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ATUALIDADE




AEP apresentou “Livro Branco
da Sucessão Empresarial”
                                                                                                                            FERNANDA SILVA TEIXEIRA
                                                                                                                            fernandateixeira@vidaeconomica.pt


                                                                                                                               O “Congresso Europeu da Sucessão Em-
                                                                                                                            presarial”, que decorreu esta semana no cen-
                                                                                                                            tro de congressos da Exponor, em Matosi-
                                                                                                                            nhos, foi o palco escolhido pela Associação
                                                                                                                            Empresarial de Portugal (AEP) para a apre-
                                                                                                                            sentação dos resultados do projeto “Sucessão
                                                                                                                            nas Empresas”.
                                                                                                                               Foi também apresentado o “Livro Branco
                                                                                                                            da Sucessão Empresarial”.
                                                                                                                               A questão da sucessão empresarial “não
                                                                                                                            é uma questão nova”, mas “começa agora a
                                                                                                                            mostrar a sua importância”, sobretudo, quan-
                                                                                                                            do se sabe que “uma esmagadora maioria das
                                                                                                                            empresas familiares não consegue ultrapassar
                                                                                                                            o desafio da segunda geração, sendo ainda
                                                                                                                            mais raras as que chegam à terceira” – afir-
                                                                                                                            mou José António Barros, presidente da AEP   ,
                                                                                                                            durante a apresentação do “Livro Branco da
                                                                                                                            Sucessão Empresarial”, manual de diagnósti-
                                                                                                                            co e de terapêutica.
                                                                                                                               Segundo o mesmo responsável, este pro-
                                                                                                                            jeto permitiu chegar a duas conclusões. A        Paulo Nunes da Almeida, vice-presidente da AEP.
Francisco Negreira del Río (prof. especialista em empresas familiares), Luís Ferreira (AEP), Ilse                           contribuição, por um lado, para a regenera-
Matser (Inst. Holandês de Empresas Familiares), Tawfiq Rkidi (Pres. da Câmara de Comércio e                                  ção do tecido empresarial nacional, através da     Marko Curavic, responsável da Comissão
Indústria Luso-Marroquina).                                                                                                 sensibilização e do estímulo ao empreende-       Europeia pelo departamento de empreende-
                                                                                                                            dorismo dos potenciais novos gestores, e, por    dorismo, realçou, por sua vez, a crescente im-
                                                                                                                      PUB
                                                                                                                            outro lado, o apoio ao desenvolvimento sus-      portância das empresas familiares (a grande
                                                                                                                                                                             maioria são PME) pelo facto de, nos últimos
                                                                                                                                                                             cinco anos, serem responsáveis pela criação de
                                                                                                                                                                             85% dos novos empregos. Diz este especialis-

            %¦&+)1 '2 64#$#.*1
                                                                                                                                                                             ta que, passada a época da improvisação, “a
                                                                                                                                                                             sucessão depende de um racional e atempado
                                                                                                                                                                             planeamento que, para além dos fundadores,
                                                                                                                                                                             envolva os novos líderes, tendo estes a obriga-
            e Legislação Complementar                                                                                                                                        ção de ter uma melhor preparação académica
                                                                                                                                                                             para as funções”.
                                                                                                                                                                               Marko Curavic garantiu ainda que a Co-
            3ª Edição actualizada com as alterações                                                                                                                          missão Europeia está atenta ao problema,
                                                                                                                                                                             enalteceu a iniciativa da AEP em liderar este
            introduzidas pela Lei nº 53/2011, de 14                                                                                                                          processo em Portugal, e propôs a criação de
            de Outubro                                                                                                                                                       um programa Erasmus para empreendedo-
                                                                                                                                                                             res. E justificou: “Será a forma mais eficaz
                                                                                                                                                                             de dotar os empresários com uma nova fer-
                                                                                                                                                                             ramenta chamada troca de conhecimentos”.
                                                                                             D   HFR
                                                                                                       QRPLFDS
                                                                                                                  W                                                            Já a especialista holandesa Ilse Matser
                                                                                          LG
                                                                                        Y                                                                                   acrescentou que “a sucessão é um longo e di-
                                                                                 LD
                                                                               DU




                                                                                                                                                                             nâmico processo que, para ser bem-sucedido,
                                                                           WR HP OLYU




                                                                                                                                                                             não pode estar limitado a uma sucessão den-
                                                                                                                                                                             tro da família”.
                                                                                 PHQ




                                                                                              ([FOXVLYR SDUD
                                                                                                                                                                               Opinião unânime entre estes especialistas
                                                                              XOD




                                                                                            FRPSUDV RQOLQH
                                                                            HJ




                                                                                        5
                                                                                                                             José António Barros, presidente da AEP.         é a de que, agora mais do que nunca, as mu-
                                                                                                                                                                             lheres devem ter um papel mais relevante na
                                                                                                                            tentado, sobretudo das empresas familiares       sucessão empresarial, havendo uma boa per-
                                                                                                                            de menor dimensão, e o combate preventivo        centagem de casos de sucesso no processo em
                                                                  ,QFOXL GLYHUVD OHJLVODomR
                                                                  FRPSOHPHQWDU QRPHDGDPHQWH                                às falências e ao desemprego através de uma      que elas estiveram envolvidas.
                                                                                                                            maior estabilidade e qualificação dos titulares
                                                                  ‡ $FLGHQWHV GH WUDEDOKR H                                                                                  Fundos de investimento destroem
                                                                    GRHQoDV SURILVVLRQDLV                                   dos seus órgãos de decisão.
                                                                                                                               No entanto, os especialistas internacionais   rosto das empresas
                                                                  ‡ 5HJLPH SURFHVVXDO GDV FRQWUD
                                                                    RUGHQDo}HV ODERUDLV H GH                                presentes revelaram que este é um problema
                                                                    VHJXUDQoD VRFLDO                                        transversal às economias ocidentais, embora        Igualmente presente no evento, o presi-
                                                                  ‡ 1RYR VLVWHPD GH FRPSHQVDomR                             existam alguns exemplos de sucesso conse-        dente do conselho de administração da Jeró-
                                                                    GHYLGD SHOD FHVVDomR GR                                 guido, como recordou Francisco Negreira del      nimo Martins, Alexandre Soares dos Santos,
                                                                    FRQWUDWR GH WUDEDOKR                                    Rio, graças à necessidade ditada pelo fantas-    lamentou que as pessoas se tenham trans-
                                                                                                                            ma do encerramento. O gestor, doutorado          formado em números e culpou os fundos
                                                                                                                            em ciências empresariais pela Universidade       de investimento por destruírem o rosto das
                                                                                                                            de Santiago de Compostela, chamou desde          empresas.
                                                                                                                            logo a atenção para o facto de “por regra a        “O rosto da empresa é importante, seja ele
                                                                                                                            família ser muitas vezes o principal inimigo     quem for”, referiu Soares dos Santos, acres-
       $XWRU 9LGD (FRQyPLFD _ 3iJLQDV  _ 3  ¼ 
                                               93                                                                         da empresa” e salientou que as empresas fa-      centando que “as pessoas viraram números”,
                                                                                                                            miliares “têm uma grande representativida-       o que é de lamentar, uma vez que “uma em-
                                                                                                                            de na economia europeia, mas também nos          presa é feita por pessoas para pessoas”.
                                                         2IHUWD GH SRUWHV HP HQFRPHQGDV VXSHULRUHV D  HXURV
                                                                                                                            EUA”, recordando ainda o peso relativo deste       Salientando que “a informação é funda-
                                                                                                                            tipo de empresas. “Na Finlândia são cerca de     mental nas empresas familiares, o empresário
     RPSUH Mi HP KWWSOLYUDULDYLGDHFRQRPLFDSW                                                                                                                           disse ainda que “hoje não há patrão, nem
                                                                                                                            91%, em Espanha 85%, em França 83% e
     5 *RQoDOR ULVWyYmR  ž ‡  32572 ‡ HQFRPHQGDV#YLGDHFRQRPLFDSW
                                                                                                                            nos EUA 95%. Já em Portugal são 80%, e           pode haver”, uma vez que a dispersão do
                                                                                                                            geram 60% do Produto Interno Bruto e 50%         capital por diversos investidores eliminou os
            HQFRPHQGDV#YLGDHFRQRPLFDSW                                                                                                                             rostos das empresas.
                                                                                                                            do emprego”, destacou.

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Congresso aep sucesao empresarial artigo ve

  • 1. 10 SEXTA-FEIRA, 3 FEVEREIRO DE 2012 ATUALIDADE AEP apresentou “Livro Branco da Sucessão Empresarial” FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt O “Congresso Europeu da Sucessão Em- presarial”, que decorreu esta semana no cen- tro de congressos da Exponor, em Matosi- nhos, foi o palco escolhido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) para a apre- sentação dos resultados do projeto “Sucessão nas Empresas”. Foi também apresentado o “Livro Branco da Sucessão Empresarial”. A questão da sucessão empresarial “não é uma questão nova”, mas “começa agora a mostrar a sua importância”, sobretudo, quan- do se sabe que “uma esmagadora maioria das empresas familiares não consegue ultrapassar o desafio da segunda geração, sendo ainda mais raras as que chegam à terceira” – afir- mou José António Barros, presidente da AEP , durante a apresentação do “Livro Branco da Sucessão Empresarial”, manual de diagnósti- co e de terapêutica. Segundo o mesmo responsável, este pro- jeto permitiu chegar a duas conclusões. A Paulo Nunes da Almeida, vice-presidente da AEP. Francisco Negreira del Río (prof. especialista em empresas familiares), Luís Ferreira (AEP), Ilse contribuição, por um lado, para a regenera- Matser (Inst. Holandês de Empresas Familiares), Tawfiq Rkidi (Pres. da Câmara de Comércio e ção do tecido empresarial nacional, através da Marko Curavic, responsável da Comissão Indústria Luso-Marroquina). sensibilização e do estímulo ao empreende- Europeia pelo departamento de empreende- dorismo dos potenciais novos gestores, e, por dorismo, realçou, por sua vez, a crescente im- PUB outro lado, o apoio ao desenvolvimento sus- portância das empresas familiares (a grande maioria são PME) pelo facto de, nos últimos cinco anos, serem responsáveis pela criação de 85% dos novos empregos. Diz este especialis- %¦&+)1 '2 64#$#.*1 ta que, passada a época da improvisação, “a sucessão depende de um racional e atempado planeamento que, para além dos fundadores, envolva os novos líderes, tendo estes a obriga- e Legislação Complementar ção de ter uma melhor preparação académica para as funções”. Marko Curavic garantiu ainda que a Co- 3ª Edição actualizada com as alterações missão Europeia está atenta ao problema, enalteceu a iniciativa da AEP em liderar este introduzidas pela Lei nº 53/2011, de 14 processo em Portugal, e propôs a criação de de Outubro um programa Erasmus para empreendedo- res. E justificou: “Será a forma mais eficaz de dotar os empresários com uma nova fer- ramenta chamada troca de conhecimentos”. D HFR QRPLFDS W Já a especialista holandesa Ilse Matser LG Y acrescentou que “a sucessão é um longo e di- LD DU nâmico processo que, para ser bem-sucedido, WR HP OLYU não pode estar limitado a uma sucessão den- tro da família”. PHQ ([FOXVLYR SDUD Opinião unânime entre estes especialistas XOD FRPSUDV RQOLQH HJ 5 José António Barros, presidente da AEP. é a de que, agora mais do que nunca, as mu- lheres devem ter um papel mais relevante na tentado, sobretudo das empresas familiares sucessão empresarial, havendo uma boa per- de menor dimensão, e o combate preventivo centagem de casos de sucesso no processo em ,QFOXL GLYHUVD OHJLVODomR FRPSOHPHQWDU QRPHDGDPHQWH às falências e ao desemprego através de uma que elas estiveram envolvidas. maior estabilidade e qualificação dos titulares ‡ $FLGHQWHV GH WUDEDOKR H Fundos de investimento destroem GRHQoDV SURILVVLRQDLV dos seus órgãos de decisão. No entanto, os especialistas internacionais rosto das empresas ‡ 5HJLPH SURFHVVXDO GDV FRQWUD RUGHQDo}HV ODERUDLV H GH presentes revelaram que este é um problema VHJXUDQoD VRFLDO transversal às economias ocidentais, embora Igualmente presente no evento, o presi- ‡ 1RYR VLVWHPD GH FRPSHQVDomR existam alguns exemplos de sucesso conse- dente do conselho de administração da Jeró- GHYLGD SHOD FHVVDomR GR guido, como recordou Francisco Negreira del nimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, FRQWUDWR GH WUDEDOKR Rio, graças à necessidade ditada pelo fantas- lamentou que as pessoas se tenham trans- ma do encerramento. O gestor, doutorado formado em números e culpou os fundos em ciências empresariais pela Universidade de investimento por destruírem o rosto das de Santiago de Compostela, chamou desde empresas. logo a atenção para o facto de “por regra a “O rosto da empresa é importante, seja ele família ser muitas vezes o principal inimigo quem for”, referiu Soares dos Santos, acres- $XWRU 9LGD (FRQyPLFD _ 3iJLQDV _ 3 ¼ 93 da empresa” e salientou que as empresas fa- centando que “as pessoas viraram números”, miliares “têm uma grande representativida- o que é de lamentar, uma vez que “uma em- de na economia europeia, mas também nos presa é feita por pessoas para pessoas”. 2IHUWD GH SRUWHV HP HQFRPHQGDV VXSHULRUHV D HXURV EUA”, recordando ainda o peso relativo deste Salientando que “a informação é funda- tipo de empresas. “Na Finlândia são cerca de mental nas empresas familiares, o empresário RPSUH Mi HP KWWSOLYUDULDYLGDHFRQRPLFDSW disse ainda que “hoje não há patrão, nem 91%, em Espanha 85%, em França 83% e 5 *RQoDOR ULVWyYmR ž ‡ 32572 ‡ HQFRPHQGDV#YLGDHFRQRPLFDSW nos EUA 95%. Já em Portugal são 80%, e pode haver”, uma vez que a dispersão do geram 60% do Produto Interno Bruto e 50% capital por diversos investidores eliminou os HQFRPHQGDV#YLGDHFRQRPLFDSW rostos das empresas. do emprego”, destacou.