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um caderno sobre sabonetes feitos à mão
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Sobre a oxidação
Publicado em maio 24, 2010 | 4 Comentários
Ahhhh! Aconteceu, finalmente, o que eu mais temia! Alguns dias atrás me deparei com umas pequenas manchas
em dois sabonetes! Claramente um sinal de oxidação, como já tinha visto em fotos de sabonetes de outros sites.
E justamente no de chá verde, aquele que eu questionei sobre esse tema por causa da clorofila, nesse post. E o
outro foi no de folhas de lavandas frescas, que também tem a ver com clorofila.
Dá pra ver na foto a mancha meio marronzinha com um contorno branco em volta? É essa :(. Os pontinhos de
cima não são de oxidação, eles já estavam aí, são dos pedacinhos de chá verde que passaram pelo coador e
ficaram.
Fiquei bastante abalada com essa visão e fiquei até de madrugada pesquisando sobre o que fazer. Primeiro, fui
identificar as possíveis causas::
1. o chá verde ficou macerando no óleo de semente de uva, que é um óleo de fácil oxidação, segundo li em
vários blogs japoneses
2. clorofila do chá verde
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3. a cinza da soda, aquele pozinho branco que surge na superfície do sabonete, é resultado da soda que não
reagiu com o óleo e subiu na superfície e entrou em contato com o oxigênio. isso é causado pela falta de
aquecimento durante as 24 horas de descanso dentro do molde. Por ter uma quantidade X de soda que não
reagiu com o óleo, significa que sobrou muito mais óleo não saponificado do que o que deveria dentro do
sabonete e consequentemente, este óleo oxida com mais facilidade do que se tivesse sido saponificado,
principalmente se for óleos mais facilmente oxidáveis.
Como solução, cheguei à seguinte conclusão:
1. evitar óleos facilmente oxidáveis (ex.: semente de uva, linhaça, amendoa doce < se bem que esse é
necessário as vezes, pois é um óleo extremamente valioso para certos casos, como por exemplo em
sabonetes especiais para o rosto)
2. quando tiver clorofila nos ingredientes, usar somente óleos mais resistentes à oxidação
3. incluir sempre um agente conservante natural como óleo de girassol, óleo de germe de trigo, extrato de
alecrim ou alecrim em pó
4. reforçar o aquecimento nas 24 horas de descanso dentro do molde, principalmente nessa época mais fria
Lá fui eu atrás dessas soluções. Comprei esse óleo de girassol prensado a frio orgânico para acrescentar como
super fat. Ele é rico em vitamina E, que é um antioxidante natural. Tem também a opção de comprar cápsulas
de vitamina E e colocar o conteúdo dentro da massa de sabonete, mas não me agrada muito. Vai saber o que
mais tem dentro dessa cápsula… pode ser que tenha conservantes artificiais e outra coisas que não gostaria que
estivesse dentro dos sabonetes. Não sei, mas prefiro a vitamina E que já vem naturalmente dentro dos óleos.
Este é o alecrim em pó que poderei usar em sabonetes que não precisa ficar branquinho. Uma alternativa à
solução do óleo de girassol. O ideal seria o extrato de alecrim não glicólico e sem ser o óleo essencial, mas só
encontrei um fornecedor e o preço é inviável. Como a minha meta é fazer sabonetes de qualidade mas que sejam
acessíveis, optei pelo alecrim em pó.