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CNA - EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO CRESCEM EM MAIO
1. EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO CRESCEM EM MAIO
As exportações brasileiras apresentaram em maio de 2011 um crescimento de
31,1% em relação ao mesmo período de 2010. As importações aumentaram 38,1%.
Todavia, o resultado final foi positivo, com um saldo de US$ 3,53 bilhões, valor 2,3%
maior do que o observado em 2010. No acumulado do ano o comportamento se manteve,
exportações de US$ 94,61 bilhões, US$ 86,05 bilhões de importações com saldo positivo
de US$ 8,56 milhões.
As exportações do agronegócio brasileiro, efetuadas em maio deste ano alcançaram
US$ 8,47 bilhões, ou seja, 17,5% maior que em relação a maio de 2010. O saldo positivo
da balança comercial do agronegócio cresceu 11,5% comparado a 2010.
Nas exportações vale destacar o resultado do complexo soja, representado por
grãos, farelos e óleo, responsável por 39,8% das exportações do agronegócio. As
exportações destes produtos cresceram 27% no mês de maio atingindo um faturamento de
US$ 3,37 bilhões. A soja em grãos foi o carro-chefe, com crescimento de 22,2% em
relação a maio de 2010, o faturamento passou de US$ 2,09 bilhões para US$ 2,55 bilhões.
O aumento da receita se deve à elevação do preço dessa commodity em 31,3%. O
farelo de soja também teve a sua importância, a receita apresentou crescimento de 33,7%
em comparação a 2010 e fechou o mês com um faturamento de US$ 608,82 milhões.
Quanto ao óleo de soja, o preço teve aumento expressivo de 46,3% e a quantidade
exportada, de 30,5%. Atingindo um faturamento de US$ 211,6 milhões.
Os produtos de origem animal apresentaram situação diferenciada. O volume
exportado sofreu redução de 3,2%, atingindo 497,19 mil toneladas no mês. Ainda assim,
foi o segundo setor em crescimento, com faturamento da ordem de US$ 1,37 bilhão. A
carne bovina, sofreu uma redução de 1,3% no volume exportado se deu em função de dois
fatores: a elevação dos preços em 28,7% e a redução de 23,7% da quantidade ofertada.
A carne suína teve comportamento diferenciado: se por um lado houve queda de
2,2% na quantidade exportada, por outro, a elevação dos preços em 9,7% fez com que a
receita apresentasse crescimento de 7,3% em relação a maio de 2010. Por último,
ressaltamos os aspectos positivos da comercialização da carne de frango. Graças ao
aumento das vendas, tanto para o Oriente Médio quanto para a Ásia, o faturamento
apresentou crescimento de 35,0%, atingindo US$ 678,66 milhões.
Importante destacar o complexo sucroalcooleiro, sendo responsável por 11% do
total das exportações do agronegócio. Todavia, comparando maio de 2011 com o mesmo
período de 2010, verifica-se uma queda de 9,7% em seu faturamento, atingindo US$ 931,8
milhões. O argumento para esse comportamento adverso foi a queda de 7,6% nas vendas
de açúcar, fazendo com que fossem registrados US$ 906,48 milhões em maio deste ano.
2. Do ponto de vista quantitativo, a redução foi de 24,8%, ou seja, em 2010 exportamos 2,12
milhões de toneladas contra 1,60 milhões de toneladas em 2011, o que de certa forma foi
compensado pelo aumento de 22,8% do preço dessa commodity. Quanto ao álcool, o valor
exportado apresentou uma redução de 50,4% a menos do que em maio de 2010, fazendo
com que o faturamento totalizasse US$ 25,33 milhões. Em termos quantitativos o
decréscimo foi de 56,1%, ou seja, de 75 mil toneladas em maio de 2010 passou para 33 mil
toneladas no mesmo período de 2011. Por outro lado, os preços apresentaram aumento de
13,1%.
O café continua mantendo bom desempenho no mercado internacional. Em maio de
2011, o volume exportado chegou a 151 mil toneladas, representando um crescimento de
14,0%. Em termos de faturamento, ao compararmos maio deste ano com o mesmo período
de 2010, verificamos o expressivo crescimento de 93,7%, ou seja, US$ 714,0 milhões em
2011, contra US$ 364,0 milhões em 2010.
As importações somaram US$ 1,56 bilhão, traduzindo um crescimento de 53,8%,
em relação ao mesmo período do ano anterior, ainda assim, a situação é positiva.
Em maio a importação do trigo atingiu US$ 183 milhões, representando um
aumento de 100,6% quando comparado ao mesmo período de 2010. Esse fato se deu em
função da elevação do preço no mercado internacional. No caso brasileiro, a produção vem
caindo em função da falta de incentivo aos agricultores, tornando a produção pouco
atrativa e tendo como conseqüência a redução das áreas plantadas. Fatores climáticos e
importações desenfreadas, sobretudo da Argentina, também contribuem para a queda da
nossa produção. No âmbito externo, a situação também é preocupante. A Austrália,
tradicional produtora desse grão, vem sofrendo com estiagens. A conseqüência é a mesma:
escassez do produto e conseqüente aumento do preço, também, no mercado internacional.
Tabela Balança Comercial – Maio/2011
Maio
Exportação (US$ milhões) Importação (US$ milhões) Saldo
2010 2011 ∆% 2010 2011 ∆% 2010 2011
Total Brasil 17.703 31,1 38,1 3.449 3.527
23.208 14.254 19.681
Demais Produtos 10.491 40,5 36,9 -2.749 -3.384
14.737 13.240 18.121
Agronegócio 7.212 17,5 53,8 6.198 6.911
8.471 1.014 1.560
Participação % 40,7 - - - -
36,5 7,1 7,9
Fonte: AgroStat Brasil a partir dos dados da SECEX / MDIC
4. Principais Destinos das Exportações do Agronegócio – Maio/2011
Rússia
6,9%
União Européia
23,0% Japão
Estados Unidos 3,6%
China
5,6%
25,6%
Demais Países 35,3%
Fonte: MAPA Elaboração CNA