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ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO MÉTODO MÃE
CANGURU
GILMAR MARQUES DE SANTANA
MARIA DAS GRAÇAS REIS DE CASTRO
VERA LÚCIA BORGES
RICARDO RÍCCIO OLIVEIRA
RESUMO
Iniciar o resumo. Deve ter 250 palavras no máximo. Xxxxx fdfddcdfwge vegd geg ege gr
hgrhrhr hr hr ht hg g s vsfe gr htj k yk ululuj gegeg rh tk yk mgntbrgeg rh tj yk y. geg r ghrh
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Palavras-chave: Método Canguru. Método Mãe Canguru. Atuação de enfermagem.
_______________________________________________________
*
Graduandos do Curso de Enfermagemdo CentroUniversitárioEstácio/FIB.
**
Professor co-orientadordo Centro UniversitárioEstácio/FIB.
***
Professororientador do Centro UniversitárioEstácio/FIB.
2
1 INTRODUÇÃO
Durante a gestação os pais sonham com uma criança perfeita, idealizada, e o
nascimento prematuro causa forte impacto emocional e grande estresse na família. Sendo
assim, o cuidado dispensado ao RN e aos pais é uma tarefa difícil para os profissionais, e
normalmente, após o seu nascimento, os pais vêem seus ideais abalados, já que o filho
sonhado não aconteceu. (ALVES apud CAMARGO, 2006)
Em todo o mundo, nascem anualmente 20 milhões de bebês pré-termo e de baixo peso.
Destes, um terço morre antes de completar um ano de vida. No Brasil, a primeira causa de
mortalidade infantil são as afecções perinatais, que compreendem os problemas respiratórios,
a asfixia ao nascer e as infecções, mais comuns em bebês pré-termo e de baixo peso. Além
disso, muitos bebês são acometidos de distúrbios metabólicos, dificuldades para se alimentar
e para regular a temperatura corporal (Brasil, 2013).
O Método Canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, no
Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr. Reys Sanabria e Dr. Hector Martinez, como
proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém-nascido pré-termo, tais como controle
da termorregulação e ganho de peso ponderal, visando reduzir os custos da assistência
perinatal e promover, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê, maior
vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento (BRASIL, 2011).
A atenção humanizada ao prematuro (Método Mãe-Canguru) é baseada num profundo
respeito pelos processos naturais. O MMC é uma transição suave para a vida extra-uterina,
convertendo a mãe e a família em uma figura indispensável nos cuidados e tratamento do
bebê (DUARTE; ANDRADE (2005).
Método Canguru é um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele
o mais cedo possível entre os pais e o RN, de forma crescente e pelo tempo que ambos
entenderem ser prazeroso e suficiente, promovendo autonomia e competência parental a partir
do suporte da equipe, da interação familiar e de redes sociais. (BRASIL, 2002)
A posição canguru consiste em manter o RNBP em contato pele a pele, na posição
vertical junto ao peito dos pais ou de outros familiares, e deve ser realizada de maneira
orientada, segura e acompanhada de suporte assistencial por uma equipe de saúde
adequadamente treinada (BRASIL, 2011).
3
Segundo a Norma de Atenção Humanizada ao RNBP (Método Mãe Canguru), lançada
pelo Ministério da Saúde, através da portaria nº 693/2000 em 5 de julho de 2000, a “prática
canguru” associa todas as correntes mais modernas da atenção ao recém-nascido, incluindo
necessariamente os requisitos da atenção biológica, dos cuidados técnicos especializados, com
igual ênfase à atenção psicoafetiva, à mãe, à criança e à família. Esta preocupação também foi
destinada aos cuidados com o cuidador, tendo como princípio básico para uma boa atenção
perinatal o cuidado com a equipe de saúde. (BRASIL, 2011)
O MMC da mesma forma que os cangurus, preconiza que as mães de bebês
prematuros devem carregar os seus filhos, quando esses se encontrarem em condições
clínicas, gástricas e respiratórias que viabilizem uma situação estável, usando-se como
alternativa a substituição de incubadoras e evitando a separação prolongada entre ambos
(ANDRADE; GUEDES, 2005). A importância e os benefícios advindos da presença e
participação dos pais desde a internação do bebê são inquestionáveis, pois, o RNBP responde
muito bem ao estímulo dado pela mãe com os cuidados e nos procedimentos em que é
permitida a participação da mesma. (DITZ; MADEIRA; DUARTE, 2004)
Inúmeras são as vantagens ao adotar o referido método, os benefícios incluem o
aumento do vinculo mãe-filho a partir do menor tempo de separação do binômio, estimulo ao
aleitamento materno, maior confiança e competência dos pais no cuidado do seu filho após a
alta, melhor controle da termorregulação, menor número de RNs em unidades de cuidados
intermediários devido a menor permanência hospitalar, além de melhor relacionamento da
família com a equipe (BRASIL, 2012).
Com o MMC a enfermagem ganha mais um espaço de atuação na assistência ao
recém-nascido, pois a função cuidar da criança e de sua família sob os aspectos
biopsicossociais, proporcionando melhor adaptação à vida extra-uterina, a partir de uma
assistência pautada no envolvimento, na dedicação e na humanização do cuidado,
promovendo uma aproximação maior entre a família, o bebê prematuro e a equipe de
saúde. (BRAZELTON apud SILVA et al, 2008)
Intervenções como manter a melhor posição do recém-nascido com "ninhos" que lhe
proporcione segurança, implementar cuidados em etapas, observar o estado comportamental
do bebê antes, durante e após procedimentos, estimular visitas e participação dos pais no
cuidado são algumas estratégias utilizadas pela enfermagem neonatal na estimulação do
recém-nascido e no fortalecimento do vínculo familiar (FREITAS;CAMARGO, 2006).
4
O papel dos profissionais de enfermagem na estimulação do recém-nascido e no
fortalecimento do vínculo com a família implica em promover um cuidado individualizado,
minimizando estressores ambientais. Conhecendo os benefícios que o MMC proporciona, os
enfermeiros têm o dever, sobretudo humano, de possibilitar a religação entre as pessoas e
permitir que vivenciem essa experiência de amor, já que estes profissionais estão presentes 24
horas assistindo a esse binômio. (GAIVA, 2004; DUARTE; ANDRADE, 2005)
Evidenciando a assistência de enfermagem ao RNBP através do método mãe canguru,
esse estudo tem como objetivo descrever a atuação desses profissionais no referido método,
tendo como justificativa a importância do mesmo na assistência neonatal, bem como salientar
a adesão mínima por parte da maioria das maternidades brasileiras. Nesse cenário surgiu o
interesse de desenvolver esse estudo pelos acadêmicos de enfermagem. Esse estudo será de
grande relevância na prática assistencial, tendo em vista que oferecerá subsídios aos
profissionais de enfermagem, uma vez que aborda as ações desses profissionais no incentivo
ao método canguru bem como os benefícios para o recém-nascido e sua família, que são os
alvos do cuidado.
Para a comunidade esse estudo tem grande importância, uma vez que oferecerá
subsídios para que as discussões acerca desse tema se tornem cada vez mais consolidada e
adaptável à realidade brasileira.
2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho será uma revisão bibliográfica
com abordagem descritiva e qualitativa, relacionada com artigos encontrados na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), LILACS e SciELO.
A pesquisa bibliográfica revela uma forma eficaz de coleta de dados que
permite transformar a informação / investigação em conhecimento, pois é possível fazer
relações aos temas pesquisados tornando a busca de material mais eficiente. (Gil, 2006).
Segundo Lakatos e Marconi (1987), a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção
e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado
em livros, revistas, jornal, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico,
5
com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre
o mesmo.
A pesquisa terá como fonte de dados artigos científicos e livros. A coleta de dados será
feita a partir da biblioteca virtual, onde serão utilizadas palavras-chaves como: método mãe
canguru e a atuação de enfermagem no método mãe canguru. Serão analisados os artigos em
português publicados no período de 2010 a 2015. Serão escolhidos os artigos que possuam
um objeto de estudo condizente com a temática escolhida.
Serão selecionados os artigos que possuam um objeto de estudo condizente com a
temática escolhida. Entre eles destacam-se os artigos que possuam dados mais recentes sobre
o método mãe canguru.
Os autores se comprometeram a referenciar todos os autores e não realização de
plágio.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Método Mãe Canguru
3.1.1 Histórico do Método Mãe Canguru no Brasil
O Método Mãe Canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de
1979, no Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr. Reys Sanabria e Dr. Hector Martinez,
como proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém-nascido pré-termo naquele país,
visando reduzir os custos da assistência perinatal e promover, através do contato pele a pele
precoce entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor
desenvolvimento. (BRASIL, 2011)
Pode-se dizer que a Atenção Humanizada ao RNBP no Brasil sofreu forte influência
da Colômbia, que norteou as linhas gerais do programa (presença da mãe, contato pele a pele,
aleitamento materno e possibilidade de alta precoce). (VENANCIO et al, 2005)
Assim, Com o objetivo de contribuir para a mudança de postura dos
profissionais e visando à humanização da assistência ao recém-nascido, o Ministério da Saúde
6
lançou, por meio da Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000, a Norma de Atenção Humanizada
ao Recém-nascido de Baixo Peso (Método Canguru). (BRASIL, 2011).
Essa prática já vinha sendo adotada previamente, desde 1991, pelo Hospital
Guilherme Álvaro em Santos/SP nas enfermarias do Alojamento Conjunto, quando, alguns
hospitais brasileiros passaram a estabelecer práticas de utilização da posição canguru para a
população de “mães e bebês pré-termo” sem critérios técnicos bem definidos. (BRASIL,
2011)
A ampliação do olhar sobre o método foi de fundamental importância para a sua
disseminação no Brasil, entretanto, outros dois fenômenos também estão inseridos nesse
contexto, primeiro, o crescente reconhecimento, por parte das equipes de neonatologia, da
importância dos cuidados maternos para a recuperação dos bebês e, em segundo lugar, o
momento atual no qual a humanização da assistência tem sido apresentada como política
nacional através do Ministério da Saúde (Lamy, 2005).
No Brasil, o MMC difundiu-se rapidamente, a partir de 1990, sendo o método
brasileiro mais amplo que o originário da Colômbia, abrangendo questões como os cuidados
técnicos com o bebê (manuseio, atenção às necessidades individuais, cuidados com luz, som,
dor); o acolhimento à família; a promoção do vínculo mãe/bebê e do aleitamento materno; e o
acompanhamento ambulatorial após a alta, configurando-se, assim, como estratégia de
qualificação do cuidado neonatal (LAMY, 2012).
Com a implementação do MMC como terapêutica assistencial na recuperação de
crianças prematuras e de baixo peso, estes recém-nascidos internados em Unidades Neonatais
deixam de ser mantidos nas incubadoras até alcançarem o peso considerado ideal para alta,
situação esta que trazia implicações para a saúde da puérpera e seu bebê, tais como o
desestímulo ao aleitamento materno, comprometimento do vínculo afetivo, além do risco
aumentado para infecções, por conta do tempo de permanência prolongado nas unidades de
internamento e consequente elevação dos gastos públicos com a saúde (Freitas e Camargo
(2007).
A assistência aos RNs tem grande importância, pois influenciam diretamente na sua
condição de saúde dos indivíduos, desde o período neonatal até a vida adulta. A assistência
convencional consiste em colocar o recém-nascido em incubadoras onde permanecem
internados na UTI por várias semanas ou meses, enquanto a mãe retorna para casa visitando-o
de forma restrita na UTI ou no berçário. Esta modalidade dificulta a participação dos pais nos
7
cuidados aos seus filhos, podendo despertar-lhes sentimentos perturbadores, contraditórios,
ansiedade e culpa por achar que fizeram algo que possa ter provocado esta situação ou tenha
deixado de tomar algum cuidado preventivo (MIGLIO apud DUARTE; ANDRADE,
2005). A atenção humanizada, por sua vez, é baseada num profundo respeito pelos processos
naturais, compreendendo uma transição suave para a vida extra-uterina, convertendo a mãe e
a família em figuras indispensáveis nos cuidados e tratamento do bebê (DUARTE;
ANDRADE (2005).
Ao longo das três últimas décadas o referido método vem despertando grande interesse
nos profissionais envolvidos na assistência neonatal em todo o mundo, sendo cada vez mais
utilizado, sem que exista, entretanto, uma diretriz única. (LAMY et al , 2005).
3.1.2 Características
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) dispõe de tecnologia
avançada e dedica atenção para crianças criticamente doentes. Muitas vezes, toda essa
tecnologia pode ser entendida como excesso de procedimentos altamente invasivos como a
monitorização contínua e alarmes constantes que afastam o filho tão esperado do núcleo
familiar, já que ele precisa ser mantido aquecido e protegido pelos limites da incubadora, na
qual é nutrido e sustentado por tubos e cateteres (SANTANA, 2013).
Um importante programa que possibilita atender esta proposta de atenção à
saúde do RN e humanizar sua assistência é a utilização do Método Mãe Canguru (MMC).
O Método Mãe Canguru (MMC) surgido para melhorar os cuidados prestados ao
RNBP com o objetivo de reduzir o tempo de permanência hospitalar, adota um
posicionamento específico do bebe de forma que o mesmo é envolvido e amarrado em uma
manta ou faixa junto ao tórax dos pais, em posição vertical, para se evitar o refluxo
gastroesofágico e a consequente broncoaspiração. O contato pele a pele (para transmissão de
calor e estímulo sensorial) começa com o toque de forma precoce e crescente, por livre
escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente e permite
uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. (BRASIL, 2011).
8
O nome do método está relacionado ao comportamento do canguru que coloca
seu filhote na bolsa que possui no abdome mantendo-o após o seu nascimento até
completarem seu desenvolvimento.
Sugere-se também o comportamento das índias colombianas que utilizavam uma bolsa
de tecido preso ao tórax para manter suas crianças aquecidas (PROCHINIK, 2001 apud
GARCIA et al, 2013).
A Norma brasileira aprovada em 2000 estabelece claramente a diferença entre Método
Canguru e Posição Canguru. Método Canguru é um tipo de assistência neonatal que implica
contato pele a pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e
pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo uma maior
participação dos pais no cuidado a seu recém-nascido e o envolvimento da família. A Posição
Canguru consiste em manter o RN de baixo peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na
posição vertical, contra o peito de um adulto. (LAMY et al, 2005)
Assim, a disseminação do Método Canguru tem como finalidade principal sensibilizar
profissionais atuantes na assistência neonatal para o alcance de uma prática humanizadora na
assistência ao recém-nascido de baixo peso e objetiva um melhor prognóstico dos RNs
prematuros e de baixo peso, através do estímulo ao cuidado humanizado, fortalecedores de
laços mãe/bebê e incentivador do aleitamento materno. (FERREIRA; VIEIRA, 2003)
Adotar este modelo de cuidado não significa diminuir nem simplificar o nível de
atenção dispensada ao bebe, pois em todas as etapas mãe e filho são acompanhados por uma
equipe multidisciplinar, que adequadamente treinada torna-se apta para monitorar sinais
vitais, detectar situações de risco e intervir sempre que necessário (TOMA apud SILVA;
PRADO, 2003)
Apesar do MMC ter nascido e ser desenvolvido com base nas necessidades do bebê, a
Norma Brasileira contempla a atenção humanizada a todos os integrantes do método, isto é,
mãe, filho, família e profissionais envolvidos (BRASIL, 2002).
Este método preconiza uma atenção humanizada ao recém-nascido e sua família, tendo
como principais recursos para sua implantação o afeto existente entre pais e filhos, pois o ato
de carregar o bebê contra o peito propicia aquecimento, estímulo e íntimo contato pele a pele,
além de reforçar a formação de vínculo, e favorece o aleitamento materno, a voz, as carícias e
os batimentos cardíacos da mãe são importantes estímulos para respiração adequada do
9
recém-nascido, suprimindo as apnéias tão frequentes nos prematuros, dispensando, assim, o
uso de equipamentos e tecnologia de alto custo. (SILVA; PRADO, 2003)
Para os autores supracitados, este tipo de cuidado requer recursos de baixo custo,
porém sua adoção não deve ser vista apenas como uma alternativa para poupar recursos
econômicos, mas sim como uma maior preocupação com a qualidade do atendimento
prestado ao bebe, uma vez que não se trata de um substituto do cuidado prestado nas
unidades de cuidados intensivos neonatais e sim um importante complemento.
Os princípios básicos do MMC estão baseados em três pilares: o calor, que é
gerado e transmitido pelo corpo da mãe, ao estar em contato com o bebê, pele-a-pele; o
leite materno, que não apenas o alimenta, mas que, com suas propriedades imunológicas
o protege contra infecções, mesmo àquelas que vivem em casebre, e, principalmente, o
amor, que o estimula na melhoria do crescimento e desenvolvimento, bem como no
aumento do vínculo entre ambos (DUARTE; ANDRADE 2005).
É considerado como Método Canguru o conjunto de sistemas que permitam o
contato precoce entre o bebê e sua mãe/familiares, realizado de maneira orientada e
supervisionada, por livre escolha da família, de forma crescente e segura. Estes entes
envolvidos deverão ser acompanhados por uma equipe de saúde adequadamente treinada,
dando a eles suporte assistencial e educacional digno e propiciando que exerçam o direito
de cidadão, permitindo, assim, obter os resultados que se baseiam na alta precoce,
independente do peso, desde que o bebê apresente condições clínicas estáveis e o
incentivo ao contato precoce entre a mãe e bebê, sendo o mesmo colocado em posição
vertical. (TYRREL; ARYVABENE, 2007).
A aplicação do método deve conter as três etapas. A primeira etapa é um período
de adaptação e treinamento para os pais e a busca da estabilidade no quadro clínico do
bebê, buscando, sempre que possível, o contato pele a pele. A segunda etapa contempla o
acompanhamento contínuo do bebê pela mãe, pois ele estará estável, permanecendo na
posição canguru pelo maior tempo possível. E a terceira etapa refere-se ao ambulatório de
acompanhamento, após a alta, para avaliar os benefícios e corrigir situações de risco
(NEVES et al, 2006).
Para o sucesso do método é necessário que se cumpra uma série de condições
médicas relativas ao bebê, além de outras, como condições sociais e questões
relacionadas à família. Estes critérios de elegibilidade são requisitos para a entrada no
10
programa, pois um estado clínico satisfatório e a necessidade de auto-regulação da
temperatura corporal são indispensáveis para o ingresso no MMC sem correr riscos. A
superação de patologias e a capacidade de sucção são indispensáveis. (DUARTE;
ANDRADE, 2005).
O método consiste em colocar o bebê entre os seios maternos, em contato pele a
pele, na posição supina (postura preventiva para refluxo gastroesofágico e aspiração
pulmonar). Desta forma, mantendo-se aquecidos com o calor do corpo de sua mãe, os
bebês poderiam sair mais cedo da incubadora e, consequentemente, ir mais cedo para
casa, minimizando um grave problema da época: superlotação e infecção. (LAMY et al,
2005)
O referido Método é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado
humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. O contato pele a pele
começa com o toque evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e
crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e
suficiente.
Ao ser adotado, o MMC permite uma maior participação dos pais e da
família nos cuidados neonatais. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido
de baixo peso, em contato pele a pele, na posição vertical junto ao peito dos pais ou de
outros familiares. Deve ser realizada de maneira orientada, segura e acompanhada de
suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada.
Neste contexto, percebe-se o MMC com importância abrangente neste
processo, constituindo-se, portanto, em um método terapêutico que visa desde melhorias
do quadro de saúde do recém-nascido a interatividade entre pais e familiares; um
conjunto de ações gerando benefícios à família que possui um novo membro,
necessitando de cuidados especiais (SANTANA, 2013)
Assim, a aplicação do Método Canguru envolve, além das questões técnicas, o
desenvolvimento de um programa de humanização da assistência ao recém-nascido de
baixo peso com o intuito de minimizar os efeitos negativos da internação. (LAMY, 2005)
3.1.3 Fases e equipamentos
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A primeira etapa inicia-se nas unidades neonatais (unidades de terapia intensiva
neonatal UTIN, e unidades de cuidados intermediários), a segunda etapa nas unidades
canguru (ou alojamento conjunto canguru) e a terceira etapa após a alta hospitalar, nos
ambulatórios de seguimento (canguru domiciliar). (VENANCIO et al, 2005)
A atuação inicial começa numa fase prévia ao nascimento de um bebê pré-termo
e/ou de baixo peso, com a identificação das gestantes com risco desse acontecimento.
Nessa situação, a futura mãe e sua família recebem orientações e cuidados específicos e o
suporte psicológico é prontamente oferecido. Com o nascimento do bebê e havendo
necessidade de permanência na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e/ou
Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), especial atenção é dada no
sentido de estimular a entrada dos pais nesses locais e o estabelecimento do contato pele a
pele com o bebê, de forma gradual, crescente, segura e agradável para ambos. Trabalha-se
o estímulo à lactação e à participação dos pais nos cuidados, sendo que a posição canguru
é proposta sempre que possível e desejada. (BRASIL, 2003)
Os recursos materiais nessa etapa compreendem mesa de três faces para
reanimação em sala de parto ou em sala de reanimação neonatal com fonte de calor
radiante - Relógio com ponteiros de segundos em cada mesa/sala de reanimação -
Material para aspiração: sondas traqueais; sondas de aspiração gástrica, material para
ventilação: balão auto-inflável, reservatório de oxigênio aberto ou fechado, máscaras
faciais para recém-nascidos a termo e pré-termo - Material para intubação: laringoscópio
com lâminas retas 0 e 1 e cânulas traqueais; Material para cateterismo umbilical,
estetoscópio, clampeador de cordão, material para identificação da mãe e do recém
nascido; balança eletrônica, antropômetro e fita métrica; material para drenagem torácica
e abdominal, incubadora com parede dupla: 1 (um) por paciente de UTIN, dispondo de
berços aquecidos de terapia intensiva para no mínimo 10% (dez por cento) dos leitos;
incubadora para transporte completa, com monitorização contínua, suporte para
equipamento de infusão controlada de fluidos, com bateria, de suporte para cilindro de
oxigênio, cilindro transportável de oxigênio e kit ("maleta") para acompanhar o
transporte de pacientes graves, contendo medicamentos e materiais para atendimento ás
emergências (BRASIL, 2012).
Na segunda etapa, mãe e bebê permanecem em enfermaria de alojamento
conjunto, e a posição canguru deve ser realizada pelo maior tempo possível, tendo como
critérios de elegibilidade para a permanência nessa enfermaria a disponibilidade materna
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e sua capacidade de reconhecer as situações de risco do RN, além da habilidade para a
colocação da criança em posição canguru. Nesta fase os bebês devem ter alcançado
estabilidade clínica, nutrição enteral plena, peso mínimo de 1.250 g e ganho de peso
diário maior que 15 g. (VENANCIO et al, 2005). Os recursos materiais utilizados nessa
fase compreende apenas o leito da mãe e uma faixa para envolver o bebê junto ao seu
tórax.
A terceira etapa se inicia com a alta hospitalar, e exige acompanhamento
ambulatorial criterioso do bebê e de sua família. A equipe multidisciplinar, presente desde
a primeira fase capacitada na metodologia tem atribuições como acompanhamento de
exames e do desenvolvimento físico e psicomotor do RN.O seguimento ambulatorial
deve ser realizado por médico e/ou enfermeiro, que, de preferência, tenha acompanhado o
bebê e a família nas etapas anteriores. O atendimento, quando necessário deverá envolver
outros membros da equipe interdisciplinar com agenda aberta e retorno não agendado de
acordo com a necessidade do bebê. O tempo de permanência na posição canguru será
determinado individualmente por cada díade, sendo o alcance do peso de 2.500g, o
seguimento ambulatorial deverá seguir as normas de crescimento e desenvolvimento do
Ministério da Saúde. (BRASIL, 2011)
O papel da enfermeira na terceira etapa do MMC vai além do supervisionar,
coordenar, encaminhar e prescrever. Precisa receber, colaborar no acolhimento amoroso,
estabelecer confiança, distribuir qualidade independente da quantidade, desenvolver um
ambiente promotor de estímulos positivos, renovar a comunicação interdisciplinar,
participar das avaliações de desenvolvimento do bebê, reforçar a relação mãe/pai/bebê,
mostrar os achados positivos nos retornos, informando os pais por meio de uma
linguagem simples do primeiro ao último retorno quando da alta da terceira etapa
(BORK, 2007).
3.1.4 Recursos Humanos
O MMC é uma tecnologia passível de propiciar assistência integral ao binômio mãe-
filho em situação de prematuridade, todavia, a sua implantação requer o preparo adequado das
pessoas envolvidas neste cuidado (recém-nascido, família e profissionais de saúde), bem
como o (re)conhecimento de como este Método se configura na atualidade, em termos da
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produção de conhecimentos que vem sendo gerada e veiculada pelos meios indexados de
divulgação na área da saúde. (COSTA; MONTICELLI, 2005)
Toda mudança exige uma modificação nas relações de trabalho, nas responsabilidades,
nas atitudes cotidianas, nos hábitos e comportamentos das pessoas que são os membros da
organização. Sendo assim, a implementação de uma mudança deve ser cuidadosamente
idealizada, garantindo que a inovação seja compatível com as necessidades dos trabalhadores
e da organização, de modo que proporcione uma vantagem percebida e ofereça benefícios
demonstráveis (PARISI apud GARCIA 2013).
A equipe responsável pela assistência ao recém-nascido deverá ser habilitada
para promover: a aproximação, o mais precocemente possível, entre a mãe e o bebê, para
fortalecer o vínculo afetivo, seja nos cuidados intensivos ou garantindo o alojamento conjunto
desde que possível; o estímulo, logo que possível, ao reflexo de sucção ao peito, necessário
para o aleitamento materno e estimular a contratilidade uterina; a garantia de acesso aos
cuidados especializados necessários para a atenção ao recém-nascido em risco. (BRASIL,
2011)
As três bases de fundamentação do cuidado nas unidades de terapia intensiva
neonatais (UTIN), isto é, a alimentação, a termorregulação e a prevenção de infecção, através
de medidas rigorosas de isolamento, ampliaram-se de modo a contemplar também outras
formas de atendimento como o afeto, o vínculo, o acolhimento, o desenvolvimento integral da
criança e da família, a assistência multiprofissional, o seguimento a longo prazo, a
desospitalização, dentre outras. (SCOCHI, 2000 apud COSTA; MONTICELLI, 2005)
Assim, é fundamental apoiar a capacitação da equipe multiprofissional (médicos,
enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais,
fonoaudiólogos e nutricionistas principalmente na implantação do MMC em todas as
unidades de atenção à saúde que recebem gestantes, RNs e lactentes. (BRASIL.2011)
O enfermeiro, juntamente com a equipe de enfermagem, pelo fato de atuar de
forma mais próxima ao paciente, tem a importante garantia da atenção humanizada e
qualificada. (ROLIM, 2006 apud SANTANA, 2013).
14
3.2 Atuação de Enfermagem no Método Mãe Canguru
Aprender a cuidar melhor do ser humano é de extrema importância para enfermagem;
porem, cuidar em todas as suas dimensões, não só cuidar de seu corpo, escutar seu coração é o
grande desafio. No contexto hospitalar, especialmente nos serviços que envolvem assistência
a pequenos seres humanos e sua família fragilizada pela internação, faz-se necessário o cuidar
da alma, e promoção da busca da felicidade (ROLIM, 2006 apud SANTANA, 2013).
Dentro do processo de implementação do Método Mãe-Canguru no Brasil, desde a
década de 90, a enfermagem tem participado da equipe multidisciplinar de atenção à díade
mãe e bebê prematuro. Com o MMC a enfermagem ganha mais um espaço de atuação na
assistência ao recém-nascido e tem como função cuidar da criança e de sua família em seus
aspectos biopsicossociais, proporcionando melhor adaptação à vida extra-uterina através de
uma assistência pautada no envolvimento, na dedicação e na humanização do cuidado,
promovendo uma aproximação maior entre a família, o bebê prematuro e a equipe de saúde
(FREITAS; CAMARGO, 2006).
O avanço tecnológico e científico ocorrido no século XX proporcionou o
fortalecimento da Perinatologia, e todas essas mudanças refletiram-se em maiores taxas de
sobrevida de recém-nascidos cada vez mais imaturos e de menores pesos de nascimento,
levando unidades neonatais a introduzirem normas e rotinas direcionadas a obtenção de
melhores padrões de evolução desses recém-nascidos em longo prazo. (LEONE, 2004 apud
Freitas et al, 2006). Dessa forma, é fundamental a assistência da enfermagem na redução da
morbimortalidade dos recém-nascidos.
Os avanços nos conhecimentos da saúde perinatal mostraram outras necessidades que
não apenas a de vitalidade do bebê, mas também a de um ser que precisa estabelecer relações
com a família, a equipe e a sociedade, o que lhe dá direitos universais de cidadania (GAIVA
apud FREITAS; CAMARGO, 2006 ).
Sob essa perspectiva, ao proporcionar mais contato entre o bebê e sua mãe, seu pai,
irmãos e avós, busca construir uma rede social de apoio para a mãe e contribuir para a
diminuição dos efeitos negativos da internação neonatal (LAMY, 2005). Neste sentido o
enfermeiro deve atuar como um elo que os une, proporcionando a integração necessária para
que a relação entre mãe e filho não seja prejudicada (WHALEY apud SILVA, 2003).
15
A satisfação da criança em qualquer faixa etária implica o envolvimento da família no
cuidado, pois em nossa sociedade, esta é responsável pelo bem-estar e segurança dos seus
membros. Nessa perspectiva, o enfermeiro interage com a criança e sua família permitindo
que eles tenham papel ativo no processo de cuidar. (Tamez, 2002)
Intervenções como manter a melhor posição do recém-nascido com "ninhos" que lhe
proporcione segurança; implementar cuidados em etapas; observar o estado comportamental
do bebê antes, durante e após procedimentos; estimular visitas e participação dos pais no
cuidado são algumas estratégias utilizadas pela enfermagem neonatal na estimulação do
recém-nascido e no fortalecimento do vínculo familiar. (FREITAS, 2006)
Partindo do entendimento que o nascimento de uma criança, sobretudo prematura e
muitas vezes dependentes de cuidados profissionais e/ou cuidados maternos, transforma a
organização familiar, necessitando adaptações em suas vidas cotidianas, envolvendo as
relações internas e externas desses entes familiares, considera-se, aqui, que a enfermagem tem
papel fundamental no MMC, onde deve existir esclarecimentos e mudanças das concepções e
práticas de cuidados ao recém-nascido de baixo peso, proporcionando, assim, conhecimentos,
dentre outros, sobre direitos e deveres paternos e maternos e por que não fraternos e
solidários. (TYRREL; ARIVABENE, 2010)
Nos primeiros dias de internamento, os recém-nascidos são sujeitos a muitos
procedimentos dolorosos e fatores estressantes inerentes ao seu ambiente e à sua
estabilização. Nesta primeira fase, o estímulo parental pode ser prejudicado pois o contato
com os pais limita-se ao toque, primeiro com as pontas dos seus dedos começando por
examinar as bochechas e os dedos, passando depois a acariciá-lo com a palma das mãos. À
medida que o estado clínico do RN se vai estabilizando o contato torna-se mais intenso. É,
neste momento, que os profissionais de enfermagem têm grande responsabilidade, no que
respeita à estimulação, orientação e promoção da autonomia parental no cuidado ao filho. (
Barbosa, 2013)
Assim, para o mesmo autor, a equipe precisa compreender com profundidade o
processo de interação entre mãe-pai-neonato, expectativa dos pais em relação ao bebe
imaginário e o bebe real; atitudes e elementos facilitadores e dificultadores para a interação
mãe-neonato-prematuro.
São atribuições da equipe de saúde:
16
Orientar a mãe e a família em todas as etapas do método; oferecer suporte
emocional e estimular os pais em todos os momentos; encorajar o aleitamento materno;
desenvolver ações educativas abordando conceitos de higiene, controle de saúde e nutrição;
desenvolver atividades recreativas para as mães durante o período de permanência hospitalar;
participar de treinamento em serviço como condição básica para garantir a qualidade da
atenção; orientar a família na hora da alta hospitalar, criando condições de comunicação com
a equipe, e garantir todas as possibilidades já enumeradas de atendimento continuado.
A equipe de enfermagem pode influenciar positivamente neste processo de ligação. Os
profissionais envolvidos devem identificar no recém-nascido comportamentos e atitudes
específicas, estas singularidades devem ser passadas à mãe para que esta possa estimular
adequadamente seu bebê contribuindo para o melhor desenvolvimento do mesmo (WHALEY
apud SILVA, 2003).
No que tange à prática do Método Canguru, a equipe de enfermagem deve demonstrar
igual sensibilidade na comunicação verbal e não-verbal. Muitas vezes, apesar de os pais
perceberem a informação transmitida relativa a esta técnica, não se sentem capazes e
preparados para a iniciar. Portanto, a equipa deve ter a capacidade de os ouvir atentamente,
saber quando e o que dizer utilizando uma linguagem apropriada ao nível de conhecimento
dos pais, tendo em atenção a sua linguagem não-verbal que, maioritariamente, dá indicação de
quando estes estão preparados (FREITAS; CAMARGO, 2006).
São funções do enfermeiro no MMC: identificar os recém-nascidos e as famílias para
participarem da metodologia; entrevistar mãe/pai/família nas primeiras horas pós-parto e/ou
assim que possível; agilizar e incentivar o contato da mãe com o recém-nascido, o mais
precoce possível, na unidade neonatal; estimular a ordenha natural do colostro para uso
imediato e contínuo; estimular a habilidade nos cuidados: higiene, alimentação e banho;
prevenir e tratar os problemas com as mamas como: ingurgitamento, fissuras e dificuldades de
auto-ordenha, através de extração manual de leite; orientar e acompanhar a dupla durante os
horários de administração das dietas (seio, sonda gástrica ou copo); registrar sinais vitais com
15 minutos de cuidado canguru e após, de acordo com a rotina; manter-se disponível para dar
à família apoio e assistência; e monitorar o controle térmico. (DUARTE, 2005)
A prática do Método Canguru com a mãe favorece a produção e o aumento do volume
do leite materno, existindo evidências de que ao praticarem esta técnica tendem a alimentar
exclusivamente os seus filhos com o seu leite durante um maior período de tempo. Este deve
ser incentivado e não imposto. É de fundamental importância que o enfermeiro observe cada
17
passo da amamentação e oriente a mãe como posicionar adequadamente o bebe, como obter
uma pega correta e os cuidados que deve ter com a mama para prevenir fissuras, mastite e
outras intercorrências (SILVA; PRADO, 2003)
Assim, para um bom desenvolvimento da UTIN é necessário que a equipe de
enfermagem possua completo conhecimento sobre a fisiologia no neonato, respostas às
necessidades especiais da criança, habilidade e competência, ambiente apropriado, promoção
de cuidados centrados a família de modo individual e elaboração de meios para que os pais
dos recém-nascidos façam parte da equipe de cuidado de saúde, tendo todo apoio necessário e
esclarecimento de qualquer dúvida que possa surgir por parte dos familiares, passando assim
mais confiabilidade aos mesmos (CONZ, 2009 apud Garcia, 2013).
Um outro aspecto importante neste contexto é a alta hospitalar, cabe ao enfermeiro
preparar a mãe para este momento, bem como avaliar o envolvimento da mãe, essa deve estar
segura, ser capaz de cuidar do seu bebe, identificar sinais de risco e dar continuidade à
amamentação após a alta.
O seguimento ambulatorial deve apresentar as seguintes características: Ser realizado
por medico e/ou enfermeiro, que, de preferência, tenha acompanhado o bebe e a família nas
etapas anteriores; o atendimento, quando necessário devera envolver outros membros da
equipe interdisciplinar; ter agenda aberta, permitindo retorno não agendado, caso o bebe
necessite; o tempo de permanência em posição canguru será determinado individualmente por
cada díade; após o peso de 2.500g, o seguimento ambulatorial devera seguir as normas de
crescimento e desenvolvimento do Ministério da Saúde (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013).
O papel da enfermeira na terceira etapa do MMC vai além do supervisionar,
coordenar, encaminhar e prescrever. Os resultados mostram que é preciso receber, colaborar
no acolhimento amoroso, estabelecer confiança, distribuir qualidade, desenvolver um
ambiente promotor de estímulos positivos, renovar a comunicação interdisciplinar, participar
das avaliações de desenvolvimento do bebe, reforçar a relação da tríade mãe/pai/bebê, mostrar
os achados positivos no retorno, informando aos pais por meio de uma linguagem simples do
primeiro ao ultimo retorno quando da alta da terceira etapa. (BORCK et al, 2010).
18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Método Mãe Canguru, com a participação do MS do Brasil através da norma de
Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso, possibilitou uma verdadeira
revolução na melhoria da atenção aos prematuros, bem como um envolvimento dos pais e da
família no cuidado aos mesmos.
Os profissionais envolvidos no cuidado, especialmente os enfermeiros desempenham
um papel de suma importância no incentivo a esse programa, devendo os mesmos dispor de
conhecimentos técnicos e científicos a fim de promover o MMC junto às mães, bem como aos
pais e familiares, ensinando as técnicas corretas, sempre utilizando para com os mesmos uma
linguagem simples e objetiva. Cabe aos enfermeiros auxiliar aos pais na compreensão do
método e sua importância, assim como torna-los capazes de dar continuidade no cuidado após
a alta.
Apesar do MMC e seus benefícios serem um tema bastante abordado na literatura,
pouco se tem debatido acerca dos fatores que interferem na sua prática, o que evidencia a
necessidade de um enfoque com vistas a aumentar a seu índice de adesão nas maternidades
Brasileiras, a fim de garantir o sucesso desta nova estratégia de cuidado humanizado.
19
ACTING IN NURSING MOTHER KANGAROO METHOD
ABSTRACT
Iniciar o resumo. Deve ter 250 palavras no máximo. Xxxxx fdfddcdfwge vegd geg ege gr
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Keywords: Word. Word. Word. Word. Word.
20
REFERÊNCIAS
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método Mãe-Canguru com os cuidados tradicionais. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de Saúde da
Criança. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método mãe canguru:
Manual do curso. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
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estratégia de humanização da assistência. REME Rev Min Enferm. 2004
DEMO, P. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, p. 19; 46, 2001.
DUARTE F. S. ANDRADE, M. A atuação do enfermeiro na promoção da saúde:
discutindo o método mãe-canguru. v.1, n.1.p.s/p, 2005
FREITAS, J.O; CAMARGO, C.L. Discutindo o cuidado ao recém-nascido e sua família no
método mãe-canguru . Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. v.16 n.2 São Paulo ago. 2006
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São Paulo; Atlas 2006
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2012,vol.28,n.5.
LAMY, Z.C. et al. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Método
Canguru: a proposta brasileira. Rev. Ciência e saúde coletiva, 2005
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Ministério da Saúde. Manual do Curso: Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de
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MORESI, E. Metodologia da Pesquisa. Programa de pós-graduação Stricto Sensu em
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NEVES, AM; ORLANDI, MH; SEKINE, CY; SKALINSKI, LM. Assistência humanizada
ao neonato prematuro e/ou de baixo peso. Acta paul. enferm. 2006.
QUEIROZ N.A; MARANHÃO D.G. Ações e cuidados de enfermagem na implementação
do Método Mãe-Canguru. Rev Enferm UNISA. 2012.
21
SILVA F.F; PRADO, S.R.L.. Método mãe-canguro: um novo paradigma na assistência ao
recém-nascido e sua família. Rev Enferm UNISA 2003.
TYRELL, M. A. R; ARIVABENE, J.. C. Método mãe canguru: vivências maternas e
contribuições para a enfermagem. Rev. Latino-am. Enfermagem [online]. 2010, vol.18, n.2

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  • 1. ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO MÉTODO MÃE CANGURU GILMAR MARQUES DE SANTANA MARIA DAS GRAÇAS REIS DE CASTRO VERA LÚCIA BORGES RICARDO RÍCCIO OLIVEIRA RESUMO Iniciar o resumo. Deve ter 250 palavras no máximo. Xxxxx fdfddcdfwge vegd geg ege gr hgrhrhr hr hr ht hg g s vsfe gr htj k yk ululuj gegeg rh tk yk mgntbrgeg rh tj yk y. geg r ghrh tj g bt nt jy jy my n br ht jy ky k y nf br h rhjt jtjykyky jrhrh b rh rhtjt jt j ykjykyk yn tbrhrh th tjhtjtj tjt jtj tj tjtktrgbegve ve rvrvrv rb rhb b t btgbtgnt gn tn tnthnt h5y h5 h 54gtbrfgb f bvrgbrgb rg br b fr br gb rg brgbrbr br b r brbrgbrb rbrb rbrbrbrbrgf efvevw gtyj yjm thgbefvwrghr yjthmngrbe fbr yj tgbefvwd gtrj ytn rgb efvregtrj rbervefh ryj rgbev geh rt jr gbervethjry j ffsf sfsgdsg d grh rht g bd fve ge h rjtjtj tj tyk yk ylykt nrtb rvr grgb rbr br br gjt rjr j rtj t jkyk ykyky lky jnr ghe vev eh rhg efg ew h rjh rejtrjtr ktr krt yj rtghwge rg ervw gwr yterh dfsbvd gh rgf bf ry j tn dfbeh eth re gw t weteh wrgwrtre hyerh wrg wryhtrj tyj grneher hwr gwegw. Fsf sfwfw fw fwf wfwfwf wfwg eg dgxz bsnh hf jrhefgb sdgbdfh fj dgbsfhbsfd jdgjnd h sfhd hd bdfh tj fgjmfkmfg jdg hsfbgsf bfdjgd jgdh dsfb fhy trj gnjefhw rvbgsfgh trjte hbf egherhrtj gdhrh etj rgmjgdh erhgerh rtj gdhe rhrwgb sdg sfhte jtr her hwr g. fsfsfsf fsfsfsf sfsfsf sfsfsfs fsfwg bfhng fvbdvs dc dhtnmgnt rve eb rnynt. Palavras-chave: Método Canguru. Método Mãe Canguru. Atuação de enfermagem. _______________________________________________________ * Graduandos do Curso de Enfermagemdo CentroUniversitárioEstácio/FIB. ** Professor co-orientadordo Centro UniversitárioEstácio/FIB. *** Professororientador do Centro UniversitárioEstácio/FIB.
  • 2. 2 1 INTRODUÇÃO Durante a gestação os pais sonham com uma criança perfeita, idealizada, e o nascimento prematuro causa forte impacto emocional e grande estresse na família. Sendo assim, o cuidado dispensado ao RN e aos pais é uma tarefa difícil para os profissionais, e normalmente, após o seu nascimento, os pais vêem seus ideais abalados, já que o filho sonhado não aconteceu. (ALVES apud CAMARGO, 2006) Em todo o mundo, nascem anualmente 20 milhões de bebês pré-termo e de baixo peso. Destes, um terço morre antes de completar um ano de vida. No Brasil, a primeira causa de mortalidade infantil são as afecções perinatais, que compreendem os problemas respiratórios, a asfixia ao nascer e as infecções, mais comuns em bebês pré-termo e de baixo peso. Além disso, muitos bebês são acometidos de distúrbios metabólicos, dificuldades para se alimentar e para regular a temperatura corporal (Brasil, 2013). O Método Canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, no Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr. Reys Sanabria e Dr. Hector Martinez, como proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém-nascido pré-termo, tais como controle da termorregulação e ganho de peso ponderal, visando reduzir os custos da assistência perinatal e promover, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento (BRASIL, 2011). A atenção humanizada ao prematuro (Método Mãe-Canguru) é baseada num profundo respeito pelos processos naturais. O MMC é uma transição suave para a vida extra-uterina, convertendo a mãe e a família em uma figura indispensável nos cuidados e tratamento do bebê (DUARTE; ANDRADE (2005). Método Canguru é um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele o mais cedo possível entre os pais e o RN, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, promovendo autonomia e competência parental a partir do suporte da equipe, da interação familiar e de redes sociais. (BRASIL, 2002) A posição canguru consiste em manter o RNBP em contato pele a pele, na posição vertical junto ao peito dos pais ou de outros familiares, e deve ser realizada de maneira orientada, segura e acompanhada de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada (BRASIL, 2011).
  • 3. 3 Segundo a Norma de Atenção Humanizada ao RNBP (Método Mãe Canguru), lançada pelo Ministério da Saúde, através da portaria nº 693/2000 em 5 de julho de 2000, a “prática canguru” associa todas as correntes mais modernas da atenção ao recém-nascido, incluindo necessariamente os requisitos da atenção biológica, dos cuidados técnicos especializados, com igual ênfase à atenção psicoafetiva, à mãe, à criança e à família. Esta preocupação também foi destinada aos cuidados com o cuidador, tendo como princípio básico para uma boa atenção perinatal o cuidado com a equipe de saúde. (BRASIL, 2011) O MMC da mesma forma que os cangurus, preconiza que as mães de bebês prematuros devem carregar os seus filhos, quando esses se encontrarem em condições clínicas, gástricas e respiratórias que viabilizem uma situação estável, usando-se como alternativa a substituição de incubadoras e evitando a separação prolongada entre ambos (ANDRADE; GUEDES, 2005). A importância e os benefícios advindos da presença e participação dos pais desde a internação do bebê são inquestionáveis, pois, o RNBP responde muito bem ao estímulo dado pela mãe com os cuidados e nos procedimentos em que é permitida a participação da mesma. (DITZ; MADEIRA; DUARTE, 2004) Inúmeras são as vantagens ao adotar o referido método, os benefícios incluem o aumento do vinculo mãe-filho a partir do menor tempo de separação do binômio, estimulo ao aleitamento materno, maior confiança e competência dos pais no cuidado do seu filho após a alta, melhor controle da termorregulação, menor número de RNs em unidades de cuidados intermediários devido a menor permanência hospitalar, além de melhor relacionamento da família com a equipe (BRASIL, 2012). Com o MMC a enfermagem ganha mais um espaço de atuação na assistência ao recém-nascido, pois a função cuidar da criança e de sua família sob os aspectos biopsicossociais, proporcionando melhor adaptação à vida extra-uterina, a partir de uma assistência pautada no envolvimento, na dedicação e na humanização do cuidado, promovendo uma aproximação maior entre a família, o bebê prematuro e a equipe de saúde. (BRAZELTON apud SILVA et al, 2008) Intervenções como manter a melhor posição do recém-nascido com "ninhos" que lhe proporcione segurança, implementar cuidados em etapas, observar o estado comportamental do bebê antes, durante e após procedimentos, estimular visitas e participação dos pais no cuidado são algumas estratégias utilizadas pela enfermagem neonatal na estimulação do recém-nascido e no fortalecimento do vínculo familiar (FREITAS;CAMARGO, 2006).
  • 4. 4 O papel dos profissionais de enfermagem na estimulação do recém-nascido e no fortalecimento do vínculo com a família implica em promover um cuidado individualizado, minimizando estressores ambientais. Conhecendo os benefícios que o MMC proporciona, os enfermeiros têm o dever, sobretudo humano, de possibilitar a religação entre as pessoas e permitir que vivenciem essa experiência de amor, já que estes profissionais estão presentes 24 horas assistindo a esse binômio. (GAIVA, 2004; DUARTE; ANDRADE, 2005) Evidenciando a assistência de enfermagem ao RNBP através do método mãe canguru, esse estudo tem como objetivo descrever a atuação desses profissionais no referido método, tendo como justificativa a importância do mesmo na assistência neonatal, bem como salientar a adesão mínima por parte da maioria das maternidades brasileiras. Nesse cenário surgiu o interesse de desenvolver esse estudo pelos acadêmicos de enfermagem. Esse estudo será de grande relevância na prática assistencial, tendo em vista que oferecerá subsídios aos profissionais de enfermagem, uma vez que aborda as ações desses profissionais no incentivo ao método canguru bem como os benefícios para o recém-nascido e sua família, que são os alvos do cuidado. Para a comunidade esse estudo tem grande importância, uma vez que oferecerá subsídios para que as discussões acerca desse tema se tornem cada vez mais consolidada e adaptável à realidade brasileira. 2 METODOLOGIA A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho será uma revisão bibliográfica com abordagem descritiva e qualitativa, relacionada com artigos encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS e SciELO. A pesquisa bibliográfica revela uma forma eficaz de coleta de dados que permite transformar a informação / investigação em conhecimento, pois é possível fazer relações aos temas pesquisados tornando a busca de material mais eficiente. (Gil, 2006). Segundo Lakatos e Marconi (1987), a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado em livros, revistas, jornal, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico,
  • 5. 5 com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo. A pesquisa terá como fonte de dados artigos científicos e livros. A coleta de dados será feita a partir da biblioteca virtual, onde serão utilizadas palavras-chaves como: método mãe canguru e a atuação de enfermagem no método mãe canguru. Serão analisados os artigos em português publicados no período de 2010 a 2015. Serão escolhidos os artigos que possuam um objeto de estudo condizente com a temática escolhida. Serão selecionados os artigos que possuam um objeto de estudo condizente com a temática escolhida. Entre eles destacam-se os artigos que possuam dados mais recentes sobre o método mãe canguru. Os autores se comprometeram a referenciar todos os autores e não realização de plágio. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Método Mãe Canguru 3.1.1 Histórico do Método Mãe Canguru no Brasil O Método Mãe Canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, no Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr. Reys Sanabria e Dr. Hector Martinez, como proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém-nascido pré-termo naquele país, visando reduzir os custos da assistência perinatal e promover, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento. (BRASIL, 2011) Pode-se dizer que a Atenção Humanizada ao RNBP no Brasil sofreu forte influência da Colômbia, que norteou as linhas gerais do programa (presença da mãe, contato pele a pele, aleitamento materno e possibilidade de alta precoce). (VENANCIO et al, 2005) Assim, Com o objetivo de contribuir para a mudança de postura dos profissionais e visando à humanização da assistência ao recém-nascido, o Ministério da Saúde
  • 6. 6 lançou, por meio da Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000, a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso (Método Canguru). (BRASIL, 2011). Essa prática já vinha sendo adotada previamente, desde 1991, pelo Hospital Guilherme Álvaro em Santos/SP nas enfermarias do Alojamento Conjunto, quando, alguns hospitais brasileiros passaram a estabelecer práticas de utilização da posição canguru para a população de “mães e bebês pré-termo” sem critérios técnicos bem definidos. (BRASIL, 2011) A ampliação do olhar sobre o método foi de fundamental importância para a sua disseminação no Brasil, entretanto, outros dois fenômenos também estão inseridos nesse contexto, primeiro, o crescente reconhecimento, por parte das equipes de neonatologia, da importância dos cuidados maternos para a recuperação dos bebês e, em segundo lugar, o momento atual no qual a humanização da assistência tem sido apresentada como política nacional através do Ministério da Saúde (Lamy, 2005). No Brasil, o MMC difundiu-se rapidamente, a partir de 1990, sendo o método brasileiro mais amplo que o originário da Colômbia, abrangendo questões como os cuidados técnicos com o bebê (manuseio, atenção às necessidades individuais, cuidados com luz, som, dor); o acolhimento à família; a promoção do vínculo mãe/bebê e do aleitamento materno; e o acompanhamento ambulatorial após a alta, configurando-se, assim, como estratégia de qualificação do cuidado neonatal (LAMY, 2012). Com a implementação do MMC como terapêutica assistencial na recuperação de crianças prematuras e de baixo peso, estes recém-nascidos internados em Unidades Neonatais deixam de ser mantidos nas incubadoras até alcançarem o peso considerado ideal para alta, situação esta que trazia implicações para a saúde da puérpera e seu bebê, tais como o desestímulo ao aleitamento materno, comprometimento do vínculo afetivo, além do risco aumentado para infecções, por conta do tempo de permanência prolongado nas unidades de internamento e consequente elevação dos gastos públicos com a saúde (Freitas e Camargo (2007). A assistência aos RNs tem grande importância, pois influenciam diretamente na sua condição de saúde dos indivíduos, desde o período neonatal até a vida adulta. A assistência convencional consiste em colocar o recém-nascido em incubadoras onde permanecem internados na UTI por várias semanas ou meses, enquanto a mãe retorna para casa visitando-o de forma restrita na UTI ou no berçário. Esta modalidade dificulta a participação dos pais nos
  • 7. 7 cuidados aos seus filhos, podendo despertar-lhes sentimentos perturbadores, contraditórios, ansiedade e culpa por achar que fizeram algo que possa ter provocado esta situação ou tenha deixado de tomar algum cuidado preventivo (MIGLIO apud DUARTE; ANDRADE, 2005). A atenção humanizada, por sua vez, é baseada num profundo respeito pelos processos naturais, compreendendo uma transição suave para a vida extra-uterina, convertendo a mãe e a família em figuras indispensáveis nos cuidados e tratamento do bebê (DUARTE; ANDRADE (2005). Ao longo das três últimas décadas o referido método vem despertando grande interesse nos profissionais envolvidos na assistência neonatal em todo o mundo, sendo cada vez mais utilizado, sem que exista, entretanto, uma diretriz única. (LAMY et al , 2005). 3.1.2 Características A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) dispõe de tecnologia avançada e dedica atenção para crianças criticamente doentes. Muitas vezes, toda essa tecnologia pode ser entendida como excesso de procedimentos altamente invasivos como a monitorização contínua e alarmes constantes que afastam o filho tão esperado do núcleo familiar, já que ele precisa ser mantido aquecido e protegido pelos limites da incubadora, na qual é nutrido e sustentado por tubos e cateteres (SANTANA, 2013). Um importante programa que possibilita atender esta proposta de atenção à saúde do RN e humanizar sua assistência é a utilização do Método Mãe Canguru (MMC). O Método Mãe Canguru (MMC) surgido para melhorar os cuidados prestados ao RNBP com o objetivo de reduzir o tempo de permanência hospitalar, adota um posicionamento específico do bebe de forma que o mesmo é envolvido e amarrado em uma manta ou faixa junto ao tórax dos pais, em posição vertical, para se evitar o refluxo gastroesofágico e a consequente broncoaspiração. O contato pele a pele (para transmissão de calor e estímulo sensorial) começa com o toque de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente e permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. (BRASIL, 2011).
  • 8. 8 O nome do método está relacionado ao comportamento do canguru que coloca seu filhote na bolsa que possui no abdome mantendo-o após o seu nascimento até completarem seu desenvolvimento. Sugere-se também o comportamento das índias colombianas que utilizavam uma bolsa de tecido preso ao tórax para manter suas crianças aquecidas (PROCHINIK, 2001 apud GARCIA et al, 2013). A Norma brasileira aprovada em 2000 estabelece claramente a diferença entre Método Canguru e Posição Canguru. Método Canguru é um tipo de assistência neonatal que implica contato pele a pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo uma maior participação dos pais no cuidado a seu recém-nascido e o envolvimento da família. A Posição Canguru consiste em manter o RN de baixo peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na posição vertical, contra o peito de um adulto. (LAMY et al, 2005) Assim, a disseminação do Método Canguru tem como finalidade principal sensibilizar profissionais atuantes na assistência neonatal para o alcance de uma prática humanizadora na assistência ao recém-nascido de baixo peso e objetiva um melhor prognóstico dos RNs prematuros e de baixo peso, através do estímulo ao cuidado humanizado, fortalecedores de laços mãe/bebê e incentivador do aleitamento materno. (FERREIRA; VIEIRA, 2003) Adotar este modelo de cuidado não significa diminuir nem simplificar o nível de atenção dispensada ao bebe, pois em todas as etapas mãe e filho são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, que adequadamente treinada torna-se apta para monitorar sinais vitais, detectar situações de risco e intervir sempre que necessário (TOMA apud SILVA; PRADO, 2003) Apesar do MMC ter nascido e ser desenvolvido com base nas necessidades do bebê, a Norma Brasileira contempla a atenção humanizada a todos os integrantes do método, isto é, mãe, filho, família e profissionais envolvidos (BRASIL, 2002). Este método preconiza uma atenção humanizada ao recém-nascido e sua família, tendo como principais recursos para sua implantação o afeto existente entre pais e filhos, pois o ato de carregar o bebê contra o peito propicia aquecimento, estímulo e íntimo contato pele a pele, além de reforçar a formação de vínculo, e favorece o aleitamento materno, a voz, as carícias e os batimentos cardíacos da mãe são importantes estímulos para respiração adequada do
  • 9. 9 recém-nascido, suprimindo as apnéias tão frequentes nos prematuros, dispensando, assim, o uso de equipamentos e tecnologia de alto custo. (SILVA; PRADO, 2003) Para os autores supracitados, este tipo de cuidado requer recursos de baixo custo, porém sua adoção não deve ser vista apenas como uma alternativa para poupar recursos econômicos, mas sim como uma maior preocupação com a qualidade do atendimento prestado ao bebe, uma vez que não se trata de um substituto do cuidado prestado nas unidades de cuidados intensivos neonatais e sim um importante complemento. Os princípios básicos do MMC estão baseados em três pilares: o calor, que é gerado e transmitido pelo corpo da mãe, ao estar em contato com o bebê, pele-a-pele; o leite materno, que não apenas o alimenta, mas que, com suas propriedades imunológicas o protege contra infecções, mesmo àquelas que vivem em casebre, e, principalmente, o amor, que o estimula na melhoria do crescimento e desenvolvimento, bem como no aumento do vínculo entre ambos (DUARTE; ANDRADE 2005). É considerado como Método Canguru o conjunto de sistemas que permitam o contato precoce entre o bebê e sua mãe/familiares, realizado de maneira orientada e supervisionada, por livre escolha da família, de forma crescente e segura. Estes entes envolvidos deverão ser acompanhados por uma equipe de saúde adequadamente treinada, dando a eles suporte assistencial e educacional digno e propiciando que exerçam o direito de cidadão, permitindo, assim, obter os resultados que se baseiam na alta precoce, independente do peso, desde que o bebê apresente condições clínicas estáveis e o incentivo ao contato precoce entre a mãe e bebê, sendo o mesmo colocado em posição vertical. (TYRREL; ARYVABENE, 2007). A aplicação do método deve conter as três etapas. A primeira etapa é um período de adaptação e treinamento para os pais e a busca da estabilidade no quadro clínico do bebê, buscando, sempre que possível, o contato pele a pele. A segunda etapa contempla o acompanhamento contínuo do bebê pela mãe, pois ele estará estável, permanecendo na posição canguru pelo maior tempo possível. E a terceira etapa refere-se ao ambulatório de acompanhamento, após a alta, para avaliar os benefícios e corrigir situações de risco (NEVES et al, 2006). Para o sucesso do método é necessário que se cumpra uma série de condições médicas relativas ao bebê, além de outras, como condições sociais e questões relacionadas à família. Estes critérios de elegibilidade são requisitos para a entrada no
  • 10. 10 programa, pois um estado clínico satisfatório e a necessidade de auto-regulação da temperatura corporal são indispensáveis para o ingresso no MMC sem correr riscos. A superação de patologias e a capacidade de sucção são indispensáveis. (DUARTE; ANDRADE, 2005). O método consiste em colocar o bebê entre os seios maternos, em contato pele a pele, na posição supina (postura preventiva para refluxo gastroesofágico e aspiração pulmonar). Desta forma, mantendo-se aquecidos com o calor do corpo de sua mãe, os bebês poderiam sair mais cedo da incubadora e, consequentemente, ir mais cedo para casa, minimizando um grave problema da época: superlotação e infecção. (LAMY et al, 2005) O referido Método é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. O contato pele a pele começa com o toque evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Ao ser adotado, o MMC permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, em contato pele a pele, na posição vertical junto ao peito dos pais ou de outros familiares. Deve ser realizada de maneira orientada, segura e acompanhada de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada. Neste contexto, percebe-se o MMC com importância abrangente neste processo, constituindo-se, portanto, em um método terapêutico que visa desde melhorias do quadro de saúde do recém-nascido a interatividade entre pais e familiares; um conjunto de ações gerando benefícios à família que possui um novo membro, necessitando de cuidados especiais (SANTANA, 2013) Assim, a aplicação do Método Canguru envolve, além das questões técnicas, o desenvolvimento de um programa de humanização da assistência ao recém-nascido de baixo peso com o intuito de minimizar os efeitos negativos da internação. (LAMY, 2005) 3.1.3 Fases e equipamentos
  • 11. 11 A primeira etapa inicia-se nas unidades neonatais (unidades de terapia intensiva neonatal UTIN, e unidades de cuidados intermediários), a segunda etapa nas unidades canguru (ou alojamento conjunto canguru) e a terceira etapa após a alta hospitalar, nos ambulatórios de seguimento (canguru domiciliar). (VENANCIO et al, 2005) A atuação inicial começa numa fase prévia ao nascimento de um bebê pré-termo e/ou de baixo peso, com a identificação das gestantes com risco desse acontecimento. Nessa situação, a futura mãe e sua família recebem orientações e cuidados específicos e o suporte psicológico é prontamente oferecido. Com o nascimento do bebê e havendo necessidade de permanência na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e/ou Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), especial atenção é dada no sentido de estimular a entrada dos pais nesses locais e o estabelecimento do contato pele a pele com o bebê, de forma gradual, crescente, segura e agradável para ambos. Trabalha-se o estímulo à lactação e à participação dos pais nos cuidados, sendo que a posição canguru é proposta sempre que possível e desejada. (BRASIL, 2003) Os recursos materiais nessa etapa compreendem mesa de três faces para reanimação em sala de parto ou em sala de reanimação neonatal com fonte de calor radiante - Relógio com ponteiros de segundos em cada mesa/sala de reanimação - Material para aspiração: sondas traqueais; sondas de aspiração gástrica, material para ventilação: balão auto-inflável, reservatório de oxigênio aberto ou fechado, máscaras faciais para recém-nascidos a termo e pré-termo - Material para intubação: laringoscópio com lâminas retas 0 e 1 e cânulas traqueais; Material para cateterismo umbilical, estetoscópio, clampeador de cordão, material para identificação da mãe e do recém nascido; balança eletrônica, antropômetro e fita métrica; material para drenagem torácica e abdominal, incubadora com parede dupla: 1 (um) por paciente de UTIN, dispondo de berços aquecidos de terapia intensiva para no mínimo 10% (dez por cento) dos leitos; incubadora para transporte completa, com monitorização contínua, suporte para equipamento de infusão controlada de fluidos, com bateria, de suporte para cilindro de oxigênio, cilindro transportável de oxigênio e kit ("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes graves, contendo medicamentos e materiais para atendimento ás emergências (BRASIL, 2012). Na segunda etapa, mãe e bebê permanecem em enfermaria de alojamento conjunto, e a posição canguru deve ser realizada pelo maior tempo possível, tendo como critérios de elegibilidade para a permanência nessa enfermaria a disponibilidade materna
  • 12. 12 e sua capacidade de reconhecer as situações de risco do RN, além da habilidade para a colocação da criança em posição canguru. Nesta fase os bebês devem ter alcançado estabilidade clínica, nutrição enteral plena, peso mínimo de 1.250 g e ganho de peso diário maior que 15 g. (VENANCIO et al, 2005). Os recursos materiais utilizados nessa fase compreende apenas o leito da mãe e uma faixa para envolver o bebê junto ao seu tórax. A terceira etapa se inicia com a alta hospitalar, e exige acompanhamento ambulatorial criterioso do bebê e de sua família. A equipe multidisciplinar, presente desde a primeira fase capacitada na metodologia tem atribuições como acompanhamento de exames e do desenvolvimento físico e psicomotor do RN.O seguimento ambulatorial deve ser realizado por médico e/ou enfermeiro, que, de preferência, tenha acompanhado o bebê e a família nas etapas anteriores. O atendimento, quando necessário deverá envolver outros membros da equipe interdisciplinar com agenda aberta e retorno não agendado de acordo com a necessidade do bebê. O tempo de permanência na posição canguru será determinado individualmente por cada díade, sendo o alcance do peso de 2.500g, o seguimento ambulatorial deverá seguir as normas de crescimento e desenvolvimento do Ministério da Saúde. (BRASIL, 2011) O papel da enfermeira na terceira etapa do MMC vai além do supervisionar, coordenar, encaminhar e prescrever. Precisa receber, colaborar no acolhimento amoroso, estabelecer confiança, distribuir qualidade independente da quantidade, desenvolver um ambiente promotor de estímulos positivos, renovar a comunicação interdisciplinar, participar das avaliações de desenvolvimento do bebê, reforçar a relação mãe/pai/bebê, mostrar os achados positivos nos retornos, informando os pais por meio de uma linguagem simples do primeiro ao último retorno quando da alta da terceira etapa (BORK, 2007). 3.1.4 Recursos Humanos O MMC é uma tecnologia passível de propiciar assistência integral ao binômio mãe- filho em situação de prematuridade, todavia, a sua implantação requer o preparo adequado das pessoas envolvidas neste cuidado (recém-nascido, família e profissionais de saúde), bem como o (re)conhecimento de como este Método se configura na atualidade, em termos da
  • 13. 13 produção de conhecimentos que vem sendo gerada e veiculada pelos meios indexados de divulgação na área da saúde. (COSTA; MONTICELLI, 2005) Toda mudança exige uma modificação nas relações de trabalho, nas responsabilidades, nas atitudes cotidianas, nos hábitos e comportamentos das pessoas que são os membros da organização. Sendo assim, a implementação de uma mudança deve ser cuidadosamente idealizada, garantindo que a inovação seja compatível com as necessidades dos trabalhadores e da organização, de modo que proporcione uma vantagem percebida e ofereça benefícios demonstráveis (PARISI apud GARCIA 2013). A equipe responsável pela assistência ao recém-nascido deverá ser habilitada para promover: a aproximação, o mais precocemente possível, entre a mãe e o bebê, para fortalecer o vínculo afetivo, seja nos cuidados intensivos ou garantindo o alojamento conjunto desde que possível; o estímulo, logo que possível, ao reflexo de sucção ao peito, necessário para o aleitamento materno e estimular a contratilidade uterina; a garantia de acesso aos cuidados especializados necessários para a atenção ao recém-nascido em risco. (BRASIL, 2011) As três bases de fundamentação do cuidado nas unidades de terapia intensiva neonatais (UTIN), isto é, a alimentação, a termorregulação e a prevenção de infecção, através de medidas rigorosas de isolamento, ampliaram-se de modo a contemplar também outras formas de atendimento como o afeto, o vínculo, o acolhimento, o desenvolvimento integral da criança e da família, a assistência multiprofissional, o seguimento a longo prazo, a desospitalização, dentre outras. (SCOCHI, 2000 apud COSTA; MONTICELLI, 2005) Assim, é fundamental apoiar a capacitação da equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, fonoaudiólogos e nutricionistas principalmente na implantação do MMC em todas as unidades de atenção à saúde que recebem gestantes, RNs e lactentes. (BRASIL.2011) O enfermeiro, juntamente com a equipe de enfermagem, pelo fato de atuar de forma mais próxima ao paciente, tem a importante garantia da atenção humanizada e qualificada. (ROLIM, 2006 apud SANTANA, 2013).
  • 14. 14 3.2 Atuação de Enfermagem no Método Mãe Canguru Aprender a cuidar melhor do ser humano é de extrema importância para enfermagem; porem, cuidar em todas as suas dimensões, não só cuidar de seu corpo, escutar seu coração é o grande desafio. No contexto hospitalar, especialmente nos serviços que envolvem assistência a pequenos seres humanos e sua família fragilizada pela internação, faz-se necessário o cuidar da alma, e promoção da busca da felicidade (ROLIM, 2006 apud SANTANA, 2013). Dentro do processo de implementação do Método Mãe-Canguru no Brasil, desde a década de 90, a enfermagem tem participado da equipe multidisciplinar de atenção à díade mãe e bebê prematuro. Com o MMC a enfermagem ganha mais um espaço de atuação na assistência ao recém-nascido e tem como função cuidar da criança e de sua família em seus aspectos biopsicossociais, proporcionando melhor adaptação à vida extra-uterina através de uma assistência pautada no envolvimento, na dedicação e na humanização do cuidado, promovendo uma aproximação maior entre a família, o bebê prematuro e a equipe de saúde (FREITAS; CAMARGO, 2006). O avanço tecnológico e científico ocorrido no século XX proporcionou o fortalecimento da Perinatologia, e todas essas mudanças refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de recém-nascidos cada vez mais imaturos e de menores pesos de nascimento, levando unidades neonatais a introduzirem normas e rotinas direcionadas a obtenção de melhores padrões de evolução desses recém-nascidos em longo prazo. (LEONE, 2004 apud Freitas et al, 2006). Dessa forma, é fundamental a assistência da enfermagem na redução da morbimortalidade dos recém-nascidos. Os avanços nos conhecimentos da saúde perinatal mostraram outras necessidades que não apenas a de vitalidade do bebê, mas também a de um ser que precisa estabelecer relações com a família, a equipe e a sociedade, o que lhe dá direitos universais de cidadania (GAIVA apud FREITAS; CAMARGO, 2006 ). Sob essa perspectiva, ao proporcionar mais contato entre o bebê e sua mãe, seu pai, irmãos e avós, busca construir uma rede social de apoio para a mãe e contribuir para a diminuição dos efeitos negativos da internação neonatal (LAMY, 2005). Neste sentido o enfermeiro deve atuar como um elo que os une, proporcionando a integração necessária para que a relação entre mãe e filho não seja prejudicada (WHALEY apud SILVA, 2003).
  • 15. 15 A satisfação da criança em qualquer faixa etária implica o envolvimento da família no cuidado, pois em nossa sociedade, esta é responsável pelo bem-estar e segurança dos seus membros. Nessa perspectiva, o enfermeiro interage com a criança e sua família permitindo que eles tenham papel ativo no processo de cuidar. (Tamez, 2002) Intervenções como manter a melhor posição do recém-nascido com "ninhos" que lhe proporcione segurança; implementar cuidados em etapas; observar o estado comportamental do bebê antes, durante e após procedimentos; estimular visitas e participação dos pais no cuidado são algumas estratégias utilizadas pela enfermagem neonatal na estimulação do recém-nascido e no fortalecimento do vínculo familiar. (FREITAS, 2006) Partindo do entendimento que o nascimento de uma criança, sobretudo prematura e muitas vezes dependentes de cuidados profissionais e/ou cuidados maternos, transforma a organização familiar, necessitando adaptações em suas vidas cotidianas, envolvendo as relações internas e externas desses entes familiares, considera-se, aqui, que a enfermagem tem papel fundamental no MMC, onde deve existir esclarecimentos e mudanças das concepções e práticas de cuidados ao recém-nascido de baixo peso, proporcionando, assim, conhecimentos, dentre outros, sobre direitos e deveres paternos e maternos e por que não fraternos e solidários. (TYRREL; ARIVABENE, 2010) Nos primeiros dias de internamento, os recém-nascidos são sujeitos a muitos procedimentos dolorosos e fatores estressantes inerentes ao seu ambiente e à sua estabilização. Nesta primeira fase, o estímulo parental pode ser prejudicado pois o contato com os pais limita-se ao toque, primeiro com as pontas dos seus dedos começando por examinar as bochechas e os dedos, passando depois a acariciá-lo com a palma das mãos. À medida que o estado clínico do RN se vai estabilizando o contato torna-se mais intenso. É, neste momento, que os profissionais de enfermagem têm grande responsabilidade, no que respeita à estimulação, orientação e promoção da autonomia parental no cuidado ao filho. ( Barbosa, 2013) Assim, para o mesmo autor, a equipe precisa compreender com profundidade o processo de interação entre mãe-pai-neonato, expectativa dos pais em relação ao bebe imaginário e o bebe real; atitudes e elementos facilitadores e dificultadores para a interação mãe-neonato-prematuro. São atribuições da equipe de saúde:
  • 16. 16 Orientar a mãe e a família em todas as etapas do método; oferecer suporte emocional e estimular os pais em todos os momentos; encorajar o aleitamento materno; desenvolver ações educativas abordando conceitos de higiene, controle de saúde e nutrição; desenvolver atividades recreativas para as mães durante o período de permanência hospitalar; participar de treinamento em serviço como condição básica para garantir a qualidade da atenção; orientar a família na hora da alta hospitalar, criando condições de comunicação com a equipe, e garantir todas as possibilidades já enumeradas de atendimento continuado. A equipe de enfermagem pode influenciar positivamente neste processo de ligação. Os profissionais envolvidos devem identificar no recém-nascido comportamentos e atitudes específicas, estas singularidades devem ser passadas à mãe para que esta possa estimular adequadamente seu bebê contribuindo para o melhor desenvolvimento do mesmo (WHALEY apud SILVA, 2003). No que tange à prática do Método Canguru, a equipe de enfermagem deve demonstrar igual sensibilidade na comunicação verbal e não-verbal. Muitas vezes, apesar de os pais perceberem a informação transmitida relativa a esta técnica, não se sentem capazes e preparados para a iniciar. Portanto, a equipa deve ter a capacidade de os ouvir atentamente, saber quando e o que dizer utilizando uma linguagem apropriada ao nível de conhecimento dos pais, tendo em atenção a sua linguagem não-verbal que, maioritariamente, dá indicação de quando estes estão preparados (FREITAS; CAMARGO, 2006). São funções do enfermeiro no MMC: identificar os recém-nascidos e as famílias para participarem da metodologia; entrevistar mãe/pai/família nas primeiras horas pós-parto e/ou assim que possível; agilizar e incentivar o contato da mãe com o recém-nascido, o mais precoce possível, na unidade neonatal; estimular a ordenha natural do colostro para uso imediato e contínuo; estimular a habilidade nos cuidados: higiene, alimentação e banho; prevenir e tratar os problemas com as mamas como: ingurgitamento, fissuras e dificuldades de auto-ordenha, através de extração manual de leite; orientar e acompanhar a dupla durante os horários de administração das dietas (seio, sonda gástrica ou copo); registrar sinais vitais com 15 minutos de cuidado canguru e após, de acordo com a rotina; manter-se disponível para dar à família apoio e assistência; e monitorar o controle térmico. (DUARTE, 2005) A prática do Método Canguru com a mãe favorece a produção e o aumento do volume do leite materno, existindo evidências de que ao praticarem esta técnica tendem a alimentar exclusivamente os seus filhos com o seu leite durante um maior período de tempo. Este deve ser incentivado e não imposto. É de fundamental importância que o enfermeiro observe cada
  • 17. 17 passo da amamentação e oriente a mãe como posicionar adequadamente o bebe, como obter uma pega correta e os cuidados que deve ter com a mama para prevenir fissuras, mastite e outras intercorrências (SILVA; PRADO, 2003) Assim, para um bom desenvolvimento da UTIN é necessário que a equipe de enfermagem possua completo conhecimento sobre a fisiologia no neonato, respostas às necessidades especiais da criança, habilidade e competência, ambiente apropriado, promoção de cuidados centrados a família de modo individual e elaboração de meios para que os pais dos recém-nascidos façam parte da equipe de cuidado de saúde, tendo todo apoio necessário e esclarecimento de qualquer dúvida que possa surgir por parte dos familiares, passando assim mais confiabilidade aos mesmos (CONZ, 2009 apud Garcia, 2013). Um outro aspecto importante neste contexto é a alta hospitalar, cabe ao enfermeiro preparar a mãe para este momento, bem como avaliar o envolvimento da mãe, essa deve estar segura, ser capaz de cuidar do seu bebe, identificar sinais de risco e dar continuidade à amamentação após a alta. O seguimento ambulatorial deve apresentar as seguintes características: Ser realizado por medico e/ou enfermeiro, que, de preferência, tenha acompanhado o bebe e a família nas etapas anteriores; o atendimento, quando necessário devera envolver outros membros da equipe interdisciplinar; ter agenda aberta, permitindo retorno não agendado, caso o bebe necessite; o tempo de permanência em posição canguru será determinado individualmente por cada díade; após o peso de 2.500g, o seguimento ambulatorial devera seguir as normas de crescimento e desenvolvimento do Ministério da Saúde (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013). O papel da enfermeira na terceira etapa do MMC vai além do supervisionar, coordenar, encaminhar e prescrever. Os resultados mostram que é preciso receber, colaborar no acolhimento amoroso, estabelecer confiança, distribuir qualidade, desenvolver um ambiente promotor de estímulos positivos, renovar a comunicação interdisciplinar, participar das avaliações de desenvolvimento do bebe, reforçar a relação da tríade mãe/pai/bebê, mostrar os achados positivos no retorno, informando aos pais por meio de uma linguagem simples do primeiro ao ultimo retorno quando da alta da terceira etapa. (BORCK et al, 2010).
  • 18. 18 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Método Mãe Canguru, com a participação do MS do Brasil através da norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso, possibilitou uma verdadeira revolução na melhoria da atenção aos prematuros, bem como um envolvimento dos pais e da família no cuidado aos mesmos. Os profissionais envolvidos no cuidado, especialmente os enfermeiros desempenham um papel de suma importância no incentivo a esse programa, devendo os mesmos dispor de conhecimentos técnicos e científicos a fim de promover o MMC junto às mães, bem como aos pais e familiares, ensinando as técnicas corretas, sempre utilizando para com os mesmos uma linguagem simples e objetiva. Cabe aos enfermeiros auxiliar aos pais na compreensão do método e sua importância, assim como torna-los capazes de dar continuidade no cuidado após a alta. Apesar do MMC e seus benefícios serem um tema bastante abordado na literatura, pouco se tem debatido acerca dos fatores que interferem na sua prática, o que evidencia a necessidade de um enfoque com vistas a aumentar a seu índice de adesão nas maternidades Brasileiras, a fim de garantir o sucesso desta nova estratégia de cuidado humanizado.
  • 19. 19 ACTING IN NURSING MOTHER KANGAROO METHOD ABSTRACT Iniciar o resumo. Deve ter 250 palavras no máximo. Xxxxx fdfddcdfwge vegd geg ege gr hgrhrhr hr hr ht hg g s vsfe gr htj k yk ululuj gegeg rh tk yk mgntbrgeg rh tj yk y. geg r ghrh tj g bt nt jy jy my n br ht jy ky k y nf br h rhjt jtjykyky jrhrh b rh rhtjt jt j ykjykyk yn tbrhrh th tjhtjtj tjt jtj tj tjtktrgbegve ve rvrvrv rb rhb b t btgbtgnt gn tn tnthnt h5y h5 h 54gtbrfgb f bvrgbrgb rg br b fr br gb rg brgbrbr br b r brbrgbrb rbrb rbrbrbrbrgf efvevw gtyj yjm thgbefvwrghr yjthmngrbe fbr yj tgbefvwd gtrj ytn rgb efvregtrj rbervefh ryj rgbev geh rt jr gbervethjry j ffsf sfsgdsg d grh rht g bd fve ge h rjtjtj tj tyk yk ylykt nrtb rvr grgb rbr br br gjt rjr j rtj t jkyk ykyky lky jnr ghe vev eh rhg efg ew h rjh rejtrjtr ktr krt yj rtghwge rg ervw gwr yterh dfsbvd gh rgf bf ry j tn dfbeh eth re gw t weteh wrgwrtre hyerh wrg wryhtrj tyj grneher hwr gwegw. Fsf sfwfw fw fwf wfwfwf wfwg eg dgxz bsnh hf jrhefgb sdgbdfh fj dgbsfhbsfd jdgjnd h sfhd hd bdfh tj fgjmfkmfg jdg hsfbgsf bfdjgd jgdh dsfb fhy trj gnjefhw rvbgsfgh trjte hbf egherhrtj gdhrh etj rgmjgdh erhgerh rtj gdhe rhrwgb sdg sfhte jtr her hwr g. fsfsfsf fsfsfsf sfsfsf sfsfsfs fsfwg bfhng fvbdvs dc dhtnmgnt rve eb rnynt. Keywords: Word. Word. Word. Word. Word.
  • 20. 20 REFERÊNCIAS ANDRADE, IS; GUEDES, ZF. Sucção do recém-nascido prematuro: comparação do método Mãe-Canguru com os cuidados tradicionais. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de Saúde da Criança. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método mãe canguru: Manual do curso. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. DITZ E; MADEIRA, LM; DUARTE ED. Alojamento materno: construindo uma estratégia de humanização da assistência. REME Rev Min Enferm. 2004 DEMO, P. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, p. 19; 46, 2001. DUARTE F. S. ANDRADE, M. A atuação do enfermeiro na promoção da saúde: discutindo o método mãe-canguru. v.1, n.1.p.s/p, 2005 FREITAS, J.O; CAMARGO, C.L. Discutindo o cuidado ao recém-nascido e sua família no método mãe-canguru . Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. v.16 n.2 São Paulo ago. 2006 GIL, A C. Como classificar as pesquisas In: como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo; Atlas 2006 GONTIJO, T. L.; XAVIER, C. C ; FREITAS, M. I.. Avaliação da implantação do Método Canguru por gestores, profissionais e mães de recém-nascidos. Cad. Saúde Pública. 2012,vol.28,n.5. LAMY, Z.C. et al. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Método Canguru: a proposta brasileira. Rev. Ciência e saúde coletiva, 2005 MEIRA E. A, et al. Método Canguru: a visão do enfermeiro. Rev. Inst Ciênc Saúde. 2008; Ministério da Saúde. Manual do Curso: Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. MORESI, E. Metodologia da Pesquisa. Programa de pós-graduação Stricto Sensu em gestão. março. 2003 NEVES, AM; ORLANDI, MH; SEKINE, CY; SKALINSKI, LM. Assistência humanizada ao neonato prematuro e/ou de baixo peso. Acta paul. enferm. 2006. QUEIROZ N.A; MARANHÃO D.G. Ações e cuidados de enfermagem na implementação do Método Mãe-Canguru. Rev Enferm UNISA. 2012.
  • 21. 21 SILVA F.F; PRADO, S.R.L.. Método mãe-canguro: um novo paradigma na assistência ao recém-nascido e sua família. Rev Enferm UNISA 2003. TYRELL, M. A. R; ARIVABENE, J.. C. Método mãe canguru: vivências maternas e contribuições para a enfermagem. Rev. Latino-am. Enfermagem [online]. 2010, vol.18, n.2