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Dispositivos utilizados para medir temperatura
Gustavo Monteiro da Silva
Professor Adjunto – Área Científica de Instrumentação e Medida
ESTSetúbal/IPS – Escola Superior de Tecnologia de Setúbal
R. do Vale de Chaves, Estefanilha, 2914-508 SETÚBAL, PORTUGAL
Tel: 265 790 000, Fax: 265 721 869, E-mail: gsilva@est.ips.pt
2
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B
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C
CK
K
K
Termopar – elemento primário de medida de temperatura constituído por dois
materiais diferentes ligados um ao outro.
(OMEGA ENGINEERING INC.)
Junção – ligação dos materiais por aperto ou por soldadura
Termopares industriais – dois materiais metálicos, soldados um ao outro
( , , )
T
AB
e f matA matB T
= (f. biunívoca) Æ Efeito termoeléctrico de Seebeck
Obtenção da temperatura: mede-se u (=
T
AB
e ) e pela relação anterior calcula-se T
por tabela (pág.10) ou por fórmula. O termopar é um sensor activo.
Material A
Material B
Junção eAB
T
u
3
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Efeito de Peltier:
Libertação (absorção) de calor numa junção percorrida por uma corrente eléctrica
P AB
Q I
π
= AB
π - coeficiente de Peltier
Efeito de Thomson:
Libertação (absorção) de calor num condutor onde existe gradiente de temperatura
1 2
( )
T
Q I T T
σ
= − σ - coeficiente de Thomson
⇓ I
QP
mat A mat B
junção
QT
T2
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⇑ QT
T2
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mat A
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junção
⇑
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1. Junção 1 a T1 Æ eAB(T1) (Seebeck)
2. Junção 2 a T2 Æ eAB(T2) (Seebeck)
3. eAB(T1) e eAB(T2) Æ I (Ohm)
4. I nas junções origina libertação/absorção de calor Æ T1 e T2 mudam (Peltier)
5. I nos condutores origina libertação/absorção de calor Æ T1 e T2 também mudam
(Thomson)
material A
material B
Junção 1
T1
Junção 2
T2
I
eAB(T1) eAB(T2)
5
F
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FO
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C
CK
K
K
EAB(T) é: nula ao zero absoluto
crescente com T, quase uma recta: AB AB
E T
α
= , αAB quase constante
Tmax ≈ 500 a 2500 ºC, consoante os metais do termopar EAB max ≈ 10 a 80 mV
Para cada termopar (par A,B) conhecido EAB sabe-se T: EAB(T) T
Sensibilidade da junção: AB
AB
dE
S
dT
α
= = (da ordem de μV/ºC)
EAB(T)
/mV
T /K
0
0
→
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C
CK
K
K
Primeira sugestão – utilização de um voltímetro de CC:
Junção de medida: (A,B), à temperatura T
Junções introduzidas com os cabos do voltímetro: (A,C) e (B,C)
F.e.m. de Seebeck: eAB(T), eAC(T2), eBC(T2)
Tensão lida pelo voltímetro: u = – eAC(T2) + eAB(T) + eBC(T2)
eAC(T2) ≠ eBC(T2) ⇒ u ≠ eAB(T)
eBC(T2) ≠ eAC(T2) vai corresponder a um erro na medida
Mat. A
Junção
T
eAB(T)
Mat. B
Mat. C
Mat. C
T2
T2
eAC
eBC
u V
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Solução utilizada – Introdução de uma junção de referência
Tensão lida pelo voltímetro: u(T) = – eBC(T2) – eAB(TR) + eAB(T) + eBC(T2)
= eAB(T) – eAB(TR)
Está definido (ANSI(1)
, ISA(2),
DIN, CEI) que TR = 0 ºC
Resultado obtido – u(T) não depende dos cabos de ligação ao voltímetro
T < 0 ºC Æ u < 0, T = 0 ºC Æ u = 0, T > 0 ºC Æ u > 0,
1
ANSI - American National Standards Institute
2
Instrumentation Systems and Automation Society.
A
junção de
medida
T
eAB(T)
B eBC
eBC
C
T2
V
u
junção de
referência
TR
eAB(TR)
B
C
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Nomes de termopares normalizados
(tipos de termopares)
Tensões de saída, usando uma
junção de referência a 0 ºC
nome Constituição
Gama de
Temperatura
B Platina / 30% Ródio-Platina 0–1800 ºC
C Tung-5% Rénio/Tung-26% Rénio 0–2320 ºC
E Cromel / Constantan -270–1000 ºC
G Tungsténio/ Tung-26% Rénio 0–2300 ºC
J Ferro / Constantan -210–750 ºC
K Cromel / Alumel -270–1370 ºC
N Nicrosil /Nisil -270–1300 ºC
R Platina / 13%Ródio-Platina -50–1750 ºC
S Platina / 10%Ródio-Platina -50–1750 ºC
T Cobre / Constantan -270–400 ºC
Constantan = Cobre-Níquel Cromel = Níquel-Crómio Nisil = Ni-Si-Mg
Alumel = Níquel-Alumínio Nicrosil = Ni-Cr-Si
Tipo E
Tipo J
Tipo K
Tipo T S
Tipo R
Tipo B
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
-250 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750
Temperatura /ºC
Tensão
/mV
9
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T (ºC) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 T (ºC)
… … … … … … … … … … … … …
0 0,000 0,050 0,101 0,151 0,202 0,253 0,303 0,354 0,405 0,456 0,507 0
10 0,507 0,558 0,609 0,660 0,711 0,762 0,813 0,865 0,916 0,967 1,019 10
20 1,019 1,070 1,122 1,174 1,225 1,277 1,329 1,381 1,432 1,484 1,536 20
30 1,536 1,588 1,640 1,693 1,745 1,797 1,849 1,901 1,954 2,006 2,058 30
40 2,058 2,111 2,163 2,216 2,268 2,321 2,374 2,426 2,479 2,532 2,585 40
50 2,585 2,638 2,691 2,743 2,796 2,849 2,902 2,956 3,009 3,062 3,115 50
60 3,115 3,168 3,221 3,275 3,328 3,381 3,435 3,488 3,542 3,595 3,649 60
70 3,649 3,702 3,756 3,809 3,863 3,917 3,971 4,024 4,078 4,132 4,186 70
80 4,186 4,239 4,293 4,347 4,401 4,445 4,509 4,563 4,617 4,671 4,725 80
90 4,725 4,780 4,834 4,888 4,942 4,996 5,050 5,105 5,159 5,213 5,268 90
100 5,268 5,322 5,376 5,431 5,485 5,540 5,594 5,649 5,703 5,758 5,812 100
110 5,812 5,867 5,921 5,976 6,031 6,085 6,140 6,195 6,249 6,304 6,359 110
120 6,359 6,414 6,468 6,523 6,578 6,633 6,688 6,742 6,797 6,852 6,907 120
130 6,907 6,962 7,017 7,072 7,127 7,182 7,237 7,292 7,347 7,402 7,457 130
140 7,457 7,512 7,567 7,622 7,677 7,732 7,787 7,843 7,898 7,953 8,008 140
150 8,008 8,063 8,118 8,174 8,229 8,284 8,339 8,394 8,450 8,505 8,560 150
160 8,560 8,616 8,671 8,726 8,781 8,837 8,892 8,947 9,003 9,058 9,113 160
170 9,113 9,169 9,224 9,279 9,335 9,390 9,446 9,501 9,556 9,612 9,667 170
180 9,667 9,723 9,778 9,834 9,889 9,944 10,000 10,055 10,111 10,166 10,222 180
190 10,222 10,277 10,333 10,388 10,444 10,499 10,555 10,610 10,666 10,721 10,777 190
200 10,777 10,832 10,888 10,943 10,999 11,054 11,110 11,165 11,221 11,276 11,332 200
… … … … … … … … … … … … …
Valores da tabela, u(T). Tensões em mV Referência a 0 ºC
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1
1. Dois metais, duas junções
Um circuito utilizando termopares deve
conter pelo menos:
• dois materiais distintos,
• duas junções.
2. Independência da temperatura do percurso
A tensão de saída do termopar, u:
• depende apenas das temperaturas das junções,
• é independente da forma como a temperatura se
distribui pelos condutores, desde que nestes
não haja corrente eléctrica.
u
T
eAB(T)
J ref
TR
eAB(TR)
J med
T1 T3 T4 T5 T6
T2
u
mat A
T
eAB(T) junção de
referência
TR
eAB(TR)
junção
de
medida mat B
mat B
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2
3. Metais intermédios nas ligações
Se um terceiro material homogéneo for inserido no condutor A ou no condutor B de um circuito com termopares, a
tensão de saída u permanece inalterável, desde que as novas junções estejam à mesma temperatura (T2 = T1).
=
4. Metais intermédios nas junções
A colocação de um material intermediário numa junção (medida ou referência) não afecta a tensão de saída u,
desde que as novas junções assim criadas sejam mantidas à mesma temperatura.
=
u
mat A
T
J ref
TR
mat B
mat B
J med
u
mat A
T
J ref
TR
mat B
mat B
J med
mat C
mat A
T1 T2
u
mat A
T
J ref
TR
mat B
mat B
J med
u
mat A
T
J ref
T3
mat B
mat B
J med
T3
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3
5. Lei das temperaturas sucessivas
Se um circuito de termopares com temperaturas T1 e T2 origina a tensão de saída u1,2 = f (T1,T2), e exposto a T2 e T3
produz uma tensão u2,3 = f (T2,T3), o mesmo circuito às temperaturas T1 e T3 originará uma tensão de saída
1,3 1 3 1,2 2,3
( , )
u f T T u u
= = + .
6. Lei dos metais sucessivos
Um termopar constituído pelos materiais A e C e com as junções expostas às temperaturas T1 e T2 gera uma tensão
uA,C. Um circuito semelhante construído de materiais C e B gera, às mesmas temperaturas, uC,B. Um 3º termopar,
semelhante na configuração, e fabricado com os materiais A e B, dará, às mesmas temperaturas , , ,
A B A C C B
u u u
= +
= +
T3
mat. B mat. B
mat. A
T1
u1,3
T2
mat. B mat. B
mat. A
T1
u1,2
T3
mat. B mat. B
mat. A
T2
u2,3
= +
T2
mat. B mat. B
mat. A
T1
uA,B
T2
mat. C mat. C
mat. A
T1
uA,C
T2
mat. B mat. B
mat. C
T1
uC,B
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A
1. Colocar a junção de referência em gelo fundente
Este método é:
• Muito preciso - usado pelo NBS(3)
para a produção de tabelas de termopares
• Pouco prático para ser usado na indústria
3
National Bureau of Standards
voltímetro
u0
gelo fundente
bloco
isotérmico
J3
Tmed
J4
ur
um
14
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2. Medir a temperatura da junção de referência e compensar por software
Passos a seguir Vantagens / inconvenientes
1. Mede-se RT. Converte-se RTÆUREF O bloco isotérmico + RT servem para vários termopares (~20)
2. Mede-se Um. Calcula-se U0 = Um+ UREF Exige computador, que poderá estar longe do termopar (~100 m)
3. Converte-se U0 em temperatura Poderá ser lento, se houver muitos termopares (~1000)
voltímetro
u0
Tmed
um
termistor
bloco
isotérmico
RT
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3. Medir a temperatura da junção de referência e compensar por hardware
• Serve apenas para um termopar
• É rápido e pode ser feito junto do termopar
• É o método actualmente utilizado: bloco e transmissor incorporados na cabeça do sensor
Tmed
ur
sensor de temperatura
em circuito integrado
bloco
isotérmico
exemplo prático
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1. Converter a tensão uo directamente através dos coeficientes polinomiais(4)
T = a0 + a1uo + a2uo
2
+ a3uo
3
+ a4uo
4
+ … (u0 / V, T / ºC)
Coef. Tipo de termopar
↓ Tipo E Tipo J Tipo K Tipo R Tipo S Tipo T
- 100 a 1000 ºC 0 a 760 ºC 0 a 1370 ºC 0 a 1000 ºC 0 a 1750 ºC - 160 a 400 ºC
a0 0,104967248 -0,048868252 0,226584602 0,263632917 0,927763167 0,100860910
a1 17189,45282 19873,14503 24152,10900 179075,491 169526,5150 25727,94369
a2 - 282639,0850 - 218614,5353 67233,4248 - 48840341,37 - 31568363,94 - 767345,8295
a3 12695339,5 11569199,78 22110340,682 190002 E+10 8990730663 78025595,81
a4 - 448703084,6 - 264917531,4 - 860963914,9 - 482704 ×10+12
- 1,63565 ×10+12
- 9247486589
a5 1,10866 ×10+10
2018441314 4,83506 E+10 7,62091 ×10+14
1,88027 ×10+14
6,97688 ×10+11
a6 -1,76807 ×10+11
- 1,18452 ×10+12
- 7,20026 ×10+16
- 1,37241 ×10+16
- 2,66192 ×10+13
a7 1,71842 ×10+12
1,38690 ×10+13
3,71496 ×10+18
6,17501 ×10+17
3,94078 ×10+14
a8 -9,19278 ×10+12
- 6,33708 ×10+13
- 8,03104 ×10+19
- 1,56105 ×10+19
a9 2,06132 ×10+13
1,6953 ×10+20
• Para cobrir a gama do termopar com um erro inferior a 1 º C são necessários 9 coeficientes
• Computacionalmente pesado.
4
Coeficientes para os termopares padrão, fornecidos pela NBS
17
T
T
TE
E
EM
M
MP
P
PE
E
ER
R
RA
A
AT
T
TU
U
UR
R
RA
A
A D
D
DO
O
O O
O
OB
B
BJ
J
JE
E
EC
C
CT
T
TO
O
O
2. Usar o termopar numa gama restrita e considerá-lo linear
• O desempenho satisfaz para os termopares mais lineares (ex., tipo K)
• Pode fazer-se a conversão linear directamente com um voltímetro ou um “DAQ”
3. Dividir a gama em sectores e converter com polinómio ordem de baixa
• Obtém-se a precisão do 1º método, com muito maior rapidez
• Divide-se a gama de medida (do termopar) em 8 sectores
• Utiliza-se um polinómio do 3º grau para cada sector (coeficientes diferentes dos anteriores)
• É o método usado na indústria:
no software dos sistemas de aquisição de dados, respeitante aos termopares
nos transmissores inteligentes.
18
C
C
CA
A
AB
B
BO
O
OS
S
S D
D
DE
E
E E
E
EX
X
XT
T
TE
E
EN
N
NS
S
SÃ
Ã
ÃO
O
O
Junção de medida – no campo Junção de referência – na sala de armários
Distância entre as junções de medida e de referência – da ordem de 100 m
Ligações entre estas junções: por meio de cabos de extensão (ou cabos de compensação)
Características – propriedades termoeléctricas equivalentes às dos metais dos termopares.
Porquê cabos de extensão em vez dos termopares? – flexíveis e de preço mais acessível
19
R
R
RE
E
EJ
J
JE
E
EI
I
IÇ
Ç
ÇÃ
Ã
ÃO
O
O D
D
DO
O
O R
R
RU
U
UÍ
Í
ÍD
D
DO
O
O
(Note-se que a sensibilidade de um termopar é da ordem dos microvolt/ºC)
Acções a tomar (no projecto, na instalação)
1. Usar cabos curtos, se possível com o conversor junto do termopar
2. Passar os cabos de sinal longe de cabos de potência
3. Usar cabos de extensão adequados, que não devem ser muito apertados
4. Utilização de cabos de sinal blindados, convenientemente ligados à terra
5. Efectuar uma filtragem analógica do sinal
6. Usar amplificadores com rejeição de modo comum elevada
7. Agrupar os cabos dos sinais de entrada de acordo com as cartas do “DCS”
8. Usar termopares adequados à atmosfera, com a junção soldada de origem
9. Quando possível, usar termopares com sensibilidade elevada
20
A
A
AS
S
SP
P
PE
E
EC
C
CT
T
TO
O
OS
S
S C
C
CO
O
ON
N
NS
S
ST
T
TR
R
RU
U
UT
T
TI
I
IV
V
VO
O
OS
S
S /
/
/ 1
1
1
bainha
auxiliar
extensão
cabeça
bainha
tampa
terminais
junção
(no interior)
21
A
A
AS
S
SP
P
PE
E
EC
C
CT
T
TO
O
OS
S
S C
C
CO
O
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NS
S
ST
T
TR
R
RU
U
UT
T
TI
I
IV
V
VO
O
OS
S
S /
/
/ 2
2
2
Nas aplicações em que se mede a temperatura de água
ou de vapor a alta pressão é obrigatório usar-se uma
bainha auxiliar de protecção, designada por
“thermowell”, que deve ser soldada ao processo.
22
A
A
AS
S
SP
P
PE
E
EC
C
CT
T
TO
O
OS
S
S C
C
CO
O
ON
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NS
S
ST
T
TR
R
RU
U
UT
T
TI
I
IV
V
VO
O
OS
S
S /
/
/ 3
3
3
← bainhas
cerâmicas
dimensões
reduzidas →
corte nas bainhas

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  • 1. T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S Dispositivos utilizados para medir temperatura Gustavo Monteiro da Silva Professor Adjunto – Área Científica de Instrumentação e Medida ESTSetúbal/IPS – Escola Superior de Tecnologia de Setúbal R. do Vale de Chaves, Estefanilha, 2914-508 SETÚBAL, PORTUGAL Tel: 265 790 000, Fax: 265 721 869, E-mail: gsilva@est.ips.pt
  • 2. 2 T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R R – – – E E EF F FE E EI I IT T TO O O D D DE E E S S SE E EE E EB B BE E EC C CK K K Termopar – elemento primário de medida de temperatura constituído por dois materiais diferentes ligados um ao outro. (OMEGA ENGINEERING INC.) Junção – ligação dos materiais por aperto ou por soldadura Termopares industriais – dois materiais metálicos, soldados um ao outro ( , , ) T AB e f matA matB T = (f. biunívoca) Æ Efeito termoeléctrico de Seebeck Obtenção da temperatura: mede-se u (= T AB e ) e pela relação anterior calcula-se T por tabela (pág.10) ou por fórmula. O termopar é um sensor activo. Material A Material B Junção eAB T u
  • 3. 3 O O OU U UT T TR R RO O OS S S E E EF F FE E EI I IT T TO O OS S S T T TE E ER R RM M MO O OE E EL L LÉ É ÉC C CT T TR R RI I IC C CO O OS S S Efeito de Peltier: Libertação (absorção) de calor numa junção percorrida por uma corrente eléctrica P AB Q I π = AB π - coeficiente de Peltier Efeito de Thomson: Libertação (absorção) de calor num condutor onde existe gradiente de temperatura 1 2 ( ) T Q I T T σ = − σ - coeficiente de Thomson ⇓ I QP mat A mat B junção QT T2 I T1 ⇑ QT T2 I T1 ⇓ I mat A QP mat B junção ⇑
  • 4. 4 I I IN N NT T TE E ER R RD D DE E EP P PE E EN N ND D DÊ Ê ÊN N NC C CI I IA A A D D DO O OS S S E E EF F FE E EI I IT T TO O OS S S T T TE E ER R RM M MO O OE E EL L LÉ É ÉC C CT T TR R RI I IC C CO O OS S S 1. Junção 1 a T1 Æ eAB(T1) (Seebeck) 2. Junção 2 a T2 Æ eAB(T2) (Seebeck) 3. eAB(T1) e eAB(T2) Æ I (Ohm) 4. I nas junções origina libertação/absorção de calor Æ T1 e T2 mudam (Peltier) 5. I nos condutores origina libertação/absorção de calor Æ T1 e T2 também mudam (Thomson) material A material B Junção 1 T1 Junção 2 T2 I eAB(T1) eAB(T2)
  • 5. 5 F F FO O OR R RÇ Ç ÇA A A E E EL L LE E EC C CT T TR R RO O OM M MO O OT T TR R RI I IZ Z Z D D DE E E S S SE E EE E EB B BE E EC C CK K K EAB(T) é: nula ao zero absoluto crescente com T, quase uma recta: AB AB E T α = , αAB quase constante Tmax ≈ 500 a 2500 ºC, consoante os metais do termopar EAB max ≈ 10 a 80 mV Para cada termopar (par A,B) conhecido EAB sabe-se T: EAB(T) T Sensibilidade da junção: AB AB dE S dT α = = (da ordem de μV/ºC) EAB(T) /mV T /K 0 0 → ←
  • 6. 6 M M ME E ED D DI I IÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DA A A F F F. . .E E E. . .M M M. . . D D DE E E S S SE E EE E EB B BE E EC C CK K K Primeira sugestão – utilização de um voltímetro de CC: Junção de medida: (A,B), à temperatura T Junções introduzidas com os cabos do voltímetro: (A,C) e (B,C) F.e.m. de Seebeck: eAB(T), eAC(T2), eBC(T2) Tensão lida pelo voltímetro: u = – eAC(T2) + eAB(T) + eBC(T2) eAC(T2) ≠ eBC(T2) ⇒ u ≠ eAB(T) eBC(T2) ≠ eAC(T2) vai corresponder a um erro na medida Mat. A Junção T eAB(T) Mat. B Mat. C Mat. C T2 T2 eAC eBC u V
  • 7. 7 E E EL L LI I IM M MI I IN N NA A AÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DA A AS S S F F F. . .E E E. . .M M M. . . I I IN N ND D DE E ES S SE E EJ J JÁ Á ÁV V VE E EI I IS S S Solução utilizada – Introdução de uma junção de referência Tensão lida pelo voltímetro: u(T) = – eBC(T2) – eAB(TR) + eAB(T) + eBC(T2) = eAB(T) – eAB(TR) Está definido (ANSI(1) , ISA(2), DIN, CEI) que TR = 0 ºC Resultado obtido – u(T) não depende dos cabos de ligação ao voltímetro T < 0 ºC Æ u < 0, T = 0 ºC Æ u = 0, T > 0 ºC Æ u > 0, 1 ANSI - American National Standards Institute 2 Instrumentation Systems and Automation Society. A junção de medida T eAB(T) B eBC eBC C T2 V u junção de referência TR eAB(TR) B C
  • 8. 8 T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S N N NO O OR R RM M MA A AL L LI I IZ Z ZA A AD D DO O OS S S Nomes de termopares normalizados (tipos de termopares) Tensões de saída, usando uma junção de referência a 0 ºC nome Constituição Gama de Temperatura B Platina / 30% Ródio-Platina 0–1800 ºC C Tung-5% Rénio/Tung-26% Rénio 0–2320 ºC E Cromel / Constantan -270–1000 ºC G Tungsténio/ Tung-26% Rénio 0–2300 ºC J Ferro / Constantan -210–750 ºC K Cromel / Alumel -270–1370 ºC N Nicrosil /Nisil -270–1300 ºC R Platina / 13%Ródio-Platina -50–1750 ºC S Platina / 10%Ródio-Platina -50–1750 ºC T Cobre / Constantan -270–400 ºC Constantan = Cobre-Níquel Cromel = Níquel-Crómio Nisil = Ni-Si-Mg Alumel = Níquel-Alumínio Nicrosil = Ni-Cr-Si Tipo E Tipo J Tipo K Tipo T S Tipo R Tipo B -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 -250 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 Temperatura /ºC Tensão /mV
  • 9. 9 T T TA A AB B BE E EL L LA A AS S S D D DE E E T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S ( ( (T T Te e er r rm m mo o op p pa a ar r r t t ti i ip p po o o J J J - - -2 2 21 1 10 0 0: : :7 7 75 5 50 0 0 º º ºC C C p p pa a ar r rt t te e e d d de e e t t ta a ab b be e el l la a a) ) ) T (ºC) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 T (ºC) … … … … … … … … … … … … … 0 0,000 0,050 0,101 0,151 0,202 0,253 0,303 0,354 0,405 0,456 0,507 0 10 0,507 0,558 0,609 0,660 0,711 0,762 0,813 0,865 0,916 0,967 1,019 10 20 1,019 1,070 1,122 1,174 1,225 1,277 1,329 1,381 1,432 1,484 1,536 20 30 1,536 1,588 1,640 1,693 1,745 1,797 1,849 1,901 1,954 2,006 2,058 30 40 2,058 2,111 2,163 2,216 2,268 2,321 2,374 2,426 2,479 2,532 2,585 40 50 2,585 2,638 2,691 2,743 2,796 2,849 2,902 2,956 3,009 3,062 3,115 50 60 3,115 3,168 3,221 3,275 3,328 3,381 3,435 3,488 3,542 3,595 3,649 60 70 3,649 3,702 3,756 3,809 3,863 3,917 3,971 4,024 4,078 4,132 4,186 70 80 4,186 4,239 4,293 4,347 4,401 4,445 4,509 4,563 4,617 4,671 4,725 80 90 4,725 4,780 4,834 4,888 4,942 4,996 5,050 5,105 5,159 5,213 5,268 90 100 5,268 5,322 5,376 5,431 5,485 5,540 5,594 5,649 5,703 5,758 5,812 100 110 5,812 5,867 5,921 5,976 6,031 6,085 6,140 6,195 6,249 6,304 6,359 110 120 6,359 6,414 6,468 6,523 6,578 6,633 6,688 6,742 6,797 6,852 6,907 120 130 6,907 6,962 7,017 7,072 7,127 7,182 7,237 7,292 7,347 7,402 7,457 130 140 7,457 7,512 7,567 7,622 7,677 7,732 7,787 7,843 7,898 7,953 8,008 140 150 8,008 8,063 8,118 8,174 8,229 8,284 8,339 8,394 8,450 8,505 8,560 150 160 8,560 8,616 8,671 8,726 8,781 8,837 8,892 8,947 9,003 9,058 9,113 160 170 9,113 9,169 9,224 9,279 9,335 9,390 9,446 9,501 9,556 9,612 9,667 170 180 9,667 9,723 9,778 9,834 9,889 9,944 10,000 10,055 10,111 10,166 10,222 180 190 10,222 10,277 10,333 10,388 10,444 10,499 10,555 10,610 10,666 10,721 10,777 190 200 10,777 10,832 10,888 10,943 10,999 11,054 11,110 11,165 11,221 11,276 11,332 200 … … … … … … … … … … … … … Valores da tabela, u(T). Tensões em mV Referência a 0 ºC
  • 10. 10 L L LE E EI I IS S S D D DE E E U U UT T TI I IL L LI I IZ Z ZA A AÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DO O OS S S T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S / / / 1 1 1 1. Dois metais, duas junções Um circuito utilizando termopares deve conter pelo menos: • dois materiais distintos, • duas junções. 2. Independência da temperatura do percurso A tensão de saída do termopar, u: • depende apenas das temperaturas das junções, • é independente da forma como a temperatura se distribui pelos condutores, desde que nestes não haja corrente eléctrica. u T eAB(T) J ref TR eAB(TR) J med T1 T3 T4 T5 T6 T2 u mat A T eAB(T) junção de referência TR eAB(TR) junção de medida mat B mat B
  • 11. 11 L L LE E EI I IS S S D D DE E E U U UT T TI I IL L LI I IZ Z ZA A AÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DO O OS S S T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S / / / 2 2 2 3. Metais intermédios nas ligações Se um terceiro material homogéneo for inserido no condutor A ou no condutor B de um circuito com termopares, a tensão de saída u permanece inalterável, desde que as novas junções estejam à mesma temperatura (T2 = T1). = 4. Metais intermédios nas junções A colocação de um material intermediário numa junção (medida ou referência) não afecta a tensão de saída u, desde que as novas junções assim criadas sejam mantidas à mesma temperatura. = u mat A T J ref TR mat B mat B J med u mat A T J ref TR mat B mat B J med mat C mat A T1 T2 u mat A T J ref TR mat B mat B J med u mat A T J ref T3 mat B mat B J med T3 mat D
  • 12. 12 L L LE E EI I IS S S D D DE E E U U UT T TI I IL L LI I IZ Z ZA A AÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DO O OS S S T T TE E ER R RM M MO O OP P PA A AR R RE E ES S S / / / 3 3 3 5. Lei das temperaturas sucessivas Se um circuito de termopares com temperaturas T1 e T2 origina a tensão de saída u1,2 = f (T1,T2), e exposto a T2 e T3 produz uma tensão u2,3 = f (T2,T3), o mesmo circuito às temperaturas T1 e T3 originará uma tensão de saída 1,3 1 3 1,2 2,3 ( , ) u f T T u u = = + . 6. Lei dos metais sucessivos Um termopar constituído pelos materiais A e C e com as junções expostas às temperaturas T1 e T2 gera uma tensão uA,C. Um circuito semelhante construído de materiais C e B gera, às mesmas temperaturas, uC,B. Um 3º termopar, semelhante na configuração, e fabricado com os materiais A e B, dará, às mesmas temperaturas , , , A B A C C B u u u = + = + T3 mat. B mat. B mat. A T1 u1,3 T2 mat. B mat. B mat. A T1 u1,2 T3 mat. B mat. B mat. A T2 u2,3 = + T2 mat. B mat. B mat. A T1 uA,B T2 mat. C mat. C mat. A T1 uA,C T2 mat. B mat. B mat. C T1 uC,B
  • 13. 13 T T TE E EM M MP P PE E ER R RA A AT T TU U UR R RA A A D D DE E E R R RE E EF F FE E ER R RÊ Ê ÊN N NC C CI I IA A A 1. Colocar a junção de referência em gelo fundente Este método é: • Muito preciso - usado pelo NBS(3) para a produção de tabelas de termopares • Pouco prático para ser usado na indústria 3 National Bureau of Standards voltímetro u0 gelo fundente bloco isotérmico J3 Tmed J4 ur um
  • 14. 14 T T TE E EM M MP P PE E ER R RA A AT T TU U UR R RA A A D D DE E E R R RE E EF F FE E ER R RÊ Ê ÊN N NC C CI I IA A A 2. Medir a temperatura da junção de referência e compensar por software Passos a seguir Vantagens / inconvenientes 1. Mede-se RT. Converte-se RTÆUREF O bloco isotérmico + RT servem para vários termopares (~20) 2. Mede-se Um. Calcula-se U0 = Um+ UREF Exige computador, que poderá estar longe do termopar (~100 m) 3. Converte-se U0 em temperatura Poderá ser lento, se houver muitos termopares (~1000) voltímetro u0 Tmed um termistor bloco isotérmico RT
  • 15. 15 T T TE E EM M MP P PE E ER R RA A AT T TU U UR R RA A A D D DE E E R R RE E EF F FE E ER R RÊ Ê ÊN N NC C CI I IA A A 3. Medir a temperatura da junção de referência e compensar por hardware • Serve apenas para um termopar • É rápido e pode ser feito junto do termopar • É o método actualmente utilizado: bloco e transmissor incorporados na cabeça do sensor Tmed ur sensor de temperatura em circuito integrado bloco isotérmico exemplo prático u0
  • 16. 16 T T TE E EM M MP P PE E ER R RA A AT T TU U UR R RA A A D D DO O O O O OB B BJ J JE E EC C CT T TO O O 1. Converter a tensão uo directamente através dos coeficientes polinomiais(4) T = a0 + a1uo + a2uo 2 + a3uo 3 + a4uo 4 + … (u0 / V, T / ºC) Coef. Tipo de termopar ↓ Tipo E Tipo J Tipo K Tipo R Tipo S Tipo T - 100 a 1000 ºC 0 a 760 ºC 0 a 1370 ºC 0 a 1000 ºC 0 a 1750 ºC - 160 a 400 ºC a0 0,104967248 -0,048868252 0,226584602 0,263632917 0,927763167 0,100860910 a1 17189,45282 19873,14503 24152,10900 179075,491 169526,5150 25727,94369 a2 - 282639,0850 - 218614,5353 67233,4248 - 48840341,37 - 31568363,94 - 767345,8295 a3 12695339,5 11569199,78 22110340,682 190002 E+10 8990730663 78025595,81 a4 - 448703084,6 - 264917531,4 - 860963914,9 - 482704 ×10+12 - 1,63565 ×10+12 - 9247486589 a5 1,10866 ×10+10 2018441314 4,83506 E+10 7,62091 ×10+14 1,88027 ×10+14 6,97688 ×10+11 a6 -1,76807 ×10+11 - 1,18452 ×10+12 - 7,20026 ×10+16 - 1,37241 ×10+16 - 2,66192 ×10+13 a7 1,71842 ×10+12 1,38690 ×10+13 3,71496 ×10+18 6,17501 ×10+17 3,94078 ×10+14 a8 -9,19278 ×10+12 - 6,33708 ×10+13 - 8,03104 ×10+19 - 1,56105 ×10+19 a9 2,06132 ×10+13 1,6953 ×10+20 • Para cobrir a gama do termopar com um erro inferior a 1 º C são necessários 9 coeficientes • Computacionalmente pesado. 4 Coeficientes para os termopares padrão, fornecidos pela NBS
  • 17. 17 T T TE E EM M MP P PE E ER R RA A AT T TU U UR R RA A A D D DO O O O O OB B BJ J JE E EC C CT T TO O O 2. Usar o termopar numa gama restrita e considerá-lo linear • O desempenho satisfaz para os termopares mais lineares (ex., tipo K) • Pode fazer-se a conversão linear directamente com um voltímetro ou um “DAQ” 3. Dividir a gama em sectores e converter com polinómio ordem de baixa • Obtém-se a precisão do 1º método, com muito maior rapidez • Divide-se a gama de medida (do termopar) em 8 sectores • Utiliza-se um polinómio do 3º grau para cada sector (coeficientes diferentes dos anteriores) • É o método usado na indústria: no software dos sistemas de aquisição de dados, respeitante aos termopares nos transmissores inteligentes.
  • 18. 18 C C CA A AB B BO O OS S S D D DE E E E E EX X XT T TE E EN N NS S SÃ Ã ÃO O O Junção de medida – no campo Junção de referência – na sala de armários Distância entre as junções de medida e de referência – da ordem de 100 m Ligações entre estas junções: por meio de cabos de extensão (ou cabos de compensação) Características – propriedades termoeléctricas equivalentes às dos metais dos termopares. Porquê cabos de extensão em vez dos termopares? – flexíveis e de preço mais acessível
  • 19. 19 R R RE E EJ J JE E EI I IÇ Ç ÇÃ Ã ÃO O O D D DO O O R R RU U UÍ Í ÍD D DO O O (Note-se que a sensibilidade de um termopar é da ordem dos microvolt/ºC) Acções a tomar (no projecto, na instalação) 1. Usar cabos curtos, se possível com o conversor junto do termopar 2. Passar os cabos de sinal longe de cabos de potência 3. Usar cabos de extensão adequados, que não devem ser muito apertados 4. Utilização de cabos de sinal blindados, convenientemente ligados à terra 5. Efectuar uma filtragem analógica do sinal 6. Usar amplificadores com rejeição de modo comum elevada 7. Agrupar os cabos dos sinais de entrada de acordo com as cartas do “DCS” 8. Usar termopares adequados à atmosfera, com a junção soldada de origem 9. Quando possível, usar termopares com sensibilidade elevada
  • 20. 20 A A AS S SP P PE E EC C CT T TO O OS S S C C CO O ON N NS S ST T TR R RU U UT T TI I IV V VO O OS S S / / / 1 1 1 bainha auxiliar extensão cabeça bainha tampa terminais junção (no interior)
  • 21. 21 A A AS S SP P PE E EC C CT T TO O OS S S C C CO O ON N NS S ST T TR R RU U UT T TI I IV V VO O OS S S / / / 2 2 2 Nas aplicações em que se mede a temperatura de água ou de vapor a alta pressão é obrigatório usar-se uma bainha auxiliar de protecção, designada por “thermowell”, que deve ser soldada ao processo.
  • 22. 22 A A AS S SP P PE E EC C CT T TO O OS S S C C CO O ON N NS S ST T TR R RU U UT T TI I IV V VO O OS S S / / / 3 3 3 ← bainhas cerâmicas dimensões reduzidas → corte nas bainhas