1. Eduardo Paolozzi, 1967 – Tapeçaria
Sem luz nós não veríamos nada. É através da luz que as cores são vistas. Mas não é a luz em si
que é percecionada. Por outro lado, nós, inconscientes, não percecionamos. Podemos ver, mas
não percecionamos.
Na tapeçaria, se repararem, há uma textura nas cores que nem sempre se vê sobressair na
pintura. E isto tem a ver com o facto de as cores na tapeçaria resultarem por absorção da luz. E
não por reflexão, como acontece de um modo geral com as telas a óleo.
Isto são jogos, em que autor e leitor participam. Dou a primazia ao leitor na interpretação
destes jogos. O importante aqui é cada um criar sentidos conforme a sua experiência, numa
interpretação apesar de tudo balizada, entre o horizonte do texto e o horizonte do intérprete.
@ Paolozzi, artista escocês, descendente de italianos, faleceu em 2005 com 81 anos.