1. O documento descreve a história da divisão regional do Brasil desde 1941, quando o país foi dividido em 5 grandes regiões.
2. A divisão de 1969 levou em conta novos aspectos como descobertas territoriais, urbanização e industrialização.
3. As 5 regiões atuais são basicamente as mesmas de 1969, com exceção de mudanças menores.
3. Em 1941 foi feita a primeira
divisão regional do Brasil sob
a tutela do IBGE, o país foi
dividido em 5 grandes regiões;
Norte, Nordeste, Leste, Centro-
oeste e Sul.
4.
5. A divisão regional de 1969 levou
em conta as novas descobertas
do território em função do
avanço tecnológico e também a
mudança do país no tocante à
urbanização e industrialização,
foi uma divisão de múltiplos
aspectos; os naturais, os
sociais e os econômicos.
6.
7. As 5 regiões que conhecemos
hoje , são as praticamente as
mesmas de 1969 com a
exceção de Tocantins presente
na região Norte e a supressão
da sua área da região Centro
Oeste.
8.
9. Nenhuma divisão feita no Brasil foi
mais marcante do que essa dos
três complexos regionais que
identifica com bastante precisão o
Brasil da Amazônia e sua
intimidade com a natureza, o Brasil
do Nordeste com os seus graves
problemas sociais e o Brasil do
Centro-Sul , dinâmico e forte na
sua economia.
10.
11. NORDESTE
• Região com cerca de 1,5 milhão de km2
abrangendo cerca de 18% do território
nacional.
• População estimada em 30% de todos os
brasileiros,
• É sem dúvida uma região problema, mas não
devido à seca que ocorre em apenas uma das
várias partes do seu território.
• A maior parte da população desse território
nordestino concentra-se na faixa mais úmida
que é a zona da mata.
• O que individualiza o nordeste é o seu quadro
social marcado pela pobreza e a sua economia
tradicional
12.
13. É uma área de povoamento antigo, que
teve a sua colonização iniciada pelos
portugueses, na primeira metade do
século XVI. Foi do Nordeste que partiram
os conquistadores do Norte, do Sudeste e
do Centro-oeste do país, com as
expedições que fundaram Belém e
garantiram o controle da foz do
Amazonas e com a penetração dos
criadores de gado que subiram o São
Francisco e se espalharam pelos campos
goianos e mato-grossenses.
14. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O NORDESTE
9 estados
Ma, Ce, PI, RN,
Al, Pe, Pb, Se,
Ba
Logo
Forte representatividade
política
1.561.178 km2
47.679.381 habitantes (28%)
Característica marcante
17. AMAZÔNIA
• Espaço gigantesco com aproximadamente 5
milhões de Km² ou 60% do país.
• Apenas 7% dos brasileiros vivem nessa
imensidão de planícies e terras baixas.
• Grandes extensões de rios navegáveis e
grande potencial hidroelétrico já avaliado e
parcialmente utilizado.
• Clima equatorial quente e úmido com a
presença da exuberante floresta Amazônica.
18. CENTRO-SUL
• Com 2 milhões de km², representa cerca de 25% do
território e quase 70% da população do país.
• É a região mais populosa e a mais povoada do país,
marcada por um grande dinamismo nas atividades
econômicas, possuindo os melhores índices de
desenvolvimento humano (IDH).
• Em 1960 as regiões sul e sudeste somadas
apresentavam 91% do valor da transformação
industrial e agropecuária do país e em 1994
representavam 78% do PIB nacional.
• PIB de SP equivalia ao PIB de 21 estados da
federação formadores das regiões norte, nordeste ,
centro oeste e sul.
22. DOMÍNIO AMAZÔNICO
• É predomínio de terras baixas numa grande área
sedimentar
• O clima regional dominante é o equatorial com
temperaturas que variam pouco, de 25 ºC a 27ºC,
com pequena amplitude térmica e grande umidade e
pluviosidade acima de 1800mm/anuais.
• Os solos da Amazônia são de uma maneira geral
arenosos, ácidos, pobres em nutrientes minerais
devido à lixiviação.
• A floresta Amazônica é conhecida pela sua bio-
diversidade.
• Os maiores problemas ambientais estão nos
desmatamentos que passam dos 18% do total.
23.
24. DOMÍNIO DOS MARES DE
MORROS ou Mata Atlântica
• Esse domínio vai do RN até SC. É o relevo mais
"movimentado" da porção oriental do país, presente
em terrenos predominante cristalino de rochas
magmáticas e metamórficas estáveis do período pré-
cambriano.
• Os solos originados dos granitos não são de grande
fertilidade natural.
• Essa mata heterogênea, latifoliada, higrófila ocupava
toda a fachada atlântica do país, mas a intensa
ocupação humana e econômica desmatou mais de
90% do total da vegetação.
• Os climas presentes são das variedades tropicais com
chuvas frontais e orográficas.
25.
26. DOMÍNIO DAS ARAUCÁRIAS
• Ocupando os trechos planálticos da bacia do Paraná,
nos terrenos paleo-mesozóicos de arenitos e
basaltos, com presença maciça de longas manchas
das férteis terras roxas,
• O clima regional é o mesotérmico subtropical com
precipitações bastante regulares o ano todo.
• A vegetação florestal é caracterizada pela presença
predominante da Araucária angustifólia, associada à
erva mate, à imbuia, a canela e o cedro.
• Essa vegetação foi praticamente exterminada em
96% .
• A hidrografia regional é constituída por rios de
planalto com elevado potencial hidráulico.
27.
28. DOMÍNIO DOS CERRADOS
• É uma vegetação arbustiva entremeada de um extrato
herbáceo que lhe confere a rotulagem de "pastos
naturais" para a ocupação da pecuária extensiva de
bovinos de corte.
• É um setor planáltico com formas tabulares de relevo
identificados como chapadas e chapadões.
• Seus solos são pobres em minerais disponíveis e em
matéria orgânica (lateríticos).
• O clima apresenta uma estação seca e outra chuvosa.
• Essa região é importante divisor de águas nacional.
• Há algumas décadas essa região central do país vem
se tornando palco de agriculturas mecanizadas
comerciais de vulto.
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30. DOMÍNIO DA CAATINGA
• É uma região de depressões inter-planálticas
encravada no interior do nordeste brasileiro;
• O seu clima semi-árido,seus índices pluviométricos
estão acima de 250mm/ano e abaixo de 750mm/ano.
• Os solos do sertão são rasos com elevados teores de
nutrientes minerais e baixo teor de nutrientes
orgânicos.
• Mais de 90% das áreas de caatinga foram devastadas
pela ação antrópica.
• A hidrografia apresenta muitos casos de rios
intermitentes ou temporários
• A vegetação é xerófila, adaptada à irregularidade
pluviométrica, formada por cactáceas e bromeliáceas
em níveis baixos e arbustivo-arbóreo
31.
32. DOMÍNIO DAS PRADARIAS
• Esse domínio ocupa as porções mais meridionais do
país, num local denominado Campanha Gaúcha.
• Apresenta um relevo com colinas baixas bem amplas
conhecidas como coxilhas, cobertas por uma
vegetação herbácea de gramíneas que foram sendo
trabalhadas pelas atividades da pecuária bovina e
ovina e de lavouras mecanizadas de cereais, restando
apenas 2% da vegetação original.
• Seus solos são férteis, com elevados teores de
minerais e de componentes orgânicos, o clima é o
subtropical mesotérmico com menor umidade quando
comparado com o mesmo tipo climático dos planaltos
da araucária.
33.
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37.
38.
39. Introdução
• Com 3.851.557 km² a região norte do Brasil é a mais
extensa das regiões brasileiras, correspondendo a
pouco mais de 45% do território nacional.
• A área denominada Amazônia Legal apresenta uma
área próxima de 5,3 milhões de km² , abrangendo
pouco mais de 64% do Brasil.
• São cerca de 13 milhões de habitantes que
ocupam esse imenso território, sendo o Pará o estado
de maior população com pouco mais de 6 milhões de
habitantes, seguido pelos estados do AM, RO e TO.
43. RELEVO DA REGIÃO NORTE
• A planície amazônica é mais ou menos 100 mil km²
de uma estreita faixa das terras mais baixas da
região.
• Os baixos planaltos da Amazônia Oriental são
encontrados no setor oriental do AM e em toda a
extensão ao longo do Rio amazonas no PA.
• As depressões estão na parte ocidental do baixo
Amazonas e as depressões marginais sul e norte
amazônicas no PA.
• Os Planaltos Residuais Norte Amazônicos, que
ocupam as regiões fronteiriças com as Guianas e
Venezuela.
• Na direção sul temos também os Planaltos
Residuais Sul Amazônicos , com menos altitudes e
formas mais suaves.
46. O RIO AMAZONAS
• A peculiaridade dessa bacia está no fato do rio
Amazonas ter suas nascentes nos Andes
nevados que descongelam na primavera e verão
austral.
• Os afluentes da margem esquerda sofrem um
regime de chuvas tropicais que engrossam o
volume de água nos meses de verão boreal (meio
do ano).
• Os afluentes da margem direita igualmente
recebem chuvas tropicais austrais que ocorrem
no final e início do ano.
48. CLIMA
• È dominantemente do tipo EQUATORIAL.
• Caracteriza-se pela alta temperatura média mensal,
sempre superior aos 20ºC e amplitudes térmicas
muito baixas em torno de 2ºC a 3ºC.
• Apresenta chuvas regularmente distribuídas o ano
todo, no setor mais ocidental onde atua com muita
freqüência a mEc a pluviosidade ultrapassa a marca
de 2500mm/ano.
• Aproximando-se aos limites sul e norte da região
Amazônica surgem características do clima tropical
com secas muito bem definidas nos seus momentos
de invernos.
• Na classificação de Köppen é do tipo Am e Af.
50. A COBERTURA VEGETAL
• A região Norte é o domínio da Floresta
Equatorial Amazônica; heterogênea, higrófila,
latifoliada, perene, dividida em três tipos
diferentes, a Mata do Igapó, mata de várzeas e
a mata das terras firmes ou secas ou caa-etê.
• Na porção oriental de Roraima, em algumas
pequenas áreas limítrofes das Guianas com o
norte do Pará e na porção oriental de
Rondônia ocorre a vegetação do cerrado.
51. SOLOS
Os solos são frágeis, arenosos e
pobres em nutrientes minerais
mas estão protegidos por uma
manta orgânica formada pela
floresta que evita a erosão
horizontal e a ação vertical das
águas que causam a lixiviação.
56. Processo de Ocupação
• A presença do tipo indígena é notável na
fisionomia dos habitantes da Região Norte.
• Durante o ciclo da BORRACHA houve
importante corrente migratória vinda do NE,
em particular do CE.
• Com a mudança da capital do país do Rio de
Janeiro para Brasília em 1960 teve início a
interiorização da ocupação humana do norte
através de rodovias como a Belém/Brasília, a
Cuiabá/Santarém, a Manaus/Porto Velho,
Transamazônica dentre tantas.
57. O fluxo de Sulistas
Nas últimas décadas do século XX um
fluxo migratório interno começa a entrar
pelo sul da região, são agricultores vindos
do sudeste e do sul introduzindo uma
nova cultura comercial como a soja , além
das culturas tradicionais e da criação do
gado, notável principalmente em
Rondônia.
58. Imigração estrangeira
Um elemento humano que se
destacou na Amazônia foi o
imigrante japonês que se
instalou nos vales médio e
baixo do rio Amazonas
introduzindo as culturas de
pimenta-do-reino e da juta.
59.
60. ECONOMIA
O extrativismo vegetal foi sem dúvida a economia
possível atrelada ao espaço com a ausência da
tecnologia e de meios de transportes mais eficazes,
porém o extrativismo tende a ser uma atividade
transitória para a voracidade do consumo do mundo
atual e as coletas de frutos, folhas, cascas, seivas,
flores e madeiras lenhosas vão cedendo lugar a
projetos econômicos de grande porte que por vezes
tropeçam nos mistérios da biodiversidade e do bio-
equilíbrio que rege a vida nesse eco-sistema especial
61.
62. EXTRATIVISMO VEGETAL
A busca desenfreada por
madeiras de lei como o
mogno que leva os
madeireiros a derrubar
cerca de 100 árvores
para o aproveitamento de
uma única , na maioria
das vezes sem licenças
dos órgãos ambientais,
tornando-se madeira
ilegal.
63.
64. GARIMPO
Uma atividade de coleta de resíduos
minerais comercializáveis rejeitados pelas
mineradoras, muito comum na obtenção
da cassiterita (estanho) principalmente
em Rondônia.
O garimpo do ouro tem produzido muitos
problemas ambientais por onde passa
devido ao uso de mercúrio metálico no
processo de separação.
66. AGRICULTURA
• No sudeste do Amazonas, os migrantes do sulistas
implantaram culturas novas com destaque para a soja
que foi aclimatada.
• A produção desce o rio Madeira rumo ao Amazonas
indo ao porto fluvial graneleiro de Itacoatiara , de
onde é encaminhada à exportação.
• Outro destaque está nas culturas de pimenta do
reino dos imigrantes japoneses em Tomé Açu e
Castanhal na Zona Bragantina, próxima a Belém do
Pará.
• O ponto negativo da agricultura local está nos
grandes desmatamentos e queimadas com
finalidade agropecuária , gerando paisagens lunares
em vários pontos da Floresta Equatorial.
67. PECUÁRIA
Praticada em vários pontos do Norte,
principalmente o gado bovino criado nas
pastagens naturais dos campos e cerrados de
Boa Vista em RR .
Notável a presença de búfalos na foz do rio
Amazonas marcando a Ilha de Marajó como
um dos mais tradicionais centros de bubalinos
do país.
68.
69. MINERAÇÃO
• Muito desenvolvida em grandes projetos como
a área polivalente de Carajás , com
importantes reservas em exploração de ferro,
manganês, cobre, ouro, bauxita, estanho,
níquel, etc.
• Ocorrência de bauxita na Região Norte,
notadamente às margens do Rio Trombetas em
Oriximiná, levado por via fluvial à região de
Belém onde é industrializado nas usinas da
ALBRÁS E ALUNORTE e posteriormente
exportado pelo porto de Belém .
71. ENERGIA
• A Região Norte tem dentro do seu espaço duas
das mais importantes bacias hidrográficas do
país, a do rio Amazonas e a do Tocantins.
• O maior destaque está na usina hidroelétrica de
Tucuruí no rio Tocantins programada para gerar
8 milhões de kw/h e abastecer as industrias de
alumínio da região de Belém e Paragominas.
• A maior parte da energia elétrica consumida na
Região Norte é de origem térmica.
72. INDÚSTRIA
• O desenvolvimento da Zona Franca de
Manaus ocorreu com isenções fiscais,
incentivos de toda ordem com o intuito de criar
um centro industrial importante no coração da
Amazônia, interiorizando o desenvolvimento
econômico.
• Os projetos minerais , particularmente os do
alumínio com a ALBRÁS e a ALUNORTE
introduziram a indústria como um elemento
importante na economia do norte do país.
73. DEFESA E A SOBERANIA DO
NORTE BRASILEIRO
• O Brasil apresenta uma enorme área de
fronteiras secas ou terrestres com os países
vizinhos da América do Sul.
• As preocupações do Brasil com essas
fronteiras esta ligado ao problema da guerrilha
(Colômbia), narcotráfico e contrabando.
• Há também defensores da internacionalização
da Amazônia por ser um patrimônio natural
vital ao futuro da humanidade.
74.
75. Projeto Calha Norte
• Implantado em 1985 nas regiões
fronteiriças da porção setentrional do país.
• Suas finalidades são:
• Novas bases militares;
• Dificultar os conflitos entre empresas,
garimpeiros e índios;
• Reduzir o contrabando de minérios.
76.
77. PROJETO SIVAM
Trata-se de um controvertido
Sistema de Vigilância da Amazônia
que consiste num sistema de radares
com apoio de satélites que permite
monitorar toda a Amazônia. O
objetivo é controlar o desmatamento,
o tráfico de drogas e o contrabando
que é intenso nessa imensa região.