. Em 1997, uma escola primária recusou recebê-lo
como aluno por ele ser HIV-positivo, fato que desencadeou uma
discussão política na África do Sul. Por fim, a escola o aceitou. A
partir disso, Johnson tornou-se um dos maiores defensores das
vítimas do vírus HIV: discursou em conferência internacional sobre o
assunto, fundou um refúgio para mães portadoras do vírus HIV e
seus filhos e foi reconhecido internacionalmente por suas iniciativas.
Com apenas 5 anos de idade, o indiano Om Prakash Gurjar foi tirado de
seus pais e levado para trabalhar no campo, onde permaneceu por três
anos, até ser resgatado por ativistas do Bachpan Bachao Andolan, uma
organização não governamental que luta a favor dos direitos das crianças e
contra o tráfico humano. Depois disso, Om aderiu à causa da associação.
Ajudou a desenvolver as Child Friendly Villages (Vilas amigas das crianças),
lugares onde crianças em situação de vulnerabilidade têm seus direitos
respeitados e recebem educação de qualidade e o trabalho infantil não é
permitido. Ele também trabalhou em projetos que tinham como objetivo
garantir o certificado de nascimento para todas as crianças, por acreditar
que esses documentos são o primeiro passo para garantir o direito das
crianças, comprovando suas idades e, assim, ajudando a protegê-las. Em
2006, Om recebeu o International Children´s Peace Prize.
Foi uma menina judia que, aos 13 anos de idade, ganhou um
diário. Nele, ela relatou os horrores e o medo que viu e sentiu
durante os 25 meses em que ela e sua família viveram escondidos
em um porão para fugir dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Em 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e todos
foram presos e enviados a campos de concentração. Aos 15 anos,
Anneliese Frank morreu de tifo, deixando para o mundo um
comovente testemunho do horror nazista.
Em 1982, Samantha Reed Smith, uma menina norte-americana,
então com dez anos de idade, decidiu escrever uma carta ao líder
soviético Yuri Andropov questionando-o sobre os motivos que
levaram os Estados Unidos e a União Soviética à Guerra Fria. Sua
carta foi publicada em um jornal soviético e, apenas em 1983,
Samantha recebeu uma resposta de Yuri Andropov. Com sua
atitude, a menina chamou a atenção do mundo todo e ficou
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  • 3. Nascido no Paquistão em 1982 e vendido aos quatro anos de idade para uma indústria de carpetes como escravo, o menino Iqbal trabalhava 12 horas por dia e não recebia comida e cuidados adequados para uma criança de sua idade. Por isso seu crescimento foi afetado: aos doze anos tinha o tamanho de uma criança de 6. Aos dez anos, Iqbal conseguiu fugir da escravidão e uniu-se a um grupo libertador paquistanês cujo objetivo era erradicar o trabalho infantil ao redor do mundo. Em 1995, ele foi assassinado depois de ter libertado aproximadamente 3 mil crianças paquistanesas do trabalho escravo. Um ano antes de sua morte, Iqbal recebeu o Reebok Human Rights Award, prêmio destinado a jovens do mundo todo que tenham contribuído de forma significante para a causa dos direitos humanos.
  • 4. Nasceu em um município no leste de Johannesburgo, na África do Sul, em 1989. Desde seu nascimento, ele era portador do vírus HIV, adquirido de sua mãe. Quando a doença de sua mãe a tornou incapaz de cuidar dele, Nkosi foi adotado legalmente. Ele nunca conheceu seu pai. Em 1997, uma escola primária recusou recebê-lo como aluno por ele ser HIV-positivo, fato que desencadeou uma discussão política na África do Sul. Por fim, a escola o aceitou. A partir disso, Johnson tornou-se um dos maiores defensores das vítimas do vírus HIV: discursou em conferência internacional sobre o assunto, fundou um refúgio para mães portadoras do vírus HIV e seus filhos e foi reconhecido internacionalmente por suas iniciativas.
  • 5. Com apenas 5 anos de idade, o indiano Om Prakash Gurjar foi tirado de seus pais e levado para trabalhar no campo, onde permaneceu por três anos, até ser resgatado por ativistas do Bachpan Bachao Andolan, uma organização não governamental que luta a favor dos direitos das crianças e contra o tráfico humano. Depois disso, Om aderiu à causa da associação. Ajudou a desenvolver as Child Friendly Villages (Vilas amigas das crianças), lugares onde crianças em situação de vulnerabilidade têm seus direitos respeitados e recebem educação de qualidade e o trabalho infantil não é permitido. Ele também trabalhou em projetos que tinham como objetivo garantir o certificado de nascimento para todas as crianças, por acreditar que esses documentos são o primeiro passo para garantir o direito das crianças, comprovando suas idades e, assim, ajudando a protegê-las. Em 2006, Om recebeu o International Children´s Peace Prize.
  • 6. Foi uma menina judia que, aos 13 anos de idade, ganhou um diário. Nele, ela relatou os horrores e o medo que viu e sentiu durante os 25 meses em que ela e sua família viveram escondidos em um porão para fugir dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Em 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e todos foram presos e enviados a campos de concentração. Aos 15 anos, Anneliese Frank morreu de tifo, deixando para o mundo um comovente testemunho do horror nazista.
  • 7. Em 1982, Samantha Reed Smith, uma menina norte-americana, então com dez anos de idade, decidiu escrever uma carta ao líder soviético Yuri Andropov questionando-o sobre os motivos que levaram os Estados Unidos e a União Soviética à Guerra Fria. Sua carta foi publicada em um jornal soviético e, apenas em 1983, Samantha recebeu uma resposta de Yuri Andropov. Com sua atitude, a menina chamou a atenção do mundo todo e ficou conhecida como “embaixadora da boa vontade”. Samantha morreu aos 13 anos de idade em um acidente de avião.