1. Estudo sobre as condições para o e-commerce na região
E-READINESS
na América Latina
Contexto do comércio
eletrônico regional
continua melhorando.
Em 2011, índice de
e-readiness passou a
0,80, o que representa
uma alta de 30% em
relação a 2009.
2. O
índice de e-readiness corresponde a
um modelo de medição das variáveis
de contexto que afetam diretamente
o desenvolvimento do e-commerce ou
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comércio eletrônico. AméricaEconomia Intelligence,
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pagamento Visa, apresenta a versão para o ano de
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2011, que mostra a evolução desse indicador nos ARGENTINA 40,9 10.234,6 16,2 67,4 0,84 231,7
últimos dois anos, nas principais economias latino- BOLÍVIA 10,6 2.152,6 14,6 18,7 0,35 79,8
BRASIL 194,9 12.043,7 17,3 43,0 1,84 220,6
americanas, em relação a cinco grandes dimensões
CHILE 17,4 13.657,6 14,2 42,0 0,57 194,8
do e-readiness: volume de mercado, infraestrutura COLÔMBIA 46,1 7.061,6 16,0 47,3 0,77 154,8
tecnológica, penetração do sistema bancário ou REPÚBLICA DOMINICANA 10,1 5.641,4 15,5 41,0 0,47 74,7
bancarização, adoção de tecnologias por parte dos EQUADOR 15,0 4.358,1 15,5 32,7 0,47 128,9
consumidores e poder de oferta local. GUATEMALA 14,7 3.179,6 14,3 15,5 0,37 105,5
HONDURAS 8,2 2.070,9 15,4 10,9 0,31 74,8
MÉXICO 109,7 10.394,8 16,6 29,4 1,17 179,4
Em termos gerais, é possível afirmar que os países
NICARÁGUA 5,9 1.201,3 16,4 21,2 0,34 48,1
latino-americanos pesquisados aumentaram sua PANAMÁ 3,6 8.656,0 15,3 42,4 0,45 151,1
capacidade de transformar a internet em um canal PERU 30,0 5.936,3 16,2 29,5 0,58 98,3
de vendas efetivo para chegar ao consumidor final. PORTO RICO 3,7 23.927,5 15,4 47,0 0,59 222,9
Para compreender a evolução dessas variáveis de PARAGUAI 6,5 3.590,0 15,9 25,5 0,38 62,0
EL SALVADOR 5,9 3.832,5 14,7 16,7 0,32 167,0
contexto e as falhas da região em relação a outros
URUGUAI 3,4 14.194,5 14,2 55,1 0,53 286,4
mercados, o índice de e-readiness considera os VENEZUELA 29,8 10.537,6 16,1 34,7 0,63 237,9
Estados Unidos e a Espanha como referências. A ESPANHA 46,1 32.366,4 9,9 67,3 0,96 420,4
maior novidade é que pela primeira vez um país ESTADOS UNIDOS 312,9 48.240,5 7,9 78,4 2,96 467,6
latino-americano supera o benchmark escolhido: AMÉRICA LATINA 556,4 9.689,6 16,4 39,0 1,15 184,1 1.097,5
o e-readiness do Brasil (1,24) é superior ao da
Espanha (1,20). Em outras palavras, o Brasil tem O ecossistema em que se sustentava o e-commerce latino-
americano em 2009 é muito diferente do cenário de 2011. Em
um e-readiness 3% superior ao da Espanha, o que
apenas dois anos, praticamente todos os indicadores de e-rea-
representa um crescimento acelerado, uma vez que diness da região mostraram saltos significativos nas variáveis,
em 2009 o indicador brasileiro era 5% inferior ao que melhoraram as condições para o comércio eletrônico.
espanhol.
Causa e efeito
O Brasil não é o único país com alta taxa de Evolução do e-commerce (US$ Bi) e do índice de
crescimento do e-readiness, com 31% de alta no e-readiness latino-americanos
índice, pois Equador (58%), Argentina (51%) e FOnte: AméricaEconomía Intelligence
Uruguai (49%) também tiveram um aumento elevado. e-commerce e-readiness
70 0,90
Esse fenômeno impulsiona a média regional até 0,80
0,80
0,80, o que representa uma alta de 30% em relação 60
0,70
a 2009, quando o índice latino-americano era de 50 0,62
0,70
43,2
0,62. Na prática isso significa que a região está 40 0,52
0,55 0,60
30,2
mais bem preparada do que estava há dois anos, 0,47 0,50
30 0,42 21,7
mas ainda está longe da consolidação que seria 0,35
0,38 0,40
15,6
alcançada ao chegar ao índice 1, que corresponde 20
10,5 0,30
7,5
ao valor de referência da Espanha na pesquisa de 10 3,0 4,8
0,20
1,6
2009.
0 0,10
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2 Estudo sobre as condições para o e-commerce na região
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1.295,8 310,0 139,4 30,2 0,85 561,7 530,9 14.588 0,45 8,0 21,6 2.695 0,83 no 5 0,14 0,69
883,8 32,1 9,0 54,2 0,34 26,3 188,2 1.629 0,06 1,0 3,1 146 0,37 no 0 0,04 0,26
1.242,6 308,0 84,6 16,0 1,04 889,0 1.367,6 174.920 1,14 21,1 14,7 25.553 1,35 no 21 0,50 1,24
1.234,7 429,0 114,4 19,2 0,98 301,8 732,6 8.200 0,58 17,0 14,0 1.490 1,15 sí 8 0,60 0,80
1.003,2 127,0 106,5 25,6 0,68 208,2 358,5 9.500 0,23 3,7 4,0 998 0,27 no 3 0,11 0,48
857,3 26,8 37,6 17,9 0,67 186,9 320,5 2.073 0,18 7,7 8,6 698 0,68 no 1 0,00 0,46
1.056,6 153,8 42,3 24,9 0,61 147,5 200,3 3.349 0,14 9,5 5,2 238 0,54 no 0 0,04 0,42
1.259,9 28,3 17,6 39,6 0,47 149,7 130,2 2.427 0,14 1,3 4,2 258 0,58 sí 1 0,12 0,36
1.202,7 24,8 108,6 31,0 0,57 82,4 183,1 814 0,12 N.D. 2,1 94 0,41 no 1 0,12 0,35
861,9 215,0 107,9 24,9 0,71 152,5 764,2 36.448 0,27 7,3 6,5 6.137 0,70 no 23 0,34 0,69
713,2 73,0 8,1 22,0 0,51 127,8 130,6 629 0,11 0,7 2,1 39 0,22 no 1 0,12 0,30
1.614,2 32,7 40,5 11,7 0,94 166,9 587,4 1.185 0,67 2,1 5,6 340 0,45 no 1 0,12 0,61
989,4 154,0 30,4 36,9 0,51 230,2 329,5 5.042 0,23 2,3 5,3 611 0,42 sí 2 0,15 0,42
838,5 286,9 147,9 30,0 0,65 368,4 492,5 1.637 0,48 7,6 4,3 1.961 1,20 no 0 0,04 0,63
882,5 143,1 6,0 17,6 0,58 155,4 152,4 870 0,18 5,9 2,6 128 0,38 no 0 0,04 0,37
1.516,8 112,6 29,7 37,0 0,56 128,6 250,5 1.297 0,17 3,4 2,5 154 0,47 no 1 0,12 0,37 Nota: A tabela mostra os
1.362,5 189,4 174,3 19,2 0,98 653,4 444,1 1.040 0,66 17,4 11,8 273 0,91 no 0 0,04 0,71 quesitos e os principais
966,9 195,1 102,0 15,3 0,89 278,8 516,6 8.850 0,34 4,1 6,5 1.418 0,53 no 0 0,04 0,51 dados empregados para
1.265,9 528,9 240,6 15,5 1,33 907,8 602,5 57.243 0,94 30,3 23,7 11.895 1,65 sí - 1,16 1,20 construir o índice, mas
não dá conta de toda a
1.046,9 1.058,0 274,0 55,0 1,54 1.558,4 1.665,1 521.000 1,90 64,9 88,0 194.300 4,15 sí - 2,53 2,48
informação empregada na
5 229,1 87,5 26,9 0,82 461,9 803,4 274.499 0,58 11,3 10,1 43.231 0,86 - 68 0,30 0,80 elaboração do estudo.
*: Só inclui plataformas do setor público
O ritmo de crescimento foi marcado, principalmente, pelo Big bang
quesito adoção tecnológica, que teve alta de 0,45 ponto Evolução do e-readiness latino-americano entre
(113%), entre 2009 e 2011. Considerando o aumento no nú- 2009 e 2011
mero de compradores pela internet, nos volumes de compra FOnte: AméricaEconomía Intelligence
e na penetração da banda larga móvel, a América Latina pas- 2011
Volume de Mercado
sou de um subíndice de 0,41 em 2009 para 0,86 em 2011. No 2009
entanto, a brecha em relação aos países de referência aumen-
tou, especialmente no caso dos Estados Unidos, em que o ní-
vel cresceu de 2,25 para 4,15 nos últimos dois anos (por causa
da alta penetração da banda larga, que passou de 14% a 60%, Infraestrutura
Adoção
e de um e-commerce móvel mais eficiente), e em menor esca- Tecnológica Tecnológica
la, da Espanha, onde o índice passou de 1,0 para 1,65. Nesse
indicador, os únicos países latino-americanos que ultrapassam
o ponto de referência (ou seja, igualam ou superam a Espanha
em 2009) são o Brasil (1,35), Chile (1,15) e Porto Rico (1,20).
Países que têm em comum o fato de haver capitalizado a
infraestrutura disponível para o e-commerce, com aumento
significativo das vendas por este canal.
Enquanto isso, os mais atrasados nessa área são a Nicará- Poder de Bancarização
Oferta
gua (0,22), Colômbia (0,27), Bolívia (0,37) e Paraguai (0,38).
No caso da Nicarágua e da Colômbia, trata-se também dos pa- O aumento geral nesse quesito se explica, em termos ge-
íses que menos cresceram no índice de e-readiness em toda a rais, pela incorporação da tecnologia de internet ao estilo de
região, com alta de 0,07 ponto. vida dos latino-americanos que estão mais propensos a fazer
Estudo sobre as condições para o e-commerce na região 3
4. compras online ou a adotar novas tecnologias, como a banda também aumentou em 75%, com a incorporação de mais 24
larga móvel. Esta última, por exemplo, tem cinco vezes mais milhões de compradores, em grande parte por causa da aber-
conexões do que em 2009, passando de 13 milhões para 69 tura de ofertas a novos públicos, como acontece com as em-
milhões. A quantidade de clientes do comércio eletrônico presas de compras coletivas, o que também fez com que o tí-
Censo online
Internautas 2006
Porcentagem da população com acesso à internet, 2006 e 2011
Internautas 2011
Fonte: AméricaEconomia Intelligence
90%
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70%
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50%
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quete médio das vendas tenha caído de US$ 55 para US$ 49. rando as quantidades de linhas de telefonia fixa e móvel,
Outro quesito que apresentou forte crescimento entre computadores pessoais e assinaturas de banda larga, e ou-
2009 e 2011 foi o de infraestrutura tecnológica. Conside- tros fatores de logística, a América Latina aumentou sua ca-
pacidade para 0,82, ou seja 0,23 ponto a mais do que em
Velocidade máxima 2009, quando esse indicador ficou em 0,59, o que represen-
Porcentagem da população com acesso a banda tou um aumento de 40%. De todo modo, os países de refe-
larga, 2011 rência aumentaram a brecha em relação à região. Os Estados
FOnte: AméricaEconomía Intelligence Unidos passaram de 1,27 para 1,54 (21%) e a Espanha cres-
30% ceu de 1,00 para 1,33 (33%) nesse quesito. Os únicos países
que mantiveram alto ritmo de crescimento nessa área foram
25%
Uruguai e Panamá, com pontuações finais de 0,98 e 0,94, e
altas de 41% e 52%, respectivamente, o que os coloca entre
os países latino-americanos com melhor desempenho nes-
20%
se item, ao lado do Brasil, que chega a 1,04, e o Chile, com
0,98. Ao mesmo tempo, alguns países praticamente não mos-
15%
traram avanços nesse quesito, como Porto Rico e Venezuela,
que cresceram apenas 0,01 ponto, ou El Salvador, com alta
10% de 0,02 ponto.
Em termos gerais, parte desse aumento na América Lati-
5% na se explica pela maior penetração dos computadores e te-
lefones móveis, com queda nas tarifas médias de internet e
0 aumento de uso. Desse modo, o número de usuários de inter-
net na região cresceu 20%, chegando a representar 39% da
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população latino-americana. No entanto, há grande diferença
entre os países, pois enquanto Argentina e Uruguai possuem
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67% e 55% de suas populações conectadas, Honduras, Gua-
4 Estudo sobre as condições para o e-commerce na região
5. temala, El Salvador e Bolívia estão abaixo de 20%. cos países que se encontram entre os Estados Unidos (2,96)
Ao mesmo tempo, a penetração dos celulares não aumen- e a Espanha (0,96). O resto dos países latino-americanos fica
tou significativamente, pois já é uma das maiores do mundo, bem abaixo em volume de mercado do que a Espanha, sen-
com 1,1 aparelho para cada latino-americano. Ainda assim, do que a Argentina é o país que mais se aproxima (0,84) e
o número de computadores cresceu 30%, com 229 PCs para também o que mais cresceu, com alta de 29%, tornando-se
cada mil habitantes da região. o mercado mais conectado da região, com 27 milhões de in-
Quanto à incorporação do indicador de logística, uma no- ternautas em uma população total de 41 milhões de pessoas.
vidade em relação ao estudo anterior, essa variável significou Quanto à bancarização, um quesito que inclui variáveis
uma ligeira redução nos aumentos provocados pelos fatores como quantidade de cartões de crédito e débito, e de caixas
mencionados anteriormente. Esse indicador mede a quanti- automáticos, a América Latina continua apresentando uma
Cybercafé Hardware e cartões no
Custos mensais de internet corrigidos pelo custo e-commerce
de vida (US$) Evolução do número de PCs, celulares e cartões de
FOnte: AméricaEconomía Intelligence débito e crédito na região (em milhões).
50 FOnte: AméricaEconomía Intelligence
Computadores Cartões de crédito
45
Celulares Cartões de débito
40 700
35 600
30 500
25
400
20
300
15
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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grande brecha em relação aos países de referência da pesqui-
sa. Enquanto a região tem uma média de 0,58 nesse subíndi-
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dade de operadores logísticos, seu desempenho, tempo de ce, a Espanha fica em 0,94 e os Estados Unidos em 1,90. Uma
entrega, estado dos pacotes entregados, preços de frete, va- grande diferença, mas que diminuiu em relação a 2009 (an-
riedade de oferta e os canais de devolução. tes da crise financeira), quando esses países tiveram pontua-
ção de 1,00 e 2,14, com quedas de 6% e 11% nesse quesito,
respectivamente.
TERRA FÉRTIL No entanto, esse quesito apresenta crescimento modera-
do na região, que passou de 0,51 em 2009 para 0,58 em 2011
O volume de mercado como quesito de e-readiness mede (alta de 15%). A subida foi pela penetração dos plásticos. En-
indicadores de população absoluta e entre 25 e 35 anos, PIB quanto os cartões de crédito cresceram de 369 a 462 para
per capita e quantidade de usuários de internet. Embora es- cada mil pessoas, os cartões de débito cresceram de 695 a
ses fatores apresentem crescimento mais moderado na re- 803. Chile é o país que mais cartões de débito tem, porém o
gião, com aumento de 0,03 ponto (3%), também são os que seu subíndice diminuiu devido a uma mudança metodológica
apresentam maior pontuação em termos absolutos: 1,15. Tra- que deixou fora os cartões emitidos pelo varejo chileno, que
ta-se do quesito que mais se assemelha às linhas de base da representam 40% do mercado.
Espanha como referência em 2009, e também a mais está- Sem considerar esse caso, todos os países tiveram aumen-
vel, dado seus indicadores de população e crescimento eco- tos pouco significativos, sendo que o Brasil teve a maior alta
nômico. em pontos (0,17), o que representa um crescimento de 18%
Desse modo, Brasil (1,84) e México (1,17) se destacam e no indicador de bancarização. Com isso, o país ultrapassa a
aumentam significativamente a média regional, sendo os úni- Espanha nesse quesito (o que nesse estudo só mede cartões
Estudo sobre as condições para o e-commerce na região 5
6. Prontos para decolar Comparações por país
Evolução do e-readiness da América Latina, Brasil: 1,24
O
Estados Unidos e Espanha Espanha gigante sul-americano faz jus à sua condição, atingindo o
FOnte: AméricaEconomía Intelligence Estados Unidos nível mais alto de e-readiness da América Latina, superan-
América Latina
3,00 do pela primeira vez a Espanha, país de referência da pesqui-
sa, em vários indicadores. No entanto, é simplesmente o ta-
2,50
manho de sua população e seu
2,00
crescimento econômico que mais Espanha Am.Lat. Brasil
influenciam sua alta pontuação 2
1,50 geral, sem que se destaque a pro- 1,8
porção de internautas no total 1,6 1,4
1,00
da população (43%), mantendo- 1,2
se nesse caso abaixo da Espanha 1
0,50 0,8
(67,3%) e de vários países lati- 0,6
0 no-americanos, como a Argentina 0,4
(67,4%), Uruguai (55,1%), Colôm- 0,3
01
02
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04
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06
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20
0,2
e caixas eletrônicos), atingindo 1,14 na pontuação, e também bia (47,3%) e Porto Rico (47%). 0
Volume de Mercado
Infraestrutura
Bancarização
Adoção Tecnológica
Poder de Oferta
E-READINESS
se distancia dos demais latino-americanos, praticamente do- Quanto à infraestrutura, apesar de
brando o desempenho do segundo colocado, o Chile, que tem ter um preço de banda larga (US$
0,58. 16 mensais) abaixo da média lati-
Desse modo, o Brasil tem 88 9 cartões de crédito para cada no-americana (US$ 26), e com um
mil habitantes, seguido pelo Uruguai, com 653 e no contras- custo de vida mais alto, a penetra-
te com a média regional de 469, que inclui países pequenos ção desse serviço ainda é muito
como Bolívia e Honduras, onde o número de cartões por mil ha- baixa, de apenas 84,6 conexões por mil habitantes, abaixo da
bitantes é menor do que 100. Sendo assim, a região fica muito média regional de 87,5. No entanto, a introdução das variáveis
longe dos 1.558 cartões de crédito por mil habitantes dos Esta- logísticas na pesquisa favoreceu a pontuação do país, já que o
dos Unidos, o que mostra o tamanho da brecha, especialmente Brasil tem uma boa rede de players no setor, com serviços que
porque foi na variável cartões de crédito que a América Latina se caracterizam por entregas em bom estado, mesmo quando
apresentou o maior crescimento. ainda há tarefas pendentes na área de logística reversa, em tro-
Finalmente, quanto ao poder de oferta local, que mede o cas e devoluções.
esforço do Estado para o pagamento de impostos da venda on-
line e a força do varejo, a região atinge um índice de 0,30. Nú- Chile: 0,80
O
mero superior ao 0,22 que obteve em 2009, o que representa Chile avançou em matéria de conectividade, aumentando
uma alta de 38% que se explica pelo fato de que sete novos paí- a proporção de usuários de internet de 33% em 2009 para
ses que não estavam na pesquisa de dois anos atrás começaram 42% da população total em 2011, sendo ao mesmo tempo o
a ter seus números avaliados em 2011. Apesar disso, a América país com maior penetração de computadores da região, com
Latina está muito abaixo dos Estados Unidos (2,53) e Espanha um indicador de 429 PCs para
(1,16). Os únicos países que apresentam brechas menores são cada mil pessoas, próximos dos 1,8
Espanha Am.Lat. Chile
Chile (0,60 e com 0,69% dos contribuintes pagando impostos 529 alcançados pela Espanha. O 1,6
online), Brasil (0,50) e, em menor escala, o México (0,34). O país também se destaca pelo es- 1,4
restante, numa média simples tem pontuação de 0,08. forço das empresas online e do
1,2
1
Esse pode ser considerado o grande ponto fraco da região, setor público, que aprofundaram 0,8
pois depende de alto investimento para desenvolver tributos a plataforma da cobrança de im- 0,6
online e de varejistas com força em seus canais de pagamento 0,4
postos, o que impactou a capaci- 0,3
eletrônicos, em especial nos países com economias pequenas. dade de adoção tecnológica dos 0,2
No entanto, esse quesito pode melhorar significativamente nas chilenos: 17% deles possuem ban- 0
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próximas versões do estudo, quando medirmos o impacto das da larga móvel, uma das porcen-
compras coletivas e dos cupons de compra, que serviram de su- tagens mais altas da região, de-
porte para pequenas e médias empresas, e para empreendedo- pois do Brasil (21,1%) e Uruguai
res da região. (17,4%).
6 Estudo sobre as condições para o e-commerce na região
7. No entanto, o Chile mantém certa rigidez em matéria bancária. México: 0,69
O
Embora tenha evoluído em relação a 2009, o número de car- gigante mexicano despertou, ao menos em matéria de
tões de crédito no país continua muito baixo em comparação conectividade. Embora a base de usuários não tenha au-
com cartões de débito, com 2,4 desses para cada cartão de cré- mentado consideravelmente, isso aconteceu com a penetra-
dito, enquanto a média latino-americana é de 1,7, o que preju- ção de banda larga (108 cone-
dica as compras no estrangeiro. xões para cada mil habitantes em Espanha Am.Lat. México
2011, contra 93, em 2009) e com 1,8
Uruguai: 0,71 o número de cartões bancários, 1,6 1,4
O Uruguai divide vários traços de país desenvolvido em
matéria de e-commerce,
em quesitos como infraestru-
que ainda se encontram abaixo 1,2
da média regional, mas tiveram 1
0,8
uma alta significativa nos últi- 0,6
Espanha Am.Lat. Uruguai
tura (0,98) e adoção tecnológi- 1,8 mos dois anos. 0,4
ca (0,91), no entanto, carece de 1,6 No entanto, o maior avanço foi 0,3 0,2
uma oferta interna sólida. Em- 1,4 no comércio eletrônico em si, au- 0
1,2
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bora esse problema seja típi- 1 mentando de modo considerável
co de economias menores, cujo 0,8 o número de mexicanos que com-
0,6
porte é visto como uma barrei- 0,4 pram pela internet. Em 2011, fo-
ra para grandes investimentos 0,3 ram 7 milhões de consumidores,
em canais online, o setor públi- 0,2 contra 4,7 milhões em 2009. Ao
0
co tampouco tem atuado no de- mesmo tempo, as compras per capita anuais aumentaram de
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senvolvimento de sistemas de US$ 557 para US$ 867 no período.
pagamento de impostos pela in- Esse avanço aconteceu pelo esforço de alguns varejistas,
ternet. No entanto, já estão sur- que fizeram investimentos para abrir espaço no canal on-
gindo novas alternativas adap- line, caso de redes como Liverpool e Palacio de Hierro, que
tadas ao tamanho da economia agora contam com um tráfego web em relação a suas vendas
e das empresas do país. no mesmo nível dos varejistas chilenos, ou seja, de cerca de
200 visitantes para cada US$ 1 mil vendidos.
Argentina: 0,69
A Argentina compartilha de boa parte do perfil do Uru-
guai, com a vantagem de um tamanho significativamente
maior. No entanto, falha no mesmo ponto que o país vizinho:
Venezuela: 0,51
A Venezuela é um país que quer despertar. Com esfor-
ços da parte do setor público para aumentar a penetra-
não possui uma oferta online desenvolvida. Um contrassen- ção da banda larga, com base
so, quando se considera que há a mesma proporção de argen- em preços muito baixos (US$ Espanha Am.Lat. Venezuela
tinos e espanhóis conectados (67%) e que o país conta com a 15 mensais, o mais baixo da re- 1,8
maior porcentagem de e-consu- gião, atrás apenas do Panamá, 1,6
midores da região (21%). Talvez 1,8
Espanha Am.Lat. Argentina
com US$ 11), e uma população 1,4 1,2
a chave esteja na adoção tecno- 1,6 que tem mostrado interesse no 1
lógica, pois embora a Argenti- 1,4 canal online, já que mais de 0,8
1,2 0,6
na atinja a marca de 0,83 pon- 1
20% dos internautas venezue- 0,4
to, está abaixo de vários países 0,8 lanos compram por esse meio. 0,3
latino-americanos: Brasil (1,35), 0,6 Ao mesmo tempo, as grandes 0,2 0
0,4
Chile (1,15), Porto Rico (1,20) e 0,3 redes varejistas estão melho-
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Uruguai (0,91). Isso acontece, 0,2 rando sua oferta online. O pon-
0
em parte, pela baixa adoção de to fraco da Venezuela é a ban-
Volume de Mercado
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banda larga móvel, que chega a carização, com indicadores de
8%, abaixo da média regional de quantidade de cartões de crédi-
11,3%. to e débito para cada mil habi-
tantes (respectivamente 278,8 e 516,6) abaixo da média re-
gional (461,9 e 803,4).
Estudo sobre as condições para o e-commerce na região 7
8. Colômbia: 0,48 Peru: 0,42
A Colômbia era um dos países com maior projeção em termos
de e-readiness na América Latina. No entanto, seu desenvol-
vimento desde a última pesquisa foi
P eru basicamente estagnou. Teve baixo crescimento nos in-
dicadores de conectividade. Desse modo, o número de co-
nexões de banda larga subiu ape-
bem menor do que o esperado. Isso Espanha Am.Lat. Colômbia nas de 890 mil para 912 mil em Espanha Am.Lat. Peru
se explica por um crescimento ape- 1,8 1,6
dois anos, e a proporção de in- 1,8 1,6
nas moderado em sua proporção 1,4 ternautas também avançou pou- 1,4
de usuários de internet (47,3% em 1,2 co, de 27,4% para 29,5%. Tam- 1,2
1 1
2011, contra 42% em 2009), uma tí- 0,8 bém não houve grande avanço na 0,8
mida tentativa por parte dos varejis- 0,6 adoção de novas tecnologias, pois 0,6
tas de ampliar a oferta online (o país 0,4
0,3
o Peru possui uma das menores 0,4 0,3
marcou 0,11 ponto no indicador de 0,2 proporção de população com ban- 0,2
poder de oferta local em 2011, con- 0 da larga móvel da região (2,3%) e 0
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Volume de Mercado
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tra 0,10 em 2009). Além de um im- de e-consumidores (5%). E embo-
pulso insuficiente do setor bancário ra as vendas online tenham mais
Colombiano. Se em 2009 havia 329 que dobrado, chegando a US$ 611
cartões de débito por mil habitantes, milhões em 2011, contra US$ 276
em 2011, esse número havia cresci- milhões em 2009, o que acon-
do para apenas 358, sendo que esse foi o indicador de bancariza- teceu foi um aumento no desembolso por parte dos mesmos
ção em que a Colômbia mais cresceu. No entanto, o potencial se compradores e não uma alta no número de consumidores do
mantém pelo lado da demanda, pois o e-commerce Colombiano varejo online. Talvez o único ponto de alto crescimento no país
praticamente dobrou em dois anos, passando de US$ 435 milhões tenha sido o aumento no número de cartões de crédito, que
para US$ 998 milhões em vendas, entre 2009 e 2011. passou de 160 para 230 a cada mil habitantes em dois anos.
Metodologia
Este índice reflete as condições que um país oferece para o desenvolvimento do comércio eletrônico. A pesquisa foi rea-
lizada por meio da análise de 23 variáveis econômicas e tecnológicas selecionadas por sua relevância econométrica e
pela importância dada por diferentes especialistas da indústria. Este ano, a pesquisa incorporou um indicador de logís- Publisher & Editor
tica no quesito infraestrutura tecnológica, que mede a capacidade e a qualidade dos serviços de entrega dos produtos
comercializados online. Para cada uma das variáveis trabalhou-se com dados desde 2001 até 2011, com os quais foi
Elías Selman Carranza
possível configurar uma base de população completa, que oferece mais solidez estatística. Como as unidades de medi- AméricaEconomía Intelligence
da diferem entre os indicadores utilizados, os dados foram redimensionados usando como valor referencial 1,00 para Jaime Contreras S., Diretor
cada resultado obtido pela Espanha em 2009, de modo que esse país e esse ano sirvam como um modelo de referência:
Rodrigo Dorn, Chefe de Pesquisas
um país terá pontuações maiores ou menores que 1,00 dependendo de como esteja em relação e em proporção ao indi-
cador espanhol de 2009. As fontes para este estudo são: Banco Mundial, Cepal, Fundo Monetário Internacional, Cisco, Dalomy Switt, Pesquisadora
3G Americas, Alexa.com, as superintendências bancárias e financeiras de cada país, as autoridades tributárias pertinen- Design & Direção de Arte
tes. Agradecemos às instituições que nos proporcionaram informações, aos líderes da indústria que colaboraram com Álvaro Araya Urquiza
suas opiniões para a elaboração metodológica, e à empresa Visa, que promoveu a realização deste estudo.
Texto e Edição Jornalística
e-Readiness Andrés Almeida Farga
Volume do mer- Infraestrutura Bancarização Adoção Poder da oferta
cado tecnológica tecnológica
População total Telefonia fixa Cartões de Banda larga Poder do varejo Pagamento de
crédito móvel impostos online
População entre Telefonia móvel Cartões de débito e-consumidores Nº de varejistas
25 e 30 anos
Nota:
PIB per capita Computadores Caixas Compras pela Vendas online (%) O uso da informação deste estudo
pessoais automáticos internet é de responsabilidade única e
Usuários de Conexões de Presença exclusiva de seus usuários. Visa e
internet (%) banda larga online AméricaEconomia não se respon-
sabilizam pelo seu eventual uso
Preço da banda Diversidade da como referência de comercialização,
larga oferta marco legal, regulatório e outros.
Preço da banda
larga móvel
Serviços
logísticos
8 Estudo sobre as condições para o e-commerce na região