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O Perigoso Sentimento da Ira<br />Salmo 4:4; Efésios 4:26<br />Temos a tendência de ficarmos aborrecidos quando não concordamos com alguma coisa e até nos exaltamos com as pessoas que não concordam conosco. Não importa quem seja, pode ser a pessoa que mais amamos. Isso tem levado a muitos pecados, bem como a consequências terríveis, até mesmo, irreparáveis. Um espírito iracundo tem sido o passaporte para muitos palavrões, besteiras, inclusive para produzir marcas profundas na alma de pessoas, que as levam por toda uma vida. Segundo a Bíblia, uma pessoa com mau gênio é um tolo: “Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos” (Ec 7:9). Pode ser considerado um risco ao próximo: “O que presto se ira fará doidices, e o homem de más imaginações será aborrecido” (Pv 14:17). A ira produz contenda e confusão: “Como o espremer do leite produz queijo verde, e o espremer do nariz produz sangue, assim o espremer da ira produz contenda” (Pv 30:33).<br />Quando alguém sentir-se ofendido, primeiramente, deve guardar-se e não ficar expondo a outros a sua ira, para que não haja contendas, brigas, discussões; depois deve seguir a direção bíblia para saber como agir na situação, buscando sempre a melhor forma de estar agradando a Deus e mantendo a paz com os homens, pois a Palavra de Deus também nos diz que é prudente aquele que oculta a afronta: quot;
A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afrontaquot;
 (Pv 12:16); quot;
O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigosquot;
 (Pv 17:9); quot;
Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixasquot;
 (Pv 17:14).<br />Em Romanos 13.12 Paulo fala de “despir-se das obras das trevas”, que são listadas em Cl 3.8: ira, rancor, maldade, maledicência, palavras obscenas. O afastamento resoluto desse tipo de atitude é possível porque uma transformação fundamental ocorreu antes: “porque vos despistes do velho ser humano com seus feitos” (Cl 3.9).<br />Também a instrução sobre a ira é dada no contexto de uma citação literal do Sl 4.4: “Quando estais irados, não pequeis”. Com essas palavras Paulo lembra, em tom de exortação, a rápida transição da ira para o pecado. A convivência (dentro e fora da igreja) gera múltiplos motivos para a ira (cf. também Tg 1.19s – possivelmente por causa de opiniões opostas na discussão doutrinária). Enquanto o cristão deve ser “tardio para a ira” (Tg 1.19), no caso do perdão é preciso ter pressa: “O sol não se ponha sobre a vossa ira.” A exortação para afastar-se rapidamente do escândalo visa, sobretudo, combater o efeito devastador de uma briga de longa duração: Paulo exige que acabemos, sem delongas, com a ruptura da comunhão. Rancor envelhecido é difícil de apagar. Se para restabelecer a comunhão for necessária uma negociação com o irmão, devemos fazê-la de imediato. Se conseguimos solucionar a questão sem ela, devemos perdoar imediatamente. A mágoa torna-se bem mais perigosa quando é arrastada de um dia para o outro.<br />Pode-se constatar que a ira representa uma porta particularmente perigosa para a entrada de demônios. Por isso Paulo continua diretamente: “e não deis lugar (espaço) ao diabo”. Entre as “artimanhas” do diabo referidas em Efésios 6.11 sem sombra de dúvida está a ira prolongada, com todas as suas consequências.<br />Lendo Efésios 4:31, vemos mais uma vez que Paulo torna a comentar a ira e os vícios ligados a ela. É possível que os cinco termos – tendo a “ira” no centro – estejam em ordem crescente, “do foco interior à explosão exterior”, da “amargura” aos “insultos e ofensas a outros”, passando pela “cólera”, “explosão de ira” e “gritaria”. Tais manifestações, aliadas com toda “sorte de maldade”, devem ser afastadas da igreja, visto que são capazes de formar uma “raiz amarga” no seio da comunhão (cf. Hb 12.15). A isso Paulo contrapõe a conduta apropriada aos que crêem, que brota da atitude de Deus e tem nele seu paradigma: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4:32).<br />Conclusão: Salmos 133 (BEARC)1 Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.3 Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.<br />Perguntas para reflexão:<br />Por que a ira é algo perigoso?<br />Você está abrigando, atualmente, a ira em seu coração?<br />Qual é a vontade de Deus em relação a isso?<br />
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  • 1. O Perigoso Sentimento da Ira<br />Salmo 4:4; Efésios 4:26<br />Temos a tendência de ficarmos aborrecidos quando não concordamos com alguma coisa e até nos exaltamos com as pessoas que não concordam conosco. Não importa quem seja, pode ser a pessoa que mais amamos. Isso tem levado a muitos pecados, bem como a consequências terríveis, até mesmo, irreparáveis. Um espírito iracundo tem sido o passaporte para muitos palavrões, besteiras, inclusive para produzir marcas profundas na alma de pessoas, que as levam por toda uma vida. Segundo a Bíblia, uma pessoa com mau gênio é um tolo: “Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos” (Ec 7:9). Pode ser considerado um risco ao próximo: “O que presto se ira fará doidices, e o homem de más imaginações será aborrecido” (Pv 14:17). A ira produz contenda e confusão: “Como o espremer do leite produz queijo verde, e o espremer do nariz produz sangue, assim o espremer da ira produz contenda” (Pv 30:33).<br />Quando alguém sentir-se ofendido, primeiramente, deve guardar-se e não ficar expondo a outros a sua ira, para que não haja contendas, brigas, discussões; depois deve seguir a direção bíblia para saber como agir na situação, buscando sempre a melhor forma de estar agradando a Deus e mantendo a paz com os homens, pois a Palavra de Deus também nos diz que é prudente aquele que oculta a afronta: quot; A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afrontaquot; (Pv 12:16); quot; O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigosquot; (Pv 17:9); quot; Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixasquot; (Pv 17:14).<br />Em Romanos 13.12 Paulo fala de “despir-se das obras das trevas”, que são listadas em Cl 3.8: ira, rancor, maldade, maledicência, palavras obscenas. O afastamento resoluto desse tipo de atitude é possível porque uma transformação fundamental ocorreu antes: “porque vos despistes do velho ser humano com seus feitos” (Cl 3.9).<br />Também a instrução sobre a ira é dada no contexto de uma citação literal do Sl 4.4: “Quando estais irados, não pequeis”. Com essas palavras Paulo lembra, em tom de exortação, a rápida transição da ira para o pecado. A convivência (dentro e fora da igreja) gera múltiplos motivos para a ira (cf. também Tg 1.19s – possivelmente por causa de opiniões opostas na discussão doutrinária). Enquanto o cristão deve ser “tardio para a ira” (Tg 1.19), no caso do perdão é preciso ter pressa: “O sol não se ponha sobre a vossa ira.” A exortação para afastar-se rapidamente do escândalo visa, sobretudo, combater o efeito devastador de uma briga de longa duração: Paulo exige que acabemos, sem delongas, com a ruptura da comunhão. Rancor envelhecido é difícil de apagar. Se para restabelecer a comunhão for necessária uma negociação com o irmão, devemos fazê-la de imediato. Se conseguimos solucionar a questão sem ela, devemos perdoar imediatamente. A mágoa torna-se bem mais perigosa quando é arrastada de um dia para o outro.<br />Pode-se constatar que a ira representa uma porta particularmente perigosa para a entrada de demônios. Por isso Paulo continua diretamente: “e não deis lugar (espaço) ao diabo”. Entre as “artimanhas” do diabo referidas em Efésios 6.11 sem sombra de dúvida está a ira prolongada, com todas as suas consequências.<br />Lendo Efésios 4:31, vemos mais uma vez que Paulo torna a comentar a ira e os vícios ligados a ela. É possível que os cinco termos – tendo a “ira” no centro – estejam em ordem crescente, “do foco interior à explosão exterior”, da “amargura” aos “insultos e ofensas a outros”, passando pela “cólera”, “explosão de ira” e “gritaria”. Tais manifestações, aliadas com toda “sorte de maldade”, devem ser afastadas da igreja, visto que são capazes de formar uma “raiz amarga” no seio da comunhão (cf. Hb 12.15). A isso Paulo contrapõe a conduta apropriada aos que crêem, que brota da atitude de Deus e tem nele seu paradigma: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4:32).<br />Conclusão: Salmos 133 (BEARC)1 Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.3 Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.<br />Perguntas para reflexão:<br />Por que a ira é algo perigoso?<br />Você está abrigando, atualmente, a ira em seu coração?<br />Qual é a vontade de Deus em relação a isso?<br />