1. Uma Noiva Sem-Vergonha...
a sintaxe de um partido político
E ste é o nosso lendário MDB! Um partido político brotado de movimentos populares, a partir
dos escombros do asqueroso regime militar, na verdade, o maior partido do Brasil, em termos de
“canalhas per capita”, eleitos nas últimas eleições... Mas parece que esta instituição faz jus a
esse nome, sim, está realmente “partida ideologicamente”, mas muito inteirinha em relação ao
poder que seus “bispos” reúnem no “Vaticano Brasiliense”...
Recentemente, o Senador Pedro Simón (PMDB-RS) – parlamentar com alguns
centímetros de credibilidade – declarou aquela linda e atual definição para o seu próprio partido,
uma tradução perfeita para um partido que, junto aos demais, não tem o menor conteúdo
programático e vive à iminência de arranjos políticos, os mais absurdos e coloridos, tal qual um
pastoril profano, da estrela encarnada ao azul tucano!
O partido flutua, insólito e cafajeste, na maré da agiotagem política, à venda no leilão
politiqueiro-nacional para quem pagar mais e o detalhe é que o preço que se cobra é alto e está
sendo pago em um consórcio escuso, visto que o Congresso já é dominado por este partidão,
no Senado quem dá as cartas é o Sarney (AP) e na Câmara, é o Temer (SP), e eu te pergunto,
caro(a) leitor(a): é uma feliz coincidência um partido eleger os dois líderes, simultaneamente?
Além de controlar as “panelas” legislativas, eles querem a maioria dos ministérios e das
secretarias importantes na nova gestão presidencial que será disputada em 2010! Mas quem
são os “compradores” interessados? São exatamente aquelas duas forças políticas que hoje
polarizam a correlação de poder, em âmbito nacional: o PT e o PSDB!
De um lado, tem-se o Lula, o mais popular dos políticos brasileiros, mas como ele não
pode se candidatar para um terceiro mandato sucessivo, pretende eleger alguém da sua gangue
e tudo indica que será a desengonçada Dilma Rousseff, mas a vitória petista dependerá da
habilidade dos “marqueteiros” em estampar um pouco mais de carisma numa estrela apagada
que nem sequer foi vereadora e de como se dará a questão de sua doença (câncer)... Do outro
lado, observa-se o PSDB, eufórico para retornar ao Planalto e que para isso fará de tudo, desde
a “cirandinha” entre Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e aves de menor porte, até a
necessidade da interseção nada sutil de seu padrinho maior, o ex-Presidente FHC, que pousa
de paladino da moralidade para um povo sem memória, que já esqueceu quem foi que vendeu o
Brasil fiado na década de 90, ao capital estrangeiro...
Eis o dilema do PMDB: em meio ao promíscuo pesque-pague da corrida eleitoreira, o
cafetão que se apressar e se mostrar mais “bem-dotado” nas disputas eleitorais de 2010, leva
essa noiva e a lua-de-mel, pela euforia da despedida de solteiro, não se restringirá apenas à
Brasília...
O Hebreo