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Glossário Óleo & Gás – OGX

Tempo geológico: Tempo decorrido desde a formação das rochas mais antigas da superfície terrestre, e que
pode ser estudado pela análise do registro geológico. É representado pela sucessão das camadas rochosas e é
dividido em intervalos cujos limites foram estabelecidos a partir de eventos geológicos significativos
identificados ao redor do mundo. Está organizado hierarquicamente em Super-Éons, Éons, Eras, Períodos,
Épocas e Idades.

                                         Tabela de tempo geológico
      SuperEon            Eon              Era                                         Período                Época/Idade                  Anos
                                                                                                   Holoceno (Quaternário)              10 mil até hoje
                                                      (Terciário e Quaternário)

                                                                                                                                       1,6 milhão – 10
                                                                                                   Pleistoceno (Quaternário)                 mil
                                                                                      Neogeno
                                          Cenozóico



                                                                                                   Plioceno (Terciário)                5,3 – 1,6 milhão
                                                                                                   Mioceno (Terciário)                23 – 5,3 milhões
                                                                                                   Oligoceno (Terciário)               34 – 23 million

                                                                                      Paleogeno Eoceno (Terciário)*                   56 – 34 milhões

                                                                                                Paleoceno (Terciário)                  65 – 56 milhões

                                                                                                                                      72 – 65 milhões
                                                                                                   Maastrichtiano*
                                                                                                   Campaniano                          83 – 72 milhões

                                                                                                                                      87 – 83 milhões
                                                                                                   Santoniano*
                                                                                                   Coniaciano                          89 – 87 mihões
                                                                                                   Turoniano                           94 – 89 mihões
                                              Mesozóico




                                                                                      Cretáceo     Cenomaniano*                       100 – 94 milhões

                                                                                                                                          112 – 100
                           Fanerozóico




                                                                                                   Albiano*                                milhões
                                                                                                                                          125 – 112
                                                                                                   Aptiano/Alagoas (idade local)*          milhões
                                                                                                                                          130 – 125
                                                                                                   Barremiano/Jiquiá (idade local)*        milhões

                                                                                                                                      146 – 130 milhões
                                                                                                   Neocomiano
                                                                                                                                      200 – 146 mihões
                                                                                     Jurássico     Inferior/Médio/Superior
                                                                                                                                      250 – 200 milhões
                                                                                     Triássico     Inferior/Médio/Superior
                                                                                                                                      299 – 250 milhões
                                                                                     Permiano
                                                                                     Carbonífero                                      359 – 299 milhões

                                                                                                                                          416 – 359
                                              Paleozóico




                                                                                     Devoniano*                                            milhões


                                                                                     Siluriano                                        443 – 416 milhões


                                                                                     Ordoviciano                                      500 – 443 milhões


                                                                                     Cambriano                                        542 – 500 milhões


                                                                                                                                        2.5 bilhões -
                      Proterozóico                                                                                                      542 milhões
                 no
               ia
             br




                      Arqueano                                                                                                        4.0 - 2.5 billhões
            m
         ca
       é-
     Pr




                      Hadeano                                                                                                         4.6 – 4.0 bilhões



*Intervalos geológicos com descobertas feitas pela OGX.

                                                                                                                                                           1
Composição Básica do Sistema Petrolífero




Rocha geradora: Rocha sedimentar com alto teor de matéria orgânica que, em condições ideais de
soterramento (temperatura e pressão), pode gerar hidrocarbonetos.

Migração: Após a geração, o hidrocarboneto é expelido para fora da rocha geradora e se movimenta através
de meios porosos e/ou falhamentos/fraturas nas rochas em direção à superfície, podendo encontrar um
reservatório trapeado e formar uma acumulação ou, se não encontrar barreiras, pode seguir até a superfície,
formando exsudações (vazamentos, “seeps”).

Rocha Reservatório: Rocha sedimentar com porosidade e permeabilidade suficientes para armazenar e
permitir o escoamento dos fluidos contidos nos seus poros. As principais rochas reservatórios são os arenitos,
formados principalmente por grãos de areia (quartzo) e os calcáreos (ou carbonatos) que são formados
principalmente pelo mineral calcita, que pode se originar de carapaças e esqueletos de organismos vivos ou
por precipitação química.

Trapa ou armadilha: Armadilhas ou trapas são conjuntos de rochas reservatórios e selantes, arranjados em
estruturas ou outras situações geológicas que permitam a acumulação de óleo ou gás. Armadilhas ou trapas
são capazes de aprisionar o petróleo após sua formação e migração, evitando que ele escape para a superfície.

Rocha selante ou selo: Rochas selantes são rochas impermeáveis, como o folhelho, as margas e os evaporitos,
capazes de impedir a passagem do petróleo durante a migração. A qualidade da rocha selante também
depende da sua espessura e da extensão.

Timing: Ocorrência no tempo adequado de todos os elementos e processos do sistema petrolífero (rochas
geradoras, geração, migração, rochas reservatórios/rochas selantes e trapeamento), para que a acumulação
de petróleo e/ou gás natural possa acontecer. Quando as rochas geradoras começam a formar o petróleo e/ou
gás natural, e a migração se inicia, as rochas reservatório e as rochas selantes já devem estar depositadas e
arranjadas em trapas ou armadilhas, para que o petróleo gerado e em migração possa ser aprisionado e
formar uma acumulação.



                                                                                                            2
Termos técnicos

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP): Implantada pelo Decreto nº 2.455, de 14
de janeiro de 1998, é o órgão regulador das atividades que integram a indústria do petróleo e gás natural e a
dos biocombustíveis no Brasil.

Barril (bbl): Unidade de volume equivalente a 158,98 litros.

Barril de óleo equivalente (boe): Frequentemente usado para comparar volumes de petróleo e gás natural na
mesma unidade aproximada de medida para diferentes tipos de gás natural, por exemplo:
       3                                     3
1.000 m de gás natural = aproximadamente 1 m de óleo equivalente = aproximadamente 6,29 barrís de óleo equivalente
        3                                        3
6.000 pe de gás natural = aproximadamente 0,17 m de oleo equivalente = aproximadamente 1 barril de óleo equivalente

Bloco: Pequena parte de uma bacia sedimentar, com limites definidos pelo órgão regulador, onde são
desenvolvidas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. De acordo com a definição da
ANP, o bloco é formado por um prisma vertical de profundidade indeterminada, com superfície poligonal
definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices.

Campo: Área de uma bacia sedimentar onde a existência de reservatórios com volumes de petróleo
comercialmente produzíveis foi comprovada através de atividades exploratórias (aquisição sísmica,
interpretação sísmica, perfuração de poços exploratórios e de delimitação). Um campo é uma acumulação
comercial de petróleo e/ou gás natural e consiste num reservatório ou grupo de reservatórios em sub-
superfície.

Cru: Petróleo bruto.

Depleção: Queda de pressão do reservatório que pode ser detectada durante um teste de formação ou em
conseqüência da produção de óleo e/ou gás do reservatório de um campo de petróleo.

Downstream: A Indústria do Petróleo é usualmente dividida em dois componentes principais de atividades:
Upstream e Downstream. Downstream refere-se a operações ou atividades de refino de petróleo, venda e
distribuição de gás natural e de produtos derivados do petróleo, incluindo Gás Liquefeito de Petróleo (GLP),
gasolina, óleo diesel, combustível de aviação, asfalto e outros óleos combustíveis. O Setor de Downstream
inclui refinarias, plantas petroquímicas, distribuidoras e postos de combustíveis.

Farm-in/Farm-out: Processo de aquisição ou venda parcial ou total dos direitos de concessão detidos por uma
empresa. Em uma mesma negociação, a empresa que está adquirindo os direitos de concessão está em
processo de Farm-in e a empresa que está vendendo os direitos de concessão está em processo de Farm-out.

Grau API do American Petroleum Institute (ºAPI): Forma de expressar a densidade relativa de um óleo ou
derivado. A escala API, medida em graus, varia inversamente à densidade relativa, isto é, quanto maior a
densidade relativa, menor o grau API. O grau API é maior quando o petróleo é mais leve. Petróleos com grau
API maior que 30 são considerados leves; entre 22 e 30 graus API, são médios; abaixo de 22 graus API, são
pesados; com grau API igual ou inferior a 10, são petróleos extrapesados. Quanto maior o grau API, maior o
valor do petróleo no mercado.

Hidrocarboneto: Composto orgânico constituído apenas por carbono e hidrogênio. O petróleo e o gás natural
são exemplos de hidrocarbonetos.

Lâmina d’água: Distância entre a superfície da água e o fundo do mar.



                                                                                                                      3
Coluna de Óleo/Gás: Seção vertical contínua de rochas saturadas por óleo e/ou gás natural, englobando
rochas reservatório e não reservatório.

Net pay: Parte da coluna de óleo, englobando somente o intervalo ou intervalos de rochas reservatório
saturados por petróleo e/ou gás. É definido por critérios como porosidade, permeabilidade e saturação
mínima de hidrocarbonetos.

Offshore: Relativo a atividades de exploração e/ou produção de óleo e/ou gás natural na plataforma
continental, no mar.

Óleo: Hidrocarbonetos podem ser encontrados em três estados físicos: líquido, sólido e gasoso. O Óleo está na
fase líquida nas condições originais do reservatório e permanece líquido nas condições de pressão e
temperatura de superfície.

Onshore: Relativo a atividades de exploração e/ou produção de óleo e/ou gás natural em terra.

Participação Especial: Compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e
produção de petróleo ou gás natural, nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, de
acordo com os critérios estabelecidos no Decreto 2.705/98.

PEM (Programa Exploratório Mínimo): “Programa Exploratório Mínimo” significa o programa de trabalho
(sísmica, poços, etc.) oferecido pelas companhias de petróleo para cada bloco licitado nos leilões da ANP. O
PEM é posteriormente ratificado nos Programas de Trabalho e Investimentos (PAT/OAT), e devem ser
obrigatoriamente cumpridos pelos Concessionários no decorrer da Fase de Exploração dos blocos.

Poço horizontal: Ao contrário dos poços verticais, que penetram pequenas espessuras dos reservatórios de
interesse para produção, nos poços horizontais os reservatórios de interesse são penetrados horizontalmente,
possibilitando que grandes áreas desses reservatórios com óleo fiquem em contato com o poço, possibiltando
vazões por poço muito maiores que nos poços verticais.

Probabilidade de sucesso geológico (Pg): É definida como a probabilidade de se descobrir uma acumulação
comercial de petróleo e/ou gás natural. Pg é estimada pelo produto (multiplicação) das probabilidades ou
chances de ocorrência de cada um dos fatores geológicos: geração, migração, reservatórios, trapa, selo e
timing.

Prospecto: Feição geológica mapeada como resultado de estudos e interpretações geofísica e geológica que
justificam a perfuração de poços exploratórios para a localização de petróleo e/ou gás natural. Existem dados
suficientes para identificar e quantificar as incertezas e a probabilidade de sucesso e estimar-se recursos
potenciais e economicidade.

Recursos Potenciais: Volumes de petróleo estimados em um prospecto, antes da perfuração e descoberta, e
que seriam potencialmente recuperáveis comercialmente através de futuros projetos de desenvolvimento.

Recursos Potenciais Riscados Totais: Recursos Potenciais Totais multiplicados pela Probabilidade de Sucesso.

Recursos Potenciais Riscados Líquidos: Recursos Potenciais Riscados Totais multiplicados pela participação da
Companhia, ou seja, excluindo-se a participação dos parceiros da Companhia nos respectivos prospectos ou
blocos de exploração.

Recursos Contingentes: São volumes estimados de petróleo e/ou gás natural em acumulação já descoberta,
mas que necessitam de mais análises e/ou avaliações e/ou aquisições/processamento de dados e/ou nova
tecnologia para serem considerados comercialmente produzíveis.

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Reserva: São volumes descobertos de petróleo e/ou gás natural comercialmente recuperáveis através de
projetos de desenvolvimento a serem executados a partir de determinada data. As reservas podem ser
Provadas, Prováveis e Possíveis dependendo do grau de precisão/certeza de estimativa do seu volume e da
capacidade de extração a partir da aplicação de tecnologias conhecidas e/ou a serem desenvolvidas.

Reservas Provadas (P1): Reservas de petróleo e gás natural que, com base na análise de dados geológicos e de
engenharia, se estima recuperar comercialmente de reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau
de certeza, e cuja estimativa considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais
usualmente viáveis e os regulamentos instituídos pelas legislações petrolífera e tributária brasileiras.

Reservas Prováveis (P2): Reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia
indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas provadas.

Reservas Possíveis (P3): Reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia
indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas prováveis.

REPETRO: Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de bens destinados à exploração e à
produção de petróleo e gás natural.

Royalties: Royalties são uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas concessionárias
produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro e são distribuídos aos Estados, Municípios, ao
Comando da Marinha, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Fundo Especial administrado pelo Ministério
da Fazenda, que repassa aos estados e municípios de acordo com os critérios definidos em legislação
específica.
Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas
empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados para a Secretaria do Tesouro Nacional – STN,
até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção.

Sísmica: Entre outras tecnologias exploratórias, o método sísmico é o mais utilizado pelos geólogos e
geofísicos. Consiste básicamente numa fonte de energia (sonora) e receptores. 1) Sinais sonoros são emitidos
da fonte para as camadas de rochas em sub-superfície; 2) parte da energia sonora é refletida nas interfaces
entre as diferentes camadas de rochas; 3) os sinais refletidos são captados pelos receptores e; 4) por meio de
computadores são transformados em imagens refletindo a distribuição e outras propriedades das camadas
rochosas em sub-superfície. A Composição, Conteúdo de Fluidos, Geometria e Extensão são alguns dos
atributos que podem ser extraídos dos dados sísmicos.

Sísmica 2D: Os dados sísmicos 2D são adquiridos através de malhas de linhas retas com espaçamento de 1-2
km (ou maior) entre cada linha, resultando numa cobertura imprecisa e de qualidade pobre da geologia de
sub-superfície. Nos dias atuais levantamentos 2D são utilizados mais para estudos regionais de bacias
sedimentares.

Sísmica 3D: As imagens da sísmica 3D fornecem dados praticamente contínuos da sub-superfície, com grids de
pontos de dados de alta densidade, resultando numa definição muito mais precisa da geologia de sub-
superfície. O espaçamento entre pontos de dados 3D são de alguns metros apenas, em oposição a quilômetros
na sísmica 2D, com uma quantidade significativamente maior de informação, permitindo uma visualização tri-
dimensional das camadas rochosas em sub-superfície.

Unidades de Gás Totais (UGT): São medidas tomadas por aparelhos chamados “Detetores de Gás” durante a
perfuração de poços de petróleo, informando a quantidade de gás total (gases leves e pesados) emanando das
camadas rochosas a medida que são perfuradas. Normalmente os detetores dão as medidas de gases totais
(UGT´s) e estimam também os gases pesados (UPP´s). Os detetores são aparelhos essenciais nas perfurações

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de poços de petróleo permitindo, ao mesmo tempo, que se obtenham informações sobre o potencial do
prospecto em perfuração e que se tomem medidas adicionais de segurança no poço.

Upstream: Refere-se às atividades de Exploração, Desenvolvimento da Produção e Produção, englobando a
busca, delimitação, desenvolvimento da produção e produção de petróleo e/ou gás natural. Usualmente as
atividades e operações de Upstream incluem o transporte do óleo e/ou gás natural do poço produtor até um
ponto de entrega, que pode ser um Navio Tanque junto à plataforma de produção ou oleoduto/gasoduto até
um Terminal Downstream.

Testes de reservatórios

Amostragem lateral: É uma operação realizada a cabo, que consiste na coleta de plugs de rochas na fase de
perfuração do poço. Faz parte do processo de perfilagem de poços, já que os amostradores/canhões são
descidos a cabo. Sua utilização tem o objetivo de obtenção de informações de características da rocha, tais
como: tipo, porosidade, permeabilidade, indícios de hidrocarbonetos, fraturas, etc. É um método rápido que
permite antecipar informações sobre as rochas e fluidos nelas contidos.

Perfilagem: Método utilizado para verificar/avaliar as características físicas e químicas das camadas geológicas
e dos fluidos nelas contidos. Por meio de sensores e amostradores apropriados, estas características são
medidas e as respostas são transmitidas para computadores na superfície onde os dados são processados.
Características dos fluidos e das rochas são identificadas e quantificadas através deste método.

Testemunhagem: Operação de amostragem contínua das rochas do poço, que são trazidas à superfície para a
análise dos geólogos. Inúmeras informações a respeito das características da rocha são obtidas: tipo de rocha,
porosidade, permeabilidade, indícios de hidrocarbonetos, fraturas, etc.

Teste a cabo (TC): É um mini-teste de formação e faz parte do processo de perfilagem de poços, já que os
amostradores são descidos a cabo. São utilizados para verificar/avaliar a pressão e coletar/identificar
pequenas quantidades de fluidos de um pequeno intervalo das rochas reservatórios, de forma praticamente
pontual. É um método rápido, que permite antecipar informações sobre fluido, pressão e permeabilidade da
rocha reservatório.

Teste de formação (TF): Método utilizado para verificar/avaliar a capacidade de produção de um determinado
reservatório ou parte de reservatório de um poço. Permite entre outros dados e informações, caracterizar o
tipo de fluido, pressões, permeabilidade, transmissibilidade e produtividade.

Teste de Longa Duração (TLD): São testes de formação com tempo de duração maior que nos testes
convencionais, com tempos totais de fluxo superiores a 72 horas, realizados durante a Fase de Exploração,
com a finalidade exclusiva de obter dados e informações para conhecimento do comportamento dos
reservatórios e dos fluidos durante a produção.

Outros termos

AHTS (Anchor Handling Tug Supply): Navio rebocador de apoio e manuseio de âncoras. Embarcação destinada
à operação de reboque e manuseio de âncoras através de guincho especial instalado em seu convés e
capacidade de manobra bastante desenvolvida, bem como um alto valor de força de tração estática.

Árvore de Natal: Conjunto de válvulas que controla a pressão e vazão de um poço.



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Árvore de Natal Molhada: Conjunto de válvulas, colocado sobre o solo oceânico, que controla a pressão e
vazão de um poço submarino.

FPSO (Floating, Production, Storage & Offloading): Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e
Transferência de petróleo, construída a partir de um navio.

FPU (Floating Production Unit): Unidade Flutuante de Produção de petróleo, construída a partir de um navio.

FSO (Floating, Storage & Offloading): Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência de petróleo,
construída a partir de um navio.

FSV (Fast Supply Vessel): Navio de maior velocidade para suprimento de cargas e passageiros.

Jaqueta: Estrutura de suporte de uma plataforma fixa que vai desde a fundação até acima do nível do mar e
sobre a qual são instalados o convés e/ou módulos onde se localiza a unidade de processo e utilidades.

OSRV (Oil Spill Recovery Vessel): Navio de combate a derramamento de óleo dotado de especificações que
permitem trabalhar na mancha de óleo, em atmosfera onde a evaporação do petróleo produz gás natural, por
isso é dotado de sistemas elétricos blindados para evitar a produção de faíscas. Tem equipamentos para
aspirar o óleo derramado e armazenar num tanque a bordo. A capacidade de combater o derramamento pode
ser criada num PSV (Platform Supply Vessel) ou AHTS (Anchor Handling Tug Supply).

Plataforma auto-elevável: Plataforma marítima com três ou mais pernas de tamanho e forma variável, que
pode ser posicionada em locais de diferentes profundidades, apoiando as pernas no fundo do mar, elevando-
se acima da superfície marítima.

Plataforma fixa: São plataformas constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação
sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar.

Plataforma ou sonda semi-submersível: São plataformas marítimas compostas de uma estrutura de um ou
mais conveses, apoiada em flutuadores submersos.

PSV (Platform Supply Vessel): Navio de suprimento de material para as plataformas que caracteriza-se pela
grande área de convés para transportes dos equipamentos, além de líquidos tais como; água potável, óleo
diesel, água industrial, lamas e graneis sólidos; cimento, baritina, bentonita, entre outros.

Sonda: Equipamento utilizado para realizar perfurações.

TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform): São plataformas flutuantes utilizadas em águas profundas, fixadas
no local de operação através de cabos tensionados, destinadas a suportar as cabeças dos poços com
completação seca, podendo ter ou não torre de perfuração e completação.

WHP (Well Head Plataform): São plataformas constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local
de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar, em águas
rasas, destinadas a suportar as cabeças dos poços com completação seca, podendo ter ou não torre de
perfuração e completação.




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12 glossrio de oleo e gás 09-02

  • 1. Glossário Óleo & Gás – OGX Tempo geológico: Tempo decorrido desde a formação das rochas mais antigas da superfície terrestre, e que pode ser estudado pela análise do registro geológico. É representado pela sucessão das camadas rochosas e é dividido em intervalos cujos limites foram estabelecidos a partir de eventos geológicos significativos identificados ao redor do mundo. Está organizado hierarquicamente em Super-Éons, Éons, Eras, Períodos, Épocas e Idades. Tabela de tempo geológico SuperEon Eon Era Período Época/Idade Anos Holoceno (Quaternário) 10 mil até hoje (Terciário e Quaternário) 1,6 milhão – 10 Pleistoceno (Quaternário) mil Neogeno Cenozóico Plioceno (Terciário) 5,3 – 1,6 milhão Mioceno (Terciário) 23 – 5,3 milhões Oligoceno (Terciário) 34 – 23 million Paleogeno Eoceno (Terciário)* 56 – 34 milhões Paleoceno (Terciário) 65 – 56 milhões 72 – 65 milhões Maastrichtiano* Campaniano 83 – 72 milhões 87 – 83 milhões Santoniano* Coniaciano 89 – 87 mihões Turoniano 94 – 89 mihões Mesozóico Cretáceo Cenomaniano* 100 – 94 milhões 112 – 100 Fanerozóico Albiano* milhões 125 – 112 Aptiano/Alagoas (idade local)* milhões 130 – 125 Barremiano/Jiquiá (idade local)* milhões 146 – 130 milhões Neocomiano 200 – 146 mihões Jurássico Inferior/Médio/Superior 250 – 200 milhões Triássico Inferior/Médio/Superior 299 – 250 milhões Permiano Carbonífero 359 – 299 milhões 416 – 359 Paleozóico Devoniano* milhões Siluriano 443 – 416 milhões Ordoviciano 500 – 443 milhões Cambriano 542 – 500 milhões 2.5 bilhões - Proterozóico 542 milhões no ia br Arqueano 4.0 - 2.5 billhões m ca é- Pr Hadeano 4.6 – 4.0 bilhões *Intervalos geológicos com descobertas feitas pela OGX. 1
  • 2. Composição Básica do Sistema Petrolífero Rocha geradora: Rocha sedimentar com alto teor de matéria orgânica que, em condições ideais de soterramento (temperatura e pressão), pode gerar hidrocarbonetos. Migração: Após a geração, o hidrocarboneto é expelido para fora da rocha geradora e se movimenta através de meios porosos e/ou falhamentos/fraturas nas rochas em direção à superfície, podendo encontrar um reservatório trapeado e formar uma acumulação ou, se não encontrar barreiras, pode seguir até a superfície, formando exsudações (vazamentos, “seeps”). Rocha Reservatório: Rocha sedimentar com porosidade e permeabilidade suficientes para armazenar e permitir o escoamento dos fluidos contidos nos seus poros. As principais rochas reservatórios são os arenitos, formados principalmente por grãos de areia (quartzo) e os calcáreos (ou carbonatos) que são formados principalmente pelo mineral calcita, que pode se originar de carapaças e esqueletos de organismos vivos ou por precipitação química. Trapa ou armadilha: Armadilhas ou trapas são conjuntos de rochas reservatórios e selantes, arranjados em estruturas ou outras situações geológicas que permitam a acumulação de óleo ou gás. Armadilhas ou trapas são capazes de aprisionar o petróleo após sua formação e migração, evitando que ele escape para a superfície. Rocha selante ou selo: Rochas selantes são rochas impermeáveis, como o folhelho, as margas e os evaporitos, capazes de impedir a passagem do petróleo durante a migração. A qualidade da rocha selante também depende da sua espessura e da extensão. Timing: Ocorrência no tempo adequado de todos os elementos e processos do sistema petrolífero (rochas geradoras, geração, migração, rochas reservatórios/rochas selantes e trapeamento), para que a acumulação de petróleo e/ou gás natural possa acontecer. Quando as rochas geradoras começam a formar o petróleo e/ou gás natural, e a migração se inicia, as rochas reservatório e as rochas selantes já devem estar depositadas e arranjadas em trapas ou armadilhas, para que o petróleo gerado e em migração possa ser aprisionado e formar uma acumulação. 2
  • 3. Termos técnicos Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP): Implantada pelo Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de 1998, é o órgão regulador das atividades que integram a indústria do petróleo e gás natural e a dos biocombustíveis no Brasil. Barril (bbl): Unidade de volume equivalente a 158,98 litros. Barril de óleo equivalente (boe): Frequentemente usado para comparar volumes de petróleo e gás natural na mesma unidade aproximada de medida para diferentes tipos de gás natural, por exemplo: 3 3 1.000 m de gás natural = aproximadamente 1 m de óleo equivalente = aproximadamente 6,29 barrís de óleo equivalente 3 3 6.000 pe de gás natural = aproximadamente 0,17 m de oleo equivalente = aproximadamente 1 barril de óleo equivalente Bloco: Pequena parte de uma bacia sedimentar, com limites definidos pelo órgão regulador, onde são desenvolvidas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. De acordo com a definição da ANP, o bloco é formado por um prisma vertical de profundidade indeterminada, com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices. Campo: Área de uma bacia sedimentar onde a existência de reservatórios com volumes de petróleo comercialmente produzíveis foi comprovada através de atividades exploratórias (aquisição sísmica, interpretação sísmica, perfuração de poços exploratórios e de delimitação). Um campo é uma acumulação comercial de petróleo e/ou gás natural e consiste num reservatório ou grupo de reservatórios em sub- superfície. Cru: Petróleo bruto. Depleção: Queda de pressão do reservatório que pode ser detectada durante um teste de formação ou em conseqüência da produção de óleo e/ou gás do reservatório de um campo de petróleo. Downstream: A Indústria do Petróleo é usualmente dividida em dois componentes principais de atividades: Upstream e Downstream. Downstream refere-se a operações ou atividades de refino de petróleo, venda e distribuição de gás natural e de produtos derivados do petróleo, incluindo Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), gasolina, óleo diesel, combustível de aviação, asfalto e outros óleos combustíveis. O Setor de Downstream inclui refinarias, plantas petroquímicas, distribuidoras e postos de combustíveis. Farm-in/Farm-out: Processo de aquisição ou venda parcial ou total dos direitos de concessão detidos por uma empresa. Em uma mesma negociação, a empresa que está adquirindo os direitos de concessão está em processo de Farm-in e a empresa que está vendendo os direitos de concessão está em processo de Farm-out. Grau API do American Petroleum Institute (ºAPI): Forma de expressar a densidade relativa de um óleo ou derivado. A escala API, medida em graus, varia inversamente à densidade relativa, isto é, quanto maior a densidade relativa, menor o grau API. O grau API é maior quando o petróleo é mais leve. Petróleos com grau API maior que 30 são considerados leves; entre 22 e 30 graus API, são médios; abaixo de 22 graus API, são pesados; com grau API igual ou inferior a 10, são petróleos extrapesados. Quanto maior o grau API, maior o valor do petróleo no mercado. Hidrocarboneto: Composto orgânico constituído apenas por carbono e hidrogênio. O petróleo e o gás natural são exemplos de hidrocarbonetos. Lâmina d’água: Distância entre a superfície da água e o fundo do mar. 3
  • 4. Coluna de Óleo/Gás: Seção vertical contínua de rochas saturadas por óleo e/ou gás natural, englobando rochas reservatório e não reservatório. Net pay: Parte da coluna de óleo, englobando somente o intervalo ou intervalos de rochas reservatório saturados por petróleo e/ou gás. É definido por critérios como porosidade, permeabilidade e saturação mínima de hidrocarbonetos. Offshore: Relativo a atividades de exploração e/ou produção de óleo e/ou gás natural na plataforma continental, no mar. Óleo: Hidrocarbonetos podem ser encontrados em três estados físicos: líquido, sólido e gasoso. O Óleo está na fase líquida nas condições originais do reservatório e permanece líquido nas condições de pressão e temperatura de superfície. Onshore: Relativo a atividades de exploração e/ou produção de óleo e/ou gás natural em terra. Participação Especial: Compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural, nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto 2.705/98. PEM (Programa Exploratório Mínimo): “Programa Exploratório Mínimo” significa o programa de trabalho (sísmica, poços, etc.) oferecido pelas companhias de petróleo para cada bloco licitado nos leilões da ANP. O PEM é posteriormente ratificado nos Programas de Trabalho e Investimentos (PAT/OAT), e devem ser obrigatoriamente cumpridos pelos Concessionários no decorrer da Fase de Exploração dos blocos. Poço horizontal: Ao contrário dos poços verticais, que penetram pequenas espessuras dos reservatórios de interesse para produção, nos poços horizontais os reservatórios de interesse são penetrados horizontalmente, possibilitando que grandes áreas desses reservatórios com óleo fiquem em contato com o poço, possibiltando vazões por poço muito maiores que nos poços verticais. Probabilidade de sucesso geológico (Pg): É definida como a probabilidade de se descobrir uma acumulação comercial de petróleo e/ou gás natural. Pg é estimada pelo produto (multiplicação) das probabilidades ou chances de ocorrência de cada um dos fatores geológicos: geração, migração, reservatórios, trapa, selo e timing. Prospecto: Feição geológica mapeada como resultado de estudos e interpretações geofísica e geológica que justificam a perfuração de poços exploratórios para a localização de petróleo e/ou gás natural. Existem dados suficientes para identificar e quantificar as incertezas e a probabilidade de sucesso e estimar-se recursos potenciais e economicidade. Recursos Potenciais: Volumes de petróleo estimados em um prospecto, antes da perfuração e descoberta, e que seriam potencialmente recuperáveis comercialmente através de futuros projetos de desenvolvimento. Recursos Potenciais Riscados Totais: Recursos Potenciais Totais multiplicados pela Probabilidade de Sucesso. Recursos Potenciais Riscados Líquidos: Recursos Potenciais Riscados Totais multiplicados pela participação da Companhia, ou seja, excluindo-se a participação dos parceiros da Companhia nos respectivos prospectos ou blocos de exploração. Recursos Contingentes: São volumes estimados de petróleo e/ou gás natural em acumulação já descoberta, mas que necessitam de mais análises e/ou avaliações e/ou aquisições/processamento de dados e/ou nova tecnologia para serem considerados comercialmente produzíveis. 4
  • 5. Reserva: São volumes descobertos de petróleo e/ou gás natural comercialmente recuperáveis através de projetos de desenvolvimento a serem executados a partir de determinada data. As reservas podem ser Provadas, Prováveis e Possíveis dependendo do grau de precisão/certeza de estimativa do seu volume e da capacidade de extração a partir da aplicação de tecnologias conhecidas e/ou a serem desenvolvidas. Reservas Provadas (P1): Reservas de petróleo e gás natural que, com base na análise de dados geológicos e de engenharia, se estima recuperar comercialmente de reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau de certeza, e cuja estimativa considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais usualmente viáveis e os regulamentos instituídos pelas legislações petrolífera e tributária brasileiras. Reservas Prováveis (P2): Reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas provadas. Reservas Possíveis (P3): Reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas prováveis. REPETRO: Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural. Royalties: Royalties são uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro e são distribuídos aos Estados, Municípios, ao Comando da Marinha, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Fundo Especial administrado pelo Ministério da Fazenda, que repassa aos estados e municípios de acordo com os critérios definidos em legislação específica. Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados para a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. Sísmica: Entre outras tecnologias exploratórias, o método sísmico é o mais utilizado pelos geólogos e geofísicos. Consiste básicamente numa fonte de energia (sonora) e receptores. 1) Sinais sonoros são emitidos da fonte para as camadas de rochas em sub-superfície; 2) parte da energia sonora é refletida nas interfaces entre as diferentes camadas de rochas; 3) os sinais refletidos são captados pelos receptores e; 4) por meio de computadores são transformados em imagens refletindo a distribuição e outras propriedades das camadas rochosas em sub-superfície. A Composição, Conteúdo de Fluidos, Geometria e Extensão são alguns dos atributos que podem ser extraídos dos dados sísmicos. Sísmica 2D: Os dados sísmicos 2D são adquiridos através de malhas de linhas retas com espaçamento de 1-2 km (ou maior) entre cada linha, resultando numa cobertura imprecisa e de qualidade pobre da geologia de sub-superfície. Nos dias atuais levantamentos 2D são utilizados mais para estudos regionais de bacias sedimentares. Sísmica 3D: As imagens da sísmica 3D fornecem dados praticamente contínuos da sub-superfície, com grids de pontos de dados de alta densidade, resultando numa definição muito mais precisa da geologia de sub- superfície. O espaçamento entre pontos de dados 3D são de alguns metros apenas, em oposição a quilômetros na sísmica 2D, com uma quantidade significativamente maior de informação, permitindo uma visualização tri- dimensional das camadas rochosas em sub-superfície. Unidades de Gás Totais (UGT): São medidas tomadas por aparelhos chamados “Detetores de Gás” durante a perfuração de poços de petróleo, informando a quantidade de gás total (gases leves e pesados) emanando das camadas rochosas a medida que são perfuradas. Normalmente os detetores dão as medidas de gases totais (UGT´s) e estimam também os gases pesados (UPP´s). Os detetores são aparelhos essenciais nas perfurações 5
  • 6. de poços de petróleo permitindo, ao mesmo tempo, que se obtenham informações sobre o potencial do prospecto em perfuração e que se tomem medidas adicionais de segurança no poço. Upstream: Refere-se às atividades de Exploração, Desenvolvimento da Produção e Produção, englobando a busca, delimitação, desenvolvimento da produção e produção de petróleo e/ou gás natural. Usualmente as atividades e operações de Upstream incluem o transporte do óleo e/ou gás natural do poço produtor até um ponto de entrega, que pode ser um Navio Tanque junto à plataforma de produção ou oleoduto/gasoduto até um Terminal Downstream. Testes de reservatórios Amostragem lateral: É uma operação realizada a cabo, que consiste na coleta de plugs de rochas na fase de perfuração do poço. Faz parte do processo de perfilagem de poços, já que os amostradores/canhões são descidos a cabo. Sua utilização tem o objetivo de obtenção de informações de características da rocha, tais como: tipo, porosidade, permeabilidade, indícios de hidrocarbonetos, fraturas, etc. É um método rápido que permite antecipar informações sobre as rochas e fluidos nelas contidos. Perfilagem: Método utilizado para verificar/avaliar as características físicas e químicas das camadas geológicas e dos fluidos nelas contidos. Por meio de sensores e amostradores apropriados, estas características são medidas e as respostas são transmitidas para computadores na superfície onde os dados são processados. Características dos fluidos e das rochas são identificadas e quantificadas através deste método. Testemunhagem: Operação de amostragem contínua das rochas do poço, que são trazidas à superfície para a análise dos geólogos. Inúmeras informações a respeito das características da rocha são obtidas: tipo de rocha, porosidade, permeabilidade, indícios de hidrocarbonetos, fraturas, etc. Teste a cabo (TC): É um mini-teste de formação e faz parte do processo de perfilagem de poços, já que os amostradores são descidos a cabo. São utilizados para verificar/avaliar a pressão e coletar/identificar pequenas quantidades de fluidos de um pequeno intervalo das rochas reservatórios, de forma praticamente pontual. É um método rápido, que permite antecipar informações sobre fluido, pressão e permeabilidade da rocha reservatório. Teste de formação (TF): Método utilizado para verificar/avaliar a capacidade de produção de um determinado reservatório ou parte de reservatório de um poço. Permite entre outros dados e informações, caracterizar o tipo de fluido, pressões, permeabilidade, transmissibilidade e produtividade. Teste de Longa Duração (TLD): São testes de formação com tempo de duração maior que nos testes convencionais, com tempos totais de fluxo superiores a 72 horas, realizados durante a Fase de Exploração, com a finalidade exclusiva de obter dados e informações para conhecimento do comportamento dos reservatórios e dos fluidos durante a produção. Outros termos AHTS (Anchor Handling Tug Supply): Navio rebocador de apoio e manuseio de âncoras. Embarcação destinada à operação de reboque e manuseio de âncoras através de guincho especial instalado em seu convés e capacidade de manobra bastante desenvolvida, bem como um alto valor de força de tração estática. Árvore de Natal: Conjunto de válvulas que controla a pressão e vazão de um poço. 6
  • 7. Árvore de Natal Molhada: Conjunto de válvulas, colocado sobre o solo oceânico, que controla a pressão e vazão de um poço submarino. FPSO (Floating, Production, Storage & Offloading): Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de petróleo, construída a partir de um navio. FPU (Floating Production Unit): Unidade Flutuante de Produção de petróleo, construída a partir de um navio. FSO (Floating, Storage & Offloading): Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência de petróleo, construída a partir de um navio. FSV (Fast Supply Vessel): Navio de maior velocidade para suprimento de cargas e passageiros. Jaqueta: Estrutura de suporte de uma plataforma fixa que vai desde a fundação até acima do nível do mar e sobre a qual são instalados o convés e/ou módulos onde se localiza a unidade de processo e utilidades. OSRV (Oil Spill Recovery Vessel): Navio de combate a derramamento de óleo dotado de especificações que permitem trabalhar na mancha de óleo, em atmosfera onde a evaporação do petróleo produz gás natural, por isso é dotado de sistemas elétricos blindados para evitar a produção de faíscas. Tem equipamentos para aspirar o óleo derramado e armazenar num tanque a bordo. A capacidade de combater o derramamento pode ser criada num PSV (Platform Supply Vessel) ou AHTS (Anchor Handling Tug Supply). Plataforma auto-elevável: Plataforma marítima com três ou mais pernas de tamanho e forma variável, que pode ser posicionada em locais de diferentes profundidades, apoiando as pernas no fundo do mar, elevando- se acima da superfície marítima. Plataforma fixa: São plataformas constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar. Plataforma ou sonda semi-submersível: São plataformas marítimas compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em flutuadores submersos. PSV (Platform Supply Vessel): Navio de suprimento de material para as plataformas que caracteriza-se pela grande área de convés para transportes dos equipamentos, além de líquidos tais como; água potável, óleo diesel, água industrial, lamas e graneis sólidos; cimento, baritina, bentonita, entre outros. Sonda: Equipamento utilizado para realizar perfurações. TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform): São plataformas flutuantes utilizadas em águas profundas, fixadas no local de operação através de cabos tensionados, destinadas a suportar as cabeças dos poços com completação seca, podendo ter ou não torre de perfuração e completação. WHP (Well Head Plataform): São plataformas constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar, em águas rasas, destinadas a suportar as cabeças dos poços com completação seca, podendo ter ou não torre de perfuração e completação. 7