4. HÁ M E lOS É C U L O
fornece artigos poro
desenho pintura engenharia
São Paulo - Ruo Libero Badaró, 1 18
Fo n e s 3 2 - 2 2 9 2 -- 3 5 - 4 2 5 7
FALCHI
Chocolates
Caramelos
Bombons
5. um céu aberto ...
com os luxuosos
Super
DC·68
da Aff'=I1fAff'=IA
de sio PAULO
p! Usboa, Milão • Romo às 30s. feiros. p/ Buenos Aires às 2.s. I.iro,
Par. maiores inform'fócs, consulte sua Agencia Je Viagens ou os Agentes Gerais para o Brasil
6.
7.
8. -=-....=...~..".~ ----===--
22
21
~
_~~:«;:.'i,.
.---------:."
,
"
--. ~
20
19 18 17 16
~
Andar superior: 9, Estados Unidos; 10, França; 11, Itália; 12, Holanda;
13, Grã-Bretanha (Sutherlandl; 14, sala especial Taeu-
berarp e sala geral Suíça; 15, Noruéga; de 16 a 21:
Antilhas Holandêsas, Bolívia, Canadá, Chile, Cuba, Grão-
Ducado de Luxemburgo, Grécia, Israel, Iugoslávia, Ja-
pão, México, Nicarágua, Paquistão, Paraguai, Portugal,
República Dominicana, União Panamericana, Uruguai,
Venezuela, Viet-Nam.
I 3
2
l
~
I I
Andar térreo: 1, sala especial Portinari; 2 e 3, sala geral Brasil; 4,
sala especial Sega"; 5, sala especial Beckmann; 6, sala
geral Alemanha; 7, sala geral Áustria e salas especiais
Thôny e Kubin; 8, Bélgica.
9. ......... .... . ... -.~. - - .. _~- ~-----.
9 ID
~. .
--_._------ -,---- - --~------ .
.. _,-,,--- -
.
--------~ --~---_.
.
: 13: =EEEl'l .
. __ •
12
- _u _ ._______ ~_ __0' _._'n _._. ___ .~_'_ ~~
l<
I
,/.~/> I 1
81
I I
~/~. C 14 1 . 1 r6 1 j'
5
, I I I I I I I
10. EXECUÇÃO DA VIDROTlL - Vidrotil Indústria e Comércio de Vidros Ltda. - Telefone
35-5288 - Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 306 - End. tel.: "Vidrotil" - São Paulo
11.
12.
13. MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO
III bienal
catálogo geral
------------------
Primeiro edição, junho de 1955
EDIAM, EDiÇõES AMERICANA DE ARTE E ARQUITETURA
14.
15. NDICE GERAL
ARTE GERAL ATE' PAG. XXXV
I NTROD'UCÃO PAG. XXXVII
BRASIL >
PAG. 3
ALEMANHA PAG. 41
ANTILHAS HOLANDÊSAS PAG. 57
ÁUSTRIA PAG. 61
BÉLGICA PAG. 75
BOUVIA PAG. 87
CANADÁ PAG. 93
CHILE PAG. 99
CUBA PAG. 107
ESTADOS UNIDOS PAG. 113
FRANÇA PAG. 133
GRÃ-BRETANHA PAG. 149
GRÃO-DUCADO DE LUXEMBURGO PAG. 155
GRÉCIA PAG. 159
HOLANDA PAG. 167
ISRAEL PAG. 173
ITÁLIA PAG. 181
IUGOSLÁVIA PAG. 201
JAPÃO PAG. 207
MÉXICO PAG. 213
NORUÉGA PAG. 219
PAQUISTÃO PAG. 227
PARAGUAI PAG. 233
PORTUGAL PAG. 237
REPÚBLICA DOMINICANA PAG. 241
SUrçA PAG. 245
UNIÃO PANAMERICANA PAG. 255
URUGUAI PAG. 261
VENEZUELA PAG. 267
VIET-NAM PAG. 275
ARQUITETURA PAG. 279
REPRODUÇõES PAG. 291
XV
16.
17. MUSEU DE ARTE MODERNA
Diretoria Executiva
D i r e t o r Presidente: Francisco Matarazzo Sobrinho
Diretor Vice-Presidente: Sergio Buarque de Holanda
Diretor 1. 0 Secretário: Fernando Millan
Diretor 2. 0 Secretário: Maria Penteado Camargo
Diretor 1. 0 Tesoureiro: Isai Leirner
Diretor 2. 0 Tesoureiro: Francisco Beck
Conselho de Administração
Carlos Pinto Alves, Aldo Magnelli, Oscar Pedroso Horta,
Oscar Americano, Ziro Ramenzoni, Francisco Luis Almeida
Salles, Adalberto Ferreira do Valle, José Barbosa de Al-
meida, Maria Penteado Camargo, Francisco Beck, Ruy
Bloem, Salvador Candia, Roberto Paiva Meira, Isai Leirner,
Herbert V. Levy, Joõo Mattar, Luis Medici, Helio Mor-
ganti, Pola Rezende, Luis Coelho, Marcos Gasparian, Hasso
Weiszflog, Ema Klabin, Gregori WarchÇlvchik, Kunito Mia-
saka, Gerda Brentani, Ernesto Wolf, Erich Humberg, José
JuliO de Carvalho e Sá, Fernando Millan, Henrique Olavo
Costa, Joõo Adelino Almeida Prado Neto, Lourival Gomes
Machado, Flavio de Carvalho, Lahyr Castro Cotti, Ambro-
gio Bonomi.
Di retor A r t í s t i c o : Sergio Milliet
Diretor Técnico: Wolfgang Pfeiffer
Conservador da Filmoteca: Paulo Emílio Salles Gomes
Administrador: Biagio Motta
XVII
18. PRESIDÊNCIA DE HONRA
DA TERCEIRA BIENAL
Sua Excelência Senhor João Café Filho
Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil
Sua Excelência Senhor Jânio Quadros
Governador do Estado de São Paulo
Sua Excelência Senhor Raul Fernandes
Ministro de Estado para os Negócios das Relações Exteriores
Sua Excelência Senhor José Maria Whitaker
Ministro de Estado para os Negócios do Fazendo
Sua Excelência Senhor Candido Motta Filho
Ministro de Estado poro os Negócios do Educação e Cultura
Suo Excelência Senhora Carolina Ribeiro
Secretário de Estado poro os Negócios de Educação de São Paulo
Suo Excelência Senhor J uvenal Uno de Mattos
Prefeito da cidade de São Paulo
Suo Excelência Senhor Guilherme de Almeida
Presidente da Comissão do IV Centenário
Suo Excelência Sr. Prof. Eugenio Gudin
Sua Excelência Senhor William Salém
XVIII
19. JURI DE SELEÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS
Antonio Bento
Moria Eugênia Franco
Clovis Graciono
Thomás Santo Rosa
José Geraldo Vieira
JURI DE PREMIAÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS
Sergio Milliet
Wolfgang Pfeiffer
Mário Pedrosa
Thomás Santa Rosa
José Valladares
Jean Cassou
Grace L. McCann Morley
. Umbro Apollonio
W. Sandberg
Gustav Beck
Haim Gamzu
JURI DE PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA
Francisco Beck
Salvador Candio
Eduardo Kneese de Mello
Oscar Niemeyer
Oswoldo Arthur Bratke
Lourival Gomes Machado
XIX
20. DEPARTAMENTOS DA 111 BIENAL
S e c r e t a r i a Geral: Arturo Profili
Arquivas e Secretaria: Wanda Svevo
Maria Teresa Lara Campos
Irene Eunice Sabatini
•
o plano e a supervisão dos interiores do Palácio' das Na-
ções e do Palácio dos Estados' ficaram a cargo do arqui-
teto Jocob Ruchti e do Secretaria da Bienal.
•
o catálogo geral da exposlçao foi realizado pelo "Ediam",
Edições Americanas de Arte e Arquitetura, sob a direção
de Dante Paglio, e impresso nas oficinos da "Impres",
em São Paulo,
•
o cartaz poro o propagando do III Bienal de São Paulo é
de autoria do pintor Alexandre Wollner e a capa do ca-
tálogo foi ideado por Arnaldo Pedrosa d'Horta.
xx
21. ADVERTÊNCIA
No relação dos obras
usou-se o ordem cronológica, pora os salas
especiais, e a ordem alfabética, para os
artistas das salas gerais.
Quando indicado na
obra, o ano da execução, segue-se 00 título.
As dimensões são dadas em centímetros e
seguem-se à data de execução ou à técni-
co usado, conforme o caso. Das esculturas,
menciona-se apenas a altura.
N õo havendo outras
indicações, entende-se que as pinturas são
a óleo sóbre tela. Os desenhos, salvo indi-
. cação em contrário, são a lápis sôbre papel.
A s obras que não tra-
gam indicação de proprietário, entendem-se
como de propriedade do artista.
As datas que· se se-
guem ao norr.e do artista referem-se oos
on05 de nascimento e morte.
o
presente catálogo
foi encerrado a 25 de junho de 1955, a
fim de poder ser entregue ao pública no
dia da inauguração da terceira Bienal do
Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em virtude de fatores independentes da
vontade da Comissão organizadora, algu-
mas obras deixam de nele figurar, o que
~e co(rigiró oportunamente mediante o
acréscimo de uma adendo.
XXI
22.
23. EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL
DE ARTES PLÁSTICAS
DA TERCEIRA BIENAL
regulamento
A III Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo,
exposição internacional de artes plásticos, realizar-se-á
de junho o outubro de 1955.
2 A Diretoria Executivo do Museu de Arte Moderno de
São Paulo estobelecerá o programo do exposição, cujo
administração e direção ficarão 00 seu exclusivo cui·
dado, e poderá, no medido dos necessidades, nomear
prepostos, quer individuais, quer representados por en-
tidades, com poderes definidos no ato do nomeação e
extinguíveis o juíZO.9a Diretoria. -
3 No plano geral do organização do Bienal fico previsto
o Exposição Internacional de Arquitetura que, desta vez,
será dedicado às Escolas de Arquitetura, poro os quais
é instituído um Concurso Internacional, com especial
regulamento e temo, publicados à porte.
A Exposição Internacional de Artes Plásticos DO 111
Bienal ficará constituído:
aI de solos poro os representações nacionais dos Países
participantes, cujo organização decorre de solicitação
expresso do Diretoria do M. A. M. Dentro dessas re-
presentações poderá haver Solos Especiais dedicados o
um ou mais artistas, vivos ou falecidos;
bl de solos especiais dedicados o movimentos coletivos,
escolas ou grupos, que" " tiveram ou têm importância
plástico e histórico no desenvolvimento do arte mo-
derno;
XXIII
24. REGULAMENTO
c) de salas especiais dedicadas a obras de artistas nacio-
nais ou estrangeiros expressamente canvidados pela Bie-
nal, ficando os artistas considerados "hors-concours";
d) de salas para a representação brasileira, constituída de
artistas nacionais ou residentes no País há mais de dois
anos, que se apresentem espontâneamente ao Júri de
Seleção, com um máximo de cinco obras de pintura ou
escultura, ou de oito obros de desenho ou gravura.
4 Os artistas nacionais ou residentes no Paí s deverão sa-
tisfazer as seguintes condições:
a) os artistas incumbir-se-ão de fazer chegar suas obra~
à sede ou posto de recepção da Bienal, que só respon-
derá pelas despesas de desembalagem e reembalagem;
b) as obras deverão estar em perfeito estado e convenien-
temente apresentadas ao chegarem à sede da Bienal, a
qual, embora se comprometa a dispensar o maior cui-
dado no manuseio e colocação das peças, não assumiró
por elas responsabilidade alguma, cabendo aos artistas
a faculdade de segurá-Ias por conta própria.
cl as obras deverão chegar à séde da Bienal até o dia
30 de março de i 955;
d) as obras de pintura não deverão ultrapassar 120 cm.
de largurar permitindo-se, não obstante, a compensação
de tamanho entre obras do mesmo artista; em qualquer
caso, os trabalhos deverão ser apresentados prontos
para exposição, com baguettes ou molduras; e os de-
senhos, guaches e gravuras possivelmente protegidos por
vidro; a Bienal não assume responsabilidade alguma
pelas obras em gêsso, terracota ou vidro;
e) cada obra deverá vir acompanhada de uma via da
ficha de inscrição, devendo a outra via, juntamente com
a ficha de jdentidade do artista, ser remetida à Secre-
taria da Bienal até o dia 1. 0 de fevereiro de 1955.
5 Para efeito de premiação, excluir-se-ão os artistas já
falecidos, salvo quando vierem a fblecer depois de ini-
XXIV
25. REGULAMENTO
ciada a exposlçao. Considerar-secão em igualdade de
condições com os brasileiros, para efeito de premiação,
os artistas estrangeiros residentes no País há mais de
dois anos.
6 As representações de cada país, organizados por enti-
dades oficiais ou particulares, serão solicitadas pelo M.
A. M· e por elas responderá um comissário nomeado
pela entidade organizadora da representação. Os comis-
sários cuidarão do envio, à Secretaria da Bienal, das
fichas coletivas da delegação, dos nomes dos artistas
participantes, de notas biográficas dos mesmos, de uma
seleção de fotografias das obras que 'serão expostas, e
de um breve prefácio da Seção, isto, aos fins da com-
pilação do Catálogo Oficial. A Secretaria da Bienal,
não se responsabilizará pelo exclusão da publicação dos
dados acima si estes não tiverem chegado até o dia 15
de março de" 1955. Aos comissários presentes em São
Paulo será oferecido a hospedagem durante o perí odo
de instalação dos respectivas solos.
7 A Bienal fará funcionar um posto de recepção no porto
de Santos, Estado de São Paulo, Brasil, a fim de faci-
Iitar a recepção dos obras que forem remetidas por via
marítima, e outro em São Paulo, para os obras que che-
garem por via aéreo.
S Nos fichas de inscrição dos obras, deverá constar, ex-
pressamente, se o artista as põe à vendo e se concorre
aos prêmios de aquisição, ficando entendido que sà-
mente concorrerá aos prêmios de valor igualou supe-'
rior 00 fixado para o venda. Em coso algum essa de-
claração poderá ser anulado por outro posterior, nem
poderá ser aumentado o preço declarado inicialmente.
9 No Secretario do Bienal, funcionará uma seção espe-
cialmente destinado à venda das obras e que cobrará
uma comissão de 10% sôbre o montante líquido das
aquisições.
10 Haverá um Juri de Seleção e um Juri de Premiação.
Constituem o Júri de Seleção, o Presidente do Museu
xxv
26. REGULAMENTO
de Arte Moderno de São Paulo ou pessoa por êle cre-
denciado, dois membros indicados pelo Diretoria do
mesmo Museu e dois membros escolhidos pelos artistas
concorrentes. No ficho de inscrição o concorrente deve-
rá indic,ar, em ordem de preferência, os mesmos nomes
dos dois artistas que elege para membras do Juri de
Seleção e que serão escolhidos por maioria de votos.
11 Constituem o Juri de Premiação, o Presidente do Museu
de Arte Moderno ou pessoa por êle credenciado, um
representante do Diretoria do Museu de Arte Moderno
de São Paulo, o mais votado dos dois nomes eleitos
pelos arfistos poro o Júri de Seleção, e críticos nacio-
nais ou estrangeiros de nomeado internacional, desig-
nados pelo Diretoria do Museu de Arte Moderno de
São Paulo.
12 Dos resoluçães dos Juris não cabe recurso.
13 O Juri de Seleção concluirá seus trabalhos 60' dias
antes do inauguração do Bienal. O' Juri de Premiação
reunir-se-á, pora início de seus trabalhos, 30 dias de-
pois de inaugurado o Bienal.
14 Ficam instituí dos poro o III Bienal, sem prejuízo de
outros:
o) os seguintes prêmios regulamentares:
melhor pintor estrangeiro (obras apresentados)
Cr$ 100,000,00
melhor pintor nacional (obras apresentados)
Cr$ 100·000,00
melhor escultor estrangeiro (obras apresentados)
Cr$ 100·000,00
melhor escultor nacional (obras apresentados)
Cr$ 100·000,00
melhor gravador estrangeiro (obras apresentados)
Cr$ 50.000,00
XXVI
27. REGULAMENTO
melhor gravador nocional (obros opresentadas)
Cr$ 50.000,00
meLhor desenhista estrongeiro (obras apresentadas)
Cr$ 50.000,00
melhor desenhista nacional (obras apresentadas)
Cr$ 50.000;00
bl "Prêmio São Paulo" - Fica instituído, em caráter per-
manente, o "Prêmio São Paulo" no valor de Cr$ ....
300.000,00 .para o artista nacional ou estrangeiro, ins-
crito em qualquer categoria ou seção, que obtiver una-
nimidade, ou pelo menos, os 9/1 o dos votos dos mem-
bros do Juri de Premiação. O critério para concessão
do prêmio basear-se-á na qualidade das obras apresen-
tadas pelo artista à Bienal, de modo a valorizar o me-
lhor conjunto exposto.
cl todos os demais prêmios posteriormente instituí dos, o
serão sob cláusula de aquisição, passando as obras pre-
miadas à propriedade do Museu de Arte Moderna de
São Paulo.
dI de comum acôrdo com a Bienal de Veneza, fica esta-
belecido, a partir desta III Bienal de Sãa Paulo, que os
artistas laureados com os grandes prêmios internacio-
nais numa Bienal, não poderão ser contemplados com
prêmios correspondentes, na Bienal imediata. Nesta
Bienal, são assim considerados "hors concours" os ar-
tistas agraciados com os grandes prêmios da XXVII
Bienal de Veneza.
el O Juri poderá abster-se de conferir um au mais prê-
mios, como também poderá subdividi-los.
fI depois de distribuídos os prêmios em dinheiro e as
aquisiçães constantes do regulamento da Bienal, e a fim
de estimular as delegações participantes, o Juri de Pre-
miação procurará conceder ao melhor das artistas de
cada país ·não contemplado, uma distinção especial de
ordem honorífica, a ser decidida pelo próprio Juri reu-
nido.
XXVII
28. REGULAMENTO
15 Pelo simples assinatura do ficho de inscrição, os artis-
tas submetem-se implicitamente à observância dêste re-
gulamento, e à irrecorrível decisão dos Juris, conferin-
do plenos poderes à Diretoria do Museu de Arte de São
Paulo no tocante à colocação das suas obras no recinto
da exposição.
16 Os eventuais adiamentos ou prorrogações, que só pode-
rão ser determinados pela Divisão da Bienal, não alte-
rarão nem restringirão o vigor do presente regulamento.
NOTA: Todos os prêmios serão pagos após o encerra-
mento do exposição, deduzindo-se, sempre, as taxas
legais, conforme as normas vigentes no época.
Sã'o Paulo, Março, de 1954.
FRANCISCO MATARAZZO SOBRINHO
Presidente
XXVIII
29. 11 CONCURSO INTERNACIONAL
PARA ESCOLAS DE ARQU ITETU RA
regúlamento
Integrando a 111 Bienal do Museu de Arte Moderna de
São Poulo, realiza-se, simultaneamente, a Exposição In-
ternacional de Arquitetura (E. I. A.), que, desta vez,
será reservada, exclusivamente, ao 11 Concurso Inter-
nocionol para Escolas de Arquiteturo.
2 A Direção Artística da E. I· A. será exercida por uma
comissão de arquitetos e representantes do Museu de
Arte Moderna de São Paulo.
3 Poderão participar da lHE. I. A. da Bienal do Museu
de Arte Moderna de São Paulo, isto é, do Concurso
Internacional, as Escolas de Arquitetura de todos os
Poíses, oficialmente reconhecidos, que obedeçam às sé-
guintes condições:
aI As escolas deverão apresentar um projeto sôbre um
único temo, que será desenvolvido pelos alunos, indi-
vidualmente ou em equipe;
bl o tema será proposto em linhas gerais, devendo ser
desenvolvido de ocôrdo com as tendências e condições
regionais de cada país e a orientaçõo adotada pela
escora;
cl cada escola paderá apresentar somente um trabalho. E'
livre o tamonho e o número das ,fotografias, sendo,
contudo, limitado o espaço a um máximo de dez me-
tros quadrados. As fotografias serõo dispostas em pai-
néis de 2,50 m. de largura por 1,30 de altura.
XXIX
30. REGULAMENro
d) o seleção do projeto apresentado pelo escola 00 Con-
curso, deverá ser feito por voto comum dos estudantes
e dos professores;
e) os trabalhos poderão ser opresentados em desenhos ori-
ginais, fotocópias ou fotografias, que serão montados
em São Paulo.
A Diretoria do 111 E· I. A aconselho às escolas o reme-
ter o material desmontado, como simples pacote de
fotografias e desenhos, e acompanhá-lo com um cro-
quis que sirvo de orientação poro o instalação no solo
de exposição;
f) os escolas deverão remeter à Secretoria do III Bienal
E. I. A, até o dia 28 de fevereiro de 1955, o ficho de
identidade do(s) concorrente(s), acompanhado de uma
via do ficho de inscrição do projeto. A segundo via
desta ficho deverá acompanhar os obras que deverão
chegar à Secretario do 111 Bienal E. I. A, impreteri-
velmente até o dia 30 de Maio de 1955, prazo máxi-
mo irrevogável., A remessa de tais elementos ou do
material, foro do prazo, pode acarretar o exclusão do
catálogo oficial ou do próprio exposição.
4 A 111 Bienal - E. I. A, responsabilizo-se apenas pelas
despesas de desembalagem dos trabalhos, ficando a re-
messa dos mesmos à cargo do escola participante.
Após a realização da 111. 0 Bienal - E.I.A, o maté-
rial exposto ficará de propriedade do Museu de Arte
Moderna de São Paulo que poderá, eventualmente, . uti-
lizá-lo para publicações documentativas como também
poderá organizar,com aquele material, exposições iti-
nerantes no País e no Exterior, antes de incluí-lo no
seu acêrvo, paro efeitos didáticos.
5 O tema que os estudantes desenvolverão a fim de par-
ticiparem do COncurso, é o seguinte:
• Situação: à margem de lago, rio ou mar. Afas-
tado de qualquer outro centro urbano.
xxx
31. REGULAMENTO
• Abastecimento: deverá o centro ser, tanto quan-
to possí vel, auto-suficiente.
• Acessos: deverão ser indicados no projeto os
meios de ligação com outros centros.
• Finalidade: recuperação física e mental de tra-
balhadores e suas famílias.
• Permanência: cada grupo permanecerá no centro
em período de fêrias de um mês.
• Acomodações: deverõo ser previstas acomodações
para trabalhadores solteiros (homens e mulheres)
e também para famílias.
• Recreação: será dada especial importância aa es-
tudo do porte recreativo do centro. Outrossim,
deverá o estudo prever entretenimento e distra-
ção em número, quantidade, e variedades tais
que os hás pedes possam tirar o proveito necessá-
rio à uma temporada de férias sem se aperce-
berem do aborrecimento que o simples descanso
fí sico usualmente provoca.
6 Ficam instituídos para a 111 E. I. A. - 11 Concurso In-
ternacional poro Escolas de Arquitetura, os seguintes
prêmios .em dinheiro 00 autor ou autores do trabalho:
Prêmio Cr$ 100.000,00
Prêmio Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 10.000,00
Aos vencedores e à Escola à qual pertencem, será tam-
bém entregue um diplomo.
7 O Júri poderá abster-se de conferir um ou mais prêmios,
como também poderá subdividi-los.
XXXI
32. R E G U L A ME N TO'
8 O JCJri de Premiação seró constituído pelo Presidente do
Museu de Arte Moderno ou pessoa por êle delegado, e
por eleméntos nacionais e estrangeiros, de. renome in-
ternacional, indicados pelo Diretoria do E. I· A., no ma-
neiro dos Bienais anteriores.
Os nomes dos componentes dos júris serão· divulgados
até o dia 1.° de Março de 1955.
9 Dos decisões do Júri não cabe recurso.
10 Os cosas omissos no presente regulamento serão deci-
didos de acôrdo com o disposto nos normas gerais do
Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo.
No hipótese de tais normas não se aplicarem à situa-
ção específico, serão elos resolvidos pelo direção do
E. I. A., de 'cujas decisões não caberó recurso.
11 Pelo simples assinatura do ficho de inscrição, os que
participarem do III E. I.. A., sujeitam-se à observânda
dêsteregulamento, conferindo' plenos poderes à Direção
do E. I. A., no tocante à colocação dos S'eus trabalhos
no recinto do exposição.
NOTA: Todos os prêmios serão pagos após o encerramento
do exposição, deduzidos os taxas legais, conforme os
normas vigentes no época·
São Paulo, Junho de 1954
FRANCISCO MATARAZZO SOBRINHO
Presidente
XXXII
33. L I STA DE PRÊMIOS
Os premlos mencionados como aquisição, re-
vertem a obra premiada à plena propriedade
do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
A fim de estimular as delegações participan-
tes, o Juri de Premiação concederá ao melhor
dos artistas de cada país não contemplado na
distribuição dos prêmios, uma menção honrosa.
O Juri poderá abster-se de conferir um ou
mais prêmios, como também poderá subdiví-
di-los (art. 14, par. "e" do Regulamento).
PR~MIOS REGULAMENTARES
PARA ARTES PLÁSTICAS
Prêmio São Paulo Cr$ 300.000,06
Prêmio para o melhor pintor estrangeiro 100.000;00
Prêmio para o melhor pintor nacional 100.000,00
Prêmio para o melhor escultor estrangeiro 100.000,00
Prêmio para o melhor escultor nacional 100.0ÓO,00
Prêmio para o melhor desenhista estranlJeiro 50.000,00
Prêmio para o melhor desenhista nacional 50.000,00
Prêmio para o melhor gravador estrangeiro 50.000,00'
Prêmio para o melhor gravador nacional 50.000,00
XXXIII
34. LISTA DE PR~MIOS
PR~MIOS REGULAMENTARES PARA O
SEGUNDO CONCURSO INTERNACIONAL
DAS ESCOLAS DE ARQU ITETURA
Prêmio Cr$ 100.000,00
Prêm:o Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 30.000,00
Prêmio Cr$ 10.000,00
PR~MIOS E FUNDOS DE AQUISiÇÃO
Cr$
Aquisição livre (Prêmio Jockey Club) 100.000,00
Aquisição livre (Metolúrgica Matarazzo) 100.000,00
Aquisição livre (Prêmio Moinho Santista S. A.) 50.000,00
Aquisição p/ escultor nacional (Prêmio Sanbra) 50.000,00
Aquisição livre (Prêmio Cio. Gessy) 50.000,00
Aquisição livre (Prêmio Circolo Italiano) 50.000,00
Aquisição livre (Prêmio Jafet) 50.000,00
Aquisição livre (Prêmio Cio. de Sego do Baía) 30.000,00
Aquisição p/ pintor nacional (Prêmio Tricot-
lã) 20.000,00
Aquisição livre (Prêmio AmoS/A.) 20.000,00
AC;'uisição livre (Prêmio Probel) 20.000,00
Aquisição livre (Prêmio Caixa Econom. Federal) 35.000,00
Aquisição p/ pintor nacional (Prêmio Museu
de Arte Moderno do Rio de Janeiro) 20.000,00
Aquisição p/ escultor nacional (Prêmio Museu
de Arte Moderno do Rio· de Janeiro) 20.000,00
Aquisição livre (Prêmio Co rio Tamagnil 10.000,00
PR~MIOS ESPECIAIS
Anônimo (Passagem de ida e volto poro o Europa)
ClT (Prêmio de viagem - idem)
ENIT (Prêmio Sicilia)
XXXIV
35. PAfSES P A R T 1 CI P A N T E S
BRASIL
ALEMANHA
ANTILHAS HOLANDÊSAS
ÁUSTRIA
B~LGICA
BOLrVIA
CANADÁ
CH ILE
CUBA
ESTADOS UNIDOS
FRANÇA
GRÃ-BRETANHA
GRÃO DUCADO DE LUXEMBURGO
GR~CIA
HOLANDA
ISRAEL
ITÁLJA
IUGOSLÁVIA
JAPÃO
M~XICO
NICARAGUA
NORUEGA
PAQUISTÃO·
PARAGUAI
PORTUGAL
REP. DOMINICANA
SUrçA
UNIÃO PANAMERICANA
URUGUAI
VENEZUELA
VIET-NAM
XXXV
36.
37. N T R O D u ç Ã o
F oi intenção dos organizadores da
Paulo prosseguir, na execução do
111 Bienal de São
programa estabe-
lecido desde o início em linhas gerais, de colocar a nossa
arte em vivo contacto com a arte do resto do mundo,
dando ao mesmo tempo ao público brasileiro a oportuni-
dade de conhecer e apreciar as obras dos mais impor-
tantes artistas destes últimos cinquenta anos de tentativas
de renovação, de resoluções estéticos, de revisão das con-
cepções artísticas, de recondução da arte a seus verdadei-
ros objetivos.
Nas primeira e segunda bienais procurou-se reunir, ao lado
das obras mais recentes dos artistas nacionais e estran-
geiros, alguns conjuntos representativos dos diversos movi-
mentos ocorridos na evolução da arte moderna. Assim foi
que se deu ao nosso público um panorama, suficiente-
mente esclarecedar, senão completo, ,dessa linha quebrada
que vai dos impressionistas aos abstratos, com suas ações
inventivas e suas realizações de disciplina. Juntamente
com as realizações contemporâneas, mostrou-se o ponto de
partida de cada tendência, procurando realçar as razões
de ser das novas pesquisas, bem como os resultados al-
cançados.
Nesta 111 Bienal, a carência de espaço e dificuldades de
tôda espécie impediram o desenvolvimento desse programa
coma mesma amplitude de antes. Na impossibilidade de
organizar e apresentar algumas escolas do passado, de in-
terêsse indiscutível para a compreensão do fenômeno esté-
tico que nos é dado apreciar atualmente, solicitaram-se dos
diversos países convidados algumas retrospectivas impor-
tantes suscetíveis de completar as informações anterior-
mente fornecidas ao público. No expressionismo por um
lado (Alemanha, Áustria, Bélgica) no Cubismo (França, com
Léger) no abstracionismo concretista (Suiça, cam Taeuber-
Arp) e no surrealismo <Inglaterra, com Sutherland) concen-
trou-se a atenção dos convidados e alguma cousa útil se
XXXVII
38. INTRODUÇÃO
obteve. Reunir em um mesmo momento conjuntos de
Beckmann, de Léger, de Taeuber-Arp, de Sutherland, sem
contar as salas especiais italianas e as nacionais (Portinari
e Segalll, constitue sem dúvida uma recompensa ao esforço
dos organizadores.
Justificada a orientaçãa dada ao certame, não cabe aqui
uma apreciação das obras enviadas pelos países convida-
dos: a tarefa é da alçada dos críticos· I:les dirão em que
esta 111 Bienal se terá evidenciado mais ou menos atraente
e interessónte do que as anteriores. E também até que
ponto terá sido profícuo o contacto íntimo que com ela
se estabeleceu entre nacionais e estrangeiros.
Como nas exposições anteriores, tem-se ainda nesta III
Bienal de São Paulo a impressão de que a polêmica entre
abstratos e figurativos continua sem solução conciliatória.
A observação do fato é reconfortante, porquanto dessa luta
de tendências e teorias mais ou menos intransigentes nas-
cem as mais belas realizoções. Uma arte parada, satisfei-
ta, "dona" da verdade estética, assinalaria um momento
de decadência, a formação de um academismo esteril.
Nãa corre ainda êsse risco a produção contemporônea, que
continua a interpretar contradições e dúvidas caracterí sti-
cas da nossa sociedade. Mais do que nunca ela aborrece
a copIa, a fórmula, o convencionalismo e se apega à. ex-
pressão, à invenção, à composição construtiva, dentro do
espí rito de um mundo machucado, em verdade, mas an-
sioso por viver e criar, por penetrar a essência das cousas
e a transformar em benefício do homem livre.
SERGIO MILLlET
XXXVIII
43. Sala especial
CÂNDIDO PORTINARI
o s quadros constantes desta Sala Portinari fo-
ram realizados como estudos para o painel da
"Guerra" que, juntamente com o da "Paz", o artista
está executando, por encomenda do govêrno brasi-
leiro, para decorar o novo edifício da ONU.
Pinturas enormes, de 14 metros de altura por 10
de largura cada uma, exigem naturalmente um
longo trabalho preliminar de planejamento, a fim
de que, numa superfície tão grande, as côres domi-
nantes e os grupos variados de figuras se harmo-
nizem ese integrem, dando unidade à composição.
Nas maquetes originais, de tamanho reduzido, fei-
tas há mais de dois anos, o pintor não podia entrar
em detalhes. Traçou apenas as linhas gerais que
deveriam ser seguidas, 'pois. a administração daquele
organismo internacional queria ver previamente o
projeto da obra. .
Tinham assim de constituir apenas um esbôço as
maquetes preparadas pelo artista, que se limitou a
fazer indicações de caráter essencialmente plástico.
Era, como conseqüência, muito natural que se tor-
nasse mais formalista êsse trabalho preliminar, em
face de sua própria finalidade decorativa, como em
obediência aos princípios estéticos postos em voga
pelo modernismo. Este foi desde seu início um
movimento formalista, tendência que o realismo
moderno pretende ultrapassar, voltando à grande
tradição narrativa da pintura ocidental, contrária
ao plasticismo puro dos abstratos, tão próximo ao
anti-figurativismo.priental.
Portinari é hoje" 'um dos artistas mais empenhados
na tarefa da criação de um realismo moderno,tan-
to no quadro de cavalete como no domínio da pin-
tura mural. Isso já foi notado desde 1946, por um
crítico da autoridade de René Huyghe, quando o
3
44. BRASIL
pintor fez uma exposição na "Galerie Charpentier"
em Paris. Nessa, época, estava muito acesa a dis-
puta entre abstratos e figurativos, tendo o mestre
francês salientado que Portinari estava dedicado,
na atualidade, a um trabalho igual ao de Giotto,
que logrou realizar a síntese da pintura bizantina
com a dos italianos, plasmando a linguagem origi-
nal do realismo renascentista.
Não há dúvida que o realismo da atualidade terá
forçosamente de ser diverso dos padrões criados por
Giotto, Caravaggio e Courbet. Será certamente um
realismo de tipo expressionista, ou seja um instru-
mento mais adequado a interpretar não somente
as idéias como os sentimentos da época apocalípti-
, ca que vamos atravessando. ~ste é na verdade um
mundo de misérias inimagináveis. É o mundo das
duas ou talvez três guerras totais, que, já agora,
podem chegar à destruição da própria humanidade.
Os quadros da "Guerra", fragmentos de uma deco-
ração ,gigantesca, dão uma amostra da paixão que
O pintor põe na execução da obra que lhe foi pe-
dida., . As figuras desgraçadas das mães, espôsas, e
noiva~, diante dos filhos, maridos e noivos mortos
ou feridos, são de uma dramaticidade de legenda.
Vivem êsses seres num mundo de pesadelos infer-
nais. Seus gritos e lamentos de monstruosa afli-
ção parecem perder-se no vácuo. São imagens vivas
do sofrimento gerado por uma época de irraciona-
lismo e destruição, que envolvem todos os conti-
nentes, com a fatalidade das coisas irremediáveis.
Há, por isso mesmo, em todo o painel, uma atmos-
fera de tragédia. Os azues e violetas, no, primeiro
projeto eram apoiados por laranjas mais extensos.
O pintor diminuiu depois as superfícies em que
êsses tons quentes imperavam. Disso resulta que
o painel tem agora um aspecto mais sombrio, no
qual dominam os azues, cores pelas quais o artista
sempre manifestou predileção. Isso pode ser visto
em diversos quadros desta Sala, estudos feitos, com
45. BRASIL
muita largueza, de grupos e figuras da "Guerra",
alguns no tamanho em que devem ficar na trama
da camposição e outros em escala reduzida.
Com o vigor que todos lhe reconhecem, Portinari
dá-nos nesses trabalhos não sàmente figuras plás-
ticas, cores e formas expressivas, como também
uma visão terrificante da barbaria moderna.
ANTONIO BENTO
pintura
1 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 110 x 160.
2 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 110 x 160.
3 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.
4 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.
5 "A GUERRA" óleo sôbre_madeira. 110 x 160.
6 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.
7 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.
8 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 160 x 190.
9 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 130 x 200.
10 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 220 x 150.
11 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 160 x 220.
12 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 70 x 190.
5
46.
47. Sala especia
LASAR SEGALL
A sobras deque se reservaram enadeIH Bienal às
salas
Cândido Portinari Lasar Segall,
juntam-se propositadamente à representação da
arte de tendências expressionistas, com que depa-
ramos novamente em vários artistas das delega-
ções européias.
Mas não é só essa tendência o que motiva a nova
presença dos dois mestres nesta Bienal; de fato
êles estão tão integrados no âmago da vida artis-
tica brasileira, que difícil seria encontrar outros
elementos que, mantendo a sua importância de pio-
neiros, possam ainda hoje com suas obras recentes
figurar como expoentes da arte atual desta terra.
Os elementos que caracterizam especialmente a
pintura de Lasar Segall são, a nosso ver, por um
lado, a preocupação profunda de conservar o es-
pírito humano, de movimentar a nossa alma; por
outro, a atenção constante dada à pintura própria-
mente dita, que se exprime nas formas e tonali-
dades das cõres, tratadas com o máximo cuidado
quanto aos seus valores expressivos e ao conjunto
de seus elementos plásticos.
As pinturas e esculturas que representam a obra
de Lasar Segall na IH Bienal de São Paulo subli-
mam os dois elementos acima mencionados. Não
é o pintor novo e um tanto revolucionário do ex-
pressionismo jovem da segunda década do século,
fase essa de sua pintura que nos foi muito bem
revelada na sua exposição retrospectiva de 1951 em
São Paulo. E' o pintor circunspecto, mestre de vas-
tas experiências, o pintor sábio, no qual encontra-
mos ao lado da grande riqueza da paleta, a mais
sóbria reserva na aplicação dos tons infinitamente
matizados.
Coloca-se com estas características a pintura de
Lasar Segall aCima das discussões de tendências
7
48. BRASIL
dos estudiosos das artes de hoje. São valores que
em sua dualidade de aspecto simbolizam de certo
modo como que num espelho de grande expressi-
vidade o espírito do nosso século e que, refletindo
as suas criações, podem transmitir-nos muitos en-
sinamentos.
A situacão atual da sociedade humana, que se en-
contra -ante a formação de novas estruturações,
redunda naturalmente em choques, em aconteci-
mentos que desequilibram e que causam mais so-
frimentos, transplantações e catástrofes para os
próprios membros dessa sociedade do que as cau-
sadas antigamente pelas fôrças da natureza, que
tinham de enfrentar.
Como se poderá perder o contacto emocional com
êsses acontecimentos que se imprimem na alma
humana? Não poderá decerto o artista negar fatos
tão portentosos, nem deixá-los passar sem se sen-
tir profundamente abalado em sua sensibilidade.
Estes fatoreS, entretanto, em muitos casos foram
negados nas artes de hoje, em benefício de uma
procura de novas bases formais, de elementos pu-
ros em vista da renovação das artes plásticas em si.
Ao mesmo tempo houve abuso dos temas de signi-
ficação humana, por parte de gente que se serve da
representação das imagens não para fazer arte mas
como veículo de propaganda de ideologias políticas.
A pintura de Lasar Segall mostra-nos com autên-
tica sensibilidade de artista a vida e as catástrofes
tanto do indivíduo como da coletividade humana.
Mas êle nos quer dar dos fatos íntimos como do
mundo, uma síntese vista pelo homem e criada
pelo homem que é pintor, essencialmente pintor.
Sega II não se limita assim a um círculo de motivos
e problemas, como tão pouco se limita a um gênero
de exvressão ou de colorido. Mas êle nos demons-
tra pela sua arte que devemos atentar para o ele-
mento humano, única atitude capaz de criar por
outro lado o amor no sentido mais amplo. Este
amor pode concentrar-se tanto em um ser humano,
8
49. BRASIL
como na beleza da natureza, de plantas, animais,
paisagens. E' aqui que se abre um novo expressio-
nismo profundamente enraizado na existência viva
do universo.
Esta arte de Segall manifesta-se de maneira reser-
vada, culta e construtiva. Encontramos o seu es-
pírito em todos os grupos das obras expostas,seja
nas figuras dos quadros da serie "As Erradias" em
sua impressionante solidão, seja nas esculturas,
quase tôdas relacionando intimamente as figuras
humanas entre si; e também nas paisagens brasi-
leiras na sua atmosfera, no seu colorido e na sua
qualidade de vida intensa. Achamos que ao lado das
pesquizas dos abstracionistas e de tantos outros
movimentos que se propõem como objetivo a des-
coberta de novas bases para a pintura em si, a
obra pitórica de Lasar Segall traz. uma mensagem
de nível espiritual e artístico suscetível de propa-
gação universal.
WOLFGANGPFEIFFER
pintura
1 POGROM, 1936-1937. 184 x 150.
2 GUERRA, 1942.185 x 270.
3 SOBREVIVENTES, 1946. 130 x 98.
4 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" I, 1949. 70 x 40.
5 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" lI, 1949. 70 x 38.
6 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" IIl, 1950. 81 x 65.
7 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" IV, 1952. 81 x 65.
8 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" V, 1952. 84 x 68.
9 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VI, 1953. 92 x 65.
10 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VII, 1953. 100 x 65.
11 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VIII, 1953. 56 x 46.
12 FLORESTA I, 1952. 100 x 65.
9
50. BRASIL
13 FLORESTA lI, 1954. 130 x 114.
14 FLORESTA III, 1954. 115 x 89.
15 FLORESTA IV, 1954. 116 x 81.
16 PAISAGEM I, 1954. 73 x 60.
17 PAISAGEM lI, 1954. 65 x 54.
18 PAISAGEM III, 1954. 65 x 50.
escultura
1 BAIXO-REL1l:VO I, 1929. Bronre. 47 x 38.
2 GRUPOS I, 1934. Bronze. 40.
3 GRUPOS lI, 1934. Bronze. 10.
4 GRUPOS III, 1935. Bronze. 30.
5 GRUPOS IV, 1936. Bronze. 16.
6 GRUPOS V, 1936. Bronze. 34.
7 BAIXO-REL1l:VO, lI, 1950. Bronze. 25 x 20.
8 BAIXO-REL1l:VO III, 1950. Bronze. 25 x 55.
9 GRUPOS VI, 1951. Bronze. 21.
10 GRUPOS VII, 1951. Bronze. 23.
11 BAIXO-REL1l:VO IV, 1954. Bronze. 28 x 14.
12 BAIXO-REL1l:VO V, 1955. Bronze. 30 x 35.
13 BAIXO-REL1l:VO VI, 1955. Bronze. 39 x 29.
10
51. SALA GERAL
ARTISTAS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS RE-
SIDENTES NO BRASIL QUE ESPONTÂNEAMEN-
TE SE APRESENTARAM AO JÚRI DE SELEÇÂO
N Bienal de dos artistas oque concorrem à III
a escolha
São Paulo, lúri teve, antes de
tudo, o obletivo de selecionar as obras que pudes-
sem ser classificadas dentro das diversas tendên-
cias do movimento de renovação das artes plás-
ticas. Essa era uma tarefa necessária, pois ins-
creveram-se numerosos candidatos culos trabalhos
não eram modernos. Como a Bienal paulista é uma
competição de arte de vanguarda, tendendo mesmo
a ser, dado o empenho de seus dirigentes, uma das
mais avançadas do mundo, impunha-se ao lúri o
propósito de fazer Uma escolha, senão rigorosa,
pelo menos em harmonia com os princípios estéti-
cos do modernismo. Foi igualmente seu desejo reu-
nir um conlunto de obras que pudesse ser posto ao
lado das exposições congêneres da Europa, sem que
baixasse sensivelmente o nível qualitativo da re-
presentação brasileira, como aconteceu na I Bien.al.
Graças às modificações operadas em nossos meios
artísticos desde 1951, como consequência (las duas
Bienais lá realizadas, acentua-se a preocupação dos
lovens artistas brasileiros de 'expressar-se através
de uma linguagem plástica de caráter internacio-
nal, ao contrário do que se verificou nos primeiros
tempos do modernismo. A tendência "nacional" vai
assim aos poucos se enfraquecendo, enquanto au-
menta o número dos artistas abstratos. Mesmo dos
pintores filiddos à corrente primitivista, em número'
reduzido nesta Bienal, não se pode dizer que pre-
tendam fazer arte brasileira. Tem antes uma visão
poética e virginal das coisas. E apresentam como
adultos uma mentalidade e uma técnica que se as-
semelham às das crianças e que despertam, por
isso mesmo, tanto no crítico como no observador
11
52. BRASIL
comum, um sentimento comparável à nostalgia da
idade infantil, tão viva em todos os homens.
Na própria arte figurativa, são raros os que, nesta
representação, seguem a tendência nacional. Pode
mesmo ser notada sensível abstenção de artistas
dessa corrente, os quais ficaram com a falsa im-
pressão de que a Bienal dava preferência aos abs-
tratos. Conforme o júri teve oportunidade de sa-
lientar, na ata de seus trabalhos, essa suposição é
injusta, pois os dirigentes dessa exposição não ma-
nifestaram, por atos ou palavras, qualquer prefe-
rência pela arte não-figurativa, mantendo-se equi-
distante das diversas tendências modernas.
Foi essa igualmente a conduta do júri de seleção,
composto em sua maioria de críticos que, nessa du-
pla qualidade, não deviam e não podiam manifestar
preferências artísticas.
Todavia, há um fato que não pode ser obscurecido.
E êsse é o desenvolvimento atual da arte' abstrata
no Brasil, como consequência direta: 1.°) de sua
ascenção na Europa e nos Estados Unidos, notada-
mente depois da segunda guerra mundial; 2.°) das
condições favoráveis, criadas no país, pela divUlga-
ção que a Bienal de São Paulo tem feito 'da obra
dos mestres não-figurativos e do papel que êles
representam na criação plástica da atualidade.
Corresponde êsse surto da abstração a uma neces-
sidade profunda de expressão dos nossos artistas
ou decorre de uma imposição da moda? Esta per-
gunta só terá uma resposta definitiva no futuro.
Examinando-se os trabalhos dos abstratos brasilei-
ros, nesta exposição, verifica-se desde já sua liga-
ção estreita com a produção dos europeus. Esse
tem sido, em linhas gerais, um fenômeno por assim
'dizer inelutável no desenvolvimento da arte dos
países americanos, desde os tempos coloniais. No
passado, isso ocorria pelas relações de dependência
política e cultural, que os prendiam às metrópoles
distantes. Hoje, acontece um pouco pela força da
inércia da tradição, e também pela própria carac-
terística internacional da linguagem plástica mo'"
12
53. BRASIL
derna, principalmente no que diz respeito à abs-
tração.
Mas, é desejável que essa ligação deixe de ser tão
íntima como se verifica no presente, passando os
artistas brasileiros, tanto os abstratos como os fi-
gurativos, a criar também suas próprias escolas.
Só assim afirmarão o gênio plástico de seu povo,
contribuindo ao mesmo tempo, de forma decisiva,
para a obra de renovação comum das artes plásti-
cas em nossa época.
Finalmente, cabe observar que, não obstante o ca-
ráter heterogêneo da remessa feita pelos artistas
brasileiros (a qual não dava margem a nenhum
planejamento na escolha da representação nacio-
nal), o júri teve o propósito de selecionar trabalhos
das diversas tendências da arte moderna no país.
ANTONIO BENTO
pintura
OSWALD DE ANDRADE FILHO (1914)
1 PINTURA 3, 1955. 120 x 92.
ZACHARIAS AUTUORI (1889)
2 RUA COM IGREJA, 1954. 60 x 36.
3 GRUPO DE CASAS, 1954. 46 x 38.
4 CIDADEZINHA DO INTERIOR, 1954. 65 x 46.
ANTONIO BANDEIRA (1922)
5 QUERMESSE, 1954-1955. 100 x 81.
.6 CIDADE AMARELA, 1954-1955.~ 100 x 81.
7 A CATEDRAL BRANCA, 1954-1955. '1:00 x 81.
13
54. BRASIL
8 CIDADE AZUL, 1954-1955. 100 x 81.
9 PAISAGEM AGRESTE, 1954-1955. 100 x 81.
GERALDO DE BARROS (1923)
10 COMPOSIÇAO COM TR1!:S METADES DE UM,
1954. Esmalte sôbre kelmite. 60 x 60.
11 COMPOSIÇAO - VERMELHO EM FUNÇAO DE
CINZA, 1954. Esmalte sôbre kelmite. 60 x 60.
12 COMPOSIÇAO, 1954. Esmalte sôbre kelmite~
60 x 60.
UBI BAVA (1915)
13 COMPOSIÇAO N.o 1 (CíRCULOS ESTATICO-
DINAMICOS), 1953. 80 x 80.
14 COMPOSIÇAO NO 2 (CíRCULOS ESTATICO-
DINAMICOS), 1953. 80 x 80.
15 COMPOSIÇAO N.o 4 (CíRCULOS ESTATICO-
DINAMICOS), 1954. 126 x 62.
16 COMPOSIÇAO N.o 5 (CíRCULOS ESTATICO-
DINAMICOS), 1954. 126 x 62.
PAULO BECKER (1927)
17 PAISAGEM, 1954. 100 x 73.
18 FIGURAS, 1955. óleo sôbre madeira. 100 x 73.
SUZANA IZAR DO AMARAL BERLINCK (1915)
I!} .DISTORÇAO, 1954. 87 x 61.
HEINRICH BOESE (1897)
20 COMPOSIÇAO 2, 1954. Têmpera sôbre tela.
60 x 80.
21 PAISAGEM, 1954. óleo sôbre madeira. 70 x 90.
14
55. BRASIL
ALDO BONADEI (1906)
22 COMPOSIÇAO I, 1954. 82 x 105.
23 COMPOSIÇAO II, 1955. 82 x 105.
24 COMPOSIÇAO III, 1955. 62 x 75.
25 COMPOSIÇAO IV, 1955. 82 x 115.
26 COMPOSIÇAO V, 1955. 82 x 115.
MARIA BONOMI (1935)
27 RETRATO 1,1954. Têmpera sôbre papel. 92 x 62.
28 CATEDRAL, 1955. 75 x 50.
VALENTINO CAI (1918)
29 COMPOSIÇAO N.o 2, 1955. Guache sôbre papel.
42 x 52.
30 RITMO CONTíNUO, 1955. Gauche sôbre papel.
41 x 61.
LULA CARDOSO AYRES (1910)
31 PINTURA N.o 1, 1955. 115 x 150..
32 PINTURA N.O 3, 1955. 150 x 70.
33 PINTURA N.o 5, 1955. 70 x 150.
FLÁVIO DE CARVALHO (1899)
34 CRIATURA PENSATIVA, 1955. 70 x 65.
35 PAISAGEM MENTAL, 1955. 92·x 73.
36 RETRATO DO ARQUITETO ROBERTO BURLE
MARX, 1955. 73 x 92.
37 RETRATO DE NIOMAR MONIZ SODR~, 1955.
73 x 92.
38 VELAME DO DESTINO, 1955. 70 x 65.
15
56. BRASIL
GENARO DE CARVALHO (1926)
39 A GRANDE FLOR, 1954. óleo sôbre papelão.
100 x 70.
ALUíSIO CARVAO (1918)
40 RETAS EM ESPAÇO VERMELHO, 1954. óleo
sôbre madeir.a. 120 x 75.
41 PARALELAS EM ESPAÇO AMARELO, CINZA E
BRANCO, 1954. Sintética sôbre madeira. 100 x 80.
42 RITMOS CENTRIFUGAIS, 1954. Guache sôbre
celotex. 52 x 50.
43 CONSTRUÇAO N.o 3, 1955. Sintética e óleo sôbre
madeira.. · 62 x 55.
LYGIA CLARK (1920)·
44 SUPERFíCIE MODULADA N.o I, 1955. óleo sôbre
madeira. 114 x 77.
45 SUPERFíCIE MODULADA N.o 2, 1955. óleo sôbre
madeira. 114 x 77.
46 SUPERFÍCIE MODULADA N.D 3,1955. óleo sôbre
madeira. 66 x 91.
WALDEMAR CORDEIRO (1925)
47 IDEIA VISíVEL N.o I, 1955. "Plexiglass". 40 x 40.
48 IDEIA VISíVEL N.o 2, 1955. Tinta em massa
sôbre nordex. 61 x 61.
49 IDEIA VISiVEL N.D 3, 1955. Tinta em massa
sôbre nordex. 61 x 61.
50 IDEIA VISÍVEL N.o 4, 1955. Tinta em -massa
sôbre nordex. 61 x 61.
16
57. BRASIL
51 IDEIA VIS-íVEL N.O 5, 1955. Tinta em massa
sôbre nordex. 61 x 61.
WALDEMAR DA COSTA (1904)
52 COMPOSIÇAO A, 1954. 81 x 65.
53 COMPOSIÇAO B, 1954. 81 x 65.
54 COMPOSIÇAO C, 1954. 73 x 97.
55 COMPOSIÇAO D, 1954. 61 x 73.
CARMELO CRUZ (1924)
56 FIANDEIRA, 1955. 196 x 97.
57 FIANDEIRAS, 1955. 100 x 73.
MILTON DA COSTA (1915)
58 COMPOSIÇAO, 1954. 81 x 55.
59 COMPOSIÇAO, J954. 41 x 33.
60 SõBRE FUNDO NEGRO, 1954 - 1955. Têmpera.
81 x 60.
61 SõBRE FUNDO AZUL, 1955. 92 x 65.
62 SõBRE FUNDO MARRON, 1955. Têmpera. 55 x 38.
DANILO DI PRETE (1911)
63 ESPAÇO QUADRADO, 1955. 100 x 73.
64 FESTA DE SAO JOAO, 1955. 100 x 73.
65 SIL1l:NCIO INTERNO, 1955. 73 x 60.
66 FORMAS NOTURNAS, i955. 73 x 60.
67 FORMAS NO ESPAÇO, 1955. 100 x 73.
17
58. BRASIL
JACQUES DOUCHEZ (1921>
68 NAUTICA lI, 1954. 60 x 100.
69 MERIDIANA, 1955. 75 x 150.
70 DUALISMO, 1955. 80 x 125.
ESTRELA DE FARIA (1910)
71 LIBERTAÇAO, 1954-1955. 190 x 146.
HERMELINDO FlAMINGm (1920)
72 COMPOSIÇAO N.o I, 1953. 45 x 55.
73 SEQU:I!:NCIA DE CURVAS N.o I, 1955. Cartão.
50 x 60.
SAMSON FLEXOR (1907)
74 "VA ET VIENT DIAGONAL" N.o 3,1954. 120 x 120.
75 PURíSSIMO N.o 2, 1954. 120 x 120.
76 "MODULATION A LA DOMINANTE ROUGE",
1954. 160 x 180.
77 "VA EI' VIENT DIAGONAL" N.o 4, '1955 179 x 80.
78 "MODULATION EN DEUX SENS", 1955. 179 x 80.
MAURO FRANCINI (1924)
79 MESA NA TARDE, 1954. 128 x 94.
80 GARRAFA E VINHO, 1954. 139 x 104.
KLAUS FRANKE (1930)
81 ESTúDIO DE TELEVISAO, 1953. óleo sôbre
madeira. 46 x 65,3.
18
59. BRASIL
MIRA BARGESBEIMER (1919)
82 COMPOSIÇAO N.o 4, 1954. Têmpera sôbre· ma-
deira. 61 x 41.
83 COMPOSIÇAO N.O 5, 1955. Têmpera sôbre ma-
deira. 62 x 42.
FRANS KRAJCBERG (1921)
84 PEIXES, 1955. 73 x 92.
85 NATUREZA MORTA I, 1954. 60 x 73.
BEINZ KUEBN (1908)
86 PINTURA n, 1954. 130 x 162.
EMERIC LANYI (1907)
87 COMPOSIÇAO COM CONTRATES, 1955. 94 x 72.
88 COMPOSIÇAO N.o I, 1955. 94 x 72.
JUDITH LAUAND (1922)
89 COMPOSIÇAO N.o I, 1954. Esmalte sôbre kelmite.
60 x 72.
DÉA CAMPOS LEMOS (1925)
90 FOLHAGEM, 1955. 116 x 81.
91 PAISAGEM, 1955. 81 x 65.
FERNANDO LEMOS (1926)
92 PINTURA COM RITMOS IV, 1955. Têmpera sôbre
papel. 70 x 50.
19
60. BRASIL
93 PINTURA COM RITMOS V, 1955. Têmpera sôbre
papel. 70 x 50.
MARIA LEONTINA (1917)
94 DA SÉRIE "OS ENIGMAS" lI, 1953-1954. 92 x 60.
95 DA SÉRIE ''OS ENIGMAS" III, 1953-1954. 92 x 73.
96 DA SÉRIE "OS ENIGMAS" V, 1954. 100 x 73.
97 DA SÉRIE "OS JOGOS" IV, 1954. 54,5 x 54,5.
98 DA SÉRIE "OS JOGOS" lI, 1954-1955. 81 x 60.
WALTER LEWY (1905)
99 PINTURA N.O 1, 1953. 110 x 75.
100 PINTURA NO 3, 1954. 100 x 75.
101 PINTURA N.o 5, 1954. 90 x 77.
RUBEM MAURO LUDOLF (1932)
102 SIMETRIA VERDE-AZUL, 1954. Guache sôbre
papel. 50 x 40.
103 ASSIMETRIA RESULTANTE DE DESLOCAMEN-
TOS SIMÉTRICOS, 1955. Guache sôbre papel.
68 x 44.
104 SIMETRIA N.O 32, 1955. Guache sôbre papel.
58 x 44.
105 SIMETRIA N.o 40, 1955. Guache sôbre papel.
58 x 44.
MANABU MABE (1924)
106 MULHER, 1954. 75 x 100.
107 PINTURA N.o 2, 1954. 80 x 100.
20
61. BRASIL
ALOíSIO SÉRGIO MAGALHãES (1927)
108 PAISAGEM N.o 2, 1955. óleo sôbre madeira
prensada. 80 x 60.
109 PAISAGEM N.O 3, 1955. óleo sôbre madeira
prensada. 80 x 60.
EMILIO MALLET NETTO (1924)
110 COMPOSIÇÃO 5, 1954. 55 x 45.
111 COMPOSIÇÃO 4, 1955. 65 x 46.
EMERIC MARCIER (1916)
112 TRAPICHE NA BAíA, 1953. 100 x 73.
113 IGREJA EM VENEZA, 1954. 81 x 65.
LEYLA MARIA DE ORNEIROS MATTOSO (1926)
114 RETRATO DE MOÇA, 1955. 81 x 60.
CAETANO MIANI (1920)
115 COMPOSIÇÃO (GRUA), 1954. 100 x 73.
116 COMPOSIÇÃO (NATUREZA MORTA), 1954.
100 x 73.
ELIDE MONZEGLIO (1927)
117 ESTUDO N.o 1 (ACROMATICA), 1955. 73 x 60.
CAIO ALONSO MOURÃO (1933)
118 COMPOSIÇÃO lI, 1954. óleo sôbre cartão. 80 x 40.
21
62. BRASIL
MAURíCIO NOGUEIRA LIMA (1930)
119 PINTURA-OBJETO n.O 3, 1954. Esmalte sõbre
nordex. 60 x 60.
120 PINTURA-OBJETO N.o 5, 1955. Esmalte sôbre
nordex. 60 x 60.
RAYMUNDO JOSÉ NOGUEIRA (1909)
121 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.
122 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.
123 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.
ABRAHAM PALATNIK (1928)
124 SUPERFíCIE VISUAL N.o 26,1954. Celulose com-
pensado. 60 x 80.
125 SUPERFíCIE VISUAL N.o 43, 1954. Celulose
compensado. 80 x 100.
JOSÉ PANCETTI (1905)
126 AUTO-RETRATO CINZA, 1939. 65 x 54. Coleção
particular.
127 HOMEM LOUCO, 1940. 47 x 55.
128 MARINHA NA BAíA, 1950. 73 x 60. Coleção par-
ticular.
129 PRAIA DO FAROL, 1950. 73 x 60. Coleção par-
ticular.
130 AUTO-RETRATO, 1954. 55 x 46.
22
63. BRASIL
LEYLA PERRONE (1924)
131 EM BUSCA DO EQUILíBRIO, 1955. 81 x 65.
132 ASSUNTO ABSTRATO, 1955. 90 x 60.
ANTONIO PRADO NETTO (1927)
133 COMPOSIÇAO N.o 12, 1954. óleo sôbre cartão
prensado. 92 x 65.
134 RITMO, 1954. óleo sôbre cartão prensado. 92 x 65.
135 ENSAIO, 1955. óleo sôbre cartão prensado.'
116 x 81.
LEOPOLDO RAIMO (1912)
136 PINTURA, 1954. 74 x 74.
137 BINARIO, 1954. 65 x 81.
138 COMPOSIÇAO I, 1954. 100 x 73.
139 RITMO, .1955. 92 x 73.
FRANCISCO REBOLO GONZALES (1903)
140 COMPOSIÇAO. 65 x 45.
141 PAISAGEM L 60 x 45.
142 PAISAGEM 2. 60 x 45.
PAULO RISSONE (1925)
143 COMPOSIÇAO COM FIGURAS, 1954. 60 x 50.
145 PôR DO SOL, 1954. 100 x 81.
LUIZ SACILOTTO (1924)
146 "CONCRETION" 5521, 1955. Esmalte sôbre ma-
deirit. 90 x 30.
23
64. BRASIL
147 "CONCRETION" 5523, 1955. Esmalte sôbre ma-
deirit. 72 x 40.
FIRMINIO FERNANDES SALDANHA (1905)
148 COMPOSIÇÃO 2, 1954. 100 x 74.
149 COMPOSIÇÃO 1, 1955. 90 x 65.
150 NATUREZA MORTA, 1955. 116 x 90.
IONE SALDANHA (1921)
151 CASAS lII, 1954. 105 x 40.
152 CASAS IV, 1955. 100 x 50.
FRANK SCHAEFFER (1917)
153 NOITE NO ARTICO, 1955. 100 x 73.
154 ROCHEDOS, 1955. 100 x 73.
IVAN FERREIRA SERPA (1923)
155 CONSTRUÇÃO N.O 75, 1955. "Collage", papel e
celulose. 40 x 40.
156 CONSTRUÇAO N.o 78, 1955. "Collage", papel e
celulose. 31 x 43.
157 CONSTRUÇÃO N.o 79, 1955. "Collage", papel e
celulose. 34 x 45.
158 CONSTRUÇAO N.O .85, 1~55. "Collage", papel e
celulose. 30 x 43.
159 CONSTRUÇÃO N.o 87, 1955. "Collage", papel e
celulose. 36 x 48.
24
65. BRASIL
ELISA MARTINS DA SILVEIRA (1912)
160 CASAMENTO, 1954. 65 x 54.
161 PATEO DO "STELLA MARIS", 1955. 92 x 73.
162 PONTE DAS CANOAS, 1955. 92 x 73.
JOAO JOSÉ SILVA COSTA (1931)
163 IDEIA, JUNHO-DEZEMBRO, 1954. 44,4 x 56,4.
164 IDEIA, SETEMBRO-MARÇO, 1954-1955. 52 x 62.
JOSÉ ANTONIO DA SILVA (1909)
165 ENGENHO, 1954. 115 x 65.
166 ALGODOAL, 1954. 97 x 62.
167 FESTA ANTONINA, 1954. 119 x 64.
168 AS FILHAS DE MARIA, 1955. 100 x 75.
JOSÉ FABIO BARBOSA DA SILVA (1934)
169 PONTEIO N.o 1, 1954-1955. Esmalte sôbre .nordex.
100 x 70.
170 PONTEIO N.o 5, 1954-1955. Esmalte sôbre nordex.
100 x 70.
171 PONTEIO N.o 7, 1954-1955. Esmalte sôbre nordex.
100 x 70.
ALBERTO TEIXEIRA (1925)
172 CROMATISMO 1, 1955. 65 x 85.
173 CROMATISMO 3, 1955. 65 x 100.
174 CROMATISMO 4, 1955. 65 x 100.
25
66. BRASIL
FUKUSHIMA TIK4SHI (1920)
175 COMPOSIÇAO, 1954. 90 x 70.
RUBEM VALENTIM (1922)
176 COMPOSIÇAO N.o 5, 1953. óleo sôbre madeira.
40 x 40.
177 COMPOSIÇAO N.o 9, 1953. óleo sôbre madeira.
40 x 40.
DÉCIO VIEIRA (1922)
178 PLANO CONSTRUIDO 1, 1954. 100 x 81.
179 PLANO CONSTRUIDO 2, 1954. 100 x 81.
ALFREDO VOLPI (1896)
180 CASAS 1. 116 x 73.
181 CASAS 2. 116 x 73.
182 CASAS 3. 116 x 73.
183 PINTURA 1. 73 x 54.
184 PINTURA 2. 73 x 54.
escultura
VICTOR BRECHERET (1894)
1 BARTIRA, 1954. Gesso. Comp. 200.
2 MATERNIDADE, 1954. Terracota. 30.
3 TRt:S VIRGENS, 1954. Terraoota. 30.
4 PIROGA, 1955. Terracota. Comp. 70.
26
67. BRASIL
SERGIO DE CAMARGO (1930)
5 GERMINAL, 1952. Bronze polido. 30.
ALFREDO CESCHlATTI (1918)
6 PASSARO, 1951. Madeira e metal. 200.
7 ADãO, 1954. Mármore. 86.
8 EVA, 1954. Mármore. 82.
MARIO CRAVO JUNIOR (1923)
9 CRISTO BAIANO, 1954. Vergalhão de ferro. 36.
10 CRISTO NA COLUNA, 1954. Vergalhão de ferro
em fusão com metais. 22.
11 CAPOEIRISTA, 1955. Ferro em fusão. 48.
12 CRISTO CRUCIFICADO, 1955. Fervo em fusão com
metais. 63.
13 AISKILI, 1955. Chapa de ferro. 79.
TERESA FOURPOME D'AMICO (1919)
14 MãE E FILHO, 1954. Gesso. 70.
15 MULHER DEITADA, 1955. Gesso. 30.
SONIA EBLING (1922)
16 FIGURA ALADA, 1954. Gesso patinado. 126.
CAETANO FRACCAROLI (1911)
17 CURVAS EM MOVIMENTO, 1954. Alumínio. 50.
27
68. BRASIL
JULIO GUERRA (1912)
18 FIGURA. Gesso. 75.
IRENE BAMAR (1909)
19 NOITE DE SAO JOAO, 1954. Mármore branco
polido. 67.
20 ANDANTE, 1954. Mármore polido côr de rosa. 65.
FELíCIA LEIRNER (1904)
21 FIGURA SENTADA, 1954. Bronze. 80.
22 MAE E CRIANÇA, 1954.· Bronze. 100.
23 MOÇA DEITADA, 1954. Bronze. Comp. 200.
24 MOÇA EM Plt, 1954. Bronze. 200.
MARIA MARTINS (1900)
25 O IMPLACAVEL, 1947. Bronre. 50.
26 ISHW ARA, 1952. Estanho, 95.
27 O CANTO DO MAR, 1953. Sermolite. 65.
28 INSôNIA INFINITA DA TERRA, 1954. Sermolite.
100.
29 A SOMA DE NOSSOS DIAS, 1954-1955. Sermolite
e estanho. 270.
JOSÉ PEDROSA (1915)
30 ESCULTURA 1, 1954. Bronze. 50.
31 ESCULTURA 2, 1954. Bronze. Comp. 50.
32 ESCULTURA 3, 1954. Gesso. 70.
28
83. Como em 1951 e em 1953, a delegação e não
apresenta apenas uma seleção parcial
alemã
panorâmica da arte alemã de hoje e do passado
recente. Para a apreciação deste, inclui-se na re-
presentação um conjunto de gravuras do saudoso
Max Beckmann, falecido nos EE. UU. em 1950. :tsse
artista, originário do norte da Alemanha, foi um
dos mais fortes e originais representantes da pin-
tura expressionista alemã. Na sua arte a procura
de uma maior sinceridade de expressão alia-se ao
desejo de uma simplificação monumental da forma,
a qual por isso talvez evidencia certa dureza áspera,
porém não carece nunca de grandiosidade. Nossa
época cruel e bárbara marcou sua obra de um pro-
fundo pessimismo; mas nela se revela também um
grande amôr à natureza e em conseqüência o de-
sejo de dominar êsse pessimismo pela criação ar-
tística. "Amai a natureza de todo o coração" -
escreveu êle no fim de sua vida - "porque arte
quer dizer natureza aperfeiçoada". Ao lado da pin-
tura, apresentam-se as obras gráficas - litogra-
fias e xilogravuras - desse grande desenhista, ilus-
trando a sua evolução artística, desde o post-im-
pressionismo até a máxima simplificação da forma
e a extrema densidade de expressão.
Entre os artistas contemporâneos no apogeu de sua
criação, temos em primeiro lugar cinco pintores,
cada um deles representado por um número signi-
ficativo de obras. Fritz Winter e Ernst Wilhelm
Nay são conhecidos em São Paulo desde a Bienal
de 1951. Ambos podem ser classificados entre os
maiores e mais inventivos mestres da pintura abs-
trata alemã. Os quadros de Nay são de uma ine-
briante magnificência cromática, de movimento
brilhante e tumultuoso, ao passo que Winter prefere
formas mais severas e côres mais sombrias, reve-
lando um estilo que lembra sua origem proletária
(foi mineiro) e no qual aparecem as "fôrças ve-
getativas da terra." Winter estudou no Dessauer
Bauhaus e foi em particular aluno de Klee e de
41
84. ALEMANHA
Kandinsky. Nay estudou com Hofer em Berlim e
durante o terceiro Reich passou uma temporada
na Noruega, hospedado por Edward Munch. Hoje
Winter vive na região de Oberbayern e Nay em Co-
lonia, cidade que constitui um dos centros da pin-
tura abstrata alemã.
As obras de Wíllem Grimm e Hans Meyboden tam-
bém revelam um sentimento profundo da natureza.
Ambos vivem na Alemanha setentrional: Grimm
em Hamburgo onde ensina pintura, na Landes-
kunstschule; Meyboden em Fischehude, onde se
dedica exclusivamente à sua arte. Grimm, que nas-
ceu na Alemanha do sul e é igualmente um apre-
ciado gravador, vem produzindo quadros de tons
brilhantes e vivos. Seus assuntos preferidos são,
além do Carnaval, especialmente a alegre e colo-
rida folgança das crianças, paisagens e naturezas
mortas. Meyboden, cidadão do norte, foi aluno de
Kokoschka em Dresdem e, na Alemanha setentrio-
nal sofreu a influência da arte de Paula Modersohn
que por algum tempo morou não longe dele, em
Worpswede.i:sses diferentes estímulos deram-lhe,
em se fundindo, um estilo singularmente pessoal,
e seus quadros, que reproduzem livremente suas
impressões da natureza, caracterizam-se pela fa-
tura cuidadosa e seu colorido nobre.
Entre o abstracionismo e o figurativismo, situa-se
a arte de Eduard Bargheer, originário de Hamburgo
e, que já há muitos anos, reside de preferência em
Forio na ilha de Ischia, vizinho de Werner Gilles,
cujos quadros foram exibidos em São Paulo em
1951. Bargheer expressa a paisagem, especialmente
das cidades sulinas, numa trama de superfícies
coloridas que recobre quase todo o quadro, dando,
ao mesmo tempo, a impressão da profundidade no
espaço. Suas paisagens de Ischia refletem a ter-
nura e a alegria do sul, ao passo que seus quadros
da Alemanha exibem tons mais sombrios.
Desta vez dedicamos muito espaço à gravura, no
mais amplo sentido da palavra. Josef Hegenbarth
42
85. ALEMANHA
é um dos mais famosos desenhistas alemães. O
mestre, que reside em Dresdem, não é apenas um
subtil e espirituoso observador da vida quotidiana,
e especialmente dos animais, mas também um ilus-
trador de inesgotável gênio inventivo.
Edward Frank, atualmente residindo em Birkenfeld,
pertence a uma geração muito mais nova. Suas
poéticas aquarelas nos levam para um mundo com-
pletamente diferente, em que revive o gênio de sua
terra renana. A seu respeito Ludwig Thormaehlen
falou muito justamente em sentido telúrico, no seu
anseio de dignidade e no seu amôr à magia da vida
animal.
A obra do seu patrício Rolf Muller-Landau, que vive
em uma aldeia do Rheinpfalz revela afinidades com
a de Frank, porém com maior inclinação para o
simbolismo; ambos os artistali são também muito
conhecidos por suas pinturas muraes.
Apresentamos algumas gravuras coloridas de Rolf
Mueller. Diga-se de passagem que se está empre-
gando muito atualmente na Alemanha esta técnica.
Testemunham-no as litografias sensuais e de bri-
lhante colorido de Karl Rodel, que alcançou extraor-
dinária perfeição no gênero. Foi aluno de Carl Cro-
del (Halle a. d. Saale) e hoje reside em Mannheim.
Provam-no também as obras cheias de espírito do
jovem berlinês Rudolf Kugler, que se formou na
Escola de Max Kaus e cujo estilo hesitante entre o
naturalismo e o abstracionismo, relembra às vêzes
Klee.
Deu-se também, desta vez, maior espaço à escul-
tura. Philipp Harth e Emy Roeder pertencem ain-
da à geração antiga. Philipp Harth, nascido em
Mainz e hoje residente em Bayrisch-Zell, é o maior
escultor animalista da Alemanha de hoje. Pelas
suas esculturas solidamente construídas e plàstica-
mente bem delineadas e ainda mais pelas reflexões
básicas sôbre a formação escultural, êle teve grande
influência sôbre a geração mais nova. Os esme-
rados retratos e as figuras de Emy Roeder, nas-
43
86. ALEMANHA
cida em Wuerzburg, e residente hoje em Mainz,
revelam construção vigorosa e nitidez de linhas.
Sua arte alcançou maturidade clássica na longa
temporada que passou na Itália.
Kurt Lehmann e Hans Wimmer são mais moços.
Lehmann nasceu na Renania e atualmente ensina
escultura na Technische Hochschule de Hannover:
realça-se por uma vocação escultural de grande vi-
talidade e cuja mais bela expressão está na repre-
sentação decantada e essencial da juventude. As
obras de Hans Wimmer -- figuras, animais e pe-
quenos e preciosos bronzes, evidenciam sentido
plástico e alta sensibilidade. Hoje professor da
Kunstakademie de Nuremberg, foi êle aluno de Ber-
nhard Bleekers em Munique. Não há provàvel-
mente na Alemanha contemporânea que sugere
Hans Wimmer nos retratos.
Agradecemos a todos que nos emprestaram obras
para a organização do conjunto que expomos.
WALTER PASSARGE
Di reto r do Stodtische
Kunstholle de Monnheim
Sala especial
MAX BECKMANN
(1884 - 1950)
pintura
1 MULHER COM VASO DE FLORES, 1941. Curt
Valentin Gallery, NOVa York.
2 MOINHO DE VENTO, 1946. 131,29 x 76,34. Curt
Valentin Gallery, Nova York.
87. ALEMANHA
3 VENDEDOR DE TAPETES, 1946. Curt Valentin
GaUery, Nova York.
4 COLOMBINA, 1950. 135,24 x 99,14. Curt Valentin
Gallery, Nova York.
5 NATUREZA MORTA COM POMBOS, 1950. 103,04
x 128,44. Curt Valentin Gallery, Nova York.
6 AVES DO PARAISO (FLORES), 1950. 77,64 x
62,40. Curt Valentin Gallery, Nova York.
gravura
1 RETRATO DE MINK, 1911. Litografia.
2 AUTO-RETRATO, 1911. Litografia.
3 ALEGRIA, 1912. Agua-forte.
4 AUTO-RETRATO PEQUENO, 1913. Agua-forte.
5 MINK DE FRENTE, 1913. Agua-forte.
6 MULHER CHORANDO, 1914. Agua-forte.
7 AUTO-RETRATO, 1914. Agua-forte.
8 OPERAÇãO GRANDE, 1914. Agua-forte.
9 OPERAÇãO PEQUENA, 1914. Agua-forte.
10 DECLARAÇãO DE GUERRA, 1914. Agua-forte
11 REVISTA, 1914. Agua-forte.
12 NECROTÉRIO, 1915. Agua-forte.
13 OFICIAIS AUTOMOBILISTAS, 1915. Agua-forte.
14 SOCIEDADE, 1915. Agua-'Íorte.
15 AUTO-RETRATO COM BURIL, 1916. Agua-forte.
Prova da La versão.
16 AUTO-RETRATO COM BURIL, 1916. Agua-forte.
Versão definitiva.
17 A NOITE (TRÉS FIGURAS), 1916. Agua-forte.
Prova.
45
88. ALEMANHA
18 MULHER VELHA (SENHORA TUBE) , 1916.
forte.
19 O FUMANTE (AUTO-RETRATO), 1916. Agua-
forte.
20 OS BATTENBERG, 1917. Agua-forte.
21 CENA FAMILIAR, 1918. Agua-forte. Prova.
22 PAISAGEM DO MENO, 1918. Agua-forte.
23 MULHER BOCEJANDO (SIESTA), 1918. Agua-
forte. Prova de impressão manual.
24 DESCIDA DA CRUZ. 1918. Agua-forte.
25 PAISAGEM COM BALÃO, 1918. Agua-forte.
26 AUTO-RETRATO, 1918. Agua-forte.
27 FRISA NO TEATRO, 1918. Agua-forte.
28 HOMEM DE BONÉ, 1919. Agua-forte.
29 CASAL DE NAMORADOS, 1920. Agua-forte. Prova.
30 NO BAR DA RAINHA (AUTO-RETRATO), 1920.
Agua-forte.
31 PETER DE CARAPUÇA, 1920. Agua-forte.
32 PIERROT E MASCARA, 1920. Litografia.
33 MULHER COM VELA, 1920. Xilogravura. Prova
de impressão.
34 MULHER COM VELA, 1920. Xilogravura. Im-
pressão definitiva.
35 AUTO-RETRATO DE CARTOLA, 1921. Agua-
forte.
36 DOSTOIEWSKI, 1921. Agua-forte. Prova de im-
pressão manual.
37 BARRACÃO DE TIRO, AO ALVO, 1921. Agua-
forte.
38 O NEGRO, 1921. Agua-forte. Prova da La versão.
39 RETRATO DE MME. BATTENBERG, 1921. Li-
tografia.
46
89. ALEMANHA
40 RETRATO DE REINHARD PIPER, 1921. Lito-
grafia.
41 O FUNAMBULO, 1921. Agua-forte. Prova de im-
pressão manual.
42 A MULHER SERPENTE, 1921. Agua-forte.
43 AUTO-RETRATO, 1922. Xilogravura.
44 FRIEDEL FRAUENKOPF, 1922. Xilogravura.
45 CARNAVAL, 1922. Agua-forte. Prova.
46 GAROTOS À JANELA, 1922. Agua-forte.
47 RETRATO DO COMPOSITOR FREDERIK DE-
LIUS, 1922. Litografia.
48 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.
49 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.
50 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.
51 MINA, 1922. Agua-forte. Impressão definitiva.
52 PRAIA, 1922. Agua-forte.
53 A PONTE GRANDE, 1922. Agua-forte.
54 ANTES DO BAILE DE MASCARAS, 1923. Agua
forte.
55 ZERETELLI, 1923. Litografia.
56 NAILA, 1923.. Agua-fort-e.
57 SENHORA COM MENINO, 1923. Agua-forte.
58 RETRATO DE FRITZ P., Agua-forte.
59 DIANTE DO ESPELHO, 1923. Agua-forte.
60 KASBEK, 1923. Agua-forte.
61 SIESTA, 1923. Agua-forte. Prova.
62 A MANHA, 1923. Agua-forte. 1.a impressão do
cliché.
63 TOILETTE. Posterior a 1923. Agua-forte. Prova.
64 O PROF. SW ARZENSKI. Posterior a 1923. Agua-
forte.
47
90. ALEMANHA
65 O PROF. SWARZENSKI. Posterior a 1923. Agua-
forte. Impressão definitiva.
66 LEVANTA-SE O PANO. Posterior a 1923. Agua-
forte. Prova de impressão manual.
67 O SONHO. Posterior a 1923. Agua-fort-e. Pro-
va de impressão manual.
68 A PONTE DE FERRO, 1924. Agua-forte.
69 DEPOIS DO BANHO, 1924. Agua-forte. Prova
de impressão manual.
70 PIERROT E MASCARA. Posterior a 1924. Agua-
forte.
71 MME. SW ARZENSKI, 1925. Xilogravura. Prova
de impressão -manual.
72 RETRATO DO BARAO S., 1928. Agua-forte.
73 O RISO, 1928. Agua-forte. Prova.
74 MULHER DORMINDO, 1929. Agua-forte. única
prova manual.
75 AUTO-RETRATO. Litografia.
76-90 DAY AND DREAM. Série de litografias edit3.-
das em 1946 por Curt Valentin, New York.
76 AUTO-RETRATO.
77 CATAVENTO.
78 ATLETA DORMINDO.
79 TANGO.
80 MULHER DE RASTRO.
81 NAO QUERO COMER MINHA SOPA.
82 CASAL DANÇANDO.
83 REI E DEMAGOGO.
84 O BODE.
85 SONHO DE GUERRA.
86 A MANHA.
48
91. ALEMNNHA
87 O CIRCO.
88 O ESPELHO MAGICO I.
89 O PECADO.
90 CRISTO E PILATOS.
Nota: Esta coleção de gravuras de Max Beckmann foi
posta à disposição dos org.anizadores pela Guenther
Franke Galerie de Muních.
S A L A G E R A L
pintura
EDUARD BARGHEER (1901)
1 CIDADE SULINA. 4'.> x 54.
2 PINHEIROS NUMA PAISAGEM VULCANICA.
43 x 62.
3 CASAS A BEIRA DO RIO. 75 x 95.
4 FIGUEIRAS DA íNDIA E MUROS. 75 x 94.
5 CIDADE NO OUTONO. 56 x 41.
6 CASAS E MONTE NA PRIMAVERA. 46 x 54.
EDVARD FRANK (1909)
7 VILA ROMANA, 1952. Aquarela:.
8 PESCADORES A CAMOGLI, 1952. Aquarela.
9 MARTIRES, 1953. Aquarela.
10 CENA A BEIRA-MAR, 1954. Aquarela.
11 PORTOFINO, 1953. Aquarela.
12 PROVENÇAL, 1953. Aquarela.
49
92. ALEMANHA
WILLEM GRIMM (1905)
13 PARQUE DE DIVERSõES. 100 x 141.
14 DIA DE INVERNO EM BLANKENESE. 80 x 100.
15 CARNAVAL EM BASILEA. 52 x 74.
16 CRIANÇAS FANTASIADAS NO ESPAÇO. 100 x
78.
17 BLANKENESE (INVERNO). 52 x 73.
18 NATUREZA MORTA COM CEBOLAS. 74 x 100.
19 VISTA DA JANELA (NOITE DE INVERNO).
100 x 7'5.
20 RUA NUMA ALDEIA DA HESSIA. 70 x 70. Em-
préstimo do Magistrado da. Cidade de Darmstadt.
HANS MEYBODEN (1901)
21 A MULHER SEM NOME. 60 x 138.
22 O GUARDA. 63 x 138.
2l O LAGO DOS QUATRO CANTõES. 75 x 1:<:0.
24 JUNHO. 70 x 120.
25 A TRí:S. 71 x 80.
26 VERAO. 65 x 78.
27 HARPA E VIOLINO, 65 x 95.
28 POSTE TELEFõNICO. 91 x 43.
ERNST WILHELM NAY (1902)
2~ ELISí:E, 1952. 100 x 120.
30 TIMBRE VOCAL, 1952. 100 x 120.
31 RITMOS PRETOS, DO VERMELHO AO CINZEN-
TO, 1952. 100 x 120.
32 RITMOS CROMATICOS, 1953. 70 x 100.
33 ESPLENDOR DE FOGO VERDE, 1953. 100 x 120
34 COM DISCOS AZUIS, 1954. 90 x 125.
50
93. ALEMANHA
35 MEDIDA DA MULTIPLICIDADE, 1954. 125 x 200.
36 OCRE E CINZA ESTANHO, 1954. 100 x 120.
FRITZ WINTER (1905)
37 VERMELHO CHEGANDO, 1951. 95 x 155.
38 LINEAR, 1953. 114 x 146.
39 ENTRE PRETO E AMARELO, 1954. 190 x 160.
40 OSCILAÇõES DEANTE DO VERMELHO E VERDE,
1954. 135 x 190.
41 PRETO ATRAVESSANDO, 1954. 135 x 145.
42 NÚCLEO AMARELO, 1954. 75 x 100.
43 CINZA-AZUL, 1954. 75 x 100.
44 NOTURNO, 1954. 75 x 100.
45 ABERTO-FECHADO LINEAR, 1954. 75 x 100 .
. 46 PRETO INDEPENDENTE NO ESPAÇO, 1954.
75 x 100.
escultura
PBILIPP BARTB (1887)
1 AGUIA. Bronze. 62. Sr. Ernst Fâber, Munich.
2 CAMELO. Bronze. 38.
3 JAGUAR SENTADO. Bronze. 21.
4 ONÇA. Bronz·e. 14.
KURT LEBMANN (1905)
5 MENINA COM MASCARA, 1950. Bronze. 22.
6 FIGURA OLHANDO, 1950. Bronze. 22.
7 FIGURA ESCUTANDO, 1950. Bronze. 22.
51
94. ALEMANHA
8 TOCADOR DE FLAUTA, 1950. Bronze. 22.
9 GATO, 19'51. Bronze. Comp. 45.
10 ADOLESCENTE SENTADO, 1952. Bronze. 18.
11 FIGURA DESCANSANDO, 1952. Bronze. Comp.
43.
12 FIGURA SENTADA, 1952. Bronze. Comp. 35
13 FIGURA DEITADA (COM PEDRA VERMELHA).
1954. Bronze. Comp. 24.
14 FIGURA OLHANDO, 1954. Bronze (relêvo). 28.
15 JOVEM PASTOR, 1954. Bronze. 175.
EMY ROEDER (1890)
16 MENINA DE JOELHO DOBRADO, 1930. Bronze.
38.
17 DUAS MENINAS, 1933. Bronze. 3l.
18 MÃE COM FILHO SENTADOS, 1939. Bronze. 35.
19 MULHER COM CESTA. 1940. Bronze. 43.
20 CABRAS DE MONTANHA NA CAMPÃNIA, 1948.
Bronze. Comp. 22.
21 RETRATO DE HANS PURRMANN, 1950-1951.
Bronze. 27.
22 SOB O CHUVEIRO, 1953-1954. Bronze (relêvo).
68x 49.
HANS WIMMER (1907)
23 ADOLESCENTE EM PÉ, 1954. Bronze (frag-
mento>. 11'5.
24 CABEÇA DE MULHER, 1954. Bronze. 30.
25 GALGO. 1954. Bronze. Campo 17.
52