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PROJETO: MENOS ANTIBIÓTICOS, MAIS
VIDA
TRABALHO FINAL DA UC ECONOMIA DE CONSUMO
Laís Ribeiro
Igor Lacerda
Milena Lins
Docente Prof. Marta Bicho.
IPAM, JUNHO DE 2017
2
SUMÁRIO EXECUTIVO
Este projeto objetiva a criação de propostas de produtos e ações que visem o combate
a resistência antimicrobiana dentro do Concurso Angelini University Award. Para tal, foi
realizado um estudo sobre o ambiente macro e micro quanto as questões médicas,
econômicas e políticas que concernem essa problemática.
Com todo o estudo realizado, constatou-se que apesar das diversas fontes de
informações e notícias disponíveis, tudo encontra-se descentralizado, o que dificulta o
conhecimento mais uniforme e atualizado sobre a situação, a somar com poucas ações
de conscientização ampla e maciça, com uma linguagem simples e impactante, que de
fato gere nas pessoas um choque de alerta, e que desperte o desejo de prevenir que
essa questão se agrave e tome dimensões alarmante.
Assim, por haver essa lacuna, nosso objetivo é principalmente fazer com que as pessoas
entendam que a resistência aos antibióticos não é apenas uma ameaça para sua saúde,
como também para a economia do seu país e do mundo inteiro, mas que com a união
de todos as nações, é possível vencer essa batalha e salvar milhões de vidas a tempo.
E por isso, nosso site integrará todas as informações necessárias, organizadamente,
atualizadas e com uma comunicação que irá alcançar seu público de maneira mais fácil,
com campanhas de mobilização impactante e que inviabilizem o impacto devastador
que a falta de prevenção pode vir a causar em um curto intervalo de tempo.
3
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO........................................................................................... 2
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 4
PROMOTORES DO PROJETO................................................................................ 5
1. ANÁLISE DO CONTEXTO MACRO / O PROBLEMA ............................... 6
1.1. Antibióticos .......................................................................................... 6
1.1.1. Resistência aos Antibióticos .............................................................................7
1.2. Situação do Setor de Antibióticos em Portugal ................................... 8
1.3. Necessidades e objetivos a que se propõem.......................................13
1.4. Solução proposta .................................................................................15
O projeto / produto / serviço / ideia ........................................................................15
1.5. Público-Alvo ........................................................................................15
1.6. Metodologia ........................................................................................16
1.7. Viabilidade do Projeto.........................................................................17
1.1. Orçamento Total ................................................................................ 26
2. CONCLUSÃO.................................................................................................. 27
3. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................. 28
4. ANEXO............................................................................................................ 30
4
INTRODUÇÃO
O concurso Angelini University Award (AUA) propôs a criação de um produto, um
serviço ou um projeto social para combater a resistência a antibióticos. Esse desafio foi
aceite pelo nosso grupo, o qual nos empenhamos em realizar pesquisas aprofundadas
com o intuito de obter o máximo de informações para conhecer o cenário atual da
resistência aos antibióticos e em seguida planear ações de combate.
As fases de desenvolvimento do projeto passam por compreender o contexto macro e
micro do setor dos antibióticos em Portugal e por fim desenvolver soluções para os
problemas encontrados através da criação de um serviço/produto.
A metodologia do presente trabalho consistiu na recolha de dados secundários
qualitativos: artigos científicos e publicações online de instituições de relevância, como:
Organização Mundial da Saúde (OMS), Direção Geral de Saúde (DGS) entre outras.
O trabalho divide-se em quatro grandes partes. Na primeira parte será realizada uma
análise do contexto macro do sector em Portugal, na segunda parte apresentamos uma
análise do contexto micro, na terceira parte apresentamos uma análise crítica do sector
macro e micro e na quarta e última parte apresentamos a nossa solução para o projeto.
5
PROMOTORES DO PROJETO
Aqui apresentam-se os promotores do projeto, que dado suas diferentes áreas de
formação e carreira profissional, constituiu-se uma sobrevalia para o desenvolvimento
deste projeto desafiador.
Laís Ribeiro, brasileira, 28 anos, é Bacharel em Sistemas de Informação
pela UFPA - Brasil, com experiência no setor de garantia da qualidade,
análise de requisitos, acompanhamento de projetos, gestão de
equipas e de processo. Além disso, fez MBA em Gestão Empresarial na
Fundação Getúlio Vargas e se apaixonou por uma disciplina o qual a
fez sair de sua zona de conforto e ir buscar uma experiência
internacional no IPAM/Laurearte International Universities dentro do
Mestrado em Gestão de Marketing.
Igor Lacerda, brasileiro de 28 anos, Bacharel em Ciências Contábeis,
com experiência no setor de gestão e contábil empresarial, bancário
e especializado em Gestão de Projetos com enfase nas melhores
práticas do mercado. Se desafiou em alavancar sua carreira em
Portugal cursando o Mestrado em Gestão de Marketing no
IPAM/Laurearte International Universities.
Milena Lins, brasileira, 28 anos, Bacharel em Comunicação Social
com ênfase em Relações Públicas pela UNIFACS (Brasil) - Laurearte
International Universities e atualmente mestranda do Curso de
Gestão de Marketing pelo IPAM - Laurearte International
Universities. Mais de 5 anos de experiência no que diz respeito a
Comunicação, com experiência em Assessoria nas áreas de
Relações Públicas e Marketing, gerenciamento de programas
customizados voltados para clientes e comercialização, atuando
diretamente com as gerências de Marketing, Operações e Comercial.
6
1. ANÁLISE DO CONTEXTO MACRO / O PROBLEMA
A resistência aos antibióticos é um fator que cresce exponencialmente a cada dia e tem
ameaçado a capacidade de tratar doenças infeciosas comuns, mas que no futuro se
tornarão de complexa dificuldade e afetará drasticamente a economia do país.
Além disso, a resistência antimicrobiana tem a capacidade de elevar os custos com a
saúde, pois provoca o prolongamento do tratamento do utente em hospitais,
aumentando os gastos em mantê-lo nos cuidados mais intensivos.
Nos últimos dez anos o mau uso de antimicrobianos corroborou para o aumento do
numero de tipos de organismos resistentes aos fármacos, e esses organismos acabam
por se espalhar rapidamente no ambiente local e para todas as partes do mundo com o
avanço da globalização.
Sendo assim, é necessária uma ação conjunta para freirar o avanço da resistência,
principalmente com informação e conscientização da utilização correta dos fármacos
quanto a dosagem e prescrição, politicas publicas e um plano de ação global que deve
ser mobilizado com urgência.
1.1. Antibióticos
Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por micro-organismos ou de forma
sintética, com capacidade de inibir ou matar micro-organismos (Rossi & Andreazzi,
2005). Podem ser bactericidas, quando matam as bactérias ou bacteriostáticos quando
inibem o crescimento bacteriano.
Desde que as bactérias foram identificadas pela primeira vez no ano de 1676, foi apenas
a partir do século XIX que se levantou hipóteses que esses microrganismos causassem
infeções. E assim, os estudos foram direcionados a descobrir os agentes causadores de
patologias infeciosas e como combatê-los.
7
O primeiro antibiótico foi desenvolvido em 1910 para ser usado contra a sífilis e a partir
desse, vários outros avanços também vieram, a destacar-se a descoberta da penicilina
em 1929, que, contudo, apenas 11 anos mais tarde foi realmente introduzida ao uso
terapêutico e desde então houve um rápido crescimento da descoberta e
desenvolvimento de vários outros antibióticos.
Todas essas descobertas foram um grande avanço para a saúde humana e animal e
revolucionou diversos tratamentos, cuidando de patologias de alta complexidade,
reduzindo doenças e a mortalidade.
Porém, desde os anos 2000 houve uma drástica redução de novos fármacos
antimicrobianos e poucos antibióticos foram introduzidos para tratamentos,
concomitantemente neste período houve o aumento atenuante da resistência a esses
agentes.
Atualmente há pouca mobilização e incentivo para o desenvolvimento de novos
antibióticos já que as industrias farmacêuticas visam o lucro, e com a crescente
resistência o tempo de duração de patentes tem se reduzido, ou seja, está cada vez mais
preocupante a questão do desenvolvimento desses novos agentes. Sendo que, além da
questão financeira, há o fator tempo, o qual se leva de 7 a 10 anos para um novo
composto ser colocado no mercado.
1.1.1. Resistência aos Antibióticos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2016), a resistência antimicrobiana é
a mudança que ocorre em microrganismos como bactérias, fungos, vírus e parasitas que
quando expostos aos efeitos de drogas antimicrobianas fazem que esses fármacos se
tornem ineficazes no tratamento da infeção.
Essa resistência acontece por vários fatores multe relacionados, dentre eles o processo
natural de mudança genética que ocorre com o passar do tempo, agravado pelo
8
saneamento precário, falta de higiene, prescrição desnecessária de antibióticos por
parte dos médicos, estes quando prescrito corretamente ao paciente o mesmo
interrompe o tratamento a partir do momento em que se auto avalia como curado e a
automedicação sem orientação médica.
Desta forma estes fatores colocam em situação de ameaça todos os avanços da
medicina, pois quando a resistência avança, a ciência regride, de forma em que podemos
comparar esta ameaça, a época em que não se existia antibióticos, onde doenças ditas
comuns atualmente e de fácil tratamento, levavam ao óbito na altura muitas vidas, e no
futuro os riscos de se contrair infeções hospitalares serão muito mais elevados, assim
como outros procedimentos como transplante de órgãos, quimioterapia, tratamento da
diabetes e cesarianas, entre outros.
Em geral, as bactérias podem obter resistência através de resistência intrínseca que é
uma característica natural de alguns grupos e por resistência adquirida, através de
diversos mecanismos genéticos como a mutação e transferência de DNA.
A partir disso, podemos destacar um grupo seleto de bactérias resumidos pela sigla
ESKAPE, que são responsáveis pela maioria das infeções pelo mundo a fora e são
dificilmente tratáveis por conterem vários mecanismos de resistência.
O grupo ESKAPE é formado pela Enterococcus faecium resistente à vancomicina,
Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Klebsiella pneumoniae produtora de
betalactamases, Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes ao
imipeneme e a Enterobacter que são resistente ao cefalosporinas.
1.2. Situação do Setor de Antibióticos em Portugal
FATORES POLÍTICOS
Desde 2007 o governo português vem a trabalhar estratégias de combate e controlo as
infeções bacterianas, devido aos dados divulgados pelos órgãos mundiais competentes
9
de que Portugal se encontra como um dos países da União Europeia com uma das mais
elevadas taxas de infeção associada aos cuidados de saúde, possui práticas de prescrição
antibiótica irregulares porém passíveis de correção, taxas elevadas de resistência a
antimicrobianos, e a percepção de que todos estes problemas estão intimamente
relacionados e têm de ser abordados de forma global e integrada.
 Despacho 14178/2007
Tem como objetivo atender as orientações do plano nacional de saúde 2004-2010 das
estratégias para a prevenção e controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde
(IACS), dando-lhe um cunho integrador e facilitador da coordenação dos sectores
envolvidos neste problema, onde foi determinado uma série de medidas dentre as quais
a criação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos
Cuidados de Saúde (PNCI) que determina a criação da rede nacional de registo de IACS
e a criação de comissões de controlo de infecção (CCI).
 Despacho 2902/2013
Em cumprimento aos desafios propostos pelo despacho anterior mencionado, onde foi
estipulado a criação do programa PNCI que determina a elaboração das CCI nas unidades
públicas de prestação de cuidados de saúde integradas na rede nacional de cuidados de
saúde hospitalar, de cuidados continuados de saúde primários e nas unidades privadas.
foram criados Grupos Coordenadores Regionais de Prevenção e Controlo da Infecção a
quem compete estabelecer a adequada articulação entre Hospitais, Cuidados de Saúde
Primários, Cuidados Continuados Integrados e outras entidades prestadoras de
cuidados, de modo a promover uma maior colaboração e comunicação
interinstitucional, numa perspectiva de junção de esforços, recursos e saberes nesta
área, bem como de partilha de responsabilidade na segurança clínica e melhoria da
qualidade dos cuidados.
 Despacho 15423/2013
10
Através desse despacho é determinado a criação do programa de saúde prioritário, o
Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
(PPCIRA). Os objetivos gerais deste programa prioritário são, assim, a redução da taxa
de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de
antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com resistência a
antimicrobianos, constituindo-se como liderança nacional nestes temas.
Como resultado aos esforços desempenhados pelo estado português obteve-se os
seguintes dados divulgados no relatório Prevenção e Controlo de Infeções e de
Resistência aos Antimicrobianos em números – 2014
- . Portugal apresenta elevada taxa de resistência bacteriana aos antimicrobianos,
conforme os dados da vigilância epidemiológica da European Antimicrobial Resistance
Surveillance Network (EARS-Net);
Concluísse que apesar de todos os esforços do governo, ainda há muito a se fazer, e o
que tem sido feito não é eficaz o suficiente tamanho a gravidade do problema.
FATORES ECONÔMICOS
Segundo Pordata (2016), do ano de 1972 a 2015 houve um aumento de mais de oito mil
e quinhentos milhões de euros dos gastos com a saúde. Em 1972 cada habitante gerava
um custo para o estado de 0,3 euros, e ao decorrer dos anos elevou-se aos patamares
de 821,3 euros per capita em 2013. Isso representa um aumento na execução
orçamental do PIB de 0,2% em 1972 para 5% em 2013 em gastos com saúde.
Grande parte desses gastos se dá pelos crescentes índices de casos de infeções
bacterianas que passaram a ser causa de grande preocupação por parte das autoridades
nas últimas décadas devido estimativas de que projeções para 2050 estimam que, se
nada for feito de maneira mais efetiva, morrerão anualmente cerca de 390 mil pessoas
na Europa e 10 milhões em todo o mundo, em consequência direta das resistências aos
antimicrobianos desta forma ocasionando uma grave crise econômica devido ao
aumento excessivo dos gastos com saúde e abandono de milhões de postos de trabalho.
11
Apesar das ameaçadoras previsão deste cenário caótico, as medidas adotadas pelo
governo português desde 2007 surtiram pequenos efeitos, como a redução do consumo
hospitalar global de antibióticos de 2012 para 2013 e uma tendência ligeiramente
decrescente do consumo de antibacterianos em ambulatório desde 2005 o que
representa uma pequena queda nos gastos com saúde. Em Portugal, embora o consumo
de antibióticos tenha descido 4% entre outubro de 2015 e setembro de 2016, ainda
registou vendas de cerca 8,5 milhões de embalagens de antibióticos em farmácias, de
acordo com dados da QuintilesIMS.
FATORES SOCIAS
Devido ações do governo que visam levar o conhecimento a toda sociedade sobre a
resistência aos antibióticos, a começar pelos médicos, enfermeiros e afins da área da
saúde, podemos perceber uma clara mudança de comportamento laboral destes
profissionais, que vem se empenhando em reduzir o consumo, prescrição e aumentar a
divulgação aos seus pacientes sobre a importância de um consumo consciente e correto
dos antibióticos. Em contrapartida Portugal é um dos países europeus onde existe um
maior desconhecimento sobre a ação dos antibióticos:
 60% dos portugueses pensam que os antibióticos atuam sobre os vírus e 50%
acreditam que servem para tratar constipações e gripe.
 Apenas 20% referem ter recebido informação nos últimos 12 meses sobre este
assunto, o que está muito abaixo da média europeia
FATORES TECNOLOGICOS
No âmbito tecnológico, a população portuguesa está cada vez mais conectada as
plataformas digitais, de modo que o crescente aumento das tendências tecnológicas no
que diz respeito a área da saúde vêm sendo analisados pelos profissionais de T. I. De
acordo com o site Pordata, o estado possui um orçamento para o financiamento de
I&D.
A CIONET juntamente com a Fundação Fernando Pessoa realizou uma investigação no
âmbito tecnológico na área da saúde, o que refletiu no ganho do prêmio CIODAY 2015,
12
o que foram abordadas quatro tendências tecnológicas para o melhoramento dos
hospitais e redes de saúde de Portugal. Porém, apesar dos esforços empregados em
disponibilizar a população informações através das novas tecnologias derivadas da
globalização, há um grande temor de que haja um provável agravamento caso nem uma
medida emergencial de grande impacto venha ser tomada. Segundo dados da OMS
(2014), nas últimas décadas não houve investimentos eficazes de combate ao
agravamento.
Quadro 1. Análise PEST
Fatores Impactos Positivos Impactos Negativos
Políticos -
Legais
 (Despacho 15423/2013)
(Despacho 2902/2013)
Programa de Prevenção e
Controlo de Infeções e de
Resistência aos
Antimicrobianos (PPCIRA)
 (Despacho 14178/2007)
- Programa Nacional de
Prevenção e Controlo da
Infecção Associada aos
Cuidados de Saúde (PNCI)
- Comissões de Controlo
de Infecção (CCI)
 Taxas de infeção
bacteriana em níveis
elevados em Portugal.
 Os resultados dos esforços
do governo ainda são
fracos mediante a
gravidade do problema
Econômicos  Redução do consumo
hospitalar global de
antibióticos de 2012 para
2013
 Atualmente, Portugal
ocupa o 9º lugar entre os
países com maior
consumo de
antimicrobianos na
Europa
13
 Crise económica devido
extinção de postos de
trabalho decorrentes das
infeções bacterianas
Sociais  Empenho dos
profissionais da área da
saúde em ajudar a
conscientizar a sociedade
sobre a importância do
uso correto de
antibióticos.
 Portugal é um dos países
europeus onde existe um
maior desconhecimento
sobre a ação dos
antibióticos.
Tecnológico  Aumento do interesse de
profissionais por novas
tecnologias e plataformas
de informações voltadas a
área da saúde.
 Pouco avanço nas
pesquisas em relação a
resistência
antimicrobiana.
1.3. Necessidades e objetivos a que se propõem
A resistência aos antibióticos está a se tornar um problema grave de âmbito mundial de
grandes proporções, já que os fármacos antimicrobianos estão com o passar do tempo
menos eficazes, aliado ainda com a falta de desenvolvimento de novos medicamentos
para acompanhar a necessidade crescente.
Além disso, esta crise pode desencadear dificuldades financeiras em âmbito global, que
afetaria diretamente os sistemas de saúde e o Produto Interno Bruto dos países, levando
a morte de cerca 10 milhões de pessoas por ano, com um custo económico estimado
em mais de 100 milhões de dólares (AMR-Review, 2016).
Portanto, está a se instalar uma grave epidemia onde estima-se para o cenário futuro a
morte de milhões de indivíduos, gasto de quantias altíssimas de dinheiro, que afetará a
14
produção alimentícia, reduzirá a habilidade de tratamento de doenças, sejam graves ou
até mesmo as consideradas simples, e por fim, diminuirá a capacidade de manter o
mundo em desenvolvimento.
De acordo com Keiji Fukuda, professor e diretor geral adjunto e representante para a
AMR na Organização Mundial da Saúde, até 2050 mais pessoas morrerão por resistência
antimicrobiana do que atualmente por causa do cancro.
Apesar dessa situação de crise global parecer muito abstrata e distante, tal fato já é real
e atinge diversas partes do planeta atualmente, por isso, se faz necessário uma ação
internacional, conjunta, eficaz e coerente, que esteja dentro das recomendações já
estabelecidas e expostas tanto pela OMS quanto por órgãos competentes que cercam
essa temática e que englobam principalmente a redução do uso indiscriminado dos
antibióticos e o desenvolvimento de novos medicamentos, que tomem medidas que
busquem informar e conscientizar a população, já que ainda existe uma grande
percentagem da população portuguesa que consomem os antibióticos de maneira
inadequada ou desconhecem a necessidade de prevenção, assim também, deve-se dar
mais atenção aos métodos alternativos existentes de tratamento e prevenção a infeções
bacterianas.
Em Portugal, já existe diversos artigos e reportagens referente ao controle da resistência
dos antibióticos, bem como alguns websites e sistemas que dão apoio para serem
levadas as informações para tais controles do uso dos antibióticos, porém estes servem
de apoio de pesquisa para profissionais da área da saúde e estudantes, tendo pouco
alcance aos demais públicos de interesse, devido não possuir uma linguagem escrita e
visual apelativa, de fácil compreensão, centralizada em somente uma plataforma e que
permita a interatividade entre profissionais, pacientes e demais cidadãos.
15
1.4. Solução proposta
O projeto / produto / serviço / ideia
O projeto será pautado sob as principais perspectivas para combater o problema: a
informação e prevenção. Sendo assim, será desenvolvido um Movimento de
Conscientização chamado “Menos antibióticos, mais vida” que agregará um website
com todas as informações pertinentes a problemática, desde informações técnicas á
cartilhas simples de cuidados preventivos, juntamente com a promoção e divulgação da
campanha com uma Corrida de Rua para gerar visibilidade e chamar a atenção a todos
quanto a iminência de crise à saúde mundial.
Dentro do website haverá a junção das informações técnicas mais recentes, bem como
explicações e cartilhas de fácil e simples entendimento para que as informações possam
ser entendidas por todos os níveis sociais, além de facilitar a pesquisa, já que juntará
muitas informações em um só lugar, pois o conhecimento que se encontra disponível
atualmente está espalhado em milhares de outros sites.
E no que concerne a Corrida de Rua, que além de promover o Movimento de
Conscientização e o website, também ratifica a importância da prática de exercícios
físicos para se alcançar uma vida mais saudável, seja para crianças, jovens, adultos e
idosos. A mesma que pretende ser realizada anualmente, para que a cada ano a
problemática tome a real importância na memória da população, assim como, obtenha
mais engajamento e maior alcance a cada evento. Além disso, hoje as corridas de rua
são bem populares em todo o mundo e são praticadas em sua grande maioria por atletas
amadores que buscam melhorar e aumentar sua qualidade de vida através da prática
esportiva (Gonçalves, 2011).
1.5. Público-Alvo
O público alvo deste projeto são homens e mulheres com a faixa etária a partir de 16
anos, que utilizam ou não utilizam os antibióticos e pertencentes a todas as classes
sociais. O projeto possui os seguintes benefícios:
16
1. Levar para toda a população de Portugal as informações a respeito do uso
correto dos antibióticos;
2. Reeducar as pessoas no que diz respeito a higiene pessoal;
3. Unir a comunidade de médicos para informações atualizadas;
4. Levar os bons hábitos saudáveis de como se alimentar, se exercitar e cuidados
com o corpo humano;
5. Interações com a população de forma clara, fácil e focada.
1.6. Metodologia
A constituição da Campanha de Conscientização “Menos Antibiótico e Mais Vida” será
iniciada a partir do desenvolvimento do website no qual, seguido da construção do
conteúdo que será exposto além de contar com espaços para banners dos
patrocinadores.
O próximo passo será angariar parceiros estratégicos para patrocinar e divulgar a
campanha, já que uma corrida de rua é um tipo de evento com alta capacidade de atrair
a atenção da impressa, do público e gerar mídia espontânea.
Os patrocinadores podem ser dos mais diversos segmentos, já que a maioria deles
deseja aliar sua marca a um evento que promove saúde e qualidade de vida, sendo
assim, podemos contatar empresas como bancos, seguradoras, ginásios, marcas de
sumos e água, câmara municipal, instituições de saúde e muito mais. Além desses se faz
necessário fazer parcerias com veículos de mídia como canais de televisão, rádio,
jornais, internet e influencers (youtubers, blogueiras e artistas). As possíveis empresas
que poderiam aliar-se a campanha seriam bancos, ginásios, supermercados, empresas
de som, marketing promocional entre outras organizações que pudessem investir.
Ao mesmo tempo, será organizado a programação da corrida, que tem por definição ser
uma prova desportiva em que os competidores devem completar o percurso no menor
tempo possível, sendo também uma prova mais abrangente pois é possível a
17
participação de atletas amadores. Então será definido qual a data, horário e o local em
que a prova será realizada, quais os apresentadores da abertura e encerramento, qual
o percurso exatamente, quantos quilômetros deverão ser percorridos, pontos de apoio,
quais os fornecedores de material desportivo para as camisas e controles, as
autoridades de apoio como ambulâncias, segurança e trânsito. E por fim, a venda de
ingressos através do site e o credenciamento dos participantes e de fato a realização da
corrida de acordo com o planejado.
1.7. Viabilidade do Projeto
PROBLEMA 1
Portugal não possui nenhum website que seja direcionado para o controle do uso
dos antibióticos, o que leva muitas vezes a falta de comunicação e informação para
todas as pessoas que vivem no país.
 OBJETIVO
 Ter um sistema de comunicação e informação padrão com parâmetros e
mecanismos de qualidade para que as pessoas possam utilizar no
processo de pesquisa.
 ESTRATÉGIA
 Disponibilizar todas as informações e comunicação a respeito do uso
adequado dos antibióticos, de forma contínua para o público de
interesse.
 PÚBLICOS DE INTERESSE
 Mulheres e homens com faixa etária mínima de 16 anos.
 AÇÃO
18
 A realização de um website.
 META
 Obter o 70% de médicos, em troca em dar a dar visibilidade da imagem
dos médicos, reconhecimento do trabalho através do público que irá ter
acesso ao conteúdo. Ter 80% de pessoas cadastradas no site, contudo
ter o fórum de perguntas e respostas sempre ativo, além de todas as
informações atualizadas semanalmente.
 MECÂNICA DA AÇÃO
 O website seria atualizado com informações semanalmente, e teria
acompanhamento diário para realizar as aceitações dos artigos que os
médicos podem enviar, dúvidas a serem tiradas pelos usuários, a
introdução de canais de interação ao decorrer do processo. Desta forma,
as pessoas ficariam por dentro do assunto e sempre atualizadas.
 INSTRUMENTO DE CONTROLE
 Relatórios diários e planilhas a serem realizados pela pessoa responsável
no manuseio do website. Com informações como: Tipos de cadastro,
dúvidas frequentes, artigos a serem aprovados e soluções propostas.
Além de reuniões mensais para saber o progresso do website.
 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
 Pesquisa de opinião para as pessoas através de amostras e coleta de
dados.
 CRONOGRAMA
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Criação do website 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Período de adaptação
do website
19
 RECURSOS
Serão utilizados os recursos:
 Tecnológicos: Computador e programas tecnológicos.
 Humanos: Pessoas que irão gerir a website
 Materiais: Cadeiras, mesas, canetas, papel ofício e blocos de anotações.
 Documental: Gráficos, planilhas e análises.
 ORÇAMENTO
Quantidade Itens Valores Unitários
1 Computador €700,00
1 Programas tecnológicos €300,00
1 Caixa de caneta €49,00
3 Bloco de anotações €0,52
3 Cadeiras €69,99
1 Mesas €56,99
1
Material documental €99,00
1 Pessoa para a criação do website €350,00
1 Pessoa para gerir o website €600,00
TOTAL €2.186,52
 PLANO B
 Caso o site não dê certo, irá ser utilizado sites gratuitos para ser
reduzido os custos e voluntários para o desenvolvimento e
gerenciamento do mesmo.
Elaboração dos
relatórios e planilhas
Pesquisa de opinião
Análise da pesquisa
20
PROBLEMA 2
O país nunca criou nenhum evento voltado para o assunto dos cuidados a serem
utilizados pelos antibióticos, não havendo movimentação nas cidades referente ao
tema.
 OBJETIVO
 Difundir o conhecimento sobre a forma adequada a ser utilizada os
antibióticos diante a comunidade, a fim de torná-lo um tema conhecido
perante todo o país.
 ESTRATÉGIA
 Levar a vida saudável para todas as pessoas, de modo a aproximar o
público de interesse da comunidade de saúde.
 PÚBLICO DE INTERESSE
 Toda comunidade de Portugal, homens e mulheres com a faixa etária
mínima de 16 anos.
 AÇÃO
 Realizar uma corrida de rua nas ruas de Lisboa.
 META
 Realizar a corrida de rua anualmente sempre no período do verão por no
mínimo 5 anos consecutivos. Além de alcançar 100% do número de
corredores possível.
 MECÂNICA DA AÇÃO
 A corrida de rua será planejada com um circuito dento das ruas de Lisboa.
As pessoas que forem participar da corrida irão receber uma bolsa com o
21
kit da corrida que terá a blusa oficial da campanha, um squeeze, boné e
panfletos a respeito do tema. A corrida terá uma campanha institucional
que irá englobar pessoas famosas de Portugal e esses serão considerados
os padrinhos da campanha e apoiarão toda a campanha nos diversos
veículos de comunicação.
 INSTRUMENTO DE CONTROLE
 Elaboração de check list com detalhamento de cada cadastro realizado
pelo website, além de um check list a respeito dos materiais a serem
entregados para os corredores.
 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
 Realizar uma pesquisa de opinião com o público presente na corrida, a
fim de analisar o desempenho e abrangência da ação.
 CRONOGRAMA
 RECURSOS
Serão utilizados os recursos:
 Tecnológico: Computador, equipamento de som, sistema de
cronometragem, tapete cronometragem de chegada.
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Elaboração do check
list para a corrida e
kit
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Corrida
Aplicação da pesquisa
de opinião
Tabulação de dados e
análises
22
 Material: Estrutura de tenda, buffet (água e frutas), mesas, material de
divulgação, kit da corrida, chip para corrida, estrutura de pódio, estrutura
de palco
 Humanos: Promotores, locutor para corrida.
 ORÇAMENTO
Quantidade Itens Valores Unitários
2 Computador €700,00
1 Equipamento de som €300,00
3 Aluguel de mesas €50,00
1 Milheiro da Panfletagem
(divulgação)
€35,00
1 Locutor corrida €150,00
25 Promotores €80,00
2 Aluguel de tenda €100,00
1 Estrutura de pódio €250
1 Estrutura de palco €400
1 Contratação buffet €2.500,00
10.000 Chips para corrida €0,10
1 Sistema de cronometragem e
tapete cronometragem de
chegada
€4.000,00
TOTAL €12.385,00
 PLANO B
 Havendo algum imprevisto e a corrida não podendo ser realizada, o
evento será cancelado temporariamente até ser proposto um novo
evento para apoiar o website.
23
PROBLEMA 3
O tema da utilização correta dos antibióticos ainda é muito desconhecido por toda a
população de Portugal, principalmente na mídia, o que gera a fata de conhecimento a
respeito do assunto.
 OBJETIVO
 Colocar na mídia uma campanha institucional para difundir e abranger o
tema sobre os antibióticos, de modo que se torne conhecido por todos.
 ESTRATÉGIA
 Aproximar o público de interesse ainda mais sobre o tema tendo a ajuda
da mídia para realizar a divulgação.
 PÚBLICO DE INTERESSE
 Mulheres e homens com faixa etária mínima de 16 anos.
 AÇÃO
 Parceria dos youtubers Sircaazzio e Feromonas de modo que haveria
intervenções nos seus vídeos a respeito da campanha institucional
“Menos Antibióticos e Mais Vidas” com a divulgação do site e da corrida
de rua. Parceria também com o ator Paulo Bento que comanda o Gato
Fedorento e nas suas peças de Stand – Up também haveria uma
intervenção que seria a respeito da campanha, além da divulgação
institucional. Teria uma campanha televisiva nas principais emissoras do
país, além da campanha nas rádios Rebenta a Bolha e Mixórdia de
Temáticas, bem como campanhas espalhadas por todas as ruas do país
com mídias exteriores como por exemplo painéis eletrônicos.
 META
24
 Atingir um número grande de aproximadamente 90% de visualizações e
curtidas dos canais dos youtubers, além de obter comentários a respeito
do tema nos mesmos. Ter plateias lotadas em 100% nos dois dias de
Stand – Up, bem como alcançar um bom número de aproximadamente
100% no ibope das rádios e televisão.
 MECÂNICA DA AÇÃO
 A campanha institucional será planejada para acontecer no mesmo
período e até mesmo próximo referente as datas para que seja continuo
as campanhas dos canais do Youtube, Stand – Up, as mídias exteriores,
televisão e rádio.
 INSTRUMENTO DE CONTROLE
 Elaboração do brinfing para os canais do Youtube e Stand -Up, além de
uma planilha diária que envolverá toda a campanha em cada veículo de
comunicação e um check list com detalhamento da campanha.
 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
 Realizar uma pesquisa sobre o ibope da televisão e rádio, bem como uma
estatística de pessoas que curtiram e assistiram os vídeos do canal
Youtube e um inquérito de opinião com o público presente no Stand - Up,
a fim de analisar o desempenho e abrangência da ação.
 CRONOGRAMA
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Elaboração do
Brinfing da campanha
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Começo da
campanha nas mídias
exteriores, televisão
e rádio
25
 RECURSOS
Serão utilizados os recursos:
 Tecnológico: Computador, retroprojetor, impressora, equipamento de
som, câmera.
 Material: Mesas, cadeiras, material de divulgação, pauta de teatro.
 Humanos: Contratação dos Youtubers, contratação do ator e
celebridades de Portugal (padrinhos da campanha), fornecedor para as
mídias exteriores.
 ORÇAMENTO
Quantidade Itens Valores Unitários
2 Computador €700,00
1 Equipamento de som €300,00
2 Aluguel de mesas €50,00
1 Milheiro da Panfletagem
(divulgação)
€35,00
5 Padrinhos da campanha €2.000,00
2 Pauta para teatro €1.500,00
1 Retroprojetor €150,00
2 Cadeiras €69,99
TOTAL 15.054,99
Começo da
campanha com os
Youtubers e Stand -
Up
Tabulação de dados e
análises
26
 PLANO B
 Havendo alguma mudança de planos com relação a campanha
institucional, será reduzido o valor com a retirada dos embaixadores.
1.1. Orçamento Total
Desta forma, o valor total do projeto para a realização da campanha completa do
“Menos Antibiótico, Mais Vida” terá aproximadamente o valor de €29.626,51 o qual
deve ser coberto por todos os nossos parceiros estratégicos.
27
2. CONCLUSÃO
A resistência aos antibióticos é uma ameaça global, que já ocasiona impactos populacionais
e económicos significativos e caminha para um quadro de agravamento em que não haverá
tratamento eficaz para a maioria dos casos de infeções. Mediante este quadro em que a
humanidade caminha para a falta de tratamentos adequados para diversas doenças, espera-se
dos governantes de cada país, que venham a tomar medidas que desacelerem o consumo direto
de antibióticos por parte da população, e crie medidas restritivas ao uso de antibióticos na
criação de animais destinados ao consumo humano, que indiretamente agrava esta crise.
Em paralelo as políticas públicas de visam a reeducação da população em relação ao
consumo dos antibióticos, espera-se o aporte maior de investimentos em novas pesquisas, desta
forma minimizando os danos catastróficos que se espera deste grave problema de saúde. Como
forma de propor uma solução aos efeitos da resistência aos antibióticos, nosso projeto busca
dentro dos conhecimentos adquiridos nas cadeiras de mestrado em gestão de marketing, o
desenvolvimento de uma plataforma online e em conjunto como promotor de divulgação da
campanha o desenvolvimento de eventos de corrida de rua. Tais ações buscam atingir o maior
número possível de pessoas com o fim de contribuir para conscientização do uso correto dos
antibióticos e prevenção a infeções.
28
3. BIBLIOGRAFIA
Diário de Notícias. (2017). Disponível em:
http://www.dn.pt/portugal/interior/tecnologia-para- monitorizar-saude-de-idosos-
testada-com-sucesso-em-coimbra-4429353.html
DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE, Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de
Resistência aos Antimicrobianos – LISBOA, 2016
ESAC – Net. (2017). Portal da European Surveillance of Antimicrobial Consumption
Network. Disponível em: http://ecdc.europa.eu/en/Pages/home.aspx
Loureiro, R. J., Roque, F., Rodrigues, A. T., Herdeiro, M. T., & Ramalheira, E. (2016). O
uso de antibióticos e as resistências bacterianas: breves notas sobre a sua
evolução. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 34(1), 77-84.
Mota, R. A., da Silva, K. P. C., de Freitas, M. F. L., Porto, W. J. N., & da Silva, L. B. G. (2005).
Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a multirresitência
bacteriana. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 42(6), 465-470.
Wannmacher, L. (2004). Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana:
uma guerra perdida. Uso racional de medicamentos: temas selecionados, 1(4), 1-6.
O´Neill, Lord Jim. (2016). Final International recommendations to the World to
Superbugs. Londres, Reino Unido: Review on Antimicrobial Resistence.
Pordata. (2017). Portal da Base de Dados Portugal Contemporâneo. Disponível em:
http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal
29
Santajit, S., & Indrawattana, N. (2016). Mechanisms of antimicrobial resistance in
ESKAPE pathogens. BioMed research international, 2016. Tavares, W. (1996). Manual de
antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos. Atheneu.
Who. (2017). Portal da World Health Organization. Disponível em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs194/en/
Zarb, P., & Goossens, H. (2011). European surveillance of antimicrobial consumption
(ESAC). Drugs, 71(6), 745-755.
30
4. ANEXO
Figura 1 - Protótipo kit corrida
31
Figura 2 - Protótipo da marca
32
Figura 3 – Protótipo do website
Figura 4 – Protótipo do website na tela do tele móvel

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Projeto Angelini Farmaceutica

  • 1. PROJETO: MENOS ANTIBIÓTICOS, MAIS VIDA TRABALHO FINAL DA UC ECONOMIA DE CONSUMO Laís Ribeiro Igor Lacerda Milena Lins Docente Prof. Marta Bicho. IPAM, JUNHO DE 2017
  • 2. 2 SUMÁRIO EXECUTIVO Este projeto objetiva a criação de propostas de produtos e ações que visem o combate a resistência antimicrobiana dentro do Concurso Angelini University Award. Para tal, foi realizado um estudo sobre o ambiente macro e micro quanto as questões médicas, econômicas e políticas que concernem essa problemática. Com todo o estudo realizado, constatou-se que apesar das diversas fontes de informações e notícias disponíveis, tudo encontra-se descentralizado, o que dificulta o conhecimento mais uniforme e atualizado sobre a situação, a somar com poucas ações de conscientização ampla e maciça, com uma linguagem simples e impactante, que de fato gere nas pessoas um choque de alerta, e que desperte o desejo de prevenir que essa questão se agrave e tome dimensões alarmante. Assim, por haver essa lacuna, nosso objetivo é principalmente fazer com que as pessoas entendam que a resistência aos antibióticos não é apenas uma ameaça para sua saúde, como também para a economia do seu país e do mundo inteiro, mas que com a união de todos as nações, é possível vencer essa batalha e salvar milhões de vidas a tempo. E por isso, nosso site integrará todas as informações necessárias, organizadamente, atualizadas e com uma comunicação que irá alcançar seu público de maneira mais fácil, com campanhas de mobilização impactante e que inviabilizem o impacto devastador que a falta de prevenção pode vir a causar em um curto intervalo de tempo.
  • 3. 3 ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO........................................................................................... 2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 4 PROMOTORES DO PROJETO................................................................................ 5 1. ANÁLISE DO CONTEXTO MACRO / O PROBLEMA ............................... 6 1.1. Antibióticos .......................................................................................... 6 1.1.1. Resistência aos Antibióticos .............................................................................7 1.2. Situação do Setor de Antibióticos em Portugal ................................... 8 1.3. Necessidades e objetivos a que se propõem.......................................13 1.4. Solução proposta .................................................................................15 O projeto / produto / serviço / ideia ........................................................................15 1.5. Público-Alvo ........................................................................................15 1.6. Metodologia ........................................................................................16 1.7. Viabilidade do Projeto.........................................................................17 1.1. Orçamento Total ................................................................................ 26 2. CONCLUSÃO.................................................................................................. 27 3. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................. 28 4. ANEXO............................................................................................................ 30
  • 4. 4 INTRODUÇÃO O concurso Angelini University Award (AUA) propôs a criação de um produto, um serviço ou um projeto social para combater a resistência a antibióticos. Esse desafio foi aceite pelo nosso grupo, o qual nos empenhamos em realizar pesquisas aprofundadas com o intuito de obter o máximo de informações para conhecer o cenário atual da resistência aos antibióticos e em seguida planear ações de combate. As fases de desenvolvimento do projeto passam por compreender o contexto macro e micro do setor dos antibióticos em Portugal e por fim desenvolver soluções para os problemas encontrados através da criação de um serviço/produto. A metodologia do presente trabalho consistiu na recolha de dados secundários qualitativos: artigos científicos e publicações online de instituições de relevância, como: Organização Mundial da Saúde (OMS), Direção Geral de Saúde (DGS) entre outras. O trabalho divide-se em quatro grandes partes. Na primeira parte será realizada uma análise do contexto macro do sector em Portugal, na segunda parte apresentamos uma análise do contexto micro, na terceira parte apresentamos uma análise crítica do sector macro e micro e na quarta e última parte apresentamos a nossa solução para o projeto.
  • 5. 5 PROMOTORES DO PROJETO Aqui apresentam-se os promotores do projeto, que dado suas diferentes áreas de formação e carreira profissional, constituiu-se uma sobrevalia para o desenvolvimento deste projeto desafiador. Laís Ribeiro, brasileira, 28 anos, é Bacharel em Sistemas de Informação pela UFPA - Brasil, com experiência no setor de garantia da qualidade, análise de requisitos, acompanhamento de projetos, gestão de equipas e de processo. Além disso, fez MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas e se apaixonou por uma disciplina o qual a fez sair de sua zona de conforto e ir buscar uma experiência internacional no IPAM/Laurearte International Universities dentro do Mestrado em Gestão de Marketing. Igor Lacerda, brasileiro de 28 anos, Bacharel em Ciências Contábeis, com experiência no setor de gestão e contábil empresarial, bancário e especializado em Gestão de Projetos com enfase nas melhores práticas do mercado. Se desafiou em alavancar sua carreira em Portugal cursando o Mestrado em Gestão de Marketing no IPAM/Laurearte International Universities. Milena Lins, brasileira, 28 anos, Bacharel em Comunicação Social com ênfase em Relações Públicas pela UNIFACS (Brasil) - Laurearte International Universities e atualmente mestranda do Curso de Gestão de Marketing pelo IPAM - Laurearte International Universities. Mais de 5 anos de experiência no que diz respeito a Comunicação, com experiência em Assessoria nas áreas de Relações Públicas e Marketing, gerenciamento de programas customizados voltados para clientes e comercialização, atuando diretamente com as gerências de Marketing, Operações e Comercial.
  • 6. 6 1. ANÁLISE DO CONTEXTO MACRO / O PROBLEMA A resistência aos antibióticos é um fator que cresce exponencialmente a cada dia e tem ameaçado a capacidade de tratar doenças infeciosas comuns, mas que no futuro se tornarão de complexa dificuldade e afetará drasticamente a economia do país. Além disso, a resistência antimicrobiana tem a capacidade de elevar os custos com a saúde, pois provoca o prolongamento do tratamento do utente em hospitais, aumentando os gastos em mantê-lo nos cuidados mais intensivos. Nos últimos dez anos o mau uso de antimicrobianos corroborou para o aumento do numero de tipos de organismos resistentes aos fármacos, e esses organismos acabam por se espalhar rapidamente no ambiente local e para todas as partes do mundo com o avanço da globalização. Sendo assim, é necessária uma ação conjunta para freirar o avanço da resistência, principalmente com informação e conscientização da utilização correta dos fármacos quanto a dosagem e prescrição, politicas publicas e um plano de ação global que deve ser mobilizado com urgência. 1.1. Antibióticos Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por micro-organismos ou de forma sintética, com capacidade de inibir ou matar micro-organismos (Rossi & Andreazzi, 2005). Podem ser bactericidas, quando matam as bactérias ou bacteriostáticos quando inibem o crescimento bacteriano. Desde que as bactérias foram identificadas pela primeira vez no ano de 1676, foi apenas a partir do século XIX que se levantou hipóteses que esses microrganismos causassem infeções. E assim, os estudos foram direcionados a descobrir os agentes causadores de patologias infeciosas e como combatê-los.
  • 7. 7 O primeiro antibiótico foi desenvolvido em 1910 para ser usado contra a sífilis e a partir desse, vários outros avanços também vieram, a destacar-se a descoberta da penicilina em 1929, que, contudo, apenas 11 anos mais tarde foi realmente introduzida ao uso terapêutico e desde então houve um rápido crescimento da descoberta e desenvolvimento de vários outros antibióticos. Todas essas descobertas foram um grande avanço para a saúde humana e animal e revolucionou diversos tratamentos, cuidando de patologias de alta complexidade, reduzindo doenças e a mortalidade. Porém, desde os anos 2000 houve uma drástica redução de novos fármacos antimicrobianos e poucos antibióticos foram introduzidos para tratamentos, concomitantemente neste período houve o aumento atenuante da resistência a esses agentes. Atualmente há pouca mobilização e incentivo para o desenvolvimento de novos antibióticos já que as industrias farmacêuticas visam o lucro, e com a crescente resistência o tempo de duração de patentes tem se reduzido, ou seja, está cada vez mais preocupante a questão do desenvolvimento desses novos agentes. Sendo que, além da questão financeira, há o fator tempo, o qual se leva de 7 a 10 anos para um novo composto ser colocado no mercado. 1.1.1. Resistência aos Antibióticos De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2016), a resistência antimicrobiana é a mudança que ocorre em microrganismos como bactérias, fungos, vírus e parasitas que quando expostos aos efeitos de drogas antimicrobianas fazem que esses fármacos se tornem ineficazes no tratamento da infeção. Essa resistência acontece por vários fatores multe relacionados, dentre eles o processo natural de mudança genética que ocorre com o passar do tempo, agravado pelo
  • 8. 8 saneamento precário, falta de higiene, prescrição desnecessária de antibióticos por parte dos médicos, estes quando prescrito corretamente ao paciente o mesmo interrompe o tratamento a partir do momento em que se auto avalia como curado e a automedicação sem orientação médica. Desta forma estes fatores colocam em situação de ameaça todos os avanços da medicina, pois quando a resistência avança, a ciência regride, de forma em que podemos comparar esta ameaça, a época em que não se existia antibióticos, onde doenças ditas comuns atualmente e de fácil tratamento, levavam ao óbito na altura muitas vidas, e no futuro os riscos de se contrair infeções hospitalares serão muito mais elevados, assim como outros procedimentos como transplante de órgãos, quimioterapia, tratamento da diabetes e cesarianas, entre outros. Em geral, as bactérias podem obter resistência através de resistência intrínseca que é uma característica natural de alguns grupos e por resistência adquirida, através de diversos mecanismos genéticos como a mutação e transferência de DNA. A partir disso, podemos destacar um grupo seleto de bactérias resumidos pela sigla ESKAPE, que são responsáveis pela maioria das infeções pelo mundo a fora e são dificilmente tratáveis por conterem vários mecanismos de resistência. O grupo ESKAPE é formado pela Enterococcus faecium resistente à vancomicina, Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamases, Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes ao imipeneme e a Enterobacter que são resistente ao cefalosporinas. 1.2. Situação do Setor de Antibióticos em Portugal FATORES POLÍTICOS Desde 2007 o governo português vem a trabalhar estratégias de combate e controlo as infeções bacterianas, devido aos dados divulgados pelos órgãos mundiais competentes
  • 9. 9 de que Portugal se encontra como um dos países da União Europeia com uma das mais elevadas taxas de infeção associada aos cuidados de saúde, possui práticas de prescrição antibiótica irregulares porém passíveis de correção, taxas elevadas de resistência a antimicrobianos, e a percepção de que todos estes problemas estão intimamente relacionados e têm de ser abordados de forma global e integrada.  Despacho 14178/2007 Tem como objetivo atender as orientações do plano nacional de saúde 2004-2010 das estratégias para a prevenção e controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS), dando-lhe um cunho integrador e facilitador da coordenação dos sectores envolvidos neste problema, onde foi determinado uma série de medidas dentre as quais a criação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PNCI) que determina a criação da rede nacional de registo de IACS e a criação de comissões de controlo de infecção (CCI).  Despacho 2902/2013 Em cumprimento aos desafios propostos pelo despacho anterior mencionado, onde foi estipulado a criação do programa PNCI que determina a elaboração das CCI nas unidades públicas de prestação de cuidados de saúde integradas na rede nacional de cuidados de saúde hospitalar, de cuidados continuados de saúde primários e nas unidades privadas. foram criados Grupos Coordenadores Regionais de Prevenção e Controlo da Infecção a quem compete estabelecer a adequada articulação entre Hospitais, Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Continuados Integrados e outras entidades prestadoras de cuidados, de modo a promover uma maior colaboração e comunicação interinstitucional, numa perspectiva de junção de esforços, recursos e saberes nesta área, bem como de partilha de responsabilidade na segurança clínica e melhoria da qualidade dos cuidados.  Despacho 15423/2013
  • 10. 10 Através desse despacho é determinado a criação do programa de saúde prioritário, o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA). Os objetivos gerais deste programa prioritário são, assim, a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos, constituindo-se como liderança nacional nestes temas. Como resultado aos esforços desempenhados pelo estado português obteve-se os seguintes dados divulgados no relatório Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números – 2014 - . Portugal apresenta elevada taxa de resistência bacteriana aos antimicrobianos, conforme os dados da vigilância epidemiológica da European Antimicrobial Resistance Surveillance Network (EARS-Net); Concluísse que apesar de todos os esforços do governo, ainda há muito a se fazer, e o que tem sido feito não é eficaz o suficiente tamanho a gravidade do problema. FATORES ECONÔMICOS Segundo Pordata (2016), do ano de 1972 a 2015 houve um aumento de mais de oito mil e quinhentos milhões de euros dos gastos com a saúde. Em 1972 cada habitante gerava um custo para o estado de 0,3 euros, e ao decorrer dos anos elevou-se aos patamares de 821,3 euros per capita em 2013. Isso representa um aumento na execução orçamental do PIB de 0,2% em 1972 para 5% em 2013 em gastos com saúde. Grande parte desses gastos se dá pelos crescentes índices de casos de infeções bacterianas que passaram a ser causa de grande preocupação por parte das autoridades nas últimas décadas devido estimativas de que projeções para 2050 estimam que, se nada for feito de maneira mais efetiva, morrerão anualmente cerca de 390 mil pessoas na Europa e 10 milhões em todo o mundo, em consequência direta das resistências aos antimicrobianos desta forma ocasionando uma grave crise econômica devido ao aumento excessivo dos gastos com saúde e abandono de milhões de postos de trabalho.
  • 11. 11 Apesar das ameaçadoras previsão deste cenário caótico, as medidas adotadas pelo governo português desde 2007 surtiram pequenos efeitos, como a redução do consumo hospitalar global de antibióticos de 2012 para 2013 e uma tendência ligeiramente decrescente do consumo de antibacterianos em ambulatório desde 2005 o que representa uma pequena queda nos gastos com saúde. Em Portugal, embora o consumo de antibióticos tenha descido 4% entre outubro de 2015 e setembro de 2016, ainda registou vendas de cerca 8,5 milhões de embalagens de antibióticos em farmácias, de acordo com dados da QuintilesIMS. FATORES SOCIAS Devido ações do governo que visam levar o conhecimento a toda sociedade sobre a resistência aos antibióticos, a começar pelos médicos, enfermeiros e afins da área da saúde, podemos perceber uma clara mudança de comportamento laboral destes profissionais, que vem se empenhando em reduzir o consumo, prescrição e aumentar a divulgação aos seus pacientes sobre a importância de um consumo consciente e correto dos antibióticos. Em contrapartida Portugal é um dos países europeus onde existe um maior desconhecimento sobre a ação dos antibióticos:  60% dos portugueses pensam que os antibióticos atuam sobre os vírus e 50% acreditam que servem para tratar constipações e gripe.  Apenas 20% referem ter recebido informação nos últimos 12 meses sobre este assunto, o que está muito abaixo da média europeia FATORES TECNOLOGICOS No âmbito tecnológico, a população portuguesa está cada vez mais conectada as plataformas digitais, de modo que o crescente aumento das tendências tecnológicas no que diz respeito a área da saúde vêm sendo analisados pelos profissionais de T. I. De acordo com o site Pordata, o estado possui um orçamento para o financiamento de I&D. A CIONET juntamente com a Fundação Fernando Pessoa realizou uma investigação no âmbito tecnológico na área da saúde, o que refletiu no ganho do prêmio CIODAY 2015,
  • 12. 12 o que foram abordadas quatro tendências tecnológicas para o melhoramento dos hospitais e redes de saúde de Portugal. Porém, apesar dos esforços empregados em disponibilizar a população informações através das novas tecnologias derivadas da globalização, há um grande temor de que haja um provável agravamento caso nem uma medida emergencial de grande impacto venha ser tomada. Segundo dados da OMS (2014), nas últimas décadas não houve investimentos eficazes de combate ao agravamento. Quadro 1. Análise PEST Fatores Impactos Positivos Impactos Negativos Políticos - Legais  (Despacho 15423/2013) (Despacho 2902/2013) Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA)  (Despacho 14178/2007) - Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PNCI) - Comissões de Controlo de Infecção (CCI)  Taxas de infeção bacteriana em níveis elevados em Portugal.  Os resultados dos esforços do governo ainda são fracos mediante a gravidade do problema Econômicos  Redução do consumo hospitalar global de antibióticos de 2012 para 2013  Atualmente, Portugal ocupa o 9º lugar entre os países com maior consumo de antimicrobianos na Europa
  • 13. 13  Crise económica devido extinção de postos de trabalho decorrentes das infeções bacterianas Sociais  Empenho dos profissionais da área da saúde em ajudar a conscientizar a sociedade sobre a importância do uso correto de antibióticos.  Portugal é um dos países europeus onde existe um maior desconhecimento sobre a ação dos antibióticos. Tecnológico  Aumento do interesse de profissionais por novas tecnologias e plataformas de informações voltadas a área da saúde.  Pouco avanço nas pesquisas em relação a resistência antimicrobiana. 1.3. Necessidades e objetivos a que se propõem A resistência aos antibióticos está a se tornar um problema grave de âmbito mundial de grandes proporções, já que os fármacos antimicrobianos estão com o passar do tempo menos eficazes, aliado ainda com a falta de desenvolvimento de novos medicamentos para acompanhar a necessidade crescente. Além disso, esta crise pode desencadear dificuldades financeiras em âmbito global, que afetaria diretamente os sistemas de saúde e o Produto Interno Bruto dos países, levando a morte de cerca 10 milhões de pessoas por ano, com um custo económico estimado em mais de 100 milhões de dólares (AMR-Review, 2016). Portanto, está a se instalar uma grave epidemia onde estima-se para o cenário futuro a morte de milhões de indivíduos, gasto de quantias altíssimas de dinheiro, que afetará a
  • 14. 14 produção alimentícia, reduzirá a habilidade de tratamento de doenças, sejam graves ou até mesmo as consideradas simples, e por fim, diminuirá a capacidade de manter o mundo em desenvolvimento. De acordo com Keiji Fukuda, professor e diretor geral adjunto e representante para a AMR na Organização Mundial da Saúde, até 2050 mais pessoas morrerão por resistência antimicrobiana do que atualmente por causa do cancro. Apesar dessa situação de crise global parecer muito abstrata e distante, tal fato já é real e atinge diversas partes do planeta atualmente, por isso, se faz necessário uma ação internacional, conjunta, eficaz e coerente, que esteja dentro das recomendações já estabelecidas e expostas tanto pela OMS quanto por órgãos competentes que cercam essa temática e que englobam principalmente a redução do uso indiscriminado dos antibióticos e o desenvolvimento de novos medicamentos, que tomem medidas que busquem informar e conscientizar a população, já que ainda existe uma grande percentagem da população portuguesa que consomem os antibióticos de maneira inadequada ou desconhecem a necessidade de prevenção, assim também, deve-se dar mais atenção aos métodos alternativos existentes de tratamento e prevenção a infeções bacterianas. Em Portugal, já existe diversos artigos e reportagens referente ao controle da resistência dos antibióticos, bem como alguns websites e sistemas que dão apoio para serem levadas as informações para tais controles do uso dos antibióticos, porém estes servem de apoio de pesquisa para profissionais da área da saúde e estudantes, tendo pouco alcance aos demais públicos de interesse, devido não possuir uma linguagem escrita e visual apelativa, de fácil compreensão, centralizada em somente uma plataforma e que permita a interatividade entre profissionais, pacientes e demais cidadãos.
  • 15. 15 1.4. Solução proposta O projeto / produto / serviço / ideia O projeto será pautado sob as principais perspectivas para combater o problema: a informação e prevenção. Sendo assim, será desenvolvido um Movimento de Conscientização chamado “Menos antibióticos, mais vida” que agregará um website com todas as informações pertinentes a problemática, desde informações técnicas á cartilhas simples de cuidados preventivos, juntamente com a promoção e divulgação da campanha com uma Corrida de Rua para gerar visibilidade e chamar a atenção a todos quanto a iminência de crise à saúde mundial. Dentro do website haverá a junção das informações técnicas mais recentes, bem como explicações e cartilhas de fácil e simples entendimento para que as informações possam ser entendidas por todos os níveis sociais, além de facilitar a pesquisa, já que juntará muitas informações em um só lugar, pois o conhecimento que se encontra disponível atualmente está espalhado em milhares de outros sites. E no que concerne a Corrida de Rua, que além de promover o Movimento de Conscientização e o website, também ratifica a importância da prática de exercícios físicos para se alcançar uma vida mais saudável, seja para crianças, jovens, adultos e idosos. A mesma que pretende ser realizada anualmente, para que a cada ano a problemática tome a real importância na memória da população, assim como, obtenha mais engajamento e maior alcance a cada evento. Além disso, hoje as corridas de rua são bem populares em todo o mundo e são praticadas em sua grande maioria por atletas amadores que buscam melhorar e aumentar sua qualidade de vida através da prática esportiva (Gonçalves, 2011). 1.5. Público-Alvo O público alvo deste projeto são homens e mulheres com a faixa etária a partir de 16 anos, que utilizam ou não utilizam os antibióticos e pertencentes a todas as classes sociais. O projeto possui os seguintes benefícios:
  • 16. 16 1. Levar para toda a população de Portugal as informações a respeito do uso correto dos antibióticos; 2. Reeducar as pessoas no que diz respeito a higiene pessoal; 3. Unir a comunidade de médicos para informações atualizadas; 4. Levar os bons hábitos saudáveis de como se alimentar, se exercitar e cuidados com o corpo humano; 5. Interações com a população de forma clara, fácil e focada. 1.6. Metodologia A constituição da Campanha de Conscientização “Menos Antibiótico e Mais Vida” será iniciada a partir do desenvolvimento do website no qual, seguido da construção do conteúdo que será exposto além de contar com espaços para banners dos patrocinadores. O próximo passo será angariar parceiros estratégicos para patrocinar e divulgar a campanha, já que uma corrida de rua é um tipo de evento com alta capacidade de atrair a atenção da impressa, do público e gerar mídia espontânea. Os patrocinadores podem ser dos mais diversos segmentos, já que a maioria deles deseja aliar sua marca a um evento que promove saúde e qualidade de vida, sendo assim, podemos contatar empresas como bancos, seguradoras, ginásios, marcas de sumos e água, câmara municipal, instituições de saúde e muito mais. Além desses se faz necessário fazer parcerias com veículos de mídia como canais de televisão, rádio, jornais, internet e influencers (youtubers, blogueiras e artistas). As possíveis empresas que poderiam aliar-se a campanha seriam bancos, ginásios, supermercados, empresas de som, marketing promocional entre outras organizações que pudessem investir. Ao mesmo tempo, será organizado a programação da corrida, que tem por definição ser uma prova desportiva em que os competidores devem completar o percurso no menor tempo possível, sendo também uma prova mais abrangente pois é possível a
  • 17. 17 participação de atletas amadores. Então será definido qual a data, horário e o local em que a prova será realizada, quais os apresentadores da abertura e encerramento, qual o percurso exatamente, quantos quilômetros deverão ser percorridos, pontos de apoio, quais os fornecedores de material desportivo para as camisas e controles, as autoridades de apoio como ambulâncias, segurança e trânsito. E por fim, a venda de ingressos através do site e o credenciamento dos participantes e de fato a realização da corrida de acordo com o planejado. 1.7. Viabilidade do Projeto PROBLEMA 1 Portugal não possui nenhum website que seja direcionado para o controle do uso dos antibióticos, o que leva muitas vezes a falta de comunicação e informação para todas as pessoas que vivem no país.  OBJETIVO  Ter um sistema de comunicação e informação padrão com parâmetros e mecanismos de qualidade para que as pessoas possam utilizar no processo de pesquisa.  ESTRATÉGIA  Disponibilizar todas as informações e comunicação a respeito do uso adequado dos antibióticos, de forma contínua para o público de interesse.  PÚBLICOS DE INTERESSE  Mulheres e homens com faixa etária mínima de 16 anos.  AÇÃO
  • 18. 18  A realização de um website.  META  Obter o 70% de médicos, em troca em dar a dar visibilidade da imagem dos médicos, reconhecimento do trabalho através do público que irá ter acesso ao conteúdo. Ter 80% de pessoas cadastradas no site, contudo ter o fórum de perguntas e respostas sempre ativo, além de todas as informações atualizadas semanalmente.  MECÂNICA DA AÇÃO  O website seria atualizado com informações semanalmente, e teria acompanhamento diário para realizar as aceitações dos artigos que os médicos podem enviar, dúvidas a serem tiradas pelos usuários, a introdução de canais de interação ao decorrer do processo. Desta forma, as pessoas ficariam por dentro do assunto e sempre atualizadas.  INSTRUMENTO DE CONTROLE  Relatórios diários e planilhas a serem realizados pela pessoa responsável no manuseio do website. Com informações como: Tipos de cadastro, dúvidas frequentes, artigos a serem aprovados e soluções propostas. Além de reuniões mensais para saber o progresso do website.  INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO  Pesquisa de opinião para as pessoas através de amostras e coleta de dados.  CRONOGRAMA Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Criação do website 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Período de adaptação do website
  • 19. 19  RECURSOS Serão utilizados os recursos:  Tecnológicos: Computador e programas tecnológicos.  Humanos: Pessoas que irão gerir a website  Materiais: Cadeiras, mesas, canetas, papel ofício e blocos de anotações.  Documental: Gráficos, planilhas e análises.  ORÇAMENTO Quantidade Itens Valores Unitários 1 Computador €700,00 1 Programas tecnológicos €300,00 1 Caixa de caneta €49,00 3 Bloco de anotações €0,52 3 Cadeiras €69,99 1 Mesas €56,99 1 Material documental €99,00 1 Pessoa para a criação do website €350,00 1 Pessoa para gerir o website €600,00 TOTAL €2.186,52  PLANO B  Caso o site não dê certo, irá ser utilizado sites gratuitos para ser reduzido os custos e voluntários para o desenvolvimento e gerenciamento do mesmo. Elaboração dos relatórios e planilhas Pesquisa de opinião Análise da pesquisa
  • 20. 20 PROBLEMA 2 O país nunca criou nenhum evento voltado para o assunto dos cuidados a serem utilizados pelos antibióticos, não havendo movimentação nas cidades referente ao tema.  OBJETIVO  Difundir o conhecimento sobre a forma adequada a ser utilizada os antibióticos diante a comunidade, a fim de torná-lo um tema conhecido perante todo o país.  ESTRATÉGIA  Levar a vida saudável para todas as pessoas, de modo a aproximar o público de interesse da comunidade de saúde.  PÚBLICO DE INTERESSE  Toda comunidade de Portugal, homens e mulheres com a faixa etária mínima de 16 anos.  AÇÃO  Realizar uma corrida de rua nas ruas de Lisboa.  META  Realizar a corrida de rua anualmente sempre no período do verão por no mínimo 5 anos consecutivos. Além de alcançar 100% do número de corredores possível.  MECÂNICA DA AÇÃO  A corrida de rua será planejada com um circuito dento das ruas de Lisboa. As pessoas que forem participar da corrida irão receber uma bolsa com o
  • 21. 21 kit da corrida que terá a blusa oficial da campanha, um squeeze, boné e panfletos a respeito do tema. A corrida terá uma campanha institucional que irá englobar pessoas famosas de Portugal e esses serão considerados os padrinhos da campanha e apoiarão toda a campanha nos diversos veículos de comunicação.  INSTRUMENTO DE CONTROLE  Elaboração de check list com detalhamento de cada cadastro realizado pelo website, além de um check list a respeito dos materiais a serem entregados para os corredores.  INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO  Realizar uma pesquisa de opinião com o público presente na corrida, a fim de analisar o desempenho e abrangência da ação.  CRONOGRAMA  RECURSOS Serão utilizados os recursos:  Tecnológico: Computador, equipamento de som, sistema de cronometragem, tapete cronometragem de chegada. Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Elaboração do check list para a corrida e kit 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Corrida Aplicação da pesquisa de opinião Tabulação de dados e análises
  • 22. 22  Material: Estrutura de tenda, buffet (água e frutas), mesas, material de divulgação, kit da corrida, chip para corrida, estrutura de pódio, estrutura de palco  Humanos: Promotores, locutor para corrida.  ORÇAMENTO Quantidade Itens Valores Unitários 2 Computador €700,00 1 Equipamento de som €300,00 3 Aluguel de mesas €50,00 1 Milheiro da Panfletagem (divulgação) €35,00 1 Locutor corrida €150,00 25 Promotores €80,00 2 Aluguel de tenda €100,00 1 Estrutura de pódio €250 1 Estrutura de palco €400 1 Contratação buffet €2.500,00 10.000 Chips para corrida €0,10 1 Sistema de cronometragem e tapete cronometragem de chegada €4.000,00 TOTAL €12.385,00  PLANO B  Havendo algum imprevisto e a corrida não podendo ser realizada, o evento será cancelado temporariamente até ser proposto um novo evento para apoiar o website.
  • 23. 23 PROBLEMA 3 O tema da utilização correta dos antibióticos ainda é muito desconhecido por toda a população de Portugal, principalmente na mídia, o que gera a fata de conhecimento a respeito do assunto.  OBJETIVO  Colocar na mídia uma campanha institucional para difundir e abranger o tema sobre os antibióticos, de modo que se torne conhecido por todos.  ESTRATÉGIA  Aproximar o público de interesse ainda mais sobre o tema tendo a ajuda da mídia para realizar a divulgação.  PÚBLICO DE INTERESSE  Mulheres e homens com faixa etária mínima de 16 anos.  AÇÃO  Parceria dos youtubers Sircaazzio e Feromonas de modo que haveria intervenções nos seus vídeos a respeito da campanha institucional “Menos Antibióticos e Mais Vidas” com a divulgação do site e da corrida de rua. Parceria também com o ator Paulo Bento que comanda o Gato Fedorento e nas suas peças de Stand – Up também haveria uma intervenção que seria a respeito da campanha, além da divulgação institucional. Teria uma campanha televisiva nas principais emissoras do país, além da campanha nas rádios Rebenta a Bolha e Mixórdia de Temáticas, bem como campanhas espalhadas por todas as ruas do país com mídias exteriores como por exemplo painéis eletrônicos.  META
  • 24. 24  Atingir um número grande de aproximadamente 90% de visualizações e curtidas dos canais dos youtubers, além de obter comentários a respeito do tema nos mesmos. Ter plateias lotadas em 100% nos dois dias de Stand – Up, bem como alcançar um bom número de aproximadamente 100% no ibope das rádios e televisão.  MECÂNICA DA AÇÃO  A campanha institucional será planejada para acontecer no mesmo período e até mesmo próximo referente as datas para que seja continuo as campanhas dos canais do Youtube, Stand – Up, as mídias exteriores, televisão e rádio.  INSTRUMENTO DE CONTROLE  Elaboração do brinfing para os canais do Youtube e Stand -Up, além de uma planilha diária que envolverá toda a campanha em cada veículo de comunicação e um check list com detalhamento da campanha.  INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO  Realizar uma pesquisa sobre o ibope da televisão e rádio, bem como uma estatística de pessoas que curtiram e assistiram os vídeos do canal Youtube e um inquérito de opinião com o público presente no Stand - Up, a fim de analisar o desempenho e abrangência da ação.  CRONOGRAMA Junho Julho Agosto Setembro Outubro Elaboração do Brinfing da campanha 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Começo da campanha nas mídias exteriores, televisão e rádio
  • 25. 25  RECURSOS Serão utilizados os recursos:  Tecnológico: Computador, retroprojetor, impressora, equipamento de som, câmera.  Material: Mesas, cadeiras, material de divulgação, pauta de teatro.  Humanos: Contratação dos Youtubers, contratação do ator e celebridades de Portugal (padrinhos da campanha), fornecedor para as mídias exteriores.  ORÇAMENTO Quantidade Itens Valores Unitários 2 Computador €700,00 1 Equipamento de som €300,00 2 Aluguel de mesas €50,00 1 Milheiro da Panfletagem (divulgação) €35,00 5 Padrinhos da campanha €2.000,00 2 Pauta para teatro €1.500,00 1 Retroprojetor €150,00 2 Cadeiras €69,99 TOTAL 15.054,99 Começo da campanha com os Youtubers e Stand - Up Tabulação de dados e análises
  • 26. 26  PLANO B  Havendo alguma mudança de planos com relação a campanha institucional, será reduzido o valor com a retirada dos embaixadores. 1.1. Orçamento Total Desta forma, o valor total do projeto para a realização da campanha completa do “Menos Antibiótico, Mais Vida” terá aproximadamente o valor de €29.626,51 o qual deve ser coberto por todos os nossos parceiros estratégicos.
  • 27. 27 2. CONCLUSÃO A resistência aos antibióticos é uma ameaça global, que já ocasiona impactos populacionais e económicos significativos e caminha para um quadro de agravamento em que não haverá tratamento eficaz para a maioria dos casos de infeções. Mediante este quadro em que a humanidade caminha para a falta de tratamentos adequados para diversas doenças, espera-se dos governantes de cada país, que venham a tomar medidas que desacelerem o consumo direto de antibióticos por parte da população, e crie medidas restritivas ao uso de antibióticos na criação de animais destinados ao consumo humano, que indiretamente agrava esta crise. Em paralelo as políticas públicas de visam a reeducação da população em relação ao consumo dos antibióticos, espera-se o aporte maior de investimentos em novas pesquisas, desta forma minimizando os danos catastróficos que se espera deste grave problema de saúde. Como forma de propor uma solução aos efeitos da resistência aos antibióticos, nosso projeto busca dentro dos conhecimentos adquiridos nas cadeiras de mestrado em gestão de marketing, o desenvolvimento de uma plataforma online e em conjunto como promotor de divulgação da campanha o desenvolvimento de eventos de corrida de rua. Tais ações buscam atingir o maior número possível de pessoas com o fim de contribuir para conscientização do uso correto dos antibióticos e prevenção a infeções.
  • 28. 28 3. BIBLIOGRAFIA Diário de Notícias. (2017). Disponível em: http://www.dn.pt/portugal/interior/tecnologia-para- monitorizar-saude-de-idosos- testada-com-sucesso-em-coimbra-4429353.html DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE, Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – LISBOA, 2016 ESAC – Net. (2017). Portal da European Surveillance of Antimicrobial Consumption Network. Disponível em: http://ecdc.europa.eu/en/Pages/home.aspx Loureiro, R. J., Roque, F., Rodrigues, A. T., Herdeiro, M. T., & Ramalheira, E. (2016). O uso de antibióticos e as resistências bacterianas: breves notas sobre a sua evolução. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 34(1), 77-84. Mota, R. A., da Silva, K. P. C., de Freitas, M. F. L., Porto, W. J. N., & da Silva, L. B. G. (2005). Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a multirresitência bacteriana. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 42(6), 465-470. Wannmacher, L. (2004). Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: uma guerra perdida. Uso racional de medicamentos: temas selecionados, 1(4), 1-6. O´Neill, Lord Jim. (2016). Final International recommendations to the World to Superbugs. Londres, Reino Unido: Review on Antimicrobial Resistence. Pordata. (2017). Portal da Base de Dados Portugal Contemporâneo. Disponível em: http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal
  • 29. 29 Santajit, S., & Indrawattana, N. (2016). Mechanisms of antimicrobial resistance in ESKAPE pathogens. BioMed research international, 2016. Tavares, W. (1996). Manual de antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos. Atheneu. Who. (2017). Portal da World Health Organization. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs194/en/ Zarb, P., & Goossens, H. (2011). European surveillance of antimicrobial consumption (ESAC). Drugs, 71(6), 745-755.
  • 30. 30 4. ANEXO Figura 1 - Protótipo kit corrida
  • 31. 31 Figura 2 - Protótipo da marca
  • 32. 32 Figura 3 – Protótipo do website Figura 4 – Protótipo do website na tela do tele móvel