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ARTE CONTEMPORÂNEA: BREVE TRAJETÓRIA DOS “ISMOS”
(Por Jane Glauce – presidente da ACAPI)

A Associação Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (ACAPI) nessa semana abriu sua
exposição coletiva apresentando ao público uma breve trajetória dos movimentos e estilos
chamados de “ismos”. Partindo do Impressionismo até chegar aos estilos mais recentes como
o Minimalismo.
Os artistas associados da ACAPI apresentam obras importantes em relação aos estilos
e tendências da arte contemporânea. Ao pensar em arte e entendê-la, seria possível abordar
de forma dinâmica e estimuladora ao público os muitos ismos que se formaram na história da
arte ocidental até os dias de hoje?
Essa seria a proposta, familiarizar-se com essas definições e compreendê-la é o
objetivo dessa exposição.
É importante lembrar que há ismos definidos por artistas, como o "impressionismo" e
o "naturalismo", mas outros são identificados por historiadores. Determinados artistas e obras
podem pertencer tanto a um estilo como pertencer a mais de um ismo.
Essas categorias não são rígidas, dentro de cada uma delas, às vezes, há
transformações, variações e divergências que podem definir alterações significativas entre
artistas reunidos sob um único movimento. Quer dizer, essas classificações mais aproximam os
artistas do que realmente em defini-las. Por isso sempre é bom questionarmos esses gêneros e
como certos artistas ou obras se associam.

Um pouco de história da arte a partir da metade do século XIX

De acordo com Stephen Little, foi a partir do século XIX que muitos artistas começaram
a se reunir sob-bandeira de movimentos, como Impressionismo e Neo-impressionismo. “No
século XX, com o surgimento do Modernismo, a maioria dos artistas, em algum ponto da
carreira, se envolveu ativamente em definir e dar forma a uma proposta artística específica.
Essa tendência continua no século XXI, mas agora há mais relutância em se aprisionar uma
obra a rótulos eu possam se identificar a meros modismos.” (página 06)
O movimento impressionista originou-se na França entre 1860 e 1900. Esse
movimento rejeitava a tradição acadêmica de representação do mundo. Suas pinturas
evocavam fortes, mas quase sempre sutis, impressões perceptivas de luz solar, cor e sombras.
Os neo-impressionistas e pós-impressionistas, foram movimentos distintos. A
preocupação estética destas linhas concentrava menos na pintura espontânea e mais nos
aspectos preparatórios e técnicos da composição e da disposição das cores. No entanto, os
pós-impressionistas não tinham objetivos artísticos comuns, mas visavam comunicar a emoção
e representar a visão social, reafirmando uma ruptura com outros estilos. Cézanne foi a figura
central para os pós-impressionistas.
O movimento denominado de fauvismo expressa um sentimento de liberdade criativa,
próprio dos seus artistas que utilizam-se de algumas características em especial, entre elas
podemos citar padrões de cor característicos, cenas simplificadas que são retratadas nas telas,
bem como uma intensidade de cores e temas não naturalistas. Como artistas expoentes,
podemos citar Henri Matisse e Van Gogh.
Outro movimento que surge logo em seguida, é denominado de Primitivismo, que
representa a antítese da arte acadêmica que tanto criticaram. As obras denominadas de
“primitivas” possuem características específicas como temas que retratam aspectos
etnográficos. Cuja força expressiva e a emoção intuitiva empregadas pelos artistas desse
movimento expressam um vigor e por que não, uma insanidade de temas de natureza
reprodutiva. Como artistas de renome desse movimento Gauguin e Paul Cézanne.
O Expressionismo como movimenta de arte, tem seu período auge entre as décadas de
1910 e 1920, não se distinguiu como movimento especificamente, mas usava cores fortes,
figuras distorcidas e algumas vezes temas que levam a abstração e alienação, seus artistas
utilizavam temas de críticas sociais, aspecto de comunidade, distorção, sempre utilizando de
cores fortes. Como exemplos desse movimento, podemos citar Francis Bacon, Kandinsky e
Edvard Munch.
A exposição dos artistas plásticos da ACAPI pretende percorrer, de forma singela, uma
breve trajetória que aborda as variedades de movimentos e estilos que marcaram a história da
arte, partindo do Impressionismo até chegarem aos estilos mais recentes.
Imbuídos e com objetivo de agregar prazer na busca pelo conhecimento e história da
arte, os artistas da ACAPI estarão expondo suas obras até dia 30 de novembro na Fundação
Cultural de Foz do Iguaçu, cuja programação segue abaixo.

AGENDA CULTURAL DA ACAPI

Exposição: Arte contemporânea: breve trajetória dos “ismos”
Data: 18 a 30 de novembro de 2013
Horário: 8h às 18h
Endereço: Rua Benjamin Constant, 62 – Centro (Fundação Cultural/ Biblioteca Pública
Municipal).

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Matéria da gazeta 16-11-2013 - arte contemporânea- breve trajetória dos ismos

  • 1. ARTE CONTEMPORÂNEA: BREVE TRAJETÓRIA DOS “ISMOS” (Por Jane Glauce – presidente da ACAPI) A Associação Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (ACAPI) nessa semana abriu sua exposição coletiva apresentando ao público uma breve trajetória dos movimentos e estilos chamados de “ismos”. Partindo do Impressionismo até chegar aos estilos mais recentes como o Minimalismo. Os artistas associados da ACAPI apresentam obras importantes em relação aos estilos e tendências da arte contemporânea. Ao pensar em arte e entendê-la, seria possível abordar de forma dinâmica e estimuladora ao público os muitos ismos que se formaram na história da arte ocidental até os dias de hoje? Essa seria a proposta, familiarizar-se com essas definições e compreendê-la é o objetivo dessa exposição. É importante lembrar que há ismos definidos por artistas, como o "impressionismo" e o "naturalismo", mas outros são identificados por historiadores. Determinados artistas e obras podem pertencer tanto a um estilo como pertencer a mais de um ismo. Essas categorias não são rígidas, dentro de cada uma delas, às vezes, há transformações, variações e divergências que podem definir alterações significativas entre artistas reunidos sob um único movimento. Quer dizer, essas classificações mais aproximam os artistas do que realmente em defini-las. Por isso sempre é bom questionarmos esses gêneros e como certos artistas ou obras se associam. Um pouco de história da arte a partir da metade do século XIX De acordo com Stephen Little, foi a partir do século XIX que muitos artistas começaram a se reunir sob-bandeira de movimentos, como Impressionismo e Neo-impressionismo. “No século XX, com o surgimento do Modernismo, a maioria dos artistas, em algum ponto da carreira, se envolveu ativamente em definir e dar forma a uma proposta artística específica. Essa tendência continua no século XXI, mas agora há mais relutância em se aprisionar uma obra a rótulos eu possam se identificar a meros modismos.” (página 06) O movimento impressionista originou-se na França entre 1860 e 1900. Esse movimento rejeitava a tradição acadêmica de representação do mundo. Suas pinturas evocavam fortes, mas quase sempre sutis, impressões perceptivas de luz solar, cor e sombras. Os neo-impressionistas e pós-impressionistas, foram movimentos distintos. A preocupação estética destas linhas concentrava menos na pintura espontânea e mais nos aspectos preparatórios e técnicos da composição e da disposição das cores. No entanto, os pós-impressionistas não tinham objetivos artísticos comuns, mas visavam comunicar a emoção
  • 2. e representar a visão social, reafirmando uma ruptura com outros estilos. Cézanne foi a figura central para os pós-impressionistas. O movimento denominado de fauvismo expressa um sentimento de liberdade criativa, próprio dos seus artistas que utilizam-se de algumas características em especial, entre elas podemos citar padrões de cor característicos, cenas simplificadas que são retratadas nas telas, bem como uma intensidade de cores e temas não naturalistas. Como artistas expoentes, podemos citar Henri Matisse e Van Gogh. Outro movimento que surge logo em seguida, é denominado de Primitivismo, que representa a antítese da arte acadêmica que tanto criticaram. As obras denominadas de “primitivas” possuem características específicas como temas que retratam aspectos etnográficos. Cuja força expressiva e a emoção intuitiva empregadas pelos artistas desse movimento expressam um vigor e por que não, uma insanidade de temas de natureza reprodutiva. Como artistas de renome desse movimento Gauguin e Paul Cézanne. O Expressionismo como movimenta de arte, tem seu período auge entre as décadas de 1910 e 1920, não se distinguiu como movimento especificamente, mas usava cores fortes, figuras distorcidas e algumas vezes temas que levam a abstração e alienação, seus artistas utilizavam temas de críticas sociais, aspecto de comunidade, distorção, sempre utilizando de cores fortes. Como exemplos desse movimento, podemos citar Francis Bacon, Kandinsky e Edvard Munch. A exposição dos artistas plásticos da ACAPI pretende percorrer, de forma singela, uma breve trajetória que aborda as variedades de movimentos e estilos que marcaram a história da arte, partindo do Impressionismo até chegarem aos estilos mais recentes. Imbuídos e com objetivo de agregar prazer na busca pelo conhecimento e história da arte, os artistas da ACAPI estarão expondo suas obras até dia 30 de novembro na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, cuja programação segue abaixo. AGENDA CULTURAL DA ACAPI Exposição: Arte contemporânea: breve trajetória dos “ismos” Data: 18 a 30 de novembro de 2013 Horário: 8h às 18h Endereço: Rua Benjamin Constant, 62 – Centro (Fundação Cultural/ Biblioteca Pública Municipal).