(1) O documento discute como os movimentos anti-psiquiatria estimularam o desenvolvimento da terapia familiar, negando aspectos da teoria e prática psiquiátrica tradicionais. (2) Apresenta Ronald Laing e Franco Basaglia como exemplos de psiquiatras críticos cujas negações contribuíram para a redefinição da psiquiatria e o crescimento da terapia familiar. (3) Conclui que a abordagem crítica dos anti-psiquiatras guiou a inovação, abrindo novas

1. MESA REDONDA
A PSIQUIATRIA NEGADA E
AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
COORDENADORA:
OLGA GARCIA FALCETO
VINCENZO DI NICOLA
JOSÉ OVIDIO CAPSTEIN WALDEMAR
XII Congresso Brasileiro de Terapia Familiar
11 de junho de 2016 – 8h30 às 10h30
Gramado/RS – Brasil

2. MESA REDONDA
A PSIQUIATRIA NEGADA E
AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR

3. Vincenzo Di Nicola
MPhil, MD, PhD, FRCPC, FAPA
vincenzodinicola@gmail.com
Professor 4tular de psiquiatria,
Universidade de Montreal
Diretor, Psiquatria infan4l, Ins4tuto Universitário
de Saúde Mental de Montreal
Presidente e Fundador do Grupo de Saúde Mental
Global, Associação Americana de Psiquiatria

4. Agradecimentos
XII Congresso Brasileiro de Terapia Familiar
Helena Centeno Hintz Presidente
ABRATEF
Luis Carlos Prado
Presidente do Congresso
Mara Lúcia Rossato
Coordenadora da Comissão Cien>fica

5. Método de presentação
Diálogo intera4vo e cria4vo entre três
terapeutas familiares de diferentes culturas,
línguas e gêneros para discu4r como o
movimento de an4-psiquiatria provocou e
es4mulou a evolução da terapia familiar.

6. Método de presentação
Elementos do diálogo incluirão:
Duas apresentações sobre o tema, do ponto
de vista de
um psiquiatra infan4l e filosofo italiano no Canadá
(Vincenzo),
um psiquiatra brasileiro (Ovidio);
Os dois pra4cando a terapia familiar.

7. Método de presentação
Elementos do diálogo incluirão:
A coordenadora (Olga), também psiquiatra e
terapeuta familiar, tem uma perspec4va
internacional (Brasil, Espanha, ÉUA).
Abrir-se-à o diálogo para o público.

8. A PSIQUIATRIA NEGADA E
AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Essa apresentação inverte a lógica da an4-
psiquiatria para descrever vários movimentos
crí4cos da profissão como a psiquiatria contra
si-mesma.

9. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Como o contraste de Alain Badiou dos filosofos
com os an>-filosofos, os an4-psiquiatras
compelem a tradição estabelecida da psiquiatria
de enfrentar novo problemas com novas
perspec4vas para renovar o pensamento
psiquiátrico.

10. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Os duplos temas que emergem desse estudo
são:
tradição vs. inovação e
negação vs. afirmação.

11. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
A tese é tripar4te:
(1) O que é intrigante dos psiquiatras voltados
ao movimento an4-psiquiátrico e o que une eles
é a negação. Em cada caso, o trabalho procede
através de uma negação crí>ca, até que a
caracterís4ca definidora da an4-psiquiatria é
precisamente a negação.

12. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
A tese é tripar4te:
(2) Cada negação, e a maneira como foi
pra4cada, fez de cada an4-psiquiatra,
dependente do seu temperamento e suas
circunstâncias, um rebelde, um radical, um
reformista ou um an>-psiquiatra revolucionário.

13. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
A tese é tripar4te:
(3) Cada an4-psiquiatra empregou um
instrumento de mudança. Baseado em uma
negação crí4ca, cada an4-psiquiatra resis4u à
sutura da psiquiatria a uma dada sub-disciplina,
prá4ca regional, ou ideologia dominante para
libertar a psiquiatria como uma teoria e prá4ca
geral e retorná-la à tarefa originária.

14. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Num mais amplo estudo, o autor revisou quatro
psiquiatras-chave ocidentais do século vinte que
foram crí4cos do seu campo: Ronald Laing no
Reino Unido, Franco Basaglia na Itália, Jacques
Lacan na França e Frantz Fanon na França e
Argélia.

16. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Nessa apresentação, dois deles serão
examinados para mostrar como suas negações
contribuíram para a redefinição da psiquiatria e
o crescimento da Terapia Familiar:
(1) Ronald David Laing
(2) Franco Basaglia

17. R.D. Laing
(1927–1989)

18. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
(1) O escocês Ronald Laing (1927-1989) foi um
psiquiatra-psicanalista radical, retornando a
psiquiatria às suas raízes clínicas, com suas
crí4cas incisivas da análise existencial de Ludwig
Binswanger e a prá4ca psiquiátrica em geral,
chamando por uma Fenomenologia Social,
negando a mis>ficação da doença mental.

21. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
(2) O psiquiatra italiano Franco Basaglia
(1924-1980) foi um reformista que ins4gou a
desins>tucionalização psiquiátrica pelo mundo
com seu texto chave, L’Is>tuzione negata, A
ins>tuição negada (1968), e por reformando a
legislação de saúde mental da Itália.

22. Franco Basaglia
« A loucura é a diversidade
ou seja de ter medo
da diversidade »

23. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Ambos – Laing e Basaglia – es4mularam estudos
familiares na Europa:
no Reino Unido, através de estudos das origens
familiares e sociais da doença mental, e
na Itália, seguido da crise da
desins4tucionalização, através do crecimento da
terapia comunitária e familiar.

24. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Em conclusão, os an4-psiquiatras foram aptos
em usar os seus esforços crí4cos ao negar
aspectos da teoria e prá4ca psiquiátrica para a
criação de novas possibilidades.

25. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
Em oposição às tradições psiquiátricas e
psicoterapêu4cas, eles guiaram o caminho para
a inovação, abrindo novas áreas de inves4gação
e prá4ca alem do indivíduo para trabalhar com
famílias, grupos e comunidades.

26. A PSIQUIATRIA NEGADA E AS RAÍZES DA TERAPIA FAMILIAR
Resumo da par>cipação
O autor desafia a Terapia Familiar a renovar essa
abordagem crí4ca para re-visionar e re-
radicalizar a terapia para um novo mundo de
saúde mental global.