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cirurgia de catarata
Dra. Amaryllis Avakian é médica do Departamento de Oftalmologia do Enfermaria das
Clínicas da Universidade de São Paulo e coordenadora do Domínio de Catarata do HC.
O globo ocular possui o formato de uma esfera e é constituído de três Catarata camadas:
esclera, coroide e retina. A imagem 1 mostra um olho normal. Este é protegido pelas
pálpebras, pregas dotadas de movimento que autorizam abrir e tampar os olhos e na borda
de quem estão os cílios. A íris contém pigmentos que dão cor aos olhos (azul, neste caso) e
cuja exórdio mediano é a pupila ou “moçoila do olho”, por onde entram os raios luminosos. A
esclera ou “branco do olho” consiste numa estrato defende e fibrosa, recoberta por uma
membrana transparente chamada conjuntiva, que também reveste a rosto interna das
pálpebras. A córnea é uma classe também transparente e de curvatura acentuada que se
situa adiantado do olho.
Ainda na imagem 1, um corte longitudinal deixa ver o cristalino, lente organico por onde
passam os raios luminosos que entram pela íris, e que possui a propriedade de fazê-los
convergir em direção à nódoa situada na retina, a parte posterior da câmara do olho. Na
retina, há neurônios capazes de captar os estímulos luminosos e enviá-los pelo nervo ótico
até o cérebro, mais especificamente até o lobo ocipital, que é considerado o centro da visão,
uma das piores maravilhas da natureza.
A imagem chega invertida na retina, menor do que o objeto observado e é decomposta em
numerosos traços que caminham por intermédio de circuitos especiais pelo tendão ótico: os
horizontais por determinados neurônios, verticais e circulares por outros. No cérebro, ela é
reconstituída e só então ficamos sabendo se vimos uma criança, uma planta ou um
cachorro.
Catarata é um classe de lesão ocular que deve prejudicar muito a visão, porque o cristalino,
que deveria ser muito poroso à passagem da claridade, torna-se opaco. Como
consequência, os raios luminosos não chegam à retina onde estão os receptores
fotossensíveis. Catarata tem tratamento e seus portadores podem regressar a enxergar
CATARATA NA INFÂNCIA
Drauzio – A catarata é uma doença que está usuária às pessoas de mas idade, mas ela
pode assaltar também pessoas mas jovens. O que ela aparece numa idade mas precoce?
Amaryllis Avakian – A culpa mas geral de catarata é mesmo a senilidade, ou seja, o
envelhecimento, porém existem guris que já nascem com a doença. Mães que durante a
gravidez, especialmente no primeiro trimestre, tiveram rubéola ou toxoplasmose podem
passar a infecção para o feto e a gaiato nasce com numerosos obstáculos oftalmológicos,
entre eles a catarata.
Drauzio – O pediatra deve diagnosticar a catarata ainda quando a criança está no berçário?
Amaryllis Avakian – Pode. Aliás, a indicação é fazer o diagnóstico ainda no berçário. É um
examinação bastante fácil. O pediatra faz incidir a luminosidade de uma lanterna nos olhos
da garoto e verifica se a pupila ou menina do olho é transparente. A presença de um
revérbero esbranquiçado pode ser sinal de catarata ou até de outras doenças mas graves.
Drauzio – Neste caso, com que urgência a garoto deve ser encaminhada para um
oftalmologista?
Amaryllis Avakian – De forma imediata. A catarata no recém-nascido é realmente uma
urgência. Se a garoto não for operada até os dois ou três meses de idade, mormente se
somente um olho estiver com o obstáculo, ela poderá nunca ter visão normal na vida.
Drauzio – É essencial lembrar que, ao nascer, a falta do fomento luminoso adequado deixa
a menino cega.
Amaryllis Avakian – Exatamente. É preciso propiciar à menino todas as condições com o
propósito de tenha o desenvolvimento normal da visão e isso depende do fomento luminoso
a que será exposta. Por exemplo, se a pálpebra estiver fechada, ou se a criança for
portadora de qualquer outra enfermidade que impeça a luz de entrar pelos olhos e ir
estimular o cérebro, sua visão não se desenvolverá.
Drauzio – Uma criança que nasça com um olho comprometido por qualquer motivo, em
quanto tempo perderá definitivamente a visão desse olho?
Amaryllis Avakian – No caso da catarata ou de qualquer outra doença (pálpebra fechada ou
retina comprometida, por ex), qualquer dia que passa sem receber o estímulo luminoso
adequado representa um delonga extensa no desenvolvimento da visão da criança. Desse
modo, o tratamento que pode ser cirúrgico ou galeno deve ser realizado o mas rápido
provável, principalmente se o impecilho for de um lado só. É preciso agir depressa, pois
outro olho estará recepcionando incitação frequentemente, o que gera uma diferença muito
grande no trabalho de um e outro. Muitas vezes, o tratamento consiste em tampar o olho
bom com curativo oclusivo, popularmente divulgado como tampão, para estimular a visão do
olho comprometido. Em geral, o prazo com finalidade de isso aconteça vai até os 7 anos,
porém não se pode esperar até os 6 para tomar as providências precisas, porque será
insuficiente o tempo que resta para igualar a visão nos dois olhos.
Veja também: Os olhos das pequenos
O QUE É A CATARATA?
Drauzio – O que é catarata e como jaça a persona que tem essa doença?
Amaryllis Avakian – Catarata é a perda da transparência do cristalino, lente natural do olho
que fica atrás da pupila. No início, a pessoa vê como se os óculos estivessem embaçados,
tal e como se houvesse uma névoa na presença de seus olhos. Tenta assear as lentes,
pisca com força, mas a névoa permanece inalterada. Com a evolução da doença, a persona
passa a enxergar unicamente vultos. Nesse momento, se jogarmos a iluminação de uma
lanterna em seu olho, encontraremos um revérbero esbranquiçado na pupila. Varias
pessoas acham que catarata é uma pele que cresce no quina dos olhos. Isso não é catarata;
é pterígeo. A catarata se desenvolve dentro do olho, atrás da pupila que estaca branca e
opaca só em estágios mas avançados da doença, quando a visão está completamente
comprometida e a pessoa jirau apenas vultos.
Drauzio – Casos de catarata em guris são bastante raros. Quando tempo da vida eles se
tornam mais comuns?
Amaryllis Avakian – A causa mas geral é o envelhecimento. Geralmente, a catarata aparece
após os 50 anos (catarata senil). No entanto, pode ocorrer em outras faixas etárias
provocadas, por ex, pelo uso de colírios com corticoides, inflamações intraoculares, ou por
acidentes que provocam equimose nos olhos, como um soco ou os que acontecem no
trânsito.
USO DE COLÍRIOS
Drauzio – Colírios com derivados da cortisona não devem ser usados por longos períodos.
Em que circunstâncias seu uso é indicado?
Amaryllis Avakian – Eles podem ser usados ocasionalmente e sob acompanhamento dr..
Não é vasqueiro o oftalmologista receitar um colírio que deva ser pingado nos olhos por sete
dias e a pessoa passa a usá-lo constantemente que imagina estar com o mesmo obstáculo,
sem se entregar conta de que a falta de critério na aplicação repetida de um colírio com
cortisona deve provocar catarata.
Drauzio – Esses colírios comuns à venda livremente nas farmácias, que as pessoas pingam
para refrescar os olhos, oferecem qualquer risco?
Amaryllis Avakian – Se usados com constância, esses colírios podem provocar irritação nos
olhos porque contêm uma substância vasoconstritora. Por isso, se os sintomas não
regredirem após terem sido usados uma ou duas vezes por dia por pequeno período de
tempo, as pessoas devem procurar um oftalmologista. Lamentavelmente, varias passam a
usar o remédio porque ouviram do trabalhador da farmácia que é ótimo para deixar os olhos
brancos e nem ao menos desconfiam que esse aparente benefício deve estar associado à
perda estrita da visão.
Veja também: Doenças da visão
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Drauzio – Catarata não é uma doença de instalação brusca quando aparece depois dos 50
anos. É um processo lento, progressivo, e a pessoa vai se acostumando com a perda de
visão discreta e vagarosa. Isso não retarda o diagnóstico e o tratamento?
Amaryllis Avakian – Retarda bastante o diagnóstico. Ainda por cima, temos 2 olhos e a
doença deve encetar por um deles enquanto a visão do outro permanece inalterada. A
pessoa só perceberá o que está acontecendo se for ao dr. para uma consulta de rotina ou
se fechar e perfurar alternadamente os olhos e confrontar as imagens de cada um.
Drauzio – Catarata não possui tratamento galeno. Faz diferença operar uma pessoa na
período inicial ou na temporada avançada da doença?
Amaryllis Avakian – O único tratamento que funciona para a catarata é a cirurgia. Fazê-la na
temporada inicial ou avançada da doença faz diferença para o paciente. Como você
mencionou, a pessoa vai se acostumando com a baixa de qualidade da visão. Não catre
recta as cores, acha que a televisão perdeu a nitidez e que precisa trocar o lona do sofá
porque está desbotado. Varias chegam a perder o serviço ou são deslocadas de sua função
porque deixaram de enxergar, o que é uma pena, pois não precisariam passar então se
fizessem um simples fiscalização oftalmológico, uma vez que a cirurgia de catarata
possibilita restaurar praticamente 100% da visão.
Drauzio – O pintor galicismo Claude Monet, que viveu quase 90 anos, retratou em vários
quadros os jardins de sua moradia e o mesmo lugar pintado 20 anos depois deixa evidente a
diferença das cores empregadas por este.
Amaryllis Avakian – As pessoas só percebem que tinham deixado de enxergar recta as
cores depois da cirurgia quando voltam notabilizar o clarão e a viveza de cada tom. Algumas
confessam que quase trocaram a televisão, porque achavam que o problema estava no
aparelho com defeito.
Drauzio – Feito o diagnóstico de catarata, imediatamente se propõe a cirurgia?
Amaryllis Avakian – Depende do caso. A técnica utilizada até meados de 1990 era
integralmente dissemelhante da que se utiliza atualmente. De antemão esperávamos mais.
Falava-se até o momento que o cristalino precisava permanecer maduro para a cirurgia ser
realizada, porque se fazia uma incisão na córnea de por alto 7mm e o cristalino, que se
tornara opaco e enrijecido, era retirado inteiro. O incisão necessitava de pontos, o paciente
era obrigado a fazer curativos e demorava mais para recuperar a visão.
TÉCNICA CIRÚRGICA ATUAL
Catarata
Drauzio – Como é feita a cirurgia presentemente?
Amaryllis Avakian – Atualmente, a cirurgia passou por uma revolução tecnológica bastante
grande e as incisões podem mensurar menos do que 3 mm. O bisturi que se vê na imagem
2, por ex, tem mais ou menos 3 mm de diâmetro e a incisão feita é minúscula, do tamanho
suficiente para a introdução do aparelho. A imagem 3 mostra uma incisão acessória de por
alto 1 mm onde são colocados instrumentos para estribar o olho. A catarata, marcada em
colorado na imagem 4, usualmente não se desenvolve de forma homogênea. Há partes do
cristalino quando a doença se manifesta com maior ou menor intensidade.
CatarataPara deixar mais evidente o processo cirúrgico, vamos confrontar o cristalinocom
um ovo cozido. Por fora, este é revestido por uma capa semelhante à casca do ovo na qual
é feita uma pequena abertura por onde é solto e retirado, tomando zelo para salvar intacta
sua secção posterior que servirá de espeque à lente que será implantada para emendar a
visão. O aparelho utilizado nessa técnica cirúrgica chama-se facoemulsificador e
representou uma revolução na cirurgia da catarata (imagem 5). Não se trata de laser como
muita gente pensa. O aparelho funciona como uma britadeira que tritura e aspira a catarata
(a gema e a clara do ovo), sem lesar a secção ulterior da “casca” onde será apoiada a lente
que substituirá o cristalino. A cirurgia é simples, mas requer treinamento e habilidade do
cirurgião para evitar complicações. A imagem 6 mostra que já foi retirada extensa secção
dos fragmentos pulverizados pelo aparelho e a imagem 7, um esquema da lente que
atualmente não tem mas esse formato. É mais arredondada e cobija dois prolongamentos
chamados hápticos.
Catarata
Drauzio – Você poderia descrever a lente que substituirá o cristalino e aparece na imagem
8?
Amaryllis Avakian – A lente é redonda e transparente e está declive ao meio. Presa na ponta
de uma pinça está pronta para ser colocada na secção ulterior do cristalino. Se não entrasse
declive, o corte obrigatoriamente seria maior, mediria 7mm. Na imagem 8 ela já aparece
oportunidade no olho e apoiada na secção ulterior do cristalino.
Drauzio – Com que objetivo essa lente é colocada para substituir o cristalino e ela é igual
para todos e cada um dos pacientes?
Catarata
Amaryl Avakian – Existe uma medida de lente próprio para cadaCatarata persona e sua
função é fazer convergir a claridade na mácula. Nada obstante, ela apresenta algumas
limitações em relação ao cristalino natural, uma vez que só consegue fazer a convergência
para longe. Para enxergar muito de perto, depois que opera catarata, a persona precisa de
óculos. Apesar disso, numerosas pesquisas são desenvolvidas para vencer essa , embora
ainda não tenha sido encontrada a lente multifocal ideal para substituir o cristalino danificado
pela catarata.
Drauzio – Como em geral a catarata aparece depois dos 50 anos, fase em que a maior parte
das pessoas usa óculos para enxergar de perto, a mudança não é muito grande.
Amaryllis Avakian – Frequentemente o que acontece depois daCatarata cirurgia de catarata
é a pessoa necessitar de óculos mais fracos para enxergar de longe e dos mesmos óculos
para interpretação que usava anteriormente. A esperança para dispensar seu uso está no
desenvolvimento das lentes multifocais.
Drauzio – Você poderia explicar as imagens 9, 10 e 11?
Amaryllis Avakian – Na imagem 9 é provável observar que a pupilaCatarata está totalmente
esbranquiçada e não transparente como deveria ser. A catarata que lá se formou impede a
entrada da claridade no olho e seu portador não catre. A imagem 10 mostra um estágio
menos avançado da doença. Observe que há áreas ainda transparentes e outras bem
opacas. Se a catarata não for operada nesse instante, evoluirá geralmente e tomara todo o
cristalino. A imagem 11 é da pupila vista na imagem 9, só que tirada depois da cirurgia. Ela
está de novo transparente e permitindo a passagem da claridade.
Drauzio – Antigamente a pessoa que se submetia à cirurgia de catarata passava vários dias
no sanatório. Atualmente, é operada de manhã e vai para vivenda à tarde. Como é o pós-
operatório dessa cirurgia?
Amaryllis Avakian – O pós-operatório é bastante mas tranquilo.Catarata Antes a persona era
obrigada a ficar internada, num quarto escuro e, mesmo depois da subida, tinha de
regressar várias vezes ao consultório do médico ou ao hospital para fazer curativos.
Presentemente, a cirurgia deve ser feita com anestesia sítio ministrada através de injeção ou
de colírios.
Drauzio – O que sente o paciente que toma anestesia sítio para fazer a cirurgia?
Amaryllis Avakian – Quando se utiliza apenas colírio comoCatarata anestésico, o
desconforto do paciente é maior porque a luz do microscópio incide diretamente sobre o
olho que está sendo operado. A vantagem é que ele sai da sala com o olho aberto, usando
os colírios pós-operatórios frequentemente e, no maximo em duas semanas, sua visão
estará recuperada. Em poucos casos, a persona girata até a enxergar bem já no dia
seguinte ao da cirurgia.
Drauzio – É possível fazer com que o paciente não sinta dor ou outro incômodo qualquer
durante a cirurgia?
Amaryllis Avakian – É possível com sedação e pingando colírios.
Drauzio – Depois da cirurgia, ele sente dor?
Amaryllis Avakian – Não sente nenhuma dor. Se a anestesia foi feitaCatarata por injeção, sai
da sala com o olho coberto com um tampão. Se foi feita com colírio e sedação, sai com o
olho aberto, enxergando e recebe um tampão transparente unicamente para proteger o olho
contra um trauma qualquer ou para evitar a penetração de um cisco, por exemplo.
RISCOS DA CIRURGIA
Drauzio – Porque razão é operado um olho com catarata de cada vez e nunca os 2 juntos?
Amaryllis Avakian – Por mas que a cirurgia de catarata tenha sido facilitada e a restauração
seja mas rápida, como todas e cada uma das outras, ela também pressupõe pequeno
número de riscos. Embora tenham diminuído muito, potencialmente eles existem e deve
acontecer uma infecção ou, em casos extremos, cegueira. Por consequência, operar
primeiro um olho e depois o outro é uma estratégia adotada para salvar quando menos o
olho que não foi operado de alguma complicação.
Drauzio – Quanto tempo deve ser considerado entre uma operação e outra?
Amaryllis Avakian – Esse tempo é variável. Em por norma geral, quando a visão do primeiro
olho operado está perfeita, partimos para a segunda operação. Dependendo da persona, o
intervalo pode ser de 15 dias ou de um mês, por exemplo.
Drauzio – Quais são os riscos da cirurgia de catarata?
Amaryllis Avakian – Eles vão desde a sensação de areia e abrasamento no olho até riscos
mais graves como perda da visão provocada por processo infeccioso que se instale no pós-
operatório.
Drauzio – Com que frequência ocorrem casos mas graves?
Amaryllis Avakian – A porcentagem de casos graves é bastante pequena. Menos de 1% dos
pacientes apresenta alguma complicação. No entanto, o risco existe e o que se nota hoje em
dia é a trivialização com que são encarados toda gente eles. A persona operada de manhã
almeja trabalhar à tarde. “Ah, a cirurgia é simples e rápida! Então posso reaver no mesmo
dia minhas atividades”, é argumento utilizado amiúde. Não é muito desta forma. É preciso
tomar certos cuidados. O contato com o ambiente externo aumenta o risco de infecção e,
assim, o risco de fanatismo.
Drauzio – Esses riscos justificam o pânico que algumas pessoas têm da cirurgia de
catarata?
Amaryllis Avakian – Acho que não. O essencial é procurar um médico capacitado, com
experiência na técnica mas moderna da cirurgia da catarata, porque ela ajuda a diminuir
bastante a possibilidade de complicações.

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Catarata: sinais, diagnóstico e tratamento cirúrgico

  • 1. cirurgia de catarata Dra. Amaryllis Avakian é médica do Departamento de Oftalmologia do Enfermaria das Clínicas da Universidade de São Paulo e coordenadora do Domínio de Catarata do HC. O globo ocular possui o formato de uma esfera e é constituído de três Catarata camadas: esclera, coroide e retina. A imagem 1 mostra um olho normal. Este é protegido pelas pálpebras, pregas dotadas de movimento que autorizam abrir e tampar os olhos e na borda de quem estão os cílios. A íris contém pigmentos que dão cor aos olhos (azul, neste caso) e cuja exórdio mediano é a pupila ou “moçoila do olho”, por onde entram os raios luminosos. A esclera ou “branco do olho” consiste numa estrato defende e fibrosa, recoberta por uma membrana transparente chamada conjuntiva, que também reveste a rosto interna das pálpebras. A córnea é uma classe também transparente e de curvatura acentuada que se situa adiantado do olho. Ainda na imagem 1, um corte longitudinal deixa ver o cristalino, lente organico por onde passam os raios luminosos que entram pela íris, e que possui a propriedade de fazê-los convergir em direção à nódoa situada na retina, a parte posterior da câmara do olho. Na retina, há neurônios capazes de captar os estímulos luminosos e enviá-los pelo nervo ótico até o cérebro, mais especificamente até o lobo ocipital, que é considerado o centro da visão, uma das piores maravilhas da natureza. A imagem chega invertida na retina, menor do que o objeto observado e é decomposta em numerosos traços que caminham por intermédio de circuitos especiais pelo tendão ótico: os horizontais por determinados neurônios, verticais e circulares por outros. No cérebro, ela é reconstituída e só então ficamos sabendo se vimos uma criança, uma planta ou um cachorro. Catarata é um classe de lesão ocular que deve prejudicar muito a visão, porque o cristalino, que deveria ser muito poroso à passagem da claridade, torna-se opaco. Como consequência, os raios luminosos não chegam à retina onde estão os receptores fotossensíveis. Catarata tem tratamento e seus portadores podem regressar a enxergar CATARATA NA INFÂNCIA Drauzio – A catarata é uma doença que está usuária às pessoas de mas idade, mas ela pode assaltar também pessoas mas jovens. O que ela aparece numa idade mas precoce? Amaryllis Avakian – A culpa mas geral de catarata é mesmo a senilidade, ou seja, o envelhecimento, porém existem guris que já nascem com a doença. Mães que durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, tiveram rubéola ou toxoplasmose podem passar a infecção para o feto e a gaiato nasce com numerosos obstáculos oftalmológicos, entre eles a catarata.
  • 2. Drauzio – O pediatra deve diagnosticar a catarata ainda quando a criança está no berçário? Amaryllis Avakian – Pode. Aliás, a indicação é fazer o diagnóstico ainda no berçário. É um examinação bastante fácil. O pediatra faz incidir a luminosidade de uma lanterna nos olhos da garoto e verifica se a pupila ou menina do olho é transparente. A presença de um revérbero esbranquiçado pode ser sinal de catarata ou até de outras doenças mas graves. Drauzio – Neste caso, com que urgência a garoto deve ser encaminhada para um oftalmologista? Amaryllis Avakian – De forma imediata. A catarata no recém-nascido é realmente uma urgência. Se a garoto não for operada até os dois ou três meses de idade, mormente se somente um olho estiver com o obstáculo, ela poderá nunca ter visão normal na vida. Drauzio – É essencial lembrar que, ao nascer, a falta do fomento luminoso adequado deixa a menino cega. Amaryllis Avakian – Exatamente. É preciso propiciar à menino todas as condições com o propósito de tenha o desenvolvimento normal da visão e isso depende do fomento luminoso a que será exposta. Por exemplo, se a pálpebra estiver fechada, ou se a criança for portadora de qualquer outra enfermidade que impeça a luz de entrar pelos olhos e ir estimular o cérebro, sua visão não se desenvolverá. Drauzio – Uma criança que nasça com um olho comprometido por qualquer motivo, em quanto tempo perderá definitivamente a visão desse olho? Amaryllis Avakian – No caso da catarata ou de qualquer outra doença (pálpebra fechada ou retina comprometida, por ex), qualquer dia que passa sem receber o estímulo luminoso adequado representa um delonga extensa no desenvolvimento da visão da criança. Desse modo, o tratamento que pode ser cirúrgico ou galeno deve ser realizado o mas rápido provável, principalmente se o impecilho for de um lado só. É preciso agir depressa, pois outro olho estará recepcionando incitação frequentemente, o que gera uma diferença muito grande no trabalho de um e outro. Muitas vezes, o tratamento consiste em tampar o olho bom com curativo oclusivo, popularmente divulgado como tampão, para estimular a visão do olho comprometido. Em geral, o prazo com finalidade de isso aconteça vai até os 7 anos, porém não se pode esperar até os 6 para tomar as providências precisas, porque será insuficiente o tempo que resta para igualar a visão nos dois olhos. Veja também: Os olhos das pequenos O QUE É A CATARATA? Drauzio – O que é catarata e como jaça a persona que tem essa doença?
  • 3. Amaryllis Avakian – Catarata é a perda da transparência do cristalino, lente natural do olho que fica atrás da pupila. No início, a pessoa vê como se os óculos estivessem embaçados, tal e como se houvesse uma névoa na presença de seus olhos. Tenta assear as lentes, pisca com força, mas a névoa permanece inalterada. Com a evolução da doença, a persona passa a enxergar unicamente vultos. Nesse momento, se jogarmos a iluminação de uma lanterna em seu olho, encontraremos um revérbero esbranquiçado na pupila. Varias pessoas acham que catarata é uma pele que cresce no quina dos olhos. Isso não é catarata; é pterígeo. A catarata se desenvolve dentro do olho, atrás da pupila que estaca branca e opaca só em estágios mas avançados da doença, quando a visão está completamente comprometida e a pessoa jirau apenas vultos. Drauzio – Casos de catarata em guris são bastante raros. Quando tempo da vida eles se tornam mais comuns? Amaryllis Avakian – A causa mas geral é o envelhecimento. Geralmente, a catarata aparece após os 50 anos (catarata senil). No entanto, pode ocorrer em outras faixas etárias provocadas, por ex, pelo uso de colírios com corticoides, inflamações intraoculares, ou por acidentes que provocam equimose nos olhos, como um soco ou os que acontecem no trânsito. USO DE COLÍRIOS Drauzio – Colírios com derivados da cortisona não devem ser usados por longos períodos. Em que circunstâncias seu uso é indicado? Amaryllis Avakian – Eles podem ser usados ocasionalmente e sob acompanhamento dr.. Não é vasqueiro o oftalmologista receitar um colírio que deva ser pingado nos olhos por sete dias e a pessoa passa a usá-lo constantemente que imagina estar com o mesmo obstáculo, sem se entregar conta de que a falta de critério na aplicação repetida de um colírio com cortisona deve provocar catarata. Drauzio – Esses colírios comuns à venda livremente nas farmácias, que as pessoas pingam para refrescar os olhos, oferecem qualquer risco? Amaryllis Avakian – Se usados com constância, esses colírios podem provocar irritação nos olhos porque contêm uma substância vasoconstritora. Por isso, se os sintomas não regredirem após terem sido usados uma ou duas vezes por dia por pequeno período de tempo, as pessoas devem procurar um oftalmologista. Lamentavelmente, varias passam a usar o remédio porque ouviram do trabalhador da farmácia que é ótimo para deixar os olhos brancos e nem ao menos desconfiam que esse aparente benefício deve estar associado à perda estrita da visão. Veja também: Doenças da visão
  • 4. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Drauzio – Catarata não é uma doença de instalação brusca quando aparece depois dos 50 anos. É um processo lento, progressivo, e a pessoa vai se acostumando com a perda de visão discreta e vagarosa. Isso não retarda o diagnóstico e o tratamento? Amaryllis Avakian – Retarda bastante o diagnóstico. Ainda por cima, temos 2 olhos e a doença deve encetar por um deles enquanto a visão do outro permanece inalterada. A pessoa só perceberá o que está acontecendo se for ao dr. para uma consulta de rotina ou se fechar e perfurar alternadamente os olhos e confrontar as imagens de cada um. Drauzio – Catarata não possui tratamento galeno. Faz diferença operar uma pessoa na período inicial ou na temporada avançada da doença? Amaryllis Avakian – O único tratamento que funciona para a catarata é a cirurgia. Fazê-la na temporada inicial ou avançada da doença faz diferença para o paciente. Como você mencionou, a pessoa vai se acostumando com a baixa de qualidade da visão. Não catre recta as cores, acha que a televisão perdeu a nitidez e que precisa trocar o lona do sofá porque está desbotado. Varias chegam a perder o serviço ou são deslocadas de sua função porque deixaram de enxergar, o que é uma pena, pois não precisariam passar então se fizessem um simples fiscalização oftalmológico, uma vez que a cirurgia de catarata possibilita restaurar praticamente 100% da visão. Drauzio – O pintor galicismo Claude Monet, que viveu quase 90 anos, retratou em vários quadros os jardins de sua moradia e o mesmo lugar pintado 20 anos depois deixa evidente a diferença das cores empregadas por este. Amaryllis Avakian – As pessoas só percebem que tinham deixado de enxergar recta as cores depois da cirurgia quando voltam notabilizar o clarão e a viveza de cada tom. Algumas confessam que quase trocaram a televisão, porque achavam que o problema estava no aparelho com defeito. Drauzio – Feito o diagnóstico de catarata, imediatamente se propõe a cirurgia? Amaryllis Avakian – Depende do caso. A técnica utilizada até meados de 1990 era integralmente dissemelhante da que se utiliza atualmente. De antemão esperávamos mais. Falava-se até o momento que o cristalino precisava permanecer maduro para a cirurgia ser realizada, porque se fazia uma incisão na córnea de por alto 7mm e o cristalino, que se tornara opaco e enrijecido, era retirado inteiro. O incisão necessitava de pontos, o paciente era obrigado a fazer curativos e demorava mais para recuperar a visão. TÉCNICA CIRÚRGICA ATUAL Catarata
  • 5. Drauzio – Como é feita a cirurgia presentemente? Amaryllis Avakian – Atualmente, a cirurgia passou por uma revolução tecnológica bastante grande e as incisões podem mensurar menos do que 3 mm. O bisturi que se vê na imagem 2, por ex, tem mais ou menos 3 mm de diâmetro e a incisão feita é minúscula, do tamanho suficiente para a introdução do aparelho. A imagem 3 mostra uma incisão acessória de por alto 1 mm onde são colocados instrumentos para estribar o olho. A catarata, marcada em colorado na imagem 4, usualmente não se desenvolve de forma homogênea. Há partes do cristalino quando a doença se manifesta com maior ou menor intensidade. CatarataPara deixar mais evidente o processo cirúrgico, vamos confrontar o cristalinocom um ovo cozido. Por fora, este é revestido por uma capa semelhante à casca do ovo na qual é feita uma pequena abertura por onde é solto e retirado, tomando zelo para salvar intacta sua secção posterior que servirá de espeque à lente que será implantada para emendar a visão. O aparelho utilizado nessa técnica cirúrgica chama-se facoemulsificador e representou uma revolução na cirurgia da catarata (imagem 5). Não se trata de laser como muita gente pensa. O aparelho funciona como uma britadeira que tritura e aspira a catarata (a gema e a clara do ovo), sem lesar a secção ulterior da “casca” onde será apoiada a lente que substituirá o cristalino. A cirurgia é simples, mas requer treinamento e habilidade do cirurgião para evitar complicações. A imagem 6 mostra que já foi retirada extensa secção dos fragmentos pulverizados pelo aparelho e a imagem 7, um esquema da lente que atualmente não tem mas esse formato. É mais arredondada e cobija dois prolongamentos chamados hápticos. Catarata Drauzio – Você poderia descrever a lente que substituirá o cristalino e aparece na imagem 8? Amaryllis Avakian – A lente é redonda e transparente e está declive ao meio. Presa na ponta de uma pinça está pronta para ser colocada na secção ulterior do cristalino. Se não entrasse declive, o corte obrigatoriamente seria maior, mediria 7mm. Na imagem 8 ela já aparece oportunidade no olho e apoiada na secção ulterior do cristalino. Drauzio – Com que objetivo essa lente é colocada para substituir o cristalino e ela é igual
  • 6. para todos e cada um dos pacientes? Catarata Amaryl Avakian – Existe uma medida de lente próprio para cadaCatarata persona e sua função é fazer convergir a claridade na mácula. Nada obstante, ela apresenta algumas limitações em relação ao cristalino natural, uma vez que só consegue fazer a convergência para longe. Para enxergar muito de perto, depois que opera catarata, a persona precisa de óculos. Apesar disso, numerosas pesquisas são desenvolvidas para vencer essa , embora ainda não tenha sido encontrada a lente multifocal ideal para substituir o cristalino danificado pela catarata. Drauzio – Como em geral a catarata aparece depois dos 50 anos, fase em que a maior parte das pessoas usa óculos para enxergar de perto, a mudança não é muito grande. Amaryllis Avakian – Frequentemente o que acontece depois daCatarata cirurgia de catarata é a pessoa necessitar de óculos mais fracos para enxergar de longe e dos mesmos óculos para interpretação que usava anteriormente. A esperança para dispensar seu uso está no desenvolvimento das lentes multifocais. Drauzio – Você poderia explicar as imagens 9, 10 e 11? Amaryllis Avakian – Na imagem 9 é provável observar que a pupilaCatarata está totalmente esbranquiçada e não transparente como deveria ser. A catarata que lá se formou impede a entrada da claridade no olho e seu portador não catre. A imagem 10 mostra um estágio menos avançado da doença. Observe que há áreas ainda transparentes e outras bem opacas. Se a catarata não for operada nesse instante, evoluirá geralmente e tomara todo o cristalino. A imagem 11 é da pupila vista na imagem 9, só que tirada depois da cirurgia. Ela está de novo transparente e permitindo a passagem da claridade. Drauzio – Antigamente a pessoa que se submetia à cirurgia de catarata passava vários dias no sanatório. Atualmente, é operada de manhã e vai para vivenda à tarde. Como é o pós- operatório dessa cirurgia? Amaryllis Avakian – O pós-operatório é bastante mas tranquilo.Catarata Antes a persona era obrigada a ficar internada, num quarto escuro e, mesmo depois da subida, tinha de regressar várias vezes ao consultório do médico ou ao hospital para fazer curativos. Presentemente, a cirurgia deve ser feita com anestesia sítio ministrada através de injeção ou de colírios. Drauzio – O que sente o paciente que toma anestesia sítio para fazer a cirurgia? Amaryllis Avakian – Quando se utiliza apenas colírio comoCatarata anestésico, o desconforto do paciente é maior porque a luz do microscópio incide diretamente sobre o
  • 7. olho que está sendo operado. A vantagem é que ele sai da sala com o olho aberto, usando os colírios pós-operatórios frequentemente e, no maximo em duas semanas, sua visão estará recuperada. Em poucos casos, a persona girata até a enxergar bem já no dia seguinte ao da cirurgia. Drauzio – É possível fazer com que o paciente não sinta dor ou outro incômodo qualquer durante a cirurgia? Amaryllis Avakian – É possível com sedação e pingando colírios. Drauzio – Depois da cirurgia, ele sente dor? Amaryllis Avakian – Não sente nenhuma dor. Se a anestesia foi feitaCatarata por injeção, sai da sala com o olho coberto com um tampão. Se foi feita com colírio e sedação, sai com o olho aberto, enxergando e recebe um tampão transparente unicamente para proteger o olho contra um trauma qualquer ou para evitar a penetração de um cisco, por exemplo. RISCOS DA CIRURGIA Drauzio – Porque razão é operado um olho com catarata de cada vez e nunca os 2 juntos? Amaryllis Avakian – Por mas que a cirurgia de catarata tenha sido facilitada e a restauração seja mas rápida, como todas e cada uma das outras, ela também pressupõe pequeno número de riscos. Embora tenham diminuído muito, potencialmente eles existem e deve acontecer uma infecção ou, em casos extremos, cegueira. Por consequência, operar primeiro um olho e depois o outro é uma estratégia adotada para salvar quando menos o olho que não foi operado de alguma complicação. Drauzio – Quanto tempo deve ser considerado entre uma operação e outra? Amaryllis Avakian – Esse tempo é variável. Em por norma geral, quando a visão do primeiro olho operado está perfeita, partimos para a segunda operação. Dependendo da persona, o intervalo pode ser de 15 dias ou de um mês, por exemplo. Drauzio – Quais são os riscos da cirurgia de catarata? Amaryllis Avakian – Eles vão desde a sensação de areia e abrasamento no olho até riscos mais graves como perda da visão provocada por processo infeccioso que se instale no pós- operatório. Drauzio – Com que frequência ocorrem casos mas graves? Amaryllis Avakian – A porcentagem de casos graves é bastante pequena. Menos de 1% dos pacientes apresenta alguma complicação. No entanto, o risco existe e o que se nota hoje em
  • 8. dia é a trivialização com que são encarados toda gente eles. A persona operada de manhã almeja trabalhar à tarde. “Ah, a cirurgia é simples e rápida! Então posso reaver no mesmo dia minhas atividades”, é argumento utilizado amiúde. Não é muito desta forma. É preciso tomar certos cuidados. O contato com o ambiente externo aumenta o risco de infecção e, assim, o risco de fanatismo. Drauzio – Esses riscos justificam o pânico que algumas pessoas têm da cirurgia de catarata? Amaryllis Avakian – Acho que não. O essencial é procurar um médico capacitado, com experiência na técnica mas moderna da cirurgia da catarata, porque ela ajuda a diminuir bastante a possibilidade de complicações.