O documento descreve o sistema de numeração romano, no qual letras eram usadas para representar números. Os romanos usavam adição para somar valores, mas complicavam o sistema subtraindo valores quando símbolos numéricos menores estavam à esquerda de símbolos maiores. Apesar de alcançarem alto nível técnico, os romanos mantiveram seu sistema numérico complicado e não operacional.
2. Os romanos usaram o alfabeto para representar números.
Ainda hoje a numeração romana é conhecida e até usada.
I II III IV V VI VII VIII IX X L C D M
3. Na verdade, os algarismos Romanos não são sinais
que sirvam para efectuar operações aritméticas, mas
abreviações destinadas a notificar e reter os números.
E é por isso que os contadores Romanos (e os
calculadores Europeus da Idade Média depois deles)
sempre apelaram para Ábacos de Fichas para
efectuar cálculos.
4. Como a maioria dos sistemas da Antiguidade, a numeração Romana foi regida,
sobretudo, pelo princípio da adição: os seus algarismos
(I=1, V=5, X=10, L=50, C=100, D=500 e M=1000)
eram independentes uns dos outros. A sua justaposição implicava geralmente
na soma dos valores correspondentes:
CLXXXVII = 100 + 50 + 10 + 10 + 10 + 5 + 1 + 1 = 187
MDCXXVI = 1000 + 500 + 100 + 10 + 10 + 5 + 1 = 1626.
5. Os Romanos, contudo, complicaram o sistema
introduzindo nele a regra segundo a qual qualquer
sinal numérico colocado à esquerda de um algarismo
de valor superior diminui-se dele. E assim os números
4, 9, 40, 400, por exemplo, foram frequentemente
escritos sob as formas seguintes:
IV = 5 – 1
IX = 10 – 1
XL = 50 – 10
CD = 500 - 100
6. Os Romanos foram um povo que, em poucos séculos, atingiu um nível
técnico muito alto, e conservou assim, curiosamente, durante toda a sua
existência, um sistema inutilmente complicado e não operatório.