O documento descreve a primeira chegada de missionários em Budu-U, uma das regiões mais isoladas do Brasil. O voo foi desafiador devido à pequena pista entre as montanhas, mas o piloto conseguiu pousar com sucesso. Os indígenas da região receberam os missionários com sorrisos, sabendo que sua chegada traria educação, saúde e o evangelho.
1. A S A S D E S O C O R R O | A M - P A - R O - R R - G O - B R A S I L O U T U B R O - 2 0 1 5
Abraços, algumas lágrimas e gratidão
sem fim. Aquele pouso não significava
mais um feito aeronáutico para Asas
de Socorro ou um feito heróico de
Curt, Joãozinho, Jônatas e outros que
trabalharam na pista. Era a chegada da
educação, da saúde e, principalmente,
do evangelho redentor e transformador
de vidas a uma das regiões mais
isoladas do nosso país. Xaco, Chico,
Mutatinha, Célia e outros nos rodearam
com sorrisos, pois sabiam o que aquele
pouso significava para eles.
Talvez você pense que os
missionários são pessoas especiais,
capazes de grandes feitos. Isso não
é verdade! Quando comparamos as
nossas realizações com o trabalho
perfeito da redenção na cruz, o que
fazemos para o Senhor é como um
insignificante
tufo de capim
que trouxe de
recordação
da pista em
Budu-U.
EXPEDIENTE Boletim do Contribuinte: Dep. Captação de Recursos | Edição e produção: Tábata Mori | Revisão: Aline Ponciano | Diagramação: James T Lea (SIL) | Fotos: Arquivo pessoal
Decolamos os três: eu, o piloto
Rodrigo Quaresma e o Joãozinho
Santiago. Nossa única visão era um mar
imenso de árvores gigantescas. Alguns
minutos de voo e uma pista minúscula
despontou entre as montanhas. “Não
vai dar para pousar”, foi o meu primeiro
pensamento. “Muito curta! Muitos tocos,
troncos e raízes… “Não vai dar”.
Pousar pela primeira vez numa
pista é sempre um desafio para as
habilidades do piloto. Será que a pista
está bem compactada? Ou um índio
fez um buraco para desentocar um tatu
ou uma paca? Será que choveu muito
e quando a bequilha (roda dianteira
do avião) tocar o solo, vamos afundar?
Muitas dúvidas, muitas.
E o avião foi perdendo altitude.
Árvores, montanhas e, então, a pista. A
potência foi diminuída. Cem metros de
altitude, cinquenta, trinta, dez metros.
O pequeno avião tocou o solo e correu
sobre a pista. A bequilha aguentou
firme os solavancos já esperados.
Rodrigo freou e sobrou pista. O valente
Cesnna pousara pela primeira vez na
pista de Budu-U! Dentro do avião uma
gritaria só!
− Em solo, Budu-U -, comunicou
Rodrigo à sua esposa, que acompanhava o voo pelo rádio.
Em solo Budu-U
SEÇÃO: ASAS 60 ANOS
Vista área da pista
Indígenas vão ao encontro do aviãoIndígenas vão ao encontro do aviãoIndígenas vão ao encontro do avião
Milton Camargo
missionário da MEVA em Boa Vista (RR)
inverno de 2013
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m
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Milton CamargoMilton Camargo
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Pista feita a muitas mãos
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Eu também dou asas
Meus irmãos, eu não estou com vocês aí fisicamente, mas sou grato a
Deus pelo vosso trabalho e dedicação. Tenho orado todo dia por vocês e
me alegro com suas vitórias. Permaneçam firmes, Deus tem levantando
pessoas para estarem orando por vocês.
Nós somos mais que vencedores por Cristo Jesus.
SEÇÃO: EM CAMPO
Ronaldo LidórioRonaldo Lidório
Todas as nações!*
Portanto, vão e façam discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo… (Mt 28.19)
Indígenas do Alto Rio Negro clamam, há mais de
três anos, por missionários, pastores, obreiros, irmãos
que possam compartilhar a Palavra de Deus com eles.
E vez após vez, eu volto com
a mesma resposta: ainda não
temos ninguém, vamos orar.
São mais de 100 etnias
indígenas, 10 mil comunidades
ribeirinhas, duas mil
comunidades quilombolas
e seis mil assentamentos
sertanejos sem a presença
missionária no Brasil. Cerca de
700 mil ciganos Calon sem a
presença de missionários que
preguem a Bíblia na língua e
cultura deles, sem contar os
9 milhões de surdos ou com
alguma dificuldade de fala,
dos quais apenas 1% se declara
crente no Senhor Jesus.
Se verdadeiramente eu
creio que Jesus tem toda
autoridade, então, primeiro, eu
descanso no Senhor; segundo,
eu tenho a expectativa de que
sem Deus nada acontece,
mas com Deus tudo, qualquer
coisa acontece. Mas, o que Jesus diz é: eu tenho toda
autoridade e quero discípulos de todas as nações.
“Todas as coisas” também é muita coisa, eu diria
que Jesus ressalta três ordens: ame a Deus, ame ao
próximo, faça discípulos. Porém, gastamos nossas
vidas com coisas superficiais. Precisamos simplificar a
vida cristã.
Todas as nações e todas as coisas
seriam impossíveis se Jesus não
tivesse falado “estou convosco todos
os dias”. Eu estou vivo, foi-me “dada
autoridade sobre toda tribo, povo,
língua e nação” (Ap 13.7) e eu estarei
entre vocês todos os dias.
O desafio brasileiro é grande.
Alguns, dão suas vidas, outros dão
asas para que cheguem aos povos
da Amazônia, muitos oram, outros
ofertam. Faça parte dessa história!
Muito melhor do que o nosso
“obrigado”, é Deus falar do alto “este
é meu filho amado, em quem me
comprazo”!
* Exposição do
missionário Ronaldo
Lidório sobre a
realidade dos campos
brasileiros, durante
o VIII Encontro de
Mobilizadores de
Missões da Igreja
Presbiteriana do
Brasil.
Gleide Oliveira,
de Fortaleza (CE)
via facebook
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o10 mil comunidades ribeirinhas e mais de
100 comunidades indígenas sem a presença
de missionários