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Discurso de despedida Sérgio Magalhães
1. Senhor presidente
Senhoras e senhores vereadores
Venho hoje, a esta tribuna para comunicar o meu desligamento do
Partido Trabalhista Cristão, pelo qual fui eleito vereador no pleito
municipal de 2008, pelas razões que passarei a expor.
Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que serei
eternamente grato ao seu presidente regional, deputado Eriberto
Medeiros, pela generosidade de me acolher em suas fileiras.
Fui muito bem acolhido por ele desde o momento em que lhe
manifestei o interesse de disputar novamente um mandato nesta
Casa, que passei a gostar e a admirar desde que aqui cheguei pela
primeira vez em 1989.
A Câmara de Vereadores do Recife é uma instituição respeitada,
que com as suas virtudes e possíveis defeitos tem a cara do povo
de nossa capital.
Aqui não há nenhum biônico. Todos fomos eleitos pelo povo e
cada qual à sua maneira defende os interesses dos seus
representados.
Feito este registro, senhor presidente, é minha obrigação agora
esclarecer por que estou trocando de partido.
Como é do conhecimento de todos, o Partido Trabalhista Cristão
decidiu, recentemente, integrar a base de sustentação política do
prefeito João da Costa.
Eu defendia uma posição diferente, ou seja, que o partido se
mantivesse numa posição de independência, aplaudindo a gestão
municipal quando ela merecesse ser aplaudida e também
criticando quando ela merecesse ser criticada.
Nada tenho de pessoal contra o prefeito João da Costa, por quem
2. tenho respeito por vê-lo sair de Angelim, no Agreste
Pernambucano, para dar seguimento aos seus estudos, na capital,
se tornando o sucessor do prefeito João Paulo pelo voto livre e
direto do povo recifense.
Mas devo confessar, também, que sou um crítico de sua gestão.
Acho que o prefeito não estar bem no gerenciamento de nossa
cidade e isso tem sido a causa principal do seu governo não estar
sendo bem avaliado, hoje, pela maioria do povo do Recife.
Entretanto, para não ficar dissidente no partido nem criar
constrangimento para o seu presidente, Eriberto Medeiros, que foi
correto comigo em todas as ocasiões, achei melhor seguir outro
caminho.
Pretendia ficar um tempo sem partido, analisando melhor o
quadro partidário. Mas decidi atender ao convite que me foi feito
pelo amigo, deputado André de Paula, que foi meu companheiro
nesta Casa, e me filiar ao PSD (Partido Social Democrático), que
está sendo organizado em nível nacional pelo prefeito de São
Paulo Gilberto Kassab.
Muito me entusiasma apostar num partido novo que ainda se
encontra em fase de construção, ainda mais porque ele me dará
liberdade para me comportar com absoluta independência a nível
municipal, no exercício do meu mandato.
Em Pernambuco, o PSD estará na base de sustentação política do
governador Eduardo Campos e isso por si só já é do meu agrado
porque continuarei fazendo parte da Frente Popular que tantas
transformações tem feito em nosso Estado desde o início do atual
governo em 1º de janeiro de 2007.
Portanto, senhor presidente, não estou mudando de partido apenas
por mudar. Resolvi mudar para continuar sendo o mesmo,
mantendo-me numa postura critica em relação ao governo
municipal, encarando esse novo desafio com muita alegria,
satisfação e vontade de trabalhar pelo povo do Recife.