1. Anápolis, 7 a 13 de julho de 2012 JORNAL ESTADO CIDADES/ 5b
“A conquista no Fica é Sesc
traz o
sermos mais notados”
Palco
Giratório
O projeto Palco Gi-
ratório chega a Aná-
polis através do Sesc
A Mostra da Associação é um sinal de que a Secult está dução consiste na formação, nacional com o grupo
Brasileira de Documentaris- percebendo que sem o diálogo na produção e na difusão e carioca Cia. Bondrés,
tas – Seção Goiás (ABD-GO) com a classe, todos perdem. sem investimentos nada disso nesta quarta-feira
completou 10 anos de pre- Esse acesso deu oportunida- funciona. Portanto o edital de (11), às 20h, no Teatro
sença no Festival Internacio- de de diminuirmos deman- curtas deve ser permanente e Municipal. O projeto
nal de Cinema e Vídeo Am- das e isso deve ser permanen- anual e o Fundo Estadual de é realizado nacio-
biental (Fica), que chegou à te, vivemos em um momento Cultura deve ter editais que nalmente realizando
sua 14ª edição. A presidente do audiovisual brasileiro que atendam essa demanda. Por o giro de grupos de
da ABD-GO, cineasta Alyne os investimentos no setor de- esses motivos que a ABD cha- teatro no País. A Cia.
Fratari, analisa um cenário vem ser contínuos. O aspecto mou o Fórum do Audiovisual Bondrés apresenta
de ausência de filmes goia- ruim é termos que competir e discutiu por três dias, pen- o espetáculo Topeng
nos no Fica e de elaboração com mostras paralelas du- sando nossas necessidades e que dialoga rituais da
das políticas do setor au- rante a programação do Fica, diagnosticando demandas no ilha de Bali, na Indo-
diovisual na construção do isso é péssimo e desconside- cenário audiovisual. Essa é a nésia, com o teatro
Plano Estadual de Cultura. ra a importância da mostra maior conquista: conhecer- popular brasileiro.
Ela descreve os caminhos da e dos realizadores goianos. mos nossa realidade. Em cena, cinco
ABD-GO nesse contexto. Queremos ver o público nas personagens vivem
sessões, inclusive os organi- Como caminha a máscaras que re-
Como você avalia zadores do festival também. ABD-GO na elaboração velam as relações
a presença da Mostra Todos precisam conhecer do Plano Estadual de humanas no cotidia-
ABD-GO nesta edição nossas produções. Cultura? no. O foco na atuação
do Fica? O mercado audiovisu- é para a presença e
Acredito que tivemos Qual é a expressivi- al goiano está atualmente expressão de palco e
avanços e diálogos que torna- dade dos premiados da no centro de uma grande a coreografia, tirando
ram importantes o momento Mostra ABD no cenário transformação estrutural, um pouco da carga
da 10ª Mostra ABD. Essa nova nacional e internacio- com a regulamentação da lei do diálogo entre per-
diretoria, da qual faço parte, nal? Quais destaques? 12.485/11 e do Fundo Estadu- sonagens em cena. A
sentou para conversar com o Não vejo ainda nada de al de Cultura. Desenham-se companhia carioca é
secretário estadual [Gilvane relevante no cenário nacional as condições para a imple- recebida pelo grupo
Felipe] e sua equipe, para ar- e internacional. Assisti a todos mentação de um fluxo de goiano Nu Escuro, de
gumentar e questionar ações os filmes e particularmente produção, com possibilida- Goiânia, dentro da
e propor outras que já foram acho que o júri de premiação de efetiva de estruturação de proposta do proje-
atendidas em sua grande fez uma escolha justa dentro toda a cadeia produtiva. Que- to de intercâmbio
parte. A premiação que antes dos selecionados, inclusive remos construir um cenário cultural entre grupos
era de R$ 18 mil foi para R$ destacamos a propriedade em que a cadeia produtiva do teatrais visitantes
40 mil, e com a falta de filmes deste júri. Eu, Alyne, não acho audiovisual se estruture pere- com um grupo local.
goianos na mostra competiti- que a mostra tenha sido repre- CINEASTA Alyne Fratari na entrega da premiação da 10ª Mostra ABD-Goiás nemente, com políticas públi- O projeto Palco
va do Fica ficou em aberto os sentativa ou um recorte do ci- cas e ações efetivas para essa Giratório realiza a
R$ 80 mil em prêmios do festi- nema goiano, pelo menos uns transformação do mercado itinerância de espe-
val, que através de diálogos da nove ou dez filmes ficaram de perfil de filmes mais felizes cagem da cultura, pois esta- audiovisual e que possamos táculos previamente
ABD-GO e a classe audiovisu- fora. Quanto aos premiados, anteriormente e, para quem mos discutindo e articulando operar em larga escala, tan- selecionados há 15
al, conquistamos o direcio- são filmes jovens e que eu torço os acompanha, há uma evo- por políticas públicas para o to na formação e difusão do anos, administrado
namento deste valor para a para vê-los circular e entrarem lução bacana deste em rela- audiovisual local, e isso tam- cinema, como na produção pelo Sesc. O assessor
Mostra, dando um salto para em outros festivais, alguns já ção a outros trabalhos deles. O bém é um reflexo do cenário de filmes e conteúdos para técnico em cultura
R$ 120 mil em prêmios. O que foram selecionados, inclusive. “Gertrudes e seu Homem”, da brasileiro, temos a lei 12.485 tevê. Estamos num momen- do Sesc Anápolis,
queremos é manter este valor Essa circulação é importante, Adriana Rodrigues, é um fil- que abre para produção de to essencialmente positivo do Luiz Sérgio Fragelli,
para as próximas mostras da pois uma cinematografia que me que tem atrizes bacanas, e conteúdos para tevês fecha- audiovisual brasileiro, nisto fala das expectativas
ABD-GO, garantindo o re- se constrói somente localmen- o prêmio de melhor atriz foi a das. Os investimentos para o Goiás deve avançar junto e ao que aponta ser
conhecimento da produção te não diz nada, eles precisam melhor premiação da mostra audiovisual nacional serão por isso discutimos ações e o maior projeto de
local e movimentando assim ir para outros festivais, isso é para mim, a Juliana mereceu. pelo menos 30% das regiões políticas para um período de circulação de artes
a cadeia do audiovisual que um bom termômetro da qua- “Visões da Floresta” é mais um Centro-Oeste, Norte e Nor- dez anos. Nosso contexto atu- cênicas no Brasil. “A
é de suma importância para lidade. Se não circulam e não estilo institucional, mas com deste e isso fará com que o al é a transformação e a pre- vinda do Palco Gira-
um Estado que se propõe a se articulam fora, não adianta conteúdo importante. Enfim, setor passe por uma acelera- paração da cadeia produtiva tório para Anápolis
fazer um festival de cinema nada, filmes foram feitos para eu gostaria de ter visto filmes da profissionalização. Será do audiovisual, dos profissio- é uma oportunidade
internacional. Afinal, sem serem vistos. Sobre os premia- mais corajosos e não vi, to- bom para o cinema goiano, nais goianos para atender a de enriquecer a nossa
respeito e valorização ao seu dos, acho que consegui ver dos tentam se preocupar com teremos reflexos disso na pro- demanda gerada pela regu- cidade, trazendo
próprio cinema não há como uma direção mais segura no imagens se esquecendo do áu- dução de filmes, sejam mais lamentação da lei federal nº espetáculo de quali-
se movimentar para produzir filme da Ludielma Laurenti- dio (leia-se trilha também). E comerciais ou autorais. Não 12.485/11 e, em especial, do dade e acessível à po-
um festival do tamanho que no, o filme tem um temática o lance é o audiovisual, né? só de conhecimento técnico Fundo Estadual de Cultura. pulação”. O projeto
é o Fica e com seu orçamento forte que é o suicídio infantil, vive o cinema, antes disso há No caso deste último, o escalo- contará também com
em R$ 4 milhões. mas isso pra mim só está cons- Que retrato dá para o fluxo criativo, a estética e a namento do investimento nos uma oficina gratuita
Alguma outra con- truído em liveacction e quan- construir do atual ce- gestão. As maiores dificuldade três primeiros anos prioriza a do grupo na unidade
quista importante? do parte para animação fica nário do audiovisual são gerir e criar no processo de construção inicial do proces- do Sesc, no Jundiaí,
Conseguimos nesse ano uma lacuna. Uma pegada em Goiás? produção. Não são as câmeras so de estruturação da cadeia na quinta-feira (12),
o laboratório de roteiros e as mais madura e com fotogra- A conquista é sermos mais mais incríveis que farão bons produtiva de forma a alavan- das 8h às 18h.
oficinas de piting e transmí- fia mais arrojada, o “Destima- notados, vistos estrategica- filmes e sim as pessoas. O tri- car o setor e fazê-lo operar de
dias, propostas pela ABD. Isso ção da Mandra” vinha de um mente como setor de alavan- pé básico para uma boa pro- modo economicamente ativo.
ANÁPOLIS
Sexta em ranking de cidade digital
Da Redação dos municípios cresceu no 33% em relação aos 75 mu-
país, acompanhando o au- nicípios que participaram
CLASSIFICAÇÃO O Índice Brasil de Ci- mento dos investimentos em 2011.
dades Digitais (IBCD) foi no uso de Tecnologias da Se, na edição 2011 do
1º - Curitiba (PR) - 423 pontos divulgado nesta terça-feira Informação e Comunicação IBCD, só quatro municípios
pontos 6º - Anápolis (GO) - 388 (3), em São Paulo, e Anápo- (TICs). Tanto para melhorar se encontravam no nível
2º - Rio de Janeiro (RJ) - pontos lis alcançou o 6º lugar no a eficiência dos seus proces- Serviços Eletrônicos, este
407 pontos 7º - Porto Alegre (RS) - 387 ranking. A cidade ficou à sos de gestão como os servi- ano, 30 das 100 cidades atin-
3º - Belo Horizonte (MG) pontos frente de Porto Alegre, ca- ços prestados ao cidadão. giram esse nível. Já o núme-
- 398 pontos 8º - Jundiaí (SP) - 385 pon- pital do Rio Grande do Sul, Resultado de um trabalho ro de municípios no nível
4º - Vitória (ES) - 396 pon- tos e de outros importantes inédito realizado pelo CPqD um (o mais baixo na escala
tos 9º - Guarulhos (SP) - 382 municípios paulistas, como em parceria com a Momen- de digitalização), chamado
5º - Campinas (SP) - 390 pontos Jundiaí e Santos. to Editorial, o ranking traz, Acesso Básico, e no nível
pontos 10º - Santos (SP) - 378 Na segunda edição de sua neste ano, um total de 100 dois, Telecentros, permane-
6º - Sorocaba (SP) - 388 pontos publicação, o IBCD mostrou cidades. Esse número re- ceu o mesmo. Foram seis ci-
que o nível de digitalização presenta um aumento de dades (de 100) enquadradas EXPRESSO Digital: nova ferramenta