psicoterapia breve psicodinâmica no idoso - Rui Grilo peritia 2012
O sexo e a crise... o que está em causa na vida conjugal - Rui Grilo
1. O Sexo e a Crise… o que está em causa
na vida conjugal?
O Sexo e a Crise evidenciam
aspectos em constante
convergência, sendo que os
mesmos podem assumir
considerações positivas,
como também pontos de
vista menos positivos.
Assim, perante a crise, as
relações sexuais entre o casal podem ser uma actividade efectivamente prazerosa
na medida em que, nesse momento, a crise é esquecida pelo desejo do outro, pelo
contacto íntimo e pelo conforto da paixão. Esta perspectiva promove uma
organização mental, tão necessária em momentos considerados preocupantes e
difíceis. A relação sexual com o parceiro é considerada aqui como uma actividade
de descontracção perante um dia-a-dia complicado associado, actualmente, a
vivências de rejeição social e baixa auto-estima (por estar desempregado, por
exemplo).
Inúmeros estudos feitos apontam para um aumento da natalidade nesta fase. Esta
é uma situação interessante, uma vez que se fizermos uma analogia com o início
dos anos 60 e com os dias de hoje, percebemos que anteriormente, pela
inexistência de tecnologias avançadas (como a televisão, a internet e as redes
sociais), era potenciada a actividade sexual e consequentemente o nascimento de
bebés. Também nos dias de hoje isso acontece, mas devido à crise financeira que se
assolou sobre nós. Acaba por ser uma estratégia para não se pensar ou reflectir
sobre a crise… Porém, uma gravidez indesejada ou não planeada pode ser fonte de
novas “crises” emocionais (e financeiras), pelo que se não pretende engravidar,
tome as devidas precauções.
Fonte: Corpo por Lady Pain
2. A actividade sexual pode então funcionar como um escape emocional uma vez que,
por breves momentos, as preocupações sobre a crise se desvanecem através da
relação sexual saudável.
Por outro lado, a crise financeira potenciada através do desemprego, é encarada
como um fardo actual que terá necessariamente de se suportar, reflectindo-se
através de momentos de enorme insegurança por parte do casal, associado a uma
extrema ansiedade e angústia. Como reflexo desta situação, o sexo pode ser
afectado através de um défice do desejo e da libido.
Desta forma, ficam aqui algumas dicas importantes para que o exercício sexual seja
encarado de forma positiva, independentemente da crise que estejamos a
vivenciar:
- As relações sexuais estimulam a produção de testosterona. Será importante
recordar que níveis baixos desta hormona são responsáveis pela fadiga, falta de
libido e depressão;
- O sexo diminui os níveis de stresse ao estimular a produção de endorfinas,
substância que controla a ansiedade;
- As relações sexuais favorecem o sistema imunitário;
- O desenvolvimento de níveis de oxitocina (momentos antes do orgasmo) têm um
papel extremamente preponderante para as boas noites de sono.
Assim, fiquem com a seguinte mensagem
“ Não entrem em crise no SEXO…”
CeFIPsi: Centro de Formação e Investigação em Psicologia
Dr. Rui Grilo (Psicólogo Clínico)
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