O documento descreve um projeto realizado pelo SOS Adolescente para prevenir o HIV/AIDS entre adolescentes. O projeto incluiu oficinas educativas em escolas, um concurso de cartazes produzidos por adolescentes, e um evento final chamado "A Hora H" para discutir gravidez e DSTs na adolescência. O projeto atingiu 222 adolescentes e 76 professores e ajudou a promover a conscientização sobre prevenção do HIV/AIDS entre os jovens.

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2º Congresso - Comunicação - Tema: Ciência Social e Comportamental
Novas Metodologias para Apoio ao Adolescente na Área do HIV/AIDS - Versão PDF indisponível
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Palavras-chave:
Resumo:
Novas Metodologias para Apoio ao Adolescente na Área do HIV/AIDS
Autores:
Maria Tereza Antonia Cardia, Jorge Henrique de Morais Silva, Gabriela Domingues Rufino, Rita de Cássia Batistella e Celeste de Paula Azevedo Moori
Breve histórico
O SOS adolescente é uma Organização da Sociedade Civil fundada em 1992. Tem por missão atuar no processo de educação e formação de
adolescentes para que se tornem cidadãos mais participativos e assumam seu papel transformador na sociedade.
O SOS adolescente vem desenvolvendo ações educativas nas escolas, comunidade e grupos específicos de adolescentes promovendo a
sensibilização e conscientização do adolescente para temas como sexualidade, cidadania e uso abusivo de drogas.
Desde 1994 temos realizado projetos na área de prevenção às DST/Aids com adolescentes em parceria com a Coordenação Nacional de DST/Aids (CN
DST/Aids) do Ministério da Saúde brasileiro. Cada novo projeto representa uma oportunidade de aperfeiçoar ou inovar nosso trabalho, sempre
buscando encontrar metodologias que melhor atinjam os participantes e propiciem vivências mais significativas.
Temos utilizado "oficinas", com grupos de cerca de 25 adolescentes, onde iniciamos propondo atividades de aquecimento e integração, com vistas a
preparar para o desenvolvimento do conteúdo de forma dinâmica e participativa. Utilizamos vários recursos como jogos, vídeos, dramatização,
estimulando o debate e o aguçamento do espírito crítico.
Na maioria das vezes os grupos ocorrem nas Escolas públicas, mas também temos tido alguns grupos em organizações da sociedade civil como
associação de moradores de bairro e outras instituições. Aos participantes interessados é oferecida a oportunidade de se tornarem agentes
multiplicadores, desenvolvendo ações educativas junto a seus pares com orientação e supervisão da equipe do SOS adolescente. Temos observado
que a presença de um professor ou adulto significativo interessado no projeto e disposto a apoiar os adolescentes multiplicadores representa uma ajuda
substancial.
Sabemos que os adolescentes não costumam procurar os serviços de saúde, muito mais frequentados por gestantes, crianças pequenas e idosos e,
quando o fazem, com frequência queixam-se da dificuldade em obter preservativos ou até mesmo em falar a respeito de sua vida sexual sem ouvir
críticas ou sermões.
A fim de estimular a aproximação dos adolescentes dos Centros de Saúde introduzimos a distribuição de vales-preservativo com o uso de codinome,
que podem ser trocados semanalmente por 03 preservativos. É indispensável o contato com a direção dos Centros de Saúde envolvidos, que designa
um(a) funcionário(a) especialmente preparada para essa tarefa.
Projeto "A Hora H"
O projeto mais recentemente concluído foi "A Hora H", que recebeu o apoio da CN de DST/Aids e UNESCO. O objetivo deste projeto era proporcionar a
reflexão no adolescente de 13 a 16 anos sobre a iniciação sexual e discutir sua vulnerabilidade à Aids.
Empregamos uma estratégia que combinou oficinas de sensibilização para adolescentes e para educadores, concurso de cartazes sobre prevenção e
um evento denominado "A Hora H" em que reunimos os participantes procedentes das diversas Escolas.
Na primeira fase do projeto foram realizadas oficinas em 06 Escolas públicas de Campinas, em que atingimos 222 adolescentes e 76 professores. Os
adolescentes foram mobilizados para a criação de cartazes em duplas e os professores estimulados a apoiar a iniciativa.
Na segunda fase houve o concurso dos cartazes produzidos pelos adolescentes que participaram das oficinas de sensibilização. Cada escola foi
convidada a realizar seu próprio concurso interno e selecionar até 5 cartazes para envio ao SOS adolescente. Quatro escolas participaram do
concurso, enviando um total de 18 cartazes.
Formamos uma comissão julgadora composta por cinco profissionais das seguintes áreas: saúde, orientação sexual, educação, comunicação e artes
plásticas. Esse grupo se reuniu e selecionou os 5 cartazes finalistas, que foram reproduzidos em "banner" e distribuídos entre as escolas participantes
para a última fase da votação e escolha do 1º colocado do ponto de vista dos adolescentes.
Cada escola apurou os resultados e assim obtivemos o cartaz mais votado, que foi reproduzido em camiseta tipo "t-shirt", como forma de
reconhecimento e
valorização do trabalho e dedicação da dupla de adolescentes.
Na terceira e última fase do projeto foi realizado o evento "A Hora H", que consistiu em um encontro aberto aos participantes do projeto (adolescentes e
educadores). Foi realizado em uma escola pública de localização central, de fácil acesso, no dia 07 de outubro de 2001 (Domingo), o dia todo.
Contamos com a
presença de 73 adolescentes e 06 educadores no dia do evento.
Principal 1ºCongresso 2ºCongresso 3ºCongresso 4ºCongresso 5ºCongresso 6ºCongresso 7ºCongresso 8ºCongresso 9ºCongresso AIDSPortugal Créditos

2. Foram realizadas atividades de integração e oficinas em subgrupos para a discussão sobre os temas: gravidez na adolescência e prevenção as
DST/Aids. Os participantes foram estimulados a propor formas alternativas de campanhas de prevenção à Aids. Ao final houve uma plenária onde foram
apresentadas as propostas de cada oficina e foram premiados os cartazes mais votados.
A repercussão do evento entre os alunos das escolas participantes e a avaliação feita pela equipe técnica fazem crer que os objetivos foram atingidos.
Cabe ressaltar que o projeto foi coordenado por dois jovens que participam do Núcleo de Jovens Protagonistas do SOS adolescente, assessorados
pela equipe técnica. Mais uma vez comprovamos que as ações educativas entre iguais favorece a identificação e adesão à proposta, assegurando o
êxito do projeto.
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