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1
S.J. dos Campos
Prof. Dr. FERNANDO CRUZ BARBIERI
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ENGENHARIA ELETRICA
MATERIAIS
ELÉTRICOS
2
1. INTRODUÇÃO
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ENGENHARIA ELETRICA
3
A indústria de elétrica e eletrônicos desde sempre teve uma grande
necessidade de novos materiais com melhores características e de
fácil utilização, como:
Grandes avanços como os associados ao desenvolvimento de ligas
metálicas, ligas avançadas em geral e materiais cerâmicos, tornaram
possível melhorara eficiência e deixar menos consumo dos
equipamentos eletrônicos e elétricos;
Substituição de novos materiais e o aperfeiçoamento de
materiais existentes, bem como da disponibilização de materiais mais
leves, mais resistentes, mais tenazes, mais tolerantes aos danos,
e/ou mais resistentes a altas temperaturas, recicláveis e fáceis de
reparar, para uma nova geração de componentes mais seguros,
econômicos e eficientes;
1.1 – Introdução aos materiais elétricos
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4
1.2 – Necessidade do Estudo dos Materiais Elétricos
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ENGENHARIA ELETRICA
Materiais: são as substâncias com as quais se produz objetos ou
coisas, e os Materiais Elétricos são utilizados na fabricação de
máquinas,equipamentos e dispositivos elétricos.
O estudo dos Materiais Elétricos permite selecionar esses
materiais visando:
Aumento da confiabilidade,
Redução de custos de fabricação,
Redução do custos de manutenção
5
1.3 – Requisitos fundamentais para os profissionais da Área Elétrica
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Perceber as perspectivas futuras;
Entender como as propriedades químicas, elétricas, físicas,
térmicas, óticas, mecânicas, a disponibilidade e o custo dos
materiais se relacionam no projeto e na seleção;
Saber que apesar do avanço das ciências, muitos desafios ainda
estão por vir (ex. tudo que se relaciona com Impacto Ambiental e
Sustentabilidade).
6
1.4 – Regras práticas para seleção dos materiais elétricos
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• Conhecimento do material e as condições a que estará sujeito.
• Propriedades consistentes com as condições de serviço.
• Efeito das mudanças de condições além dos limites normais.
• Listagem de todos os materiais possíveis
• Eliminação dos materiais de propriedades inadequadas, tais como
fratura, corrosão, segurança, alto custo, disponibilidade, etc
7
1.5 – Classificação dos materiais na engenharia
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Por convenção os materiais na engenharia são classificados, como:
8
Elementos com valência 1, 2 ou 3
Ligação metálica (compartilh. dos elétrons livres)
Microestrutura cristalina
Dúcteis (alta plasticidade)
Rígidos (alto módulo de elasticidade)
Tenazes (resistentes a trincas)
Encruáveis (endurecem por deformação)
Opacos
Bons condutores de calor e eletricidade
Temperáveis ( mais de uma fase alotrópica)
Ligas endurecíveis por precipitação
Ativos quimicamente
Propagação de discordâncias muito mais fácil
Ex: Aços, Ligas de alumínios, ligas de titânios etc..
1.5.1 – Materiais metálicos (condutores)
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Longas cadeias de moléculas repetidas
Ligações covalentes nas cadeias (entre as cadeias é secundária nos
Termoplásticos e covalente nos termofixos)
Baixa temperatura de fusão ou de decomposição
Microestrutura amorfa ou pouco cristalina
Pouco rígidos
Maus condutores de calor
Viscoelásticos e dúcteis acima da temperatura de transição vítrea
Pouco densos
Bons isolantes elétricos
Podem ter boa resistência química e
Ótima fabricabilidade
Ex:Termoplasticos,Termoelasticos,Elastomeros etc..
1.5.2 – Materiais poliméricos (isolantes)
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Em geral a combinação de metais com não-metais (valência 5, 6 ou 7)
Ligação iônica ou covalente
estrutura cristalina (complexa) ou vítrea
Alta rigidez
Alta dureza
Frágeis
Não encruáveis nem maleáveis
Quimicamente estáveis
Propagação de discordâncias quase impossível
Alto ponto de fusão
Isolantes elétricos
Maus condutores de calor
Ex: Vidros, cerâmicas, carbertos etc..
1.5.3 – Materiais cerâmicos (isolantes)
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Combinação de dois ou mais materiais cujas propriedades são
diferenciadas das dos constituintes
Formados por dois materiais a nível macroscópico
Enorme gama de propriedades
Excelentes rigidez e resistência específicas
Fibras e matriz cerâmicas resistem a altas temperaturas
Baixa densidade
Excelente resistência mecânica
Ex:Fibras de carbono, Kevlar, Matriz de epoxy, etc
1.5.4 – Materiais compósitos (isolantes-condutores)
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Si, Ge, GaAs
Base da indústria eletrônica
Todos os componentes eletrônico do computador
Condutividade finamente controlada pela presença de impurezas
(dopantes)
Podem ser combinados entre si para gerar propriedades
eletrônicas e óticas sob medida
São a base da tecnologia de opto-eletronicos-lasers, detetores,
circuitos integrados óticos e células solares.
Ex: Silício , germânio, boro, carbono, etc
1.5.5 – Materiais semicondutores
Liga PbSnTe
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1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica
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1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica
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1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica
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1.7 – Classificação dos materiais na engenharia elétrica
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Divisão do Estudo dos Materiais Elétricos:
• Materiais Condutores: São materiais que deixam a corrente elétrica
circular livremente por seu interior.
Exemplos: Alumínio, Bronze, Cobre, Estanho, etc.
• Materiais Dielétricos ou Isolantes: São materiais capazes de prover a
separação entre diferentes elementos condutores apresentando grande
oposição a passagem de corrente elétrica em seu interior.
Exemplos: Borracha, Porcelana, PVC, Papel etc.
• Materiais Semicondutores: São materiais que possuem condutividade
intermediária entre a dos condutores e isolantes.
Exemplos: Germânio, Silício.
• Materiais Magnéticos: São materiais que interagem com campos
magnéticos.
Exemplos: Aço Silício, Alnico e Ferrite de Bário.
17
1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
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18
1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
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1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
Propriedades dos materiais sólidos
- dependem do arranjo geométricos dos átomos
- dependem das interações que existem entre os átomos e as
moléculas que constituem os sólidos
Em materiais sólidos
- os átomos são mantidos por ligações
Ligações
- propiciam resistência
- propiciam propriedades elétricas e térmicas dos materiais
Ligações fortes
- Baixa condutibilidade elétrica
- coeficientes de dilatação térmicas bem baixas
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1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
Ligação iônica
- Ligação forte -> baixa condutibilidade elétrica -> isolante
Ligação covalente
- Ligação forte -> alta condutibilidade elétrica -> isolante
Ligação metálica
- Ligação forte -> alta condutibilidade elétrica -> condutor
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Classificação das 14 Células Unitárias de Bravais, baseada nos 7 Sistemas
Cristalinos
1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
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1.8 – Comportamento elétrico dos materiais
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2. CONDUTORES
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24
Os materiais condutores: são caracterizados por diversas
grandezas, dentre as quais se destacam: condutividade ou
resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade
térmica, potencial de contato, comportamento mecânico, etc.
Estas grandezas são importantes na escolha adequada dos
materiais, uma vez que das mesmas vai depender se estes são
capazes de desempenhar as funções que lhe são atribuídas.
A escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai
naquele de características elétricas mais vantajosas, mas sim, em
outro metal ou uma liga, que, apesar de eletricamente menos
vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização.
2.1 – Conceituação
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25
Em um átomo neutro o número de elétrons é igual ao número de
prótons (o átomo é um sistema eletricamente nulo);
Quando há um desequilíbrio, dizemos que o átomo está ionizado;
Se apresentar elétrons em excesso, o átomo estará ionizado
negativamente, se apresentar falta de elétrons estará ionizado
positivamente:
Ganham-se elétrons  anions (-)
Perdem-se elétrons  cátions (+)
É importante observar que o número de prótons é constante, o que
se altera é o número de elétrons, isto é, para ionizar o átomo
negativamente colocamos elétrons a mais, e se quisermos ionizar o
átomo positivamente, retiramos elétrons.
2.1 – Conceituação
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26
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os
metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e outros, a última órbita
eletrônica perde um elétron com grande facilidade, por isso seus
elétrons recebem o nome de elétrons livres.
Quanto menor for sua orbita, mais fácil de ser retirado o elétron
da ultima camada.
No interior dos metais os elétrons livres vagueiam por entre os
átomos, em todos os sentidos sem direção definida.
A condução do fluxo de elétrons livres, ou a circulação de uma
corrente elétrica é notada tanto em materiais sólidos quanto nos
líquidos, e, sob condições favoráveis, também nos gasosos.
2.2 – Metais como condutores elétricos
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2.2 – Metais como condutores elétricos
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Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras
perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a
um íon positivo e a um ou mais elétrons livres.
A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na
figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento
aleatório.
2.2 – Metais como condutores elétricos
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2.2 – Metais como condutores elétricos
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30
Sob o ponto de vista prático, a maioria dos materiais condutores
são sólidos, e dentro desse grupo, ressaltam-se, os metais que,
devido à facilidade de fornecer elétrons livres, são usados para
fabricar os fios de cabos e aparelhos elétricos;
No grupo dos líquidos, vale mencionar os metais em estados de
fusão, eletrólitos e as soluções de ácidos, de bases e de sais.
Quanto aos gasosos, estes adquirem características condutoras
sob a ação de campos muito intensos, quando então se podem
ionizar.
É o caso das descargas através de meios gasosos, conhecido por
plasma, normalmente, os gases, mesmo os de origem metálica, não
podem ser utilizados nem considerados como condutores.
2.2 – Metais como condutores elétricos
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31
Os materiais condutores caracterizam-se por uma elevada
condutividade elétrica.
Possuem também grande capacidade de deformação, moldagem e
condutividade térmica.
Com exceção do mercúrio e dos eletrólitos, que são condutores
líquidos, e do plasma (gás ionizado) que é gasoso, os materiais
condutores são geralmente sólidos e, neste caso, incluem-se os
metais, suas ligas e não-metais como o carvão, carbono e grafite.
2.3 – Materiais de elevada condutividade
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32
Exemplos de bons condutores:
Metais (como o cobre, alumínio, ferro, etc.) usados para
enrolamentos de máquinas elétricas e transformadores, etc.
Ligas metálicas usadas para fabricação de resistências, aparelhos
de calefação, filamentos para lâmpadas incandescentes, etc.
Grafite;
Soluções aquosas (de sulfato de cobre, de ácido sulfúrico. etc.);
Água da torneira, água salgada, água ionizada (como, por
exemplo, as das piscinas);
Corpo humano;
Ar úmido.
2.3 – Materiais como condutores elétricos
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33
Vejamos alguns dos metais mais utilizados na área de Engenharia
Elétrica:
2.4.1 Cobre e suas Ligas
• O cobre tem cor avermelhada característica, o que o distingue de outros
metais, que, com exceção do ouro, são geralmente cinzentos, com diversas
tonalidades.
• O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre, ou
seja, condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença de
impurezas, mesmo em pequenas quantidades.
• O principal minério de cobre é o CuFeS2, vindo a seguir o Cu2S, o Cu3FeS3,
o Cu2O e o CuCO3 e Cu(OH)2.
• A porcentagem de cobre nesses minérios varia de 3,5 a 0,5 %.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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• As principais jazidas se localizam no Congo, Rodésia do Norte, Estados
Unidos da América, Austrália, Espanha, Suécia, Noruega e Chile.
Destaque-se então que a condutividade elétrica do cobre é muito
influenciada na presença de impurezas, mesmo em pequenas quantidades.
A resistividade do cobre a 20oC é de: ρcu = 1,7241μcm2/cm e seu
coeficiente de termo resistividade vale: α = 0.00393/ºC.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.1.2 Processo de obtenção:
Os processos de obtenção se classificam em processo seco e por via umída.
Processo seco. Após a eliminação parcial do enxofre, efetua-se uma redução
em fornos de fusão, através de carvão e aditivos ácidos que irão absorver
grande parte do ferro.
2Cu2O + Cu2S  6Cu + 502
Por via úmida. Minérios pobres em cobre são industrializados por um
processo úmido. Aplicando-se ao minério uma solução de enxofre, obtém-se
uma solução de sulfato de cobre, da qual o cobre é deslocado pela ação do
ferro.
o processo eletrolítico de se obter o cobre, representado por mais de 90 %
de todo o cobre obtido mundialmente.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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36
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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37
2.4.1.2 Processo de purificação:
A pureza do cobre para fins elétricos deve atingir valores de 99,99 %.
O cobre é transformado em placas anódicas e inserido num processo
eletrolítico.
O catodo é formado de chapas de cobre ultra puras e o eletrólito de uma
solução de sulfato de cobre com acidificação por enxofre.
Durante o processo eletrolítico, todo o cobre do anodo se transfere ao
catodo, ficando as impurezas, como Fe, Ni, Co e Zn, retidas no eletrólito.
Havendo, entre as impurezas, metais nobres como Ag, Au e Pt, estes se
depositam no fundo da cuba eletrolítica, fazendo parte da chamada "lama do
anodo".
O cobre eletrolítico assim obtido não pode ser laminado, havendo,
portanto, necessidade de sua fusão, daí resultando os lingotes, próprios
para a industrialização.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.1.3 Aplicações do Cobre:
Em função de suas propriedades, o cobre, nas suas diversas formas
puras, tem determinadas suas aplicações.
O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada
dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como no caso de redes
aéreas de cabo nu em tração elétrica, particularmente, para fios
telefônicos, para peças de contato e para anéis coletores.
Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos, barramentos
e cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.1.4 Ligas de Cobre:
A escolha de uma liga deve considerar também os aspectos econômicos.
A adição de certos elementos (por exemplo, o níquel e o estanho) pode
aumentar o preço da liga, aumentando certas propriedades, ao passo que, a
presença de outros elementos (zinco, chumbo) permite abaixar o preço sem
redução notável de características técnicas.
Existem 3 grupos básicos de ligas:
Latões: ligas Cu-Zn (existem ainda os latões de chumbo,
Cu-Zn-Pb, de estanho, Cu-Zn-Sn...
Bronzes: ligas Cu-Sn (existem ainda os bronzes de alumínio,
Cu-Al, de silício, Cu-Si, de berílio, Cu-Be)
Cuproníqueis: ligas de Cu-Ni
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.2 Alumínio e suas Ligas
O alumínio é o segundo metal mais usado na eletricidade, havendo nos
últimos anos uma preocupação permanente em substituir mais e mais as
aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos em função de
grandes reservas em jazidas (7 % de toda a crosta terrestre é alumínio).
Alguns aspectos, baseados principalmente no custo e produção nacional
maior do alumínio, têm levado a crescente preferência pelo alumínio, cujo
maior problema é a sua fragilidade mecânica e sua rápida oxidação.
Essa rápida oxidação, forma uma fina película de óxido de alumínio e esta
película apresenta uma resistência elétrica elevada com uma tensão de
ruptura de 100 a 300V, o que dificulta a soldagem do alumínio, que por essa
razão exige pastas especiais.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.2.1 Obtenção do Alumínio
Os principais minérios são a bauxíta (Al2O3.H20), freqüentemente
misturado com impurezas, como o ferro e outros aditivos.
Para a obtenção do alumínio, a bauxita é finamente moída, é colocada
numa solução concentrada de sódio sob pressão e a uma temperatura de 160
a 170 0C.
Nessa fase, o alumínio do minério se transforma em aluminato de sódio,
eliminando o ferro e outros aditivos na forma de uma lama.
É feita a filtragem, sendo depois a solução do aluminato com hidróxido de
alumínio puro cristalizado, quando então o alumínio dissolvido se separa na
forma de Al(OH)3, que,, resulta em Al203 puro.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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45
Finalmente o óxido de alumínio é aplicado o processo eletrolítico. O anodo
é um eletrodo de carbono; o catodo é a cuba de aço revestida com carbono
internamente.
O alumínio é o meio líquido, em fusão, que ficará sob a ação de uma
tensão elétrica de aproximadamente 6 V e a corrente de 10 kA a 30 kA.
O alumínio que se deposita no catodo é pouco mais pesado que o eletrólito
em fusão, o que faz com que se deposite no fundo.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.2.3 Aplicações do Alumínio
O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva, na área eletrotécnica,
às seguintes aplicações principais:
em equipamento portátil, uma redução de peso;
em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da
energia cinética e do desgaste por atrito;
de peças sujeitas a transporte, maior facilidade nesse transporte,
extensiva à montagem dos mesmos;
em estruturas de suporte de materiais elétricos (cabos, por exemplo)
redução do peso e conseqüente estrutura mais leve;
em locais de elevada corrosão, o uso particular de ligas com manganês
2.4 – Materiais de elevada condutividade
....DocumentsDVDVideoSoftFreeYouTubeDownloadOctanagem.mp4
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2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.3 Chumbo e suas ligas
O chumbo é um metal de coloração cinzenta, com um brilho metálico
intenso quando não oxidado. Sua oxidação superficial é, porém bastante
rápida.
Apresenta elevada resistência contra a ação da água potável, devido à
presença de carbonato de chumbo, sal, ácido sulfúrico.
Não resiste a vinagre, materiais orgânicos em apodrecimento e cal. O
chumbo é atacado pela água destilada. O chumbo é venenoso.
Nas aplicações elétricas, é freqüentemente encontrado, reduzido a finas
chapas ou folhas, como nas blindagens de cabos com isolamento de papel,
acumuladores de chumbo ácido e paredes protetoras contra a ação de raios
X.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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Ainda o chumbo é encontrado em elos fusíveis e em material de solda.
Nas ligas, o chumbo é encontrado junto com antimônio, telúrio, cádmio,
cobre e estanho, adquirindo assim elevada resistência mecânica e à
vibração, ficando, porém prejudicada a resistência a corrosão.
Suas aplicações mais comuns, são na indústria química e de papel, nas
tubulações de águas salinas, mancais anti-fricção, projéteis de armas,
usinas de energia nuclear e elemento liga de latões, bronzes e aços (para
melhorar a usinabilidade).
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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50
2.4.4 Estanho e suas ligas
O metal é branco prateado, mole, porém mais duro que o chumbo.
Nota-se que a resistividade do estanho é elevada, o que faz esperar um
elevado aquecimento perante a passagem de corrente.
Utilizado em temperaturas inferiores a 160o C, o metal apresenta
manchas cinzentas, que desaparecem se o metal é novamente aquecido.
Ao contrário, se aquecido acima de 180ºC, o material se torna quebradiço
e se decompõe na forma de pequenos cristais.
À temperatura ambiente normal, o estanho não se oxida, e ácidos diluídos
o atacam apenas lentamente.
Por isso o estanho é usado para revestimento e está presente em ligas,
como no bronze.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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51
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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A exemplo do chumbo, o estanho é encontrado como material de solda.
O minério de estanho já está esta se tornando bastante raro.
52
2.4.5 Prata e suas ligas
É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas peças de
contato.
A cor prateada brilhante é característica, escurecendo-se devido ao
óxido de prata ou sulfeto de prata que se forma em contato com o ar.
Sua obtenção resulta freqüentemente de minérios combinados de prata,
cobre e chumbo.
A prata, devido às suas características elétricas, químicas e mecânicas, é
usada em forma pura ou de liga, cada vez mais em partes condutoras onde
uma oxidação ou sulfetação não viria criar problemas mais sérios.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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53
É o caso de peças de contato, notadamente nas parte em que se dá o
contato mecânico entre duas peças.
No caso da prata, no seu estado puro, encontra o seu uso nas pastilhas
de contato, para correntes relativamente baixas;
A prateação, numa espessura de alguns micrometros, é usada para
proteger peças de metal mais corrosível.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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2.4.6 Ouro e suas ligas
Esse metal, que apresenta uma condutividade elétrica bastante boa,
destaca-se pela sua estabilidade química e pela conseqüente resistência a
oxidação, sulfetação, etc.
Também suas características mecânicas são adequadas para uma série de
aplicações elétricas, havendo porém a natural limitação devido ao seu preço.
O ouro é encontrado eletricamente em peças de contato na área de
correntes muito baixas, casos em que qualquer oxidação poderia levar à
interrupção elétrica do circuito.
E o caso de peças de contato em telecomunicações e eletrônica. Seu uso
nesse caso é feito na forma pura, não sendo encontrado em forma de liga,
pois esta somente eliminaria as propriedades vantajosas que o ouro
apresenta.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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55
2.4.7 Platina e suas ligas
Ainda na família dos metais nobres, encontramos a platina, que também é
bastante estável quimicamente.
É relativamente mole, o que permite uma deformação mecânica fácil, bem
como sua redução a folhas, com espessuras de até 0,0025mm, ou a fios
finos, com diâmetro de até 0,015mm ou ainda menores através de processos
especiais.
Devido às suas propriedades antioxidantes o seu uso elétrico é encontrado
particularmente em peças de contato, anodos, fios de aquecimento.
É o metal mais adequado para a fabricação de termoelementos e
termômetros resistivos (Na faixa de - 200 a + 500oC, a platina permite a
leitura mais exata da temperatura do que outros metais.
A platina a essas temperaturas não sofre transformações estruturais,
fazendo com que a resistividade varie na mesma proporção da temperatura.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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56
2.4.8 Níquel e suas ligas
É um metal cinzento claro, com propriedades ferromagnéticas.
Puro, é usado em forma gasosa em tubos e para revestimentos de metais
de fácil oxidação.
É resistente a sais, gases, materiais orgânicos sendo porém sensível à
ação do enxofre.
O níquel se caracteriza ainda por uma elevada estabilidade de suas
propriedades mecânicas, mesmo a temperaturas bem baixas.
Magneticamente, o níquel pode ser magnetizado fracamente, não sendo
mais magnético acima de 356oC (temperatura de Curie).
Seu uso resulta assim para fios de eletrodos, anodos, grades, parafusos.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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57
Aliás, todas as ligas de níquel se identificam por serem resistentes,
mecanicamente, e contra a corrosão e por suportarem bem o calor.
Nas lâmpadas incandescentes, fios de níquel são usados como
alimentadores do filamento de tungstênio (W) devido ao seu comportamento
térmico.
O seu elevado coeficiente de temperatura o recomenda para termômetros
resistivos.
A condutividade elétrica do cobre cai rapidamente na presença do níquel,
chegando ao seu valor mínimo a 50% de Ni.
Assim, ligas de níquel são adequadas na fabricação de resistores, a
exemplo do Konstantan. Monel, e outros.
2.4 – Materiais de elevada condutividade
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58
2.5 – Propriedades elétricas dos condutores
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Tabela de condutividade Tabela de resistividade
59
3. PROPRIEDADES
ELÉTRICAS E
TERMICASDOS
CONDUTORES
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60
Porque estudar as propriedades elétricas ? O estudo das propriedades
elétricas busca explorar como os materiais respondem a aplicação de um
campo elétrico.
Corrente elétrica: é o movimento ordenado dos elétrons no interior de um
condutor.
Como obter uma corrente elétrica?
Para obtermos uma corrente elétrica precisamos de um circuito elétrico e
são necessários três elementos:
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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SÍMBOLO - I (Intensidade de Corrente Elétrica)
UNIDADE - AMPÈR (A)
61
Corrente elétrica: Num fio metálico condutor, os elétrons livres não estão
em repouso e seus movimentos são totalmente desordenados.
Para orientá-los estabelece-se entre dois pontos desse condutor uma
diferença de potencial (ddp), que origina um campo elétrico (E), responsável
pela orientação do movimento desses elétrons livres.
Sendo a carga de um elétron negativa, eles se movem em sentido
contrário ao do campo elétrico. Observe na figura, que, devido à diferença
de potencial (VA – VB), os elétrons livres (portadores de carga) são repelidos
pelo pólo negativo , de potencial VB da bateria (gerador) e atraídos pelo pólo
positivo VA, deslocando-se no sentido anti-horário
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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62
Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras
perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a
um íon positivo e a um ou mais elétrons livres.
A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na
figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento
aleatório.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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A corrente elétrica nos condutores sólidos é constituída por elétrons
livres que se deslocam do potencial mais baixo para o mais alto.
63
Um átomo possui várias órbitas, cada órbita contém uma quantidade de
elétrons.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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64
Condutividade elétrica: quantifica a disponibilidade ou a facilidade de
circular corrente elétrica em um meio material submetido a uma diferença
de potencial. Sua definição física é dada por:
=>  = n.e.e
onde:
σ = condutividade elétrica do material (Ω.m-1);
n = Concentração de elétrons livres do material (m-3)
p = concentração de cargas livres positivas do material (m-3), chamadas lacunas
e = carga elétrica elementar = 1,6022x10-19 C
μn = mobilidade dos elétrons livres e das lacunas (m2/Vs)
Geralmente um material condutor, mais perfeito que seja, apresentam
inúmeros defeitos, que são classificados por sua dimensionalidade;
É usada para especificar o caráter elétrico de um material.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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65
Ela é simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente
proporcionais e é indicativa da facilidade com a qual um material é capaz
de conduzir uma corrente elétrica.
A unidade é a recíproca de ohm.metro, isto é, (Ω.m)-1.
= condutividade elétrica (ohm.cm)-1
= resistividade elétrica (ohm.cm)
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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

1

66
A condutividade elétrica nos materiais
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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Metais   ≈107 (Ω.m)-1
Isolantes  10-10 ≤  ≤ 10-20 (Ω.m)-1
Semicondutores 10-6 ≤  ≤ 104 (Ω.m)-1
Melhores condutores elétricos são: prata e o cobre
67
Condutividade elétrica nos metais:
A teoria eletrônica clássica supõe-se que o corpo condutor sólido tenha
uma cadeia cristalina iônica ou metálica envolvendo os íons, uma nuvem de
elétrons livres.
A ligação metálica consiste de uma serie de átomos do metal que doam
todos seus elétrons de valência para uma nuvem de elétrons que vagueia a
estrutura cristalina.
Todos os átomos metálicos tornam-se cátions idênticos quando perde
elétrons na sua ultima camada eletrônica que mantém unido os átomos de
metais é a atração entre as núcleos positivas e o "mar de elétrons”
negativos.
Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de
elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema
cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um
aquecimento do corpo.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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68
Quando o metal está sujeito a um campo elétrico externo, os elétrons
livres deslocam-se com uma velocidade aproximadamente constante (Va) no
sentido oposto ao do campo elétrico, devido à ação da força elétrica e das
“forças de atrito” (resultantes dos eventos de espalhamento): Va = e.E
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de
elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema
cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um
aquecimento do corpo.
vd = e.E
A velocidade à deriva Vd representa a velocidade média
do elétron no sentido da força imposta pelo campo
aplicado. Ela é diretamente proporcional ao campo
elétrico.
A constante de proporcionalidade e e é denominada
mobilidade do elétron, suas unidades são metros
quadrados por volt-segundo (m2/V-s).
69
Condutividade elétrica nos metais:
Essa energia de deslocamento, que se faz notar por um aquecimento do
corpo, pode ser relacionada com a equação de transformação de energia
e é chamada lei de Joule-Lenz, dada por:
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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onde:
W = quantidade de energia transmitida pela nuvem de elétrons por unidade de tempo,
E = campo elétrico aplicado,
= condutividade elétrica.
Por outro lado, relacionando a densidade de corrente com a resistividade
e o campo elétrico, tem-se
W= .E 2, (1)
i = .E, (2)
onde i = densidade de corrente.
70
Resistividade elétrica: Resistividade elétrica (também resistência elétrica
específica) é uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente
elétrica.
Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material permite
a passagem de uma carga elétrica.
A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ω.m).
A resistividade elétrica depende da temperatura. Por exemplo, nos
materiais condutores a resistividade aumenta com o aumento da temperatura
e nos isolantes diminui.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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L
RA


 = resistividade
A = área da secção
L = comprimento
71
Classificação geral
Baseado no valor da resistividade, os materiais se classificam em:
 materiais condutores, l0-2 a 10 .mm2/m,
 materiais semicondutores, 10 a 1012 .mm2/m;
 materiais isolantes, 1012 a l024 .mm2/m.
Realmente, a diferença estrutural entre os materiais é uma das principais
razões do seu comportamento tão diverso, motivo pelo qual torna-se
necessário estudar a própria estrutura molecular do corpo, e as suas
características de ionização e de excitação.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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72
As cargas elétricas deslocam-se sob a forma de corrente elétrica através
das diferentes substâncias, mas sob aspectos diversos.
Chama-se de resistência a maior ou menor dificuldade que opõe um
condutor à passagem de corrente elétrica, cuja unidade é o Ohm ().
A resistência elétrica R obedece a 1 lei de Ohm (U=R.I) e pode ser
entendida como a avaliação quantitativa da resistividade, pois depende da
geometria do material.
Fazendo-se um estudo dos fatores que determinam a resistência,
estabeleceu-se pela lei de Ohm que
U = R.I (1) (1ª Lei)
Onde u = diferença de potencial elétrico
R = resistência elétrica
I = intensidade de corrente elétrica
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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i
U
R 
73
Por outro lado, sendo N o número de elétrons livres por unidade de
volume de material, elétrons estes que se deslocam a uma velocidade vd
através de uma seção A, e sendo e a carga de um elétron, a corrente
elétrica i será:
i = N.e.vd .A (2)
Se, por outro lado, um condutor de comprimento l está sob a ação de
uma diferença de potencial U, a intensidade de campo elétrico E será:
(3)
além disso,
ou
(4)
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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l
U
E 
E
d .

 
l
U
d .

 
74
onde  mobilidade do elétron. Substituindo (4) o valor (2), temos:
(5)
e usando a eq. (1), temos:
(6)
simplificando R,
(7)
O quociente é denominado de resistividade :
(2ª Lei)
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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A
l
U
e
N
i .
.
.
. 

A
l
U
e
N
R
U
.
.
.
. 

A
e
N
R
1
.
.
.
1



.
.
1
e
N
l
onde
 = resistividade elétrica do material (. cm),
R = resistência elétrica ()
A = seção transversal (cm2)
l = comprimento do corpo condutor (cm)
75
A corrente elétrica é o movimento ordenado dos portadores de carga
elétrica. Assim, todos os fatores que dificultam a movimentação dos
portadores contribuem para a resistividade  do material.
Matematicamente, a resistividade total de um material metálico é a
soma de três contribuições.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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76
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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77
Efeito da temperatura sobre a resistividade elétrica de metais
Com o aumento da temperatura, aumentam as amplitudes das vibrações
cristalinas, aumentando o espalhamento dos elétrons.
Para metais puros e muitas ligas,
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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Elétron
Elétron
t = 0 .(1 + .T) 0,  = constantes especificas
para cada metal
78
Efeito da impureza sobre a resistividade elétrica de metais
A presença de impurezas deforma a rede cristalina, aumentando o
espalhamento dos elétrons.
Em termos da concentração ci (%at) da impureza,
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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i =Aci .(1-ci) A = constante independente da
composição e função tanto do metal
de impureza quanto do hospedeiro
79
Efeito dos defeitos sobre a resistividade elétrica de metais
Para formar defeitos é necessário dispor de energia;
Normalmente esta energia é dada na forma de energia térmica, isto é,
quanto maior a temperatura maior será sua concentração de defeitos;
Para muitos tipos de defeitos vale o seguinte:
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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80
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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81
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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82
Coeficiente de temperatura
Um metal quando aquecido aumenta sua amplitude de vibração dos átomos
que o constituem, esta agitação interfere no deslocamento dos elétrons
periféricos ao longo do corpo condutor.
Portanto, em função direta da temperatura, há o aumento da resistência
elétrica R do condutor metálico.
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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 
t
R
Rt 0
0 1 


onde:
Ro: resistência do condutor medido a 0o C
Rt: resistência do condutor na temperatura t
o: coeficiente de temperatura do condutor a 0o C
83
Coeficiente de temperatura
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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Observação 1: Para os metais puros, o coeficiente de temperatura é próximo
a 0,004  1 / 273 . Deduz-se disso que a resistência elétrica de
um condutor aumenta aproximadamente 10% para cada 25o
C de variação de sua temperatura.
Observação 2: Para os metais não puros , ligas metálicas por exemplo,o
coeficiente de temperatura tem valor menor que para os
metais puros.
Para a manganina (liga de 84% de Cu, 12% de Mn, 4% de Ni) o coeficiente
de temperatura é praticamente desprezível (o = 0,00001), isto é, manganina
serve, por isso para a construção de padrões de resistência.
84
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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85
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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86
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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87
3.1 – Propriedades elétricas dos condutores
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88
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
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Introdução: Entende-se por “Propriedades Térmicas” a resposta de um
material a um estímulo térmico (aumento ou redução de temperatura).
O que acontece quando fornecemos calor a um corpo?
Variação dimensional
Dilatação ou expansão térmica (em aquecimento);
Contração (no resfriamento);
Calor é absorvido ou transmitido;
Transformações de fases.
89
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Todos os corpos possuem energia interna. Esta energia está de certa maneira
"armazenada" nos corpos, e vem, entre outras coisas, do movimento ou da
vibração dos átomos e moléculas que formam o corpo. Veja a animação abaixo.
Os pontinhos vermelhos representam as moléculas de um sólido qualquer.
Logicamente este é um exemplo bem simplificado. As vibrações são muito mais
rápidas e não ocorrem de maneira tão organizada assim.
Nos sólido as moléculas não se locomovem de um lado para outro do material,
somente vibram.
No caso dos líquidos e gases, as moléculas conseguem, além de vibrar, locomover-
se de um lado para o outro, principalmente nos gases.
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90
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Capacidade térmica molar: quantidade de energia (calor) (J) necessária
para aumentar em um grau (K) a temperatura de um mol de um material.
Esta propriedade representa a capacidade do material de absorver calor
do meio circundante.
Na maioria dos sólidos, o conteúdo térmico e a energia vibracional dos
átomos estão diretamente relacionados.
A contribuição eletrônica para a capacidade térmica é, em geral,
insignificante, a não ser para temperaturas próximas a zero graus Kelvin.
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91
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Calor especifico de uma substância: Calor específico de uma substância (c
) a razão entre a quantidade de calor que a substância troca e o produto
entre a sua massa e a variação de temperatura sofrida.
Esta grandeza tem sua unidade de medida no Sistema Internacional de
Unidades ( S.I ) o J / kg.K, porém a mais usada é a cal/g.oC
CAPACIDADE TÉRMICA ( C )
Depende da massa e da substância
CALOR ESPECÍFICO ( c )
Depende apenas da substância
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Quantidade de
calor
Massa vezes variação
de temperatura
92
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Os fenômenos de transferência de calor de um corpo pode ser
medido através da equação da calorimetria:
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T
c
m
Q 
 .
.
onde:
Q  quantidade de calor
m  massa
c  calor específico
T  variação de temperatura
Observações:
T > To  T > 0  Q > 0 (calor recebido pelo corpo: o corpo ganha calor) (+)
T < To  T < 0  Q < 0 (calor cedido pelo corpo: o corpo perde calor) (-)
93
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
A energia vibracional de um material consiste de uma série de ondas
elásticas de comprimento de onda muito pequeno e freqüências muito
altas, que se propagam através do material com a velocidade do som.
A energia vibracional é quantizada, e um quantum desta energia é
chamado fônon.
O fônon é análogo ao quantum de radiação eletromagnética, o fóton.
O espalhamento dos elétrons livres que ocorre durante a condução
elétrica é devido às ondas vibracionais.
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94
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
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Fônons = ondas elásticas
95
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Condução térmica: fenômeno pelo qual o calor é transportado em um
material de regiões de alta temperatura para regiões de baixa
temperatura.
Condutividade térmica: capacidade de um material de conduzir calor.
A condutividade térmica pode ser definida em termos de:
A equação acima só é válida quando o fluxo de calor for estacionário
(fluxo de calor que não se altera com o tempo)
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dx
dT
k
A
Q

O calor é transportado de
regiões de quentes para regiões frias.
Q/A = fluxo de calor
k = condutividade térmica
dT/dx = gradiente de temperatura
96
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
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97
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Mecanismos de condutividade térmica
condutividade térmica por elétrons (ke)
Os elétrons livres que se encontram em regiões quentes ganham energia
cinética e migram para regiões mais frias.
Em conseqüência de colisões com fônons, parte da energia cinética dos
elétrons livres é transferida (na forma de energia vibracional) para os
átomos contidos nessas regiões frias, o que resulta em aumento da
temperatura.
Quanto maior a concentração de elétrons livres, maior a condutividade
térmica.
condutividade térmica por fônons (kq)
A condução de calor pode ocorrer também através de vibrações da
rede atômica. O transporte de energia térmica associada aos fônons se
dá na mesma direção das ondas de vibração.
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98
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
A condutividade térmica (k) de um material é a soma da
condutividade por elétrons (ke) e a por fônons (kq):
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Transporte de calor = Fônons + elétrons livres
k = kf + ke
kf = condutividade por fônons
ke = condutividade por elétrons
99
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
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Capacidade térmica Coef. Dilatação condutividade
100
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Condução de calor em metais
Metal = grande número de elétrons livres
O transporte eletrônico é muito eficiente!
Condutividades entre 20 e 400 W/m-K
Condução de calor em cerâmicas
Cerâmica = isolante (poucos elétrons livres)
Condutividade por fônons (pouco eficiente!)
Condutividades entre 2 e 50 W/m-K
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101
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Condução de calor em polímeros
A transferência de calor ocorre através da vibração e da rotação das
moléculas das cadeias.
A condutividade depende do grau de cristalinidade. Estruturas mais
cristalinas têm maiores condutividades.
Polímeros, que, em geral, têm condutividades térmicas da ordem de 0,3
W/m-K, são usados como isolantes térmicos. Ex. PS expandido (isopor).
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102
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Condutividade térmica versus temperatura
O aumento da temperatura provoca o aumento da energia dos
elétrons e das vibrações da rede cristalina.
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Maior energia dos elétrons = maior número de portadores
= maior condutividade
Mais vibração da rede = maior contribuição dos fônons
= maior condutividade
103
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
DILATAÇÃO TERMICA: Dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento
do volume de um corpo ocasionado pela aumento de sua temperatura, o que
causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas e conseqüente
aumento na distância média entre as mesmas.
A dilatação ocorre de forma mais significativa nos gases, de forma
intermediária nos líquidos e de forma menos explícita nos sólidos, podendo-
se afirmar que:
Dilatação nos gases > Dilatação nos líquidos > Dilatação nos sólidos.
Nos sólidos, o aumento ou diminuição da temperatura provoca alteração
nas dimensões lineares, como também nas dimensões superficiais e
volumétricas.
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104
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação Linear dos Sólidos: A maioria dos materiais sólidos se
expandem no aquecimento e se contraem no resfriamento. A mudança no
comprimento de um material sólido com a temperatura pode ser expressa
da seguinte.
ou
onde
ΔL é a variação do comprimento, ΔL = Lf – L0.
Δt é a variação da temperatura, Δt = Tf – T0.
α é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente de dilatação
linear, e a sua unidade é o °C-1.
Cada material tem um coeficiente de dilatação linear próprio, o do
alumínio, por exemplo, é 24.10-6°C-1.
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Unidade: cm
105
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Exemplo de dilatação linear: os fios de telefone ou luz.
Expostos ao Sol nos dias quentes do verão, variam suas temperaturas
consideravelmente, fazendo com que o fio se estenda causando um
envergamento maior, pois aumenta seu comprimento que passa de um
comprimento inicial (L0) a um comprimento final (Lf).
A mesma coisa acontece com o fio de cabelo quando se utiliza a
"chapinha" para alisá-lo. Dizemos que a dilatação provocou um aumento no
comprimento
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106
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Na tabela podemos verificar o valor do coeficiente de dilatação linear
de algumas substâncias.
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107
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação Superficial dos Sólidos: Há corpos que podem ser
considerados bidimensionais, pois sua terceira dimensão é desprezível
frente às outras duas, por exemplo, uma chapa.
Neste caso, a expansão ocorre nas suas duas dimensões lineares, ou
seja, na área total do corpo.
Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação
superficial utilizamos a seguinte equação:
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108
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação
superficial utilizamos a seguinte equação:
onde:
∆S: variação da área da superfície do corpo que sofreu a dilatação superficial.
S0 : área inicial da superfície do corpo.
β: coeficiente de dilatação superficial do material que constitui o corpo.
É importante saber que o coeficiente de dilatação superficial de um material é
igual ao dobro do coeficiente de dilatação linear do mesmo material, ou seja,
β = 2α.
∆T: variação de temperatura sofrida pelo corpo.
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Unidade: cm2
109
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação Volumétrica dos Sólidos: É aquela em que predomina a variação
em três dimensões, ou seja, a variação do volume do corpo.
Imaginemos um paralelepípedo de volume inicial Vo e temperatura inicial
To. Ao aquecermos este corpo para uma temperatura t ele passará a ter
um novo volume V.
Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação
superficial utilizamos a seguinte equação:
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V = V0 (1 + γ . Δθ)
110
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação
superficial utilizamos a seguinte equação:
Onde:
V = volume final
V0 = volume inicial
Δθ = θ – θ0 = variação da temperatura
 = 3α = coeficiente de dilatação volumétrico
Relação entre os coeficientes de dilatação linear, superficial e
volumétrica
Partindo do coeficiente de dilatação linear () notamos que o
coeficiente de dilatação superficial (β) e volumétrica () depende dele,
pois 2 é igual a β e 3 é igual a γ, portanto podemos escrever a
seguinte relação:
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V = V0 (1 + γ . Δθ) Unidade: cm3
111
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação nos metais: Os coeficientes lineares de expansão térmica para
alguns dos metais comuns variam na faixa de cerca de 5x10-6 e 25x10-6
(oC)-1.
Para algumas aplicações, um alto grau de estabilidade dimensional com
flutuação da temperatura é essencial.
Isso tem resultado no desenvolvimento de uma família de ligas ferro-
níquel e ferro-cobalto que têm valores de 1 da ordem de 1x 10-6 (oC)-1.
Uma tal liga foi projetada para ter características de expansão iguais
àquelas do vidro Pyrex; quando ajuntada ao Pyrex e submetida a
variações de temperatura, tensões térmicas e fratura possível na junção
são evitadas.
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112
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação nos cerâmicos: cerâmicos como refletidas nos comparativamente
baixos coeficientes de expansão térmica; valores tipicamente variam
entre cerca de 0,5x10-6 a 15x10-6 (oC)-1.
Para cerâmicas não cristalinas e também aquelas contendo estruturas
cristalinas cúbicas, 1 é isotrópico.
Doutro modo, ele é anisotrópico e, de fato, alguns materiais
cerâmicos, durante o aquecimento, contraem-se em algumas direções
cristalográficas enquanto se expandem em outras. Para vidros
inorgânicos, o coeficiente de expansão depende da composição. Sílica
fundida (vidro de SiO2 de alta pureza) tem uma extremamente pequena
expansão térmica, 0,5x10-6 (oC)-1.
Isso é explicado por uma baixa densidade de empacotamento atômico
de maneira que expansão interatômica produz relativamente pequenas
variações dimensionais macroscópicas. Adição de impurezas na sílica
fundida aumenta o coeficiente de expansão térmica.
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113
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
Dilatação nos polímeros: Alguns materiais poliméricos experimentam muito
grandes expansões térmicas no aquecimento como indicado por
coeficientes que variam desde aproximadamente 50x10-6 até 300x10-6
(oC)-1.
Os mais altos valores de 1 são encontrados em polímeros lineares e
ramificados porque as ligações intermoleculares secundárias são fracas e
existe uma mínima ligação cruzada.
Com aumentada ligação cruzada, a magnitude do coeficiente de
expansão térmica decresce, os mais baixos coeficientes são encontrados
em polímeros reticulares termofixos tais como Baquelita, nos quais a
ligação é quase que inteiramente covalente.
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114
3.2 – Propriedades térmicas dos condutores
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115
4. APLICAÇOES DOS
CONDUTORES
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Material condutor: é um elemento de baixa resistividade específica,
formando objetos de pouca resistência elétrica - imposição a passagem de
corrente elétrica. Essa propriedade é comum nos metais e podem ser
explicadas pelas suas eletropositividades, característica que facilita a perda
de elétrons, ideal para que ocorra o movimento ordenado.
Alguns exemplos de aplicações de condutores:
4.1.1 Cobre: Possui excelente condutividade elétrica. E apresenta a
resistência elétrica mais baixa de todos os metais não-preciosos, e é
utilizado de uma forma geral como condutor elétrico, também em cabos
subterrâneos, terminais de conexão, revestimento em haste de aterramento
e tomadas,...
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.2 Alumínio: Por ter uma menor densidade em relação ao cobre, o
Alumínio tem uso especial em cabos aéreos, tornado o peso do cabo um o
fator decisivo, portanto o alumínio é o mais utilizado, e devido a sua grande
condutibilidade térmica e elétrica é utilizado como condutores isolados para
eletrotécnica, condensadores, dissipadores e refletores.
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.3 Ouro: Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão
e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, ela é usada para
cobrir com uma camada por meio eletrolítico as superfícies de conexões
elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre
do ataque químico do meio.
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.4 Platina: É leve, dúctil, tem um alto ponto de fusão, e tem uma boa
resistência contra corrosão e ataques químicos.
Por isso é encontrado particularmente em peças de contato, anodos, fios de
aquecimento. Sendo o metal mais adequado para a fabricação de
termoelementos e termômetros resistivos até 1000oC, pois até essas
temperaturas não sofre transformações estruturais, fazendo com que a
resistividade varie na mesma proporção da temperatura.
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.5 Prata: É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas
peças de contato. A prata,devido às suas características elétricas, químicas
e mecânicas é usada em forma pura ou de liga, cada vez mais em partes
condutoras aonde uma oxidação ou sulfatação viria criar problemas mais
sérios. É o caso de peças de contato, notadamente nas partes em que se dá
o contato mecânico entre duas peças e, onde, além de um bom material
condutor, é conveniente ter-se um metal que não influa negativamente
devido a transformações metálicas, além de soldas, contatos elétricos,
baterias de alta capacidade (prata-zinco e prata-cádmio).
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.6 Solda Estanho-Chumbo: A solda para eletrônica também é conhecida
como solda 60/40, devido a sua composição de liga de 60% de estanho e
40% de chumbo. Essa composição dá à solda uma boa condução elétrica e um
ponto de fusão não muito alto, evitando o superaquecimento de componentes
no momento da soldagem.
Dentro do fio há um núcleo de resina. O processo de solda consiste em
aquecer os componentes a serem soldados e a placa onde serão soldados, se
for o caso, com um equipamento denominado ferro de solda.
Ao encostar o fio de solda nos componentes aquecidos, o núcleo de resina
funde-se primeiro, cobrindo as superfícies a serem soldadas. A liga de solda
então funde-se, cobrindo as superfícies, e solidificando-se ao resfriar-se.
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.7 Tungstênio: De cor branca acinzentada, brilhante, muito duro e
denso, tem o ponto de fusão mais alto de todos os elementos. É utilizado
em filamentos de lâmpadas incandescentes, resistências elétricas (elemento
aquecedor em fornalhas elétricas), válvulas termiônicas, eletrodos para solda
elétrica, e de conexão para circuitos integrados.
4.1 – Aplicações do condutores
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4.1.7 Grafite: Grafite é condutor de eletricidade, e serve como material
para eletrodos em fornos a arco elétrico, que transportam energia
elétrica para o derretimento da sucata de aço como parte do processo
de fundição. Os elétrodos de grafite também são usados em processos
de impressão. Eles são revestidos com uma fina camada de cera em
impressões, debaixo de uma camada de cobre. Ele dá a conexão elétrica
negativa utilizada para a eletrólise.
4.1 – Aplicações do condutores
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1) Qual a grande necessidade da indústria elétrica e eletrônica de usar novos materiais com
melhores características e de fácil caracterização?
2) Quais são as regras práticas para seleção dos materiais elétricos?
3) Como é feita a classificação dos materiais na engenharia elétrica?
4) Como deve ser o comportamento dos materiais elétricos dos materiais?
5) O que são materiais condutores?
6) Do ponto de vista químico, qual a relação da formação de elétrons livre e a condução elétrica?
7) A boa condutividade elétrica dos metais quando comparado a outros materiais ocorre por que:
(A) A carga iônica tem boa mobilidade no reticulado cristalino
(B) a condução de eletricidade ocorre devido à difusão;
(C) O elétron de Valencia responsável pelas ligações químicas entre os íons positivos tem alta
mobilidade no cristal;
(D) Todos os elétrons do metal são livres para se movimentar;
(E) A movimentação dos elétrons ocorre nos defeitos do reticulado cristalino.
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8) O Cobre é um metal muito utilizado devido à alta condutibilidade elétrica e térmica que possui.
Pode-se afirmar que:
(a) Quanto maior o teor de Oxigênio maior a condutibilidade elétrica.
(b) Impurezas em solução sólida diminuem a condutibilidade elétrica.
(c) A condutibilidade elétrica é pouco afetada pela presença de impurezas.
(d) A condutibilidade elétrica só é afetada pela temperatura.
(e)As alternativas (b) e (d) estão ambas corretas.
9) Como é a movimentação dos elétrons livres de um condutor quando se aplica uma ddp? Qual o
sentido os elétrons?
10) O que é condutividade elétrica? Qual a faixa de condutividade nos condutores, isolantes e
semicondutores?
11) O que é resistividade elétrica? Qual a faixa de resistividade nos condutores, isolantes e
semicondutores?
12) Deduza a partir da primeira lei do Ohm a segunda lei da resistividade ( formula da
resistividade)?
13) O que diz a regra de Mathiessen com relação o efeito da temperatura, impureza e defeitos?
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14) O que é coeficiente de temperatura de um condutor?
15) O que é condutividade térmica? Como é o mecanismo da condutividade térmica por elétrons e
fônons?
16) O que é dilatação térmica? E quais os tipos?
17) Pretende-se que um fio de 0,2cm de diâmetro por 1 m de comprimento transporte uma
corrente de 20 A. A potencia máxima dissipada ao longo do fio é de 4W/s. Calcule a
condução mínima possível do fio em .m.
18) Para que um fio de cobre de pureza comercial possa conduzir uma corrente de 10 A com uma
queda de tensão máxima de 0,4 V/m, qual deve ser o diâmetro mínimo do fio?  (Cu
comercial = 5,85.107 ( .m)-1
19) Calcule a resistividade do cobre puro a 1320C, usando o coeficiente de temperatura da
resistividade do cobre.
Dados: 00C = 1,6  .m.
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20) (ENADE) Em um laboratório de maquinas elétricas de 20 m2 de área, a tensão máxima
disponível é 440V. Para prevenir o risco de choques elétricos, emprega-se um tapete
eletricamente isolante, que cobre todo o chão da sala. A espessura deste tapete foi
calculado por um especialista considerando a corrente máxima permitida igual 1 mA. A
resistência do homem é desprezada e a área de contado do usuário com o tapete foi
arbitrada em 1000 cm2. O isolante empregado apresenta resistividade igual a 4,4 108.cm.
e massa especifica igual a 2 g/cm3. Qual a massa em kg, deste tapete?
21) Uma amostra de fio (1 mm de diâmetro por 1 m de comprimento) de um liga de alumínio é
colocada em um circuito elétrico como mostrado na figura abaixo. Uma queda de tensão de
432mV é medida entre as extremidades do fio quando este transporta uma corrente de 10A
. Calcule a condutividade dessa liga?
Lista 1
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22) Calcule a velocidade de arraste dos elétrons livres no cobre para uma intensidade de campo
elétrico de 0,5 V/m. Dados:  Cu = 3,5.10-3 m2 /V.s
23) Duas barras de 3 metros de alumínio encontram-se separadas por 1 cm á 200C. Qual deve
ser a temperatura para que elas se encostem, considerando que a única direção da dilatação
acontecerá no sentido do encontro?
Sendo Al 22.10-6 0C-1
24) Uma peça de zinco é constituída a partir de uma chapa de zinco com lados 30cm, da qual um
pedaço de área 500cm2. Elevando-se a temperatura de 500C a temperatura da peça
restante, qual será a área final em cm2 ?
Dados: Zn= 2,5.10-5 0C-1
25) Um paralelepípedo de uma liga de alumínio (Al 22.10-6 0C-1) tem arestas que, à 00C, medem
5cm, 40cm e 30cm. De quanto aumenta seu volume ao ser aquecido à temperatura de 100
0C?
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B1
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5. ISOLANTES OU
DIELÉTRICOS
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Material Isolante (Dielétricos): materiais isolantes são substâncias em que
os elétrons e íons não podem se mover em distâncias macroscópicas como os
condutores devido a presença de poucos elétrons livres e que resistem ao
fluxo dos mesmos (alta resistência elétrica).
Um material isolante, quando submetido a um campo elétrico externo, tem
seus elétrons deslocados de distancia microscópica e esse fenômeno é
chamado de polarização.
Portanto, quando acontece esse fenômeno em materiais isolantes,
chamamos esses materiais de dielétricos.
Dielétrico: é o meio no qual é possível produzir e manter (armazenar) um
campo elétrico com pequeno ou nenhum suprimento de energia de fontes
externas.
A energia requerida para produzir o campo elétrico pode ser recuperada,
armazenada e após cessada quando o campo elétrico é removido.
5.1 – Definição
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5.2 – Polarização Dielétrica
Uma propriedade fundamental dos materiais dielétricos é a polarização de
suas partículas elementares, quando sujeitas à ação de um campo elétrico.
Devido a essa polarização, os materiais dielétricos são capazes de
armazenar energia elétrica.
Define-se por polarização um deslocamento reversível dos centros das
cargas positivas e negativas na direção do campo elétrico externo aplicado.
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5.2 – Polarização Dielétrica
A polarização de um dielétrico pode ocorrer das duas maneiras:
1) Se o isolante é constituído de átomos, que não apresentam momento
dipolar, quando aplicado um campo elétrico externo, ocorre à separação
entre o núcleo atômico positivo (fixado na matriz do dielétrico) e a nuvem
eletrônica, a qual é deslocada na direção oposta ao campo elétrico aplicado,
produzindo dipolos sem dissipar energia.
Uma vez eliminado o campo externo, os átomos voltam à sua posição inicial,
a polarização desaparece, pois os centros de cada grupo de cargas voltam à
situação inicial (equilíbrio).
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5.2 – Polarização Dielétrica
2) Se o dielétrico for constituído de partículas elementares (elétrons,
prótons, etc.) que por si só já são dipolos (por exemplo, moléculas) que,
devido à sua constituição química já são dotados de cargas positivas e
negativas, a ação do campo elétrico externo tenderá a orientar as partículas
de acordo com a própria orientação do campo externo.
Quanto mais intenso é o campo, tanto mais elevado é o trabalho de
orientação das partículas elementares, observando-se de modo mais
acentuado a elevação de temperatura, devido à transformação do trabalho
de orientação em calor.
+ -
+ -
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5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente
a) gasosos:
ar – amplamente utilizado como isolante em redes elétricas de transmissão e
distribuição;
hexafluoreto de enxofre (SF6) – usado em isolamentos de cabos
subterrâneos e disjuntores de alta potência (subestações);
b) fibras naturais: papel impregnado em resinas ou óleos, algodão, seda –
usados em suportes isolantes e em revestimentos de cabos, capacitores e
bobinas;
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5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente
c) cerâmicas: óxido de alumínio, titanato de bário, porcelana, etc. –
utilizadas basicamente em isoladores de baixa, média e alta tensão, e
em capacitores de baixa e alta tensão (elevada constante dielétrica);
d) resinas plásticas: Poliéster, polietileno, PVC (Poli Cloreto de Vinila),
Teflon, etc. – aplicados em revestimentos de fios e cabos, capacitores
e peças isolantes;
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5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente
e) líquidos: Óleos (mineral, óleo de silicone – atuam nas áreas de
refrigeração e isolação em transformadores e disjuntores a óleo.
Também empregados para impregnar papéis usados como dielétricos em
capacitores.
f) tintas e vernizes: compostos químicos de resinas sintéticas – Têm
importante emprego na tecnologia de isolação de componentes
eletrônicos como: esmaltação de fios e cabos condutores, isolação de
laminados ferromagnéticos, circuitos impressos e proteção geral de
superfícies;
g) borrachas sintéticas: neoprene, EPR (Epileno Propileno), XLPE (Polietileno
Reticulado) e borracha butílica – usados como capa protetora de cabos;
140
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5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente
h) mica: material mineral usado em capacitores e em ligações entre
transistores de alta potência;
i) Vidro e madeira: principal emprego em isoladores de linhas de
transmissão. As fibras de vidro são usadas no lugar dos papéis em
algumas aplicações. madeira: grande utilização em cruzetas dos postes
de distribuição.
141
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
5.4.1 Capacitância (C): é a razão entre os módulos de sua carga Q e a
diferença de potencial V entre elas. A unidade e Faraday.
Quando uma voltagem é aplicada através de um capacitor (tipo placa, por
exemplo), constituído de duas placas condutoras paralelas de área A
separadas por uma distância L onde existe o vácuo ou algum material
isolante (Figura), uma das placas torna-se positivamente carregada, e a
outra negativamente, com o correspondente campo elétrico aplicado dirigido
do terminal positivo para o negativo.
Capacitores: é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio
interno de carga elétrica.
V
Q
C
ia
Capacitânc 
142
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
Capacitores: é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio
interno de carga elétrica.
143
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
Também pode ser:
Também pode ser calculado como sendo a constante dielétrica e a
permissividade eletrostática do vácuo ou espaço livre
l
A
C 0


Q =carga em uma placa
A = área da placa
l = separação entre placas
0 = 8,85x10-12 F/m
144
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
5.4.2 Constante dielétrica (ou permissividade) (ε ou k): é uma propriedade
do material isolante utilizado em capacitores que influi na capacitância total
do dispositivo.
Através da constante dielétrica, pode relacionar a densidade de fluxo
elétrico e o campo elétrico do material, quanto maior a constante dielétrica,
maior a densidade de fluxo elétrico no material para um mesmo campo
elétrico, maior a capacitância.
Da definição da carga Q resulta a propriedade dielétrica conhecida por
constante dielétrica relativa, r, dada por;
ou seja,é a razão entre a carga Q, obtida com uma determinada tensão no
capacitor que contém um dado dielétrico e a carga Q0, que é a carga que
existiria se os eletrodos estivessem separados pelo vácuo.
A constante dielétrica relativa é adimensional.
0
Q
Q


r
145
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
Compondo estas duas equações, temos, ainda, que
Q = .Q0 = .C0 .V
Temos ainda, para um dado valor de tensão constante, que a constante
dielétrica é função de:
Muitos autores adotam outra nomenclatura: chamam permissividade à
constante , e constante dielétrica à constante K. É preciso atenção a essa
nomenclatura quando se lê um livro de Eletricidade.
A constante dielétrica do ar ou do vácuo é dada 0 = 8,8541878176x10-12 F/m.
0
C
C


0
Q
Q


e
r
146
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
147
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
5.4.3 Rigidez Dielétrica: Corresponde ao valor limite de tensão aplicada
sobre a espessura do material (kV/mm), sendo que, a partir deste valor, os
átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de
funcionar como um isolante.
Em outras palavras é a intensidade máxima do campo elétrico que um
dielétrico pode suportar sem tornar-se um condutor de eletricidade
(“ruptura dielétrica”).
No caso do ar, sua rigidez dielétrica vale cerca de 3 (kV/mm), assim,
quando um campo elétrico no ar ultrapassar esse valor, ele deixa de ser
isolante e torna-se condutor.
O valor da rigidez dielétrica varia de um material para outro e depende de
diversos fatores como:
· Temperatura.
· Espessura do dielétrico.
· Tempo de aplicação da diferença de potencial
· Taxa de crescimento da tensão.
· Para um gás, a pressão é fator importante.
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5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
149
6. SEMICONDUTORES
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150
Os semicondutores são os responsáveis por toda a moderna tecnologia
eletrônica.
Definição: São sólidos cristalinos de condutividade elétrica intermediária
entre condutores e isolantes.
Os elementos semicondutores podem ser tratados quimicamente para
transmitir e controlar uma corrente elétrica.
Seu emprego é importante na fabricação de componentes eletrônicos tais
como diodos, transistores e outros de diversos graus de complexidade
tecnológica, microprocessadores, e nano circuitos usados em nanotecnologia.
Portanto atualmente o elemento semicondutor é primordial na indústria
eletrônica e confecção de seus componentes.
6.1 – Definição
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151
A condutividade elétrica nos materiais
6.2 – Condutividade e resistividade dos semicondutores
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Metais   ≈107 (Ω.m)-1
Semicondutores 10-6 ≤  ≤ 104 (Ω.m)-1
Isolantes  10-10 ≤  ≤ 10-20 (Ω.m)-1
A resistividade elétrica nos materiais
Metais   ≈10-2 a 10 (Ω.m)
Semicondutores 10 ≤  ≤ 1012 (Ω.m)
Isolantes  1012 ≤  ≤ 1024 (Ω.m)
152
O valor numérico da condutividade é uma característica definida e
intermediaria entre condutores e isolantes, e também define o
comportamento funcional dos materiais.
A condutividade elétrica de um semicondutor é sensivelmente influenciada
também por eventuais perturbações da estrutura cristalina, o que, por sua
vez, tem fundamental importância nos próprios processos de fabricação dos
semicondutores.
Tais perturbações podem ser provocadas tanto por irregularidades na
estrutura cristalina, pela presença proposital ou acidental de impurezas
(intrínseco e extrínsecos).
Esse grau de pureza deve atingir a níveis superiores a 10-4 impurezas por
átomo de metal de base, o que bem demonstra a elevada tecnologia
necessária na fabricação destes componentes.
6.3 – Comportamento dos semicondutores
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153
O Na tabela periódica, os principais elementos estão situados na família
4A Carbono (C), germânio (Ge) e, sendo o mais utilizado, o silício (Si).
Os outros elementos podem ser utilizados como semicondutores se
encontram nas colunas 3A, 5A e 6A da Tabela Periódica
6.4 – Estrutura dos semicondutores
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154
Exemplos: Silício (Si), silício-germânio (SiGe), arseneto de gálio (GaAs),
sulfeto de cádmio (CdS) (liga binária).
Podem ser formados até por ligas ternárias ou quaternárias: AlGaAs,
InGaAsP.
6.4 – Estrutura dos semicondutores
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155
6.4 – Estrutura dos semicondutores
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156
A maioria dos semicondutores são:
Cristalinos,
mas existem entretanto alguns sólidos amorfos com comportamentos
semicondutor.
Maioria possui estrutura igual à do diamante.
Ligações covalentes e iônicas.
6.4 – Estrutura dos semicondutores
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157
A maneira com que os elétrons se distribuem nas órbitas em torno do
núcleo do átomo não é aleatória. Segue regras bem definidas, que são as
mesmas para todos os elementos.
Conforme a Teoria Quântica os estados da matéria não variam
continuamente, mas sim em pequenos intervalos discretos, chamados quanta.
Um elétron em órbita tem uma energia potencial que depende da sua
distância até o núcleo e uma energia cinética que depende da sua
velocidade. A soma de ambas é a energia total do elétron.
Assim, a energia total dos elétron ocupa determinadas órbitas ou níveis
de energia determinada por 4 números quânticos.
6.5 – Níveis de energia
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158
Números quânticos: é o conjunto de 4 números que identificam um elétron de
um átomo. Os números quânticos indicam a energia do elétron no átomo e
a região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron.
1. Número quântico principal (n): Identifica o nível de energia do elétron;
• A eletrosfera é dividida em 7 partes chamada camadas eletrônicas ou
níveis de energia ;
• Do núcleo para fora estas camadas são representadas pelas letras K, L,
M, N, O, P e Q.
6.6. Números quânticos
•Os elétrons de um átomo
são colocados, inicialmente,
nas camadas mais próximas
do núcleo
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159
Período ou series: O número do período corresponde à quantidade de
níveis (7 camadas) que os elementos químicos apresentam.
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6.6. Números quânticos
160
•Atualmente, esses níveis são identificados pelo chamado número quântico
principal (n) que é um numero inteiro (varia de 1 a 7).
2. Número quântico secundário (l): Identifica o subnível de energia do
elétron.
•Os subníveis são preenchidos sucessivamente, na ordem crescente de energia, com o
número máximo de elétrons possível em cada subnível;
•Esses subníveis são identificados pelo chamado numero quântico secundário ou
azimutal (l) que assume valores de 0,1,2,3 que são designados pelas letras s, p, d, e
f respectivamente.
6.6. Números quânticos
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161
3. Número quântico magnético (m): Identifica o orbital (orientação no
espaço) do elétron.
• É a região do espaço onde é máxima a probabilidade de se encontrar um
determinado elétron. Nesse diagrama, cada orbital e representado simbolicamente
por um quadradinho. Através que os subníveis s,p,d,f contêm sucessivamente
1,3,5,7 orbitais;
• Essas orbitais nessas condições são identificados pelo chamado número quântico
magnético (m) e são exemplificados como:
6.6. Números quânticos
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162
3.1 Princípio de exclusão de Pauli:
• Em um mesmo orbital encontraremos, no máximo, 2 elétrons com spins opostos;
• Em um mesmo átomo, não existem dois elétrons com quatro números quânticos
iguais;
Em um mesmo orbital os elétrons possuem SPINS opostos
3.2 Regra de Hund:
• Coloca-se um elétron em cada orbital, da esquerda para a direita e, quando todos
os orbitais tiverem recebido o primeiro elétron é que colocamos o segundo elétron,
com sentido oposto
6.6. Números quânticos
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163
4. Número quântico de spin (s): Identifica o spin (rotação do elétron)
• Cálculos matemáticos provaram que um orbital comporta, no máximo,
dois elétrons;
• Os elétrons podem girar no mesmo sentido ou em sentidos opostos
criando campos magnéticos que repelem ou atraem.
• Essa rotação é chamada de número quântico spin (s) cujos valores são:
6.6. Números quânticos
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Estudos sobre as energias dos subníveis, mostram que:
• O cientista LINUS PAULING criou uma representação gráfica para
mostrar a ordem CRESCENTE de energia dos subníveis;
• Esta representação ficou conhecida como DIAGRAMA DE LINUS
PAULING
6.6. Números quânticos
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Diagrama de Linus Pauling
6.6. Números quânticos
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Designa-se valência é um número que indica a capacidade que um átomo de
um elemento tem de se combinar com outros átomos, capacidade essa que é medida pelo
número de elétrons que um átomo pode dar, receber, ou compartilhar de forma a constituir
uma ligação química.
Seja o exemplo a seguir da distribuição dos elétrons em um átomo de Germânio, número
atômico 32. O nível mais externo (4, neste exemplo) é denominado nível de valência e os
elétrons presentes nele são os elétrons de valência.
Nível = 1 2 3 4 Subnível = s s p s p d s p Elétrons = 2 2 6 2 6 10 2 2
O número de elétrons de valência é um fator importante do elemento. Ele define a
capacidade do átomo de ganhar ou perder elétrons e de se combinar com outros elementos
originando uma banda designada banda de valência do sólido. Esta é a banda que
possui maior energia.
A convenção adotada para a representação gráfica da distribuição de elétrons no átomo
do elemento é a indicação seqüencial do níveis e respectivos sub-níveis, com o número de
elétrons de cada subnível na forma de expoente. Para esse caso do germânio:
k L M N camada de Valencia = 4 elétrons
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2b
6.7 – Valência
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Banda de condução
167
6.7 – Valência
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168
6.7 – Valência
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Átomo isolado (germânio Z = 32)
Orbitais de Valencia
169
A capacidade de um átomo de se combinar com outros depende do número
de elétrons de valência.
A combinação só é possível quando este é menor que 8. Elementos com 8
elétrons de valência não se combinam. São estáveis e inertes.
Considera-se agora o silício, que é o semicondutor mais usado, dispondo
de 4 elétrons de valência.
No estado puro, cada par de elétrons de átomos distintos forma a
chamada ligação covalente, de modo que cada átomo fica no estado mais
estável, isto é, com 8 elétrons na camada externa.
6.7 – Valência
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170
Designa-se por banda de energia o conjunto dos níveis de energia que os
elétrons num sólido podem possuir.
Num cristal, em que um grande número de átomos se encontram ligados
muito próximos uns dos outros, formando uma rede, os elétrons são
influenciados por um determinado número de núcleos adjacentes e os níveis
de energia dos átomos transformam-se em bandas de energia permitidas.
Esta aproximação aos níveis de energia nos sólidos é muitas vezes
conhecida por teoria das bandas.
Segundo esta teoria, cada banda representa um grande número de
estados quânticos permitidos e existem algumas denominadas proibidas.
Os elétrons de valência “mais externos” originam uma banda designada
banda de valência do sólido. Esta é a banda que possui maior energia.
6.8 – Banda de energia
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171
A estrutura das bandas dos sólidos explica as suas propriedades elétricas.
Deste modo, com o objetivo de se movimentarem através do sólido, os
elétrons têm de passar de um estado quântico para outro, o que acontece se
existirem estados quânticos vazios com a mesma energia.
Regra geral, os elétrons não podem mudar para um novo estado quântico
da mesma banda se a banda de valência se encontra totalmente preenchida.
Para que ocorra a passagem da corrente elétrica, é necessário que os
elétrons se encontrem numa banda não completa, designada por banda de
condução.
6.8 – Banda de energia
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172
Os metais são bons condutores da corrente elétrica não só porque a
banda de valência e a banda de condução se encontram semi-preenchidas,
mas também porque a banda de condução se sobrepõe à banda de valência.
No caso dos isolantes, as bandas de condução e de valência encontram-se
separadas por uma larga zona energética proibida e, deste modo, os
elétrons não possuem energia suficiente para transitar de uma para outra.
No caso dos semicondutores, o nível de energia que separa a banda de
energia superior completamente ocupada possui uma largura muito pequena
relativamente à banda imediatamente superior desocupada, bastando um
pequeno acréscimo de energia para fazer passar os elétrons para a banda
desocupada, possibilitando assim a condução de correntes elétricas.
6.8 – Banda de energia
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173
6.8 – Banda de energia
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174
Os semicondutores são divididos de acordo com sua pureza e estrutura em:
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS: são aqueles cujo comportamento
elétrico depende basicamente da estrutura eletrônica do material puro. Sua
condutividade elétrica geralmente é pequena e varia muito com a
temperatura.
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS: são aqueles cujo comportamento
elétrico depende fortemente do tipo e da concentração dos átomos de
impurezas. A adição de impurezas para a moldagem do comportamento
elétrico dos semicondutores é chamada de DOPAGEM.
A maioria dos semicondutores comerciais elementares são extrínsecos; o
mais importante exemplo é o Si, mas também estão nesta categoria o Ge e
o Sn.
É a possibilidade de adicionar impurezas diversas ao material puro que
permite a fabricação de uma variedade de dispositivos eletrônicos a partir
do mesmo material semicondutor.
6.9 – Tipos de semicondutores
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175
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS: Um semicondutor intrínseco é um
semicondutor no estado puro.
À temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um
isolante, mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor
porque o calor fornece a energia térmica necessária para que alguns dos
elétrons de valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma
lacuna) passando a existir alguns elétrons livres no semicondutor.
6.9 – Tipos de semicondutores
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176
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS: Um semicondutor se torna extrínseco
quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco).
As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser
de dois tipos: impurezas de átomos doadores e impurezas de átomos
receptores.
Se o semicondutor for adicionado por impurezas doadores é chamado de
semicondutor tipo N e se for adicionado por impurezas receptoras é
chamado de semicondutor tipo P
Átomos doadores têm cinco elétrons de valência (são penta valentes):
Arsênio (AS), Fósforo (P) ou Antimônio (Sb).
Átomos receptores têm três elétrons de valência (são trivalentes): Índio
(In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al).
6.9 – Tipos de semicondutores
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177
SEMICONDUTORES TIPO N: A introdução de átomos penta valentes (como
o Arsênio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam
elétrons livres no seu interior.
Como esses átomos fornecem (doam) elétrons ao cristal semicondutor eles
recebem o nome de impurezas doadoras ou átomos doadores.
Todo o cristal de Silício ou Germânio, dopado com impurezas doadoras é
designado por semicondutor do tipo N (N de negativo, referindo-se à carga
do elétrons).
6.9 – Tipos de semicondutores
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178
SEMICONDUTORES TIPO P: A introdução de átomos trivalentes (como o
Índio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam lacunas
livres no seu interior.
Como esses átomos recebem (ou aceitam) elétrons eles são denominados
impurezas aceitadoras ou átomos aceitadores.
Todo o cristal puro de Silício ou Germânio, dopado com impurezas
aceitadoras é designado por semicondutor do tipo P (P de positivo,
referindo-se à falta da carga negativa do eletros).
6.9 – Tipos de semicondutores
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179
6.9 – Tipos de semicondutores
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180
6.9 – Tipos de semicondutores
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181
A condutividade elétrica dos materiais semicondutores pode ser
representada pela equação:
A condutividade elétrica dos semicondutores intrínsecos aumenta à medida
que a temperatura aumenta.
6.9 – Tipos de semicondutores
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182
6.9 – Tipos de semicondutores
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183
A dopagem pode ser feita em quatro situações, conforme discriminamos a
seguir:
Durante o crescimento do cristal:
o material de base sofre um aquecimento até se transformar em massa
cristalina fundente, estado em que se efetua o acréscimo do material de
dopagem, durante esse processo térmico,
o cristal vai "crescendo“ posicionando-se os átomos da dopagem na própria
cadeia cristalina que se forma.
Por liga:
o material de base é levado a fusão conjuntamente com o de acréscimo,
formando-se assim uma liga.
apos essa formação e esfriamento, os dois materiais estão agregados
entre si.
7.0 – Técnicas de dopagem
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184
Por implantação iônica:
átomos eletricamente carregados (com íons) de material dopante em
estado gasoso são acelerados por um campo elétrico
I njetados na cadeia cristalina do semicondutor.
método da implantação iônica é o mais preciso e o mais sofisticado entre
os mencionados, permitindo um ótimo controle tanto de posicionamento
quanto de concentração da dopagem feita.
Por difusão:
nesse processo, vários discos de metal tetravalente básico são elevados a
temperaturas da ordem de 1000°C e, nessas condições, colocados na
presença de metais em estado gasoso (por exemplo, boro).
os átomos de metal em estado gasoso se difundem no cristal sólido. Sendo
o material sólido do tipo N, cria-se, assim, uma zona P.
7.0 – Técnicas de dopagem
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185
Destilação e Sublimação: a acentuada influencia das impurezas sobre as
características elétricas do semicondutor, leva em muitos casos a exigência
de se repetir o processo de purificação sobre a matéria prima fornecida
pela industria química, antes de manufaturá-la.
A diferença entre destilação e sublimação, é que na sublimação as
modificações do estado físico eliminam o estado liquido, o que traz
dificuldades de fracionamento dos materiais envolvidos, precipitando-se
freqüentemente muito próximos entre si os elementos, facilmente e
dificilmente sublimáveis.
A vantagem da sublimação esta na facilidade dos meios necessários a sua
obtenção.
7.1 – Método de purificação
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186
Eletrolise: a purificação eletrolítica das matérias primas básicas pode levar
a graus de pureza bastante elevados, se esta for realizada com cuidados
especiais e eventualmente repetida dado numero de vezes.
Através da eletrolise, um metal pode ser separado de outros metais menos
nobres e de partículas insolúveis no eletrólito, a eficiência da separação ou
eliminação simultânea de diversos metais, depende da relação dos potenciais
destes metais em relação à solução (eletrólito) utilizada, e menos da
grandeza da corrente.
7.1 – Método de purificação
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187
Fusão Zonal: o necessário e elevado grau de purificação faz com que, para
os semicondutores, os métodos anteriores, via de regra, não tragam o
resultado final desejado.
A fusão zonal utiliza-se do fato de que, num sistema de dois elementos
em condição de equilíbrio entre a fase sólida e liquida, a composição de
ambas a fase é geralmente diferente e que, no limite do diagrama de
estado, as curvas liquida e sólida encontram-se segundo um ângulo definido,
isto significa que mesmo no caso de uma concentração mínima de um
elemento no outro, apresenta-se uma diferença de concentrações na
passagem do estado liquido para o sólido.
7.1 – Método de purificação
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188
Nem todos os elementos classificados como semicondutores pela Tabela
Periódica dos Elementos, permitem uma fácil e precisa verificação dessa
propriedade; em algum desses elementos a semi-condutância ainda não pode
ser determinada com segurança ou, então, a característica não se apresenta
estável a temperatura ambiente.
Conseqüentemente existe uma família de materiais semicondutores de uso
industrial, a família central dos materiais semicondutores é encontrada nos
materiais de Valencia IV, o primeiro elemento é:
Carbono: apesar de apresentar características semicondutoras, o carbono é
antes utilizado como condutor em alguns casos, em outros casos, como
material resistivo ou como componente capaz de suportar determinadas
condições térmicas ou químicas.
7.2 – Elementos
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189
Germânio: é um dos materiais semicondutores mais antigos; é encontrado em
pequenas quantidades em minérios de zinco, pó de carvão e mesmo nas águas
do mar, em face disso, a extração do germânio é extremamente difícil e
onerosa, é uma substancia dura porem quebradiça não suportando qualquer
tipo de esforço mecânico, oxida-se na presença do ar, formando uma
finíssima película de oxido, é usado para a fabricação de componentes
semicondutores.
Silício: é termicamente mais estável do que o germânio, podendo por isso
ser usado a temperaturas ambientes de até 150°C, permite reduzir a
corrente inversa, o que reduz as perdas, fato esse que eleva o rendimento e
simplifica os métodos de refrigeração.
O silício é o elemento mais freqüentemente encontrado na natureza, após
o hidrogênio, na forma natural, é encontrado nas rochas e em minérios.
7.2 – Elementos
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  • 1. 1 S.J. dos Campos Prof. Dr. FERNANDO CRUZ BARBIERI UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA MATERIAIS ELÉTRICOS
  • 2. 2 1. INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 3. 3 A indústria de elétrica e eletrônicos desde sempre teve uma grande necessidade de novos materiais com melhores características e de fácil utilização, como: Grandes avanços como os associados ao desenvolvimento de ligas metálicas, ligas avançadas em geral e materiais cerâmicos, tornaram possível melhorara eficiência e deixar menos consumo dos equipamentos eletrônicos e elétricos; Substituição de novos materiais e o aperfeiçoamento de materiais existentes, bem como da disponibilização de materiais mais leves, mais resistentes, mais tenazes, mais tolerantes aos danos, e/ou mais resistentes a altas temperaturas, recicláveis e fáceis de reparar, para uma nova geração de componentes mais seguros, econômicos e eficientes; 1.1 – Introdução aos materiais elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 4. 4 1.2 – Necessidade do Estudo dos Materiais Elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Materiais: são as substâncias com as quais se produz objetos ou coisas, e os Materiais Elétricos são utilizados na fabricação de máquinas,equipamentos e dispositivos elétricos. O estudo dos Materiais Elétricos permite selecionar esses materiais visando: Aumento da confiabilidade, Redução de custos de fabricação, Redução do custos de manutenção
  • 5. 5 1.3 – Requisitos fundamentais para os profissionais da Área Elétrica UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Perceber as perspectivas futuras; Entender como as propriedades químicas, elétricas, físicas, térmicas, óticas, mecânicas, a disponibilidade e o custo dos materiais se relacionam no projeto e na seleção; Saber que apesar do avanço das ciências, muitos desafios ainda estão por vir (ex. tudo que se relaciona com Impacto Ambiental e Sustentabilidade).
  • 6. 6 1.4 – Regras práticas para seleção dos materiais elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA • Conhecimento do material e as condições a que estará sujeito. • Propriedades consistentes com as condições de serviço. • Efeito das mudanças de condições além dos limites normais. • Listagem de todos os materiais possíveis • Eliminação dos materiais de propriedades inadequadas, tais como fratura, corrosão, segurança, alto custo, disponibilidade, etc
  • 7. 7 1.5 – Classificação dos materiais na engenharia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Por convenção os materiais na engenharia são classificados, como:
  • 8. 8 Elementos com valência 1, 2 ou 3 Ligação metálica (compartilh. dos elétrons livres) Microestrutura cristalina Dúcteis (alta plasticidade) Rígidos (alto módulo de elasticidade) Tenazes (resistentes a trincas) Encruáveis (endurecem por deformação) Opacos Bons condutores de calor e eletricidade Temperáveis ( mais de uma fase alotrópica) Ligas endurecíveis por precipitação Ativos quimicamente Propagação de discordâncias muito mais fácil Ex: Aços, Ligas de alumínios, ligas de titânios etc.. 1.5.1 – Materiais metálicos (condutores) UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 9. 9 Longas cadeias de moléculas repetidas Ligações covalentes nas cadeias (entre as cadeias é secundária nos Termoplásticos e covalente nos termofixos) Baixa temperatura de fusão ou de decomposição Microestrutura amorfa ou pouco cristalina Pouco rígidos Maus condutores de calor Viscoelásticos e dúcteis acima da temperatura de transição vítrea Pouco densos Bons isolantes elétricos Podem ter boa resistência química e Ótima fabricabilidade Ex:Termoplasticos,Termoelasticos,Elastomeros etc.. 1.5.2 – Materiais poliméricos (isolantes) UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 10. 10 Em geral a combinação de metais com não-metais (valência 5, 6 ou 7) Ligação iônica ou covalente estrutura cristalina (complexa) ou vítrea Alta rigidez Alta dureza Frágeis Não encruáveis nem maleáveis Quimicamente estáveis Propagação de discordâncias quase impossível Alto ponto de fusão Isolantes elétricos Maus condutores de calor Ex: Vidros, cerâmicas, carbertos etc.. 1.5.3 – Materiais cerâmicos (isolantes) UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 11. 11 Combinação de dois ou mais materiais cujas propriedades são diferenciadas das dos constituintes Formados por dois materiais a nível macroscópico Enorme gama de propriedades Excelentes rigidez e resistência específicas Fibras e matriz cerâmicas resistem a altas temperaturas Baixa densidade Excelente resistência mecânica Ex:Fibras de carbono, Kevlar, Matriz de epoxy, etc 1.5.4 – Materiais compósitos (isolantes-condutores) UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 12. 12 Si, Ge, GaAs Base da indústria eletrônica Todos os componentes eletrônico do computador Condutividade finamente controlada pela presença de impurezas (dopantes) Podem ser combinados entre si para gerar propriedades eletrônicas e óticas sob medida São a base da tecnologia de opto-eletronicos-lasers, detetores, circuitos integrados óticos e células solares. Ex: Silício , germânio, boro, carbono, etc 1.5.5 – Materiais semicondutores Liga PbSnTe UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 13. 13 1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 14. 14 1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 15. 15 1.6 – Classificação dos materiais na tabela periódica UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 16. 16 1.7 – Classificação dos materiais na engenharia elétrica UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Divisão do Estudo dos Materiais Elétricos: • Materiais Condutores: São materiais que deixam a corrente elétrica circular livremente por seu interior. Exemplos: Alumínio, Bronze, Cobre, Estanho, etc. • Materiais Dielétricos ou Isolantes: São materiais capazes de prover a separação entre diferentes elementos condutores apresentando grande oposição a passagem de corrente elétrica em seu interior. Exemplos: Borracha, Porcelana, PVC, Papel etc. • Materiais Semicondutores: São materiais que possuem condutividade intermediária entre a dos condutores e isolantes. Exemplos: Germânio, Silício. • Materiais Magnéticos: São materiais que interagem com campos magnéticos. Exemplos: Aço Silício, Alnico e Ferrite de Bário.
  • 17. 17 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 18. 18 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 19. 19 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais Propriedades dos materiais sólidos - dependem do arranjo geométricos dos átomos - dependem das interações que existem entre os átomos e as moléculas que constituem os sólidos Em materiais sólidos - os átomos são mantidos por ligações Ligações - propiciam resistência - propiciam propriedades elétricas e térmicas dos materiais Ligações fortes - Baixa condutibilidade elétrica - coeficientes de dilatação térmicas bem baixas UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 20. 20 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais Ligação iônica - Ligação forte -> baixa condutibilidade elétrica -> isolante Ligação covalente - Ligação forte -> alta condutibilidade elétrica -> isolante Ligação metálica - Ligação forte -> alta condutibilidade elétrica -> condutor UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 21. 21 Classificação das 14 Células Unitárias de Bravais, baseada nos 7 Sistemas Cristalinos 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 22. 22 1.8 – Comportamento elétrico dos materiais UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 23. 23 2. CONDUTORES UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 24. 24 Os materiais condutores: são caracterizados por diversas grandezas, dentre as quais se destacam: condutividade ou resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade térmica, potencial de contato, comportamento mecânico, etc. Estas grandezas são importantes na escolha adequada dos materiais, uma vez que das mesmas vai depender se estes são capazes de desempenhar as funções que lhe são atribuídas. A escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai naquele de características elétricas mais vantajosas, mas sim, em outro metal ou uma liga, que, apesar de eletricamente menos vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização. 2.1 – Conceituação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 25. 25 Em um átomo neutro o número de elétrons é igual ao número de prótons (o átomo é um sistema eletricamente nulo); Quando há um desequilíbrio, dizemos que o átomo está ionizado; Se apresentar elétrons em excesso, o átomo estará ionizado negativamente, se apresentar falta de elétrons estará ionizado positivamente: Ganham-se elétrons  anions (-) Perdem-se elétrons  cátions (+) É importante observar que o número de prótons é constante, o que se altera é o número de elétrons, isto é, para ionizar o átomo negativamente colocamos elétrons a mais, e se quisermos ionizar o átomo positivamente, retiramos elétrons. 2.1 – Conceituação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 26. 26 Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e outros, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade, por isso seus elétrons recebem o nome de elétrons livres. Quanto menor for sua orbita, mais fácil de ser retirado o elétron da ultima camada. No interior dos metais os elétrons livres vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos sem direção definida. A condução do fluxo de elétrons livres, ou a circulação de uma corrente elétrica é notada tanto em materiais sólidos quanto nos líquidos, e, sob condições favoráveis, também nos gasosos. 2.2 – Metais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 27. 27 2.2 – Metais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 28. 28 Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a um íon positivo e a um ou mais elétrons livres. A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento aleatório. 2.2 – Metais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 29. 29 2.2 – Metais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 30. 30 Sob o ponto de vista prático, a maioria dos materiais condutores são sólidos, e dentro desse grupo, ressaltam-se, os metais que, devido à facilidade de fornecer elétrons livres, são usados para fabricar os fios de cabos e aparelhos elétricos; No grupo dos líquidos, vale mencionar os metais em estados de fusão, eletrólitos e as soluções de ácidos, de bases e de sais. Quanto aos gasosos, estes adquirem características condutoras sob a ação de campos muito intensos, quando então se podem ionizar. É o caso das descargas através de meios gasosos, conhecido por plasma, normalmente, os gases, mesmo os de origem metálica, não podem ser utilizados nem considerados como condutores. 2.2 – Metais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 31. 31 Os materiais condutores caracterizam-se por uma elevada condutividade elétrica. Possuem também grande capacidade de deformação, moldagem e condutividade térmica. Com exceção do mercúrio e dos eletrólitos, que são condutores líquidos, e do plasma (gás ionizado) que é gasoso, os materiais condutores são geralmente sólidos e, neste caso, incluem-se os metais, suas ligas e não-metais como o carvão, carbono e grafite. 2.3 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 32. 32 Exemplos de bons condutores: Metais (como o cobre, alumínio, ferro, etc.) usados para enrolamentos de máquinas elétricas e transformadores, etc. Ligas metálicas usadas para fabricação de resistências, aparelhos de calefação, filamentos para lâmpadas incandescentes, etc. Grafite; Soluções aquosas (de sulfato de cobre, de ácido sulfúrico. etc.); Água da torneira, água salgada, água ionizada (como, por exemplo, as das piscinas); Corpo humano; Ar úmido. 2.3 – Materiais como condutores elétricos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 33. 33 Vejamos alguns dos metais mais utilizados na área de Engenharia Elétrica: 2.4.1 Cobre e suas Ligas • O cobre tem cor avermelhada característica, o que o distingue de outros metais, que, com exceção do ouro, são geralmente cinzentos, com diversas tonalidades. • O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre, ou seja, condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença de impurezas, mesmo em pequenas quantidades. • O principal minério de cobre é o CuFeS2, vindo a seguir o Cu2S, o Cu3FeS3, o Cu2O e o CuCO3 e Cu(OH)2. • A porcentagem de cobre nesses minérios varia de 3,5 a 0,5 %. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 34. 34 • As principais jazidas se localizam no Congo, Rodésia do Norte, Estados Unidos da América, Austrália, Espanha, Suécia, Noruega e Chile. Destaque-se então que a condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença de impurezas, mesmo em pequenas quantidades. A resistividade do cobre a 20oC é de: ρcu = 1,7241μcm2/cm e seu coeficiente de termo resistividade vale: α = 0.00393/ºC. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 35. 35 2.4.1.2 Processo de obtenção: Os processos de obtenção se classificam em processo seco e por via umída. Processo seco. Após a eliminação parcial do enxofre, efetua-se uma redução em fornos de fusão, através de carvão e aditivos ácidos que irão absorver grande parte do ferro. 2Cu2O + Cu2S  6Cu + 502 Por via úmida. Minérios pobres em cobre são industrializados por um processo úmido. Aplicando-se ao minério uma solução de enxofre, obtém-se uma solução de sulfato de cobre, da qual o cobre é deslocado pela ação do ferro. o processo eletrolítico de se obter o cobre, representado por mais de 90 % de todo o cobre obtido mundialmente. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 36. 36 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 37. 37 2.4.1.2 Processo de purificação: A pureza do cobre para fins elétricos deve atingir valores de 99,99 %. O cobre é transformado em placas anódicas e inserido num processo eletrolítico. O catodo é formado de chapas de cobre ultra puras e o eletrólito de uma solução de sulfato de cobre com acidificação por enxofre. Durante o processo eletrolítico, todo o cobre do anodo se transfere ao catodo, ficando as impurezas, como Fe, Ni, Co e Zn, retidas no eletrólito. Havendo, entre as impurezas, metais nobres como Ag, Au e Pt, estes se depositam no fundo da cuba eletrolítica, fazendo parte da chamada "lama do anodo". O cobre eletrolítico assim obtido não pode ser laminado, havendo, portanto, necessidade de sua fusão, daí resultando os lingotes, próprios para a industrialização. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 38. 38 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 39. 39 2.4.1.3 Aplicações do Cobre: Em função de suas propriedades, o cobre, nas suas diversas formas puras, tem determinadas suas aplicações. O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como no caso de redes aéreas de cabo nu em tração elétrica, particularmente, para fios telefônicos, para peças de contato e para anéis coletores. Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos, barramentos e cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 40. 40 2.4.1.4 Ligas de Cobre: A escolha de uma liga deve considerar também os aspectos econômicos. A adição de certos elementos (por exemplo, o níquel e o estanho) pode aumentar o preço da liga, aumentando certas propriedades, ao passo que, a presença de outros elementos (zinco, chumbo) permite abaixar o preço sem redução notável de características técnicas. Existem 3 grupos básicos de ligas: Latões: ligas Cu-Zn (existem ainda os latões de chumbo, Cu-Zn-Pb, de estanho, Cu-Zn-Sn... Bronzes: ligas Cu-Sn (existem ainda os bronzes de alumínio, Cu-Al, de silício, Cu-Si, de berílio, Cu-Be) Cuproníqueis: ligas de Cu-Ni 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 41. 41 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 42. 42 2.4.2 Alumínio e suas Ligas O alumínio é o segundo metal mais usado na eletricidade, havendo nos últimos anos uma preocupação permanente em substituir mais e mais as aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos em função de grandes reservas em jazidas (7 % de toda a crosta terrestre é alumínio). Alguns aspectos, baseados principalmente no custo e produção nacional maior do alumínio, têm levado a crescente preferência pelo alumínio, cujo maior problema é a sua fragilidade mecânica e sua rápida oxidação. Essa rápida oxidação, forma uma fina película de óxido de alumínio e esta película apresenta uma resistência elétrica elevada com uma tensão de ruptura de 100 a 300V, o que dificulta a soldagem do alumínio, que por essa razão exige pastas especiais. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 43. 43 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 44. 44 2.4.2.1 Obtenção do Alumínio Os principais minérios são a bauxíta (Al2O3.H20), freqüentemente misturado com impurezas, como o ferro e outros aditivos. Para a obtenção do alumínio, a bauxita é finamente moída, é colocada numa solução concentrada de sódio sob pressão e a uma temperatura de 160 a 170 0C. Nessa fase, o alumínio do minério se transforma em aluminato de sódio, eliminando o ferro e outros aditivos na forma de uma lama. É feita a filtragem, sendo depois a solução do aluminato com hidróxido de alumínio puro cristalizado, quando então o alumínio dissolvido se separa na forma de Al(OH)3, que,, resulta em Al203 puro. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 45. 45 Finalmente o óxido de alumínio é aplicado o processo eletrolítico. O anodo é um eletrodo de carbono; o catodo é a cuba de aço revestida com carbono internamente. O alumínio é o meio líquido, em fusão, que ficará sob a ação de uma tensão elétrica de aproximadamente 6 V e a corrente de 10 kA a 30 kA. O alumínio que se deposita no catodo é pouco mais pesado que o eletrólito em fusão, o que faz com que se deposite no fundo. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 46. 46 2.4.2.3 Aplicações do Alumínio O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva, na área eletrotécnica, às seguintes aplicações principais: em equipamento portátil, uma redução de peso; em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da energia cinética e do desgaste por atrito; de peças sujeitas a transporte, maior facilidade nesse transporte, extensiva à montagem dos mesmos; em estruturas de suporte de materiais elétricos (cabos, por exemplo) redução do peso e conseqüente estrutura mais leve; em locais de elevada corrosão, o uso particular de ligas com manganês 2.4 – Materiais de elevada condutividade ....DocumentsDVDVideoSoftFreeYouTubeDownloadOctanagem.mp4 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 47. 47 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 48. 48 2.4.3 Chumbo e suas ligas O chumbo é um metal de coloração cinzenta, com um brilho metálico intenso quando não oxidado. Sua oxidação superficial é, porém bastante rápida. Apresenta elevada resistência contra a ação da água potável, devido à presença de carbonato de chumbo, sal, ácido sulfúrico. Não resiste a vinagre, materiais orgânicos em apodrecimento e cal. O chumbo é atacado pela água destilada. O chumbo é venenoso. Nas aplicações elétricas, é freqüentemente encontrado, reduzido a finas chapas ou folhas, como nas blindagens de cabos com isolamento de papel, acumuladores de chumbo ácido e paredes protetoras contra a ação de raios X. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 49. 49 Ainda o chumbo é encontrado em elos fusíveis e em material de solda. Nas ligas, o chumbo é encontrado junto com antimônio, telúrio, cádmio, cobre e estanho, adquirindo assim elevada resistência mecânica e à vibração, ficando, porém prejudicada a resistência a corrosão. Suas aplicações mais comuns, são na indústria química e de papel, nas tubulações de águas salinas, mancais anti-fricção, projéteis de armas, usinas de energia nuclear e elemento liga de latões, bronzes e aços (para melhorar a usinabilidade). 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 50. 50 2.4.4 Estanho e suas ligas O metal é branco prateado, mole, porém mais duro que o chumbo. Nota-se que a resistividade do estanho é elevada, o que faz esperar um elevado aquecimento perante a passagem de corrente. Utilizado em temperaturas inferiores a 160o C, o metal apresenta manchas cinzentas, que desaparecem se o metal é novamente aquecido. Ao contrário, se aquecido acima de 180ºC, o material se torna quebradiço e se decompõe na forma de pequenos cristais. À temperatura ambiente normal, o estanho não se oxida, e ácidos diluídos o atacam apenas lentamente. Por isso o estanho é usado para revestimento e está presente em ligas, como no bronze. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 51. 51 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA A exemplo do chumbo, o estanho é encontrado como material de solda. O minério de estanho já está esta se tornando bastante raro.
  • 52. 52 2.4.5 Prata e suas ligas É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas peças de contato. A cor prateada brilhante é característica, escurecendo-se devido ao óxido de prata ou sulfeto de prata que se forma em contato com o ar. Sua obtenção resulta freqüentemente de minérios combinados de prata, cobre e chumbo. A prata, devido às suas características elétricas, químicas e mecânicas, é usada em forma pura ou de liga, cada vez mais em partes condutoras onde uma oxidação ou sulfetação não viria criar problemas mais sérios. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 53. 53 É o caso de peças de contato, notadamente nas parte em que se dá o contato mecânico entre duas peças. No caso da prata, no seu estado puro, encontra o seu uso nas pastilhas de contato, para correntes relativamente baixas; A prateação, numa espessura de alguns micrometros, é usada para proteger peças de metal mais corrosível. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 54. 54 2.4.6 Ouro e suas ligas Esse metal, que apresenta uma condutividade elétrica bastante boa, destaca-se pela sua estabilidade química e pela conseqüente resistência a oxidação, sulfetação, etc. Também suas características mecânicas são adequadas para uma série de aplicações elétricas, havendo porém a natural limitação devido ao seu preço. O ouro é encontrado eletricamente em peças de contato na área de correntes muito baixas, casos em que qualquer oxidação poderia levar à interrupção elétrica do circuito. E o caso de peças de contato em telecomunicações e eletrônica. Seu uso nesse caso é feito na forma pura, não sendo encontrado em forma de liga, pois esta somente eliminaria as propriedades vantajosas que o ouro apresenta. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 55. 55 2.4.7 Platina e suas ligas Ainda na família dos metais nobres, encontramos a platina, que também é bastante estável quimicamente. É relativamente mole, o que permite uma deformação mecânica fácil, bem como sua redução a folhas, com espessuras de até 0,0025mm, ou a fios finos, com diâmetro de até 0,015mm ou ainda menores através de processos especiais. Devido às suas propriedades antioxidantes o seu uso elétrico é encontrado particularmente em peças de contato, anodos, fios de aquecimento. É o metal mais adequado para a fabricação de termoelementos e termômetros resistivos (Na faixa de - 200 a + 500oC, a platina permite a leitura mais exata da temperatura do que outros metais. A platina a essas temperaturas não sofre transformações estruturais, fazendo com que a resistividade varie na mesma proporção da temperatura. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 56. 56 2.4.8 Níquel e suas ligas É um metal cinzento claro, com propriedades ferromagnéticas. Puro, é usado em forma gasosa em tubos e para revestimentos de metais de fácil oxidação. É resistente a sais, gases, materiais orgânicos sendo porém sensível à ação do enxofre. O níquel se caracteriza ainda por uma elevada estabilidade de suas propriedades mecânicas, mesmo a temperaturas bem baixas. Magneticamente, o níquel pode ser magnetizado fracamente, não sendo mais magnético acima de 356oC (temperatura de Curie). Seu uso resulta assim para fios de eletrodos, anodos, grades, parafusos. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 57. 57 Aliás, todas as ligas de níquel se identificam por serem resistentes, mecanicamente, e contra a corrosão e por suportarem bem o calor. Nas lâmpadas incandescentes, fios de níquel são usados como alimentadores do filamento de tungstênio (W) devido ao seu comportamento térmico. O seu elevado coeficiente de temperatura o recomenda para termômetros resistivos. A condutividade elétrica do cobre cai rapidamente na presença do níquel, chegando ao seu valor mínimo a 50% de Ni. Assim, ligas de níquel são adequadas na fabricação de resistores, a exemplo do Konstantan. Monel, e outros. 2.4 – Materiais de elevada condutividade UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 58. 58 2.5 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Tabela de condutividade Tabela de resistividade
  • 60. 60 Porque estudar as propriedades elétricas ? O estudo das propriedades elétricas busca explorar como os materiais respondem a aplicação de um campo elétrico. Corrente elétrica: é o movimento ordenado dos elétrons no interior de um condutor. Como obter uma corrente elétrica? Para obtermos uma corrente elétrica precisamos de um circuito elétrico e são necessários três elementos: 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA SÍMBOLO - I (Intensidade de Corrente Elétrica) UNIDADE - AMPÈR (A)
  • 61. 61 Corrente elétrica: Num fio metálico condutor, os elétrons livres não estão em repouso e seus movimentos são totalmente desordenados. Para orientá-los estabelece-se entre dois pontos desse condutor uma diferença de potencial (ddp), que origina um campo elétrico (E), responsável pela orientação do movimento desses elétrons livres. Sendo a carga de um elétron negativa, eles se movem em sentido contrário ao do campo elétrico. Observe na figura, que, devido à diferença de potencial (VA – VB), os elétrons livres (portadores de carga) são repelidos pelo pólo negativo , de potencial VB da bateria (gerador) e atraídos pelo pólo positivo VA, deslocando-se no sentido anti-horário 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 62. 62 Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a um íon positivo e a um ou mais elétrons livres. A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento aleatório. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA A corrente elétrica nos condutores sólidos é constituída por elétrons livres que se deslocam do potencial mais baixo para o mais alto.
  • 63. 63 Um átomo possui várias órbitas, cada órbita contém uma quantidade de elétrons. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 64. 64 Condutividade elétrica: quantifica a disponibilidade ou a facilidade de circular corrente elétrica em um meio material submetido a uma diferença de potencial. Sua definição física é dada por: =>  = n.e.e onde: σ = condutividade elétrica do material (Ω.m-1); n = Concentração de elétrons livres do material (m-3) p = concentração de cargas livres positivas do material (m-3), chamadas lacunas e = carga elétrica elementar = 1,6022x10-19 C μn = mobilidade dos elétrons livres e das lacunas (m2/Vs) Geralmente um material condutor, mais perfeito que seja, apresentam inúmeros defeitos, que são classificados por sua dimensionalidade; É usada para especificar o caráter elétrico de um material. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 65. 65 Ela é simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente proporcionais e é indicativa da facilidade com a qual um material é capaz de conduzir uma corrente elétrica. A unidade é a recíproca de ohm.metro, isto é, (Ω.m)-1. = condutividade elétrica (ohm.cm)-1 = resistividade elétrica (ohm.cm) 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA   1 
  • 66. 66 A condutividade elétrica nos materiais 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Metais   ≈107 (Ω.m)-1 Isolantes  10-10 ≤  ≤ 10-20 (Ω.m)-1 Semicondutores 10-6 ≤  ≤ 104 (Ω.m)-1 Melhores condutores elétricos são: prata e o cobre
  • 67. 67 Condutividade elétrica nos metais: A teoria eletrônica clássica supõe-se que o corpo condutor sólido tenha uma cadeia cristalina iônica ou metálica envolvendo os íons, uma nuvem de elétrons livres. A ligação metálica consiste de uma serie de átomos do metal que doam todos seus elétrons de valência para uma nuvem de elétrons que vagueia a estrutura cristalina. Todos os átomos metálicos tornam-se cátions idênticos quando perde elétrons na sua ultima camada eletrônica que mantém unido os átomos de metais é a atração entre as núcleos positivas e o "mar de elétrons” negativos. Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um aquecimento do corpo. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 68. 68 Quando o metal está sujeito a um campo elétrico externo, os elétrons livres deslocam-se com uma velocidade aproximadamente constante (Va) no sentido oposto ao do campo elétrico, devido à ação da força elétrica e das “forças de atrito” (resultantes dos eventos de espalhamento): Va = e.E 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um aquecimento do corpo. vd = e.E A velocidade à deriva Vd representa a velocidade média do elétron no sentido da força imposta pelo campo aplicado. Ela é diretamente proporcional ao campo elétrico. A constante de proporcionalidade e e é denominada mobilidade do elétron, suas unidades são metros quadrados por volt-segundo (m2/V-s).
  • 69. 69 Condutividade elétrica nos metais: Essa energia de deslocamento, que se faz notar por um aquecimento do corpo, pode ser relacionada com a equação de transformação de energia e é chamada lei de Joule-Lenz, dada por: 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA onde: W = quantidade de energia transmitida pela nuvem de elétrons por unidade de tempo, E = campo elétrico aplicado, = condutividade elétrica. Por outro lado, relacionando a densidade de corrente com a resistividade e o campo elétrico, tem-se W= .E 2, (1) i = .E, (2) onde i = densidade de corrente.
  • 70. 70 Resistividade elétrica: Resistividade elétrica (também resistência elétrica específica) é uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente elétrica. Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material permite a passagem de uma carga elétrica. A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ω.m). A resistividade elétrica depende da temperatura. Por exemplo, nos materiais condutores a resistividade aumenta com o aumento da temperatura e nos isolantes diminui. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA L RA    = resistividade A = área da secção L = comprimento
  • 71. 71 Classificação geral Baseado no valor da resistividade, os materiais se classificam em:  materiais condutores, l0-2 a 10 .mm2/m,  materiais semicondutores, 10 a 1012 .mm2/m;  materiais isolantes, 1012 a l024 .mm2/m. Realmente, a diferença estrutural entre os materiais é uma das principais razões do seu comportamento tão diverso, motivo pelo qual torna-se necessário estudar a própria estrutura molecular do corpo, e as suas características de ionização e de excitação. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 72. 72 As cargas elétricas deslocam-se sob a forma de corrente elétrica através das diferentes substâncias, mas sob aspectos diversos. Chama-se de resistência a maior ou menor dificuldade que opõe um condutor à passagem de corrente elétrica, cuja unidade é o Ohm (). A resistência elétrica R obedece a 1 lei de Ohm (U=R.I) e pode ser entendida como a avaliação quantitativa da resistividade, pois depende da geometria do material. Fazendo-se um estudo dos fatores que determinam a resistência, estabeleceu-se pela lei de Ohm que U = R.I (1) (1ª Lei) Onde u = diferença de potencial elétrico R = resistência elétrica I = intensidade de corrente elétrica 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA i U R 
  • 73. 73 Por outro lado, sendo N o número de elétrons livres por unidade de volume de material, elétrons estes que se deslocam a uma velocidade vd através de uma seção A, e sendo e a carga de um elétron, a corrente elétrica i será: i = N.e.vd .A (2) Se, por outro lado, um condutor de comprimento l está sob a ação de uma diferença de potencial U, a intensidade de campo elétrico E será: (3) além disso, ou (4) 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA l U E  E d .    l U d .   
  • 74. 74 onde  mobilidade do elétron. Substituindo (4) o valor (2), temos: (5) e usando a eq. (1), temos: (6) simplificando R, (7) O quociente é denominado de resistividade : (2ª Lei) 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA A l U e N i . . . .   A l U e N R U . . . .   A e N R 1 . . . 1    . . 1 e N l onde  = resistividade elétrica do material (. cm), R = resistência elétrica () A = seção transversal (cm2) l = comprimento do corpo condutor (cm)
  • 75. 75 A corrente elétrica é o movimento ordenado dos portadores de carga elétrica. Assim, todos os fatores que dificultam a movimentação dos portadores contribuem para a resistividade  do material. Matematicamente, a resistividade total de um material metálico é a soma de três contribuições. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 76. 76 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 77. 77 Efeito da temperatura sobre a resistividade elétrica de metais Com o aumento da temperatura, aumentam as amplitudes das vibrações cristalinas, aumentando o espalhamento dos elétrons. Para metais puros e muitas ligas, 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Elétron Elétron t = 0 .(1 + .T) 0,  = constantes especificas para cada metal
  • 78. 78 Efeito da impureza sobre a resistividade elétrica de metais A presença de impurezas deforma a rede cristalina, aumentando o espalhamento dos elétrons. Em termos da concentração ci (%at) da impureza, 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA i =Aci .(1-ci) A = constante independente da composição e função tanto do metal de impureza quanto do hospedeiro
  • 79. 79 Efeito dos defeitos sobre a resistividade elétrica de metais Para formar defeitos é necessário dispor de energia; Normalmente esta energia é dada na forma de energia térmica, isto é, quanto maior a temperatura maior será sua concentração de defeitos; Para muitos tipos de defeitos vale o seguinte: 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 80. 80 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 81. 81 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 82. 82 Coeficiente de temperatura Um metal quando aquecido aumenta sua amplitude de vibração dos átomos que o constituem, esta agitação interfere no deslocamento dos elétrons periféricos ao longo do corpo condutor. Portanto, em função direta da temperatura, há o aumento da resistência elétrica R do condutor metálico. 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA   t R Rt 0 0 1    onde: Ro: resistência do condutor medido a 0o C Rt: resistência do condutor na temperatura t o: coeficiente de temperatura do condutor a 0o C
  • 83. 83 Coeficiente de temperatura 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Observação 1: Para os metais puros, o coeficiente de temperatura é próximo a 0,004  1 / 273 . Deduz-se disso que a resistência elétrica de um condutor aumenta aproximadamente 10% para cada 25o C de variação de sua temperatura. Observação 2: Para os metais não puros , ligas metálicas por exemplo,o coeficiente de temperatura tem valor menor que para os metais puros. Para a manganina (liga de 84% de Cu, 12% de Mn, 4% de Ni) o coeficiente de temperatura é praticamente desprezível (o = 0,00001), isto é, manganina serve, por isso para a construção de padrões de resistência.
  • 84. 84 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 85. 85 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 86. 86 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 87. 87 3.1 – Propriedades elétricas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 88. 88 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Introdução: Entende-se por “Propriedades Térmicas” a resposta de um material a um estímulo térmico (aumento ou redução de temperatura). O que acontece quando fornecemos calor a um corpo? Variação dimensional Dilatação ou expansão térmica (em aquecimento); Contração (no resfriamento); Calor é absorvido ou transmitido; Transformações de fases.
  • 89. 89 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Todos os corpos possuem energia interna. Esta energia está de certa maneira "armazenada" nos corpos, e vem, entre outras coisas, do movimento ou da vibração dos átomos e moléculas que formam o corpo. Veja a animação abaixo. Os pontinhos vermelhos representam as moléculas de um sólido qualquer. Logicamente este é um exemplo bem simplificado. As vibrações são muito mais rápidas e não ocorrem de maneira tão organizada assim. Nos sólido as moléculas não se locomovem de um lado para outro do material, somente vibram. No caso dos líquidos e gases, as moléculas conseguem, além de vibrar, locomover- se de um lado para o outro, principalmente nos gases. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 90. 90 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Capacidade térmica molar: quantidade de energia (calor) (J) necessária para aumentar em um grau (K) a temperatura de um mol de um material. Esta propriedade representa a capacidade do material de absorver calor do meio circundante. Na maioria dos sólidos, o conteúdo térmico e a energia vibracional dos átomos estão diretamente relacionados. A contribuição eletrônica para a capacidade térmica é, em geral, insignificante, a não ser para temperaturas próximas a zero graus Kelvin. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 91. 91 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Calor especifico de uma substância: Calor específico de uma substância (c ) a razão entre a quantidade de calor que a substância troca e o produto entre a sua massa e a variação de temperatura sofrida. Esta grandeza tem sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades ( S.I ) o J / kg.K, porém a mais usada é a cal/g.oC CAPACIDADE TÉRMICA ( C ) Depende da massa e da substância CALOR ESPECÍFICO ( c ) Depende apenas da substância UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Quantidade de calor Massa vezes variação de temperatura
  • 92. 92 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Os fenômenos de transferência de calor de um corpo pode ser medido através da equação da calorimetria: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA T c m Q   . . onde: Q  quantidade de calor m  massa c  calor específico T  variação de temperatura Observações: T > To  T > 0  Q > 0 (calor recebido pelo corpo: o corpo ganha calor) (+) T < To  T < 0  Q < 0 (calor cedido pelo corpo: o corpo perde calor) (-)
  • 93. 93 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores A energia vibracional de um material consiste de uma série de ondas elásticas de comprimento de onda muito pequeno e freqüências muito altas, que se propagam através do material com a velocidade do som. A energia vibracional é quantizada, e um quantum desta energia é chamado fônon. O fônon é análogo ao quantum de radiação eletromagnética, o fóton. O espalhamento dos elétrons livres que ocorre durante a condução elétrica é devido às ondas vibracionais. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 94. 94 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Fônons = ondas elásticas
  • 95. 95 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Condução térmica: fenômeno pelo qual o calor é transportado em um material de regiões de alta temperatura para regiões de baixa temperatura. Condutividade térmica: capacidade de um material de conduzir calor. A condutividade térmica pode ser definida em termos de: A equação acima só é válida quando o fluxo de calor for estacionário (fluxo de calor que não se altera com o tempo) UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA dx dT k A Q  O calor é transportado de regiões de quentes para regiões frias. Q/A = fluxo de calor k = condutividade térmica dT/dx = gradiente de temperatura
  • 96. 96 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 97. 97 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Mecanismos de condutividade térmica condutividade térmica por elétrons (ke) Os elétrons livres que se encontram em regiões quentes ganham energia cinética e migram para regiões mais frias. Em conseqüência de colisões com fônons, parte da energia cinética dos elétrons livres é transferida (na forma de energia vibracional) para os átomos contidos nessas regiões frias, o que resulta em aumento da temperatura. Quanto maior a concentração de elétrons livres, maior a condutividade térmica. condutividade térmica por fônons (kq) A condução de calor pode ocorrer também através de vibrações da rede atômica. O transporte de energia térmica associada aos fônons se dá na mesma direção das ondas de vibração. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 98. 98 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores A condutividade térmica (k) de um material é a soma da condutividade por elétrons (ke) e a por fônons (kq): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Transporte de calor = Fônons + elétrons livres k = kf + ke kf = condutividade por fônons ke = condutividade por elétrons
  • 99. 99 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Capacidade térmica Coef. Dilatação condutividade
  • 100. 100 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Condução de calor em metais Metal = grande número de elétrons livres O transporte eletrônico é muito eficiente! Condutividades entre 20 e 400 W/m-K Condução de calor em cerâmicas Cerâmica = isolante (poucos elétrons livres) Condutividade por fônons (pouco eficiente!) Condutividades entre 2 e 50 W/m-K UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 101. 101 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Condução de calor em polímeros A transferência de calor ocorre através da vibração e da rotação das moléculas das cadeias. A condutividade depende do grau de cristalinidade. Estruturas mais cristalinas têm maiores condutividades. Polímeros, que, em geral, têm condutividades térmicas da ordem de 0,3 W/m-K, são usados como isolantes térmicos. Ex. PS expandido (isopor). UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 102. 102 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Condutividade térmica versus temperatura O aumento da temperatura provoca o aumento da energia dos elétrons e das vibrações da rede cristalina. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Maior energia dos elétrons = maior número de portadores = maior condutividade Mais vibração da rede = maior contribuição dos fônons = maior condutividade
  • 103. 103 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores DILATAÇÃO TERMICA: Dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo ocasionado pela aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas e conseqüente aumento na distância média entre as mesmas. A dilatação ocorre de forma mais significativa nos gases, de forma intermediária nos líquidos e de forma menos explícita nos sólidos, podendo- se afirmar que: Dilatação nos gases > Dilatação nos líquidos > Dilatação nos sólidos. Nos sólidos, o aumento ou diminuição da temperatura provoca alteração nas dimensões lineares, como também nas dimensões superficiais e volumétricas. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 104. 104 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação Linear dos Sólidos: A maioria dos materiais sólidos se expandem no aquecimento e se contraem no resfriamento. A mudança no comprimento de um material sólido com a temperatura pode ser expressa da seguinte. ou onde ΔL é a variação do comprimento, ΔL = Lf – L0. Δt é a variação da temperatura, Δt = Tf – T0. α é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente de dilatação linear, e a sua unidade é o °C-1. Cada material tem um coeficiente de dilatação linear próprio, o do alumínio, por exemplo, é 24.10-6°C-1. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Unidade: cm
  • 105. 105 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Exemplo de dilatação linear: os fios de telefone ou luz. Expostos ao Sol nos dias quentes do verão, variam suas temperaturas consideravelmente, fazendo com que o fio se estenda causando um envergamento maior, pois aumenta seu comprimento que passa de um comprimento inicial (L0) a um comprimento final (Lf). A mesma coisa acontece com o fio de cabelo quando se utiliza a "chapinha" para alisá-lo. Dizemos que a dilatação provocou um aumento no comprimento UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 106. 106 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Na tabela podemos verificar o valor do coeficiente de dilatação linear de algumas substâncias. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 107. 107 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação Superficial dos Sólidos: Há corpos que podem ser considerados bidimensionais, pois sua terceira dimensão é desprezível frente às outras duas, por exemplo, uma chapa. Neste caso, a expansão ocorre nas suas duas dimensões lineares, ou seja, na área total do corpo. Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação superficial utilizamos a seguinte equação: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 108. 108 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação superficial utilizamos a seguinte equação: onde: ∆S: variação da área da superfície do corpo que sofreu a dilatação superficial. S0 : área inicial da superfície do corpo. β: coeficiente de dilatação superficial do material que constitui o corpo. É importante saber que o coeficiente de dilatação superficial de um material é igual ao dobro do coeficiente de dilatação linear do mesmo material, ou seja, β = 2α. ∆T: variação de temperatura sofrida pelo corpo. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Unidade: cm2
  • 109. 109 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação Volumétrica dos Sólidos: É aquela em que predomina a variação em três dimensões, ou seja, a variação do volume do corpo. Imaginemos um paralelepípedo de volume inicial Vo e temperatura inicial To. Ao aquecermos este corpo para uma temperatura t ele passará a ter um novo volume V. Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação superficial utilizamos a seguinte equação: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA V = V0 (1 + γ . Δθ)
  • 110. 110 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Para calcularmos a variação da área do corpo que sofreu a dilatação superficial utilizamos a seguinte equação: Onde: V = volume final V0 = volume inicial Δθ = θ – θ0 = variação da temperatura  = 3α = coeficiente de dilatação volumétrico Relação entre os coeficientes de dilatação linear, superficial e volumétrica Partindo do coeficiente de dilatação linear () notamos que o coeficiente de dilatação superficial (β) e volumétrica () depende dele, pois 2 é igual a β e 3 é igual a γ, portanto podemos escrever a seguinte relação: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA V = V0 (1 + γ . Δθ) Unidade: cm3
  • 111. 111 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação nos metais: Os coeficientes lineares de expansão térmica para alguns dos metais comuns variam na faixa de cerca de 5x10-6 e 25x10-6 (oC)-1. Para algumas aplicações, um alto grau de estabilidade dimensional com flutuação da temperatura é essencial. Isso tem resultado no desenvolvimento de uma família de ligas ferro- níquel e ferro-cobalto que têm valores de 1 da ordem de 1x 10-6 (oC)-1. Uma tal liga foi projetada para ter características de expansão iguais àquelas do vidro Pyrex; quando ajuntada ao Pyrex e submetida a variações de temperatura, tensões térmicas e fratura possível na junção são evitadas. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 112. 112 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação nos cerâmicos: cerâmicos como refletidas nos comparativamente baixos coeficientes de expansão térmica; valores tipicamente variam entre cerca de 0,5x10-6 a 15x10-6 (oC)-1. Para cerâmicas não cristalinas e também aquelas contendo estruturas cristalinas cúbicas, 1 é isotrópico. Doutro modo, ele é anisotrópico e, de fato, alguns materiais cerâmicos, durante o aquecimento, contraem-se em algumas direções cristalográficas enquanto se expandem em outras. Para vidros inorgânicos, o coeficiente de expansão depende da composição. Sílica fundida (vidro de SiO2 de alta pureza) tem uma extremamente pequena expansão térmica, 0,5x10-6 (oC)-1. Isso é explicado por uma baixa densidade de empacotamento atômico de maneira que expansão interatômica produz relativamente pequenas variações dimensionais macroscópicas. Adição de impurezas na sílica fundida aumenta o coeficiente de expansão térmica. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 113. 113 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores Dilatação nos polímeros: Alguns materiais poliméricos experimentam muito grandes expansões térmicas no aquecimento como indicado por coeficientes que variam desde aproximadamente 50x10-6 até 300x10-6 (oC)-1. Os mais altos valores de 1 são encontrados em polímeros lineares e ramificados porque as ligações intermoleculares secundárias são fracas e existe uma mínima ligação cruzada. Com aumentada ligação cruzada, a magnitude do coeficiente de expansão térmica decresce, os mais baixos coeficientes são encontrados em polímeros reticulares termofixos tais como Baquelita, nos quais a ligação é quase que inteiramente covalente. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 114. 114 3.2 – Propriedades térmicas dos condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 115. 115 4. APLICAÇOES DOS CONDUTORES UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 116. 116 Material condutor: é um elemento de baixa resistividade específica, formando objetos de pouca resistência elétrica - imposição a passagem de corrente elétrica. Essa propriedade é comum nos metais e podem ser explicadas pelas suas eletropositividades, característica que facilita a perda de elétrons, ideal para que ocorra o movimento ordenado. Alguns exemplos de aplicações de condutores: 4.1.1 Cobre: Possui excelente condutividade elétrica. E apresenta a resistência elétrica mais baixa de todos os metais não-preciosos, e é utilizado de uma forma geral como condutor elétrico, também em cabos subterrâneos, terminais de conexão, revestimento em haste de aterramento e tomadas,... 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 117. 117 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 118. 118 4.1.2 Alumínio: Por ter uma menor densidade em relação ao cobre, o Alumínio tem uso especial em cabos aéreos, tornado o peso do cabo um o fator decisivo, portanto o alumínio é o mais utilizado, e devido a sua grande condutibilidade térmica e elétrica é utilizado como condutores isolados para eletrotécnica, condensadores, dissipadores e refletores. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 119. 119 4.1.3 Ouro: Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, ela é usada para cobrir com uma camada por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 120. 120 4.1.4 Platina: É leve, dúctil, tem um alto ponto de fusão, e tem uma boa resistência contra corrosão e ataques químicos. Por isso é encontrado particularmente em peças de contato, anodos, fios de aquecimento. Sendo o metal mais adequado para a fabricação de termoelementos e termômetros resistivos até 1000oC, pois até essas temperaturas não sofre transformações estruturais, fazendo com que a resistividade varie na mesma proporção da temperatura. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 121. 121 4.1.5 Prata: É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas peças de contato. A prata,devido às suas características elétricas, químicas e mecânicas é usada em forma pura ou de liga, cada vez mais em partes condutoras aonde uma oxidação ou sulfatação viria criar problemas mais sérios. É o caso de peças de contato, notadamente nas partes em que se dá o contato mecânico entre duas peças e, onde, além de um bom material condutor, é conveniente ter-se um metal que não influa negativamente devido a transformações metálicas, além de soldas, contatos elétricos, baterias de alta capacidade (prata-zinco e prata-cádmio). 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 122. 122 4.1.6 Solda Estanho-Chumbo: A solda para eletrônica também é conhecida como solda 60/40, devido a sua composição de liga de 60% de estanho e 40% de chumbo. Essa composição dá à solda uma boa condução elétrica e um ponto de fusão não muito alto, evitando o superaquecimento de componentes no momento da soldagem. Dentro do fio há um núcleo de resina. O processo de solda consiste em aquecer os componentes a serem soldados e a placa onde serão soldados, se for o caso, com um equipamento denominado ferro de solda. Ao encostar o fio de solda nos componentes aquecidos, o núcleo de resina funde-se primeiro, cobrindo as superfícies a serem soldadas. A liga de solda então funde-se, cobrindo as superfícies, e solidificando-se ao resfriar-se. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 123. 123 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 124. 124 4.1.7 Tungstênio: De cor branca acinzentada, brilhante, muito duro e denso, tem o ponto de fusão mais alto de todos os elementos. É utilizado em filamentos de lâmpadas incandescentes, resistências elétricas (elemento aquecedor em fornalhas elétricas), válvulas termiônicas, eletrodos para solda elétrica, e de conexão para circuitos integrados. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 125. 125 4.1.7 Grafite: Grafite é condutor de eletricidade, e serve como material para eletrodos em fornos a arco elétrico, que transportam energia elétrica para o derretimento da sucata de aço como parte do processo de fundição. Os elétrodos de grafite também são usados em processos de impressão. Eles são revestidos com uma fina camada de cera em impressões, debaixo de uma camada de cobre. Ele dá a conexão elétrica negativa utilizada para a eletrólise. 4.1 – Aplicações do condutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 126. 126 1) Qual a grande necessidade da indústria elétrica e eletrônica de usar novos materiais com melhores características e de fácil caracterização? 2) Quais são as regras práticas para seleção dos materiais elétricos? 3) Como é feita a classificação dos materiais na engenharia elétrica? 4) Como deve ser o comportamento dos materiais elétricos dos materiais? 5) O que são materiais condutores? 6) Do ponto de vista químico, qual a relação da formação de elétrons livre e a condução elétrica? 7) A boa condutividade elétrica dos metais quando comparado a outros materiais ocorre por que: (A) A carga iônica tem boa mobilidade no reticulado cristalino (B) a condução de eletricidade ocorre devido à difusão; (C) O elétron de Valencia responsável pelas ligações químicas entre os íons positivos tem alta mobilidade no cristal; (D) Todos os elétrons do metal são livres para se movimentar; (E) A movimentação dos elétrons ocorre nos defeitos do reticulado cristalino. Lista 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 127. 127 8) O Cobre é um metal muito utilizado devido à alta condutibilidade elétrica e térmica que possui. Pode-se afirmar que: (a) Quanto maior o teor de Oxigênio maior a condutibilidade elétrica. (b) Impurezas em solução sólida diminuem a condutibilidade elétrica. (c) A condutibilidade elétrica é pouco afetada pela presença de impurezas. (d) A condutibilidade elétrica só é afetada pela temperatura. (e)As alternativas (b) e (d) estão ambas corretas. 9) Como é a movimentação dos elétrons livres de um condutor quando se aplica uma ddp? Qual o sentido os elétrons? 10) O que é condutividade elétrica? Qual a faixa de condutividade nos condutores, isolantes e semicondutores? 11) O que é resistividade elétrica? Qual a faixa de resistividade nos condutores, isolantes e semicondutores? 12) Deduza a partir da primeira lei do Ohm a segunda lei da resistividade ( formula da resistividade)? 13) O que diz a regra de Mathiessen com relação o efeito da temperatura, impureza e defeitos? Lista 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 128. 128 14) O que é coeficiente de temperatura de um condutor? 15) O que é condutividade térmica? Como é o mecanismo da condutividade térmica por elétrons e fônons? 16) O que é dilatação térmica? E quais os tipos? 17) Pretende-se que um fio de 0,2cm de diâmetro por 1 m de comprimento transporte uma corrente de 20 A. A potencia máxima dissipada ao longo do fio é de 4W/s. Calcule a condução mínima possível do fio em .m. 18) Para que um fio de cobre de pureza comercial possa conduzir uma corrente de 10 A com uma queda de tensão máxima de 0,4 V/m, qual deve ser o diâmetro mínimo do fio?  (Cu comercial = 5,85.107 ( .m)-1 19) Calcule a resistividade do cobre puro a 1320C, usando o coeficiente de temperatura da resistividade do cobre. Dados: 00C = 1,6  .m. Lista 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 129. 129 20) (ENADE) Em um laboratório de maquinas elétricas de 20 m2 de área, a tensão máxima disponível é 440V. Para prevenir o risco de choques elétricos, emprega-se um tapete eletricamente isolante, que cobre todo o chão da sala. A espessura deste tapete foi calculado por um especialista considerando a corrente máxima permitida igual 1 mA. A resistência do homem é desprezada e a área de contado do usuário com o tapete foi arbitrada em 1000 cm2. O isolante empregado apresenta resistividade igual a 4,4 108.cm. e massa especifica igual a 2 g/cm3. Qual a massa em kg, deste tapete? 21) Uma amostra de fio (1 mm de diâmetro por 1 m de comprimento) de um liga de alumínio é colocada em um circuito elétrico como mostrado na figura abaixo. Uma queda de tensão de 432mV é medida entre as extremidades do fio quando este transporta uma corrente de 10A . Calcule a condutividade dessa liga? Lista 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 130. 130 22) Calcule a velocidade de arraste dos elétrons livres no cobre para uma intensidade de campo elétrico de 0,5 V/m. Dados:  Cu = 3,5.10-3 m2 /V.s 23) Duas barras de 3 metros de alumínio encontram-se separadas por 1 cm á 200C. Qual deve ser a temperatura para que elas se encostem, considerando que a única direção da dilatação acontecerá no sentido do encontro? Sendo Al 22.10-6 0C-1 24) Uma peça de zinco é constituída a partir de uma chapa de zinco com lados 30cm, da qual um pedaço de área 500cm2. Elevando-se a temperatura de 500C a temperatura da peça restante, qual será a área final em cm2 ? Dados: Zn= 2,5.10-5 0C-1 25) Um paralelepípedo de uma liga de alumínio (Al 22.10-6 0C-1) tem arestas que, à 00C, medem 5cm, 40cm e 30cm. De quanto aumenta seu volume ao ser aquecido à temperatura de 100 0C? Lista 1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 131. 131 B1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 132. 132 5. ISOLANTES OU DIELÉTRICOS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 133. 133 Material Isolante (Dielétricos): materiais isolantes são substâncias em que os elétrons e íons não podem se mover em distâncias macroscópicas como os condutores devido a presença de poucos elétrons livres e que resistem ao fluxo dos mesmos (alta resistência elétrica). Um material isolante, quando submetido a um campo elétrico externo, tem seus elétrons deslocados de distancia microscópica e esse fenômeno é chamado de polarização. Portanto, quando acontece esse fenômeno em materiais isolantes, chamamos esses materiais de dielétricos. Dielétrico: é o meio no qual é possível produzir e manter (armazenar) um campo elétrico com pequeno ou nenhum suprimento de energia de fontes externas. A energia requerida para produzir o campo elétrico pode ser recuperada, armazenada e após cessada quando o campo elétrico é removido. 5.1 – Definição UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 134. 134 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.2 – Polarização Dielétrica Uma propriedade fundamental dos materiais dielétricos é a polarização de suas partículas elementares, quando sujeitas à ação de um campo elétrico. Devido a essa polarização, os materiais dielétricos são capazes de armazenar energia elétrica. Define-se por polarização um deslocamento reversível dos centros das cargas positivas e negativas na direção do campo elétrico externo aplicado.
  • 135. 135 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.2 – Polarização Dielétrica A polarização de um dielétrico pode ocorrer das duas maneiras: 1) Se o isolante é constituído de átomos, que não apresentam momento dipolar, quando aplicado um campo elétrico externo, ocorre à separação entre o núcleo atômico positivo (fixado na matriz do dielétrico) e a nuvem eletrônica, a qual é deslocada na direção oposta ao campo elétrico aplicado, produzindo dipolos sem dissipar energia. Uma vez eliminado o campo externo, os átomos voltam à sua posição inicial, a polarização desaparece, pois os centros de cada grupo de cargas voltam à situação inicial (equilíbrio).
  • 136. 136 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.2 – Polarização Dielétrica 2) Se o dielétrico for constituído de partículas elementares (elétrons, prótons, etc.) que por si só já são dipolos (por exemplo, moléculas) que, devido à sua constituição química já são dotados de cargas positivas e negativas, a ação do campo elétrico externo tenderá a orientar as partículas de acordo com a própria orientação do campo externo. Quanto mais intenso é o campo, tanto mais elevado é o trabalho de orientação das partículas elementares, observando-se de modo mais acentuado a elevação de temperatura, devido à transformação do trabalho de orientação em calor. + - + -
  • 137. 137 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente a) gasosos: ar – amplamente utilizado como isolante em redes elétricas de transmissão e distribuição; hexafluoreto de enxofre (SF6) – usado em isolamentos de cabos subterrâneos e disjuntores de alta potência (subestações); b) fibras naturais: papel impregnado em resinas ou óleos, algodão, seda – usados em suportes isolantes e em revestimentos de cabos, capacitores e bobinas;
  • 138. 138 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente c) cerâmicas: óxido de alumínio, titanato de bário, porcelana, etc. – utilizadas basicamente em isoladores de baixa, média e alta tensão, e em capacitores de baixa e alta tensão (elevada constante dielétrica); d) resinas plásticas: Poliéster, polietileno, PVC (Poli Cloreto de Vinila), Teflon, etc. – aplicados em revestimentos de fios e cabos, capacitores e peças isolantes;
  • 139. 139 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente e) líquidos: Óleos (mineral, óleo de silicone – atuam nas áreas de refrigeração e isolação em transformadores e disjuntores a óleo. Também empregados para impregnar papéis usados como dielétricos em capacitores. f) tintas e vernizes: compostos químicos de resinas sintéticas – Têm importante emprego na tecnologia de isolação de componentes eletrônicos como: esmaltação de fios e cabos condutores, isolação de laminados ferromagnéticos, circuitos impressos e proteção geral de superfícies; g) borrachas sintéticas: neoprene, EPR (Epileno Propileno), XLPE (Polietileno Reticulado) e borracha butílica – usados como capa protetora de cabos;
  • 140. 140 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.3 – Materiais Isolantes de Uso Industrial mais Freqüente h) mica: material mineral usado em capacitores e em ligações entre transistores de alta potência; i) Vidro e madeira: principal emprego em isoladores de linhas de transmissão. As fibras de vidro são usadas no lugar dos papéis em algumas aplicações. madeira: grande utilização em cruzetas dos postes de distribuição.
  • 141. 141 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes 5.4.1 Capacitância (C): é a razão entre os módulos de sua carga Q e a diferença de potencial V entre elas. A unidade e Faraday. Quando uma voltagem é aplicada através de um capacitor (tipo placa, por exemplo), constituído de duas placas condutoras paralelas de área A separadas por uma distância L onde existe o vácuo ou algum material isolante (Figura), uma das placas torna-se positivamente carregada, e a outra negativamente, com o correspondente campo elétrico aplicado dirigido do terminal positivo para o negativo. Capacitores: é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica. V Q C ia Capacitânc 
  • 142. 142 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes Capacitores: é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica.
  • 143. 143 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes Também pode ser: Também pode ser calculado como sendo a constante dielétrica e a permissividade eletrostática do vácuo ou espaço livre l A C 0   Q =carga em uma placa A = área da placa l = separação entre placas 0 = 8,85x10-12 F/m
  • 144. 144 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes 5.4.2 Constante dielétrica (ou permissividade) (ε ou k): é uma propriedade do material isolante utilizado em capacitores que influi na capacitância total do dispositivo. Através da constante dielétrica, pode relacionar a densidade de fluxo elétrico e o campo elétrico do material, quanto maior a constante dielétrica, maior a densidade de fluxo elétrico no material para um mesmo campo elétrico, maior a capacitância. Da definição da carga Q resulta a propriedade dielétrica conhecida por constante dielétrica relativa, r, dada por; ou seja,é a razão entre a carga Q, obtida com uma determinada tensão no capacitor que contém um dado dielétrico e a carga Q0, que é a carga que existiria se os eletrodos estivessem separados pelo vácuo. A constante dielétrica relativa é adimensional. 0 Q Q   r
  • 145. 145 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes Compondo estas duas equações, temos, ainda, que Q = .Q0 = .C0 .V Temos ainda, para um dado valor de tensão constante, que a constante dielétrica é função de: Muitos autores adotam outra nomenclatura: chamam permissividade à constante , e constante dielétrica à constante K. É preciso atenção a essa nomenclatura quando se lê um livro de Eletricidade. A constante dielétrica do ar ou do vácuo é dada 0 = 8,8541878176x10-12 F/m. 0 C C   0 Q Q   e r
  • 146. 146 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
  • 147. 147 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes 5.4.3 Rigidez Dielétrica: Corresponde ao valor limite de tensão aplicada sobre a espessura do material (kV/mm), sendo que, a partir deste valor, os átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um isolante. Em outras palavras é a intensidade máxima do campo elétrico que um dielétrico pode suportar sem tornar-se um condutor de eletricidade (“ruptura dielétrica”). No caso do ar, sua rigidez dielétrica vale cerca de 3 (kV/mm), assim, quando um campo elétrico no ar ultrapassar esse valor, ele deixa de ser isolante e torna-se condutor. O valor da rigidez dielétrica varia de um material para outro e depende de diversos fatores como: · Temperatura. · Espessura do dielétrico. · Tempo de aplicação da diferença de potencial · Taxa de crescimento da tensão. · Para um gás, a pressão é fator importante.
  • 148. 148 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 5.4 – Propriedades elétricas do isolantes
  • 149. 149 6. SEMICONDUTORES UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 150. 150 Os semicondutores são os responsáveis por toda a moderna tecnologia eletrônica. Definição: São sólidos cristalinos de condutividade elétrica intermediária entre condutores e isolantes. Os elementos semicondutores podem ser tratados quimicamente para transmitir e controlar uma corrente elétrica. Seu emprego é importante na fabricação de componentes eletrônicos tais como diodos, transistores e outros de diversos graus de complexidade tecnológica, microprocessadores, e nano circuitos usados em nanotecnologia. Portanto atualmente o elemento semicondutor é primordial na indústria eletrônica e confecção de seus componentes. 6.1 – Definição UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 151. 151 A condutividade elétrica nos materiais 6.2 – Condutividade e resistividade dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Metais   ≈107 (Ω.m)-1 Semicondutores 10-6 ≤  ≤ 104 (Ω.m)-1 Isolantes  10-10 ≤  ≤ 10-20 (Ω.m)-1 A resistividade elétrica nos materiais Metais   ≈10-2 a 10 (Ω.m) Semicondutores 10 ≤  ≤ 1012 (Ω.m) Isolantes  1012 ≤  ≤ 1024 (Ω.m)
  • 152. 152 O valor numérico da condutividade é uma característica definida e intermediaria entre condutores e isolantes, e também define o comportamento funcional dos materiais. A condutividade elétrica de um semicondutor é sensivelmente influenciada também por eventuais perturbações da estrutura cristalina, o que, por sua vez, tem fundamental importância nos próprios processos de fabricação dos semicondutores. Tais perturbações podem ser provocadas tanto por irregularidades na estrutura cristalina, pela presença proposital ou acidental de impurezas (intrínseco e extrínsecos). Esse grau de pureza deve atingir a níveis superiores a 10-4 impurezas por átomo de metal de base, o que bem demonstra a elevada tecnologia necessária na fabricação destes componentes. 6.3 – Comportamento dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 153. 153 O Na tabela periódica, os principais elementos estão situados na família 4A Carbono (C), germânio (Ge) e, sendo o mais utilizado, o silício (Si). Os outros elementos podem ser utilizados como semicondutores se encontram nas colunas 3A, 5A e 6A da Tabela Periódica 6.4 – Estrutura dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 154. 154 Exemplos: Silício (Si), silício-germânio (SiGe), arseneto de gálio (GaAs), sulfeto de cádmio (CdS) (liga binária). Podem ser formados até por ligas ternárias ou quaternárias: AlGaAs, InGaAsP. 6.4 – Estrutura dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 155. 155 6.4 – Estrutura dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 156. 156 A maioria dos semicondutores são: Cristalinos, mas existem entretanto alguns sólidos amorfos com comportamentos semicondutor. Maioria possui estrutura igual à do diamante. Ligações covalentes e iônicas. 6.4 – Estrutura dos semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 157. 157 A maneira com que os elétrons se distribuem nas órbitas em torno do núcleo do átomo não é aleatória. Segue regras bem definidas, que são as mesmas para todos os elementos. Conforme a Teoria Quântica os estados da matéria não variam continuamente, mas sim em pequenos intervalos discretos, chamados quanta. Um elétron em órbita tem uma energia potencial que depende da sua distância até o núcleo e uma energia cinética que depende da sua velocidade. A soma de ambas é a energia total do elétron. Assim, a energia total dos elétron ocupa determinadas órbitas ou níveis de energia determinada por 4 números quânticos. 6.5 – Níveis de energia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 158. 158 Números quânticos: é o conjunto de 4 números que identificam um elétron de um átomo. Os números quânticos indicam a energia do elétron no átomo e a região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron. 1. Número quântico principal (n): Identifica o nível de energia do elétron; • A eletrosfera é dividida em 7 partes chamada camadas eletrônicas ou níveis de energia ; • Do núcleo para fora estas camadas são representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q. 6.6. Números quânticos •Os elétrons de um átomo são colocados, inicialmente, nas camadas mais próximas do núcleo UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 159. 159 Período ou series: O número do período corresponde à quantidade de níveis (7 camadas) que os elementos químicos apresentam. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA 6.6. Números quânticos
  • 160. 160 •Atualmente, esses níveis são identificados pelo chamado número quântico principal (n) que é um numero inteiro (varia de 1 a 7). 2. Número quântico secundário (l): Identifica o subnível de energia do elétron. •Os subníveis são preenchidos sucessivamente, na ordem crescente de energia, com o número máximo de elétrons possível em cada subnível; •Esses subníveis são identificados pelo chamado numero quântico secundário ou azimutal (l) que assume valores de 0,1,2,3 que são designados pelas letras s, p, d, e f respectivamente. 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 161. 161 3. Número quântico magnético (m): Identifica o orbital (orientação no espaço) do elétron. • É a região do espaço onde é máxima a probabilidade de se encontrar um determinado elétron. Nesse diagrama, cada orbital e representado simbolicamente por um quadradinho. Através que os subníveis s,p,d,f contêm sucessivamente 1,3,5,7 orbitais; • Essas orbitais nessas condições são identificados pelo chamado número quântico magnético (m) e são exemplificados como: 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 162. 162 3.1 Princípio de exclusão de Pauli: • Em um mesmo orbital encontraremos, no máximo, 2 elétrons com spins opostos; • Em um mesmo átomo, não existem dois elétrons com quatro números quânticos iguais; Em um mesmo orbital os elétrons possuem SPINS opostos 3.2 Regra de Hund: • Coloca-se um elétron em cada orbital, da esquerda para a direita e, quando todos os orbitais tiverem recebido o primeiro elétron é que colocamos o segundo elétron, com sentido oposto 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 163. 163 4. Número quântico de spin (s): Identifica o spin (rotação do elétron) • Cálculos matemáticos provaram que um orbital comporta, no máximo, dois elétrons; • Os elétrons podem girar no mesmo sentido ou em sentidos opostos criando campos magnéticos que repelem ou atraem. • Essa rotação é chamada de número quântico spin (s) cujos valores são: 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 164. 164 Estudos sobre as energias dos subníveis, mostram que: • O cientista LINUS PAULING criou uma representação gráfica para mostrar a ordem CRESCENTE de energia dos subníveis; • Esta representação ficou conhecida como DIAGRAMA DE LINUS PAULING 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 165. 165 Diagrama de Linus Pauling 6.6. Números quânticos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 166. 166 Designa-se valência é um número que indica a capacidade que um átomo de um elemento tem de se combinar com outros átomos, capacidade essa que é medida pelo número de elétrons que um átomo pode dar, receber, ou compartilhar de forma a constituir uma ligação química. Seja o exemplo a seguir da distribuição dos elétrons em um átomo de Germânio, número atômico 32. O nível mais externo (4, neste exemplo) é denominado nível de valência e os elétrons presentes nele são os elétrons de valência. Nível = 1 2 3 4 Subnível = s s p s p d s p Elétrons = 2 2 6 2 6 10 2 2 O número de elétrons de valência é um fator importante do elemento. Ele define a capacidade do átomo de ganhar ou perder elétrons e de se combinar com outros elementos originando uma banda designada banda de valência do sólido. Esta é a banda que possui maior energia. A convenção adotada para a representação gráfica da distribuição de elétrons no átomo do elemento é a indicação seqüencial do níveis e respectivos sub-níveis, com o número de elétrons de cada subnível na forma de expoente. Para esse caso do germânio: k L M N camada de Valencia = 4 elétrons 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2b 6.7 – Valência UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Banda de condução
  • 167. 167 6.7 – Valência UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 168. 168 6.7 – Valência UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA Átomo isolado (germânio Z = 32) Orbitais de Valencia
  • 169. 169 A capacidade de um átomo de se combinar com outros depende do número de elétrons de valência. A combinação só é possível quando este é menor que 8. Elementos com 8 elétrons de valência não se combinam. São estáveis e inertes. Considera-se agora o silício, que é o semicondutor mais usado, dispondo de 4 elétrons de valência. No estado puro, cada par de elétrons de átomos distintos forma a chamada ligação covalente, de modo que cada átomo fica no estado mais estável, isto é, com 8 elétrons na camada externa. 6.7 – Valência UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 170. 170 Designa-se por banda de energia o conjunto dos níveis de energia que os elétrons num sólido podem possuir. Num cristal, em que um grande número de átomos se encontram ligados muito próximos uns dos outros, formando uma rede, os elétrons são influenciados por um determinado número de núcleos adjacentes e os níveis de energia dos átomos transformam-se em bandas de energia permitidas. Esta aproximação aos níveis de energia nos sólidos é muitas vezes conhecida por teoria das bandas. Segundo esta teoria, cada banda representa um grande número de estados quânticos permitidos e existem algumas denominadas proibidas. Os elétrons de valência “mais externos” originam uma banda designada banda de valência do sólido. Esta é a banda que possui maior energia. 6.8 – Banda de energia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 171. 171 A estrutura das bandas dos sólidos explica as suas propriedades elétricas. Deste modo, com o objetivo de se movimentarem através do sólido, os elétrons têm de passar de um estado quântico para outro, o que acontece se existirem estados quânticos vazios com a mesma energia. Regra geral, os elétrons não podem mudar para um novo estado quântico da mesma banda se a banda de valência se encontra totalmente preenchida. Para que ocorra a passagem da corrente elétrica, é necessário que os elétrons se encontrem numa banda não completa, designada por banda de condução. 6.8 – Banda de energia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 172. 172 Os metais são bons condutores da corrente elétrica não só porque a banda de valência e a banda de condução se encontram semi-preenchidas, mas também porque a banda de condução se sobrepõe à banda de valência. No caso dos isolantes, as bandas de condução e de valência encontram-se separadas por uma larga zona energética proibida e, deste modo, os elétrons não possuem energia suficiente para transitar de uma para outra. No caso dos semicondutores, o nível de energia que separa a banda de energia superior completamente ocupada possui uma largura muito pequena relativamente à banda imediatamente superior desocupada, bastando um pequeno acréscimo de energia para fazer passar os elétrons para a banda desocupada, possibilitando assim a condução de correntes elétricas. 6.8 – Banda de energia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 173. 173 6.8 – Banda de energia UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 174. 174 Os semicondutores são divididos de acordo com sua pureza e estrutura em: SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS: são aqueles cujo comportamento elétrico depende basicamente da estrutura eletrônica do material puro. Sua condutividade elétrica geralmente é pequena e varia muito com a temperatura. SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS: são aqueles cujo comportamento elétrico depende fortemente do tipo e da concentração dos átomos de impurezas. A adição de impurezas para a moldagem do comportamento elétrico dos semicondutores é chamada de DOPAGEM. A maioria dos semicondutores comerciais elementares são extrínsecos; o mais importante exemplo é o Si, mas também estão nesta categoria o Ge e o Sn. É a possibilidade de adicionar impurezas diversas ao material puro que permite a fabricação de uma variedade de dispositivos eletrônicos a partir do mesmo material semicondutor. 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 175. 175 SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS: Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um isolante, mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor porque o calor fornece a energia térmica necessária para que alguns dos elétrons de valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna) passando a existir alguns elétrons livres no semicondutor. 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 176. 176 SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS: Um semicondutor se torna extrínseco quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco). As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser de dois tipos: impurezas de átomos doadores e impurezas de átomos receptores. Se o semicondutor for adicionado por impurezas doadores é chamado de semicondutor tipo N e se for adicionado por impurezas receptoras é chamado de semicondutor tipo P Átomos doadores têm cinco elétrons de valência (são penta valentes): Arsênio (AS), Fósforo (P) ou Antimônio (Sb). Átomos receptores têm três elétrons de valência (são trivalentes): Índio (In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al). 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 177. 177 SEMICONDUTORES TIPO N: A introdução de átomos penta valentes (como o Arsênio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam elétrons livres no seu interior. Como esses átomos fornecem (doam) elétrons ao cristal semicondutor eles recebem o nome de impurezas doadoras ou átomos doadores. Todo o cristal de Silício ou Germânio, dopado com impurezas doadoras é designado por semicondutor do tipo N (N de negativo, referindo-se à carga do elétrons). 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 178. 178 SEMICONDUTORES TIPO P: A introdução de átomos trivalentes (como o Índio) num semicondutor puro (intrínseco) faz com que apareçam lacunas livres no seu interior. Como esses átomos recebem (ou aceitam) elétrons eles são denominados impurezas aceitadoras ou átomos aceitadores. Todo o cristal puro de Silício ou Germânio, dopado com impurezas aceitadoras é designado por semicondutor do tipo P (P de positivo, referindo-se à falta da carga negativa do eletros). 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 179. 179 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 180. 180 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 181. 181 A condutividade elétrica dos materiais semicondutores pode ser representada pela equação: A condutividade elétrica dos semicondutores intrínsecos aumenta à medida que a temperatura aumenta. 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 182. 182 6.9 – Tipos de semicondutores UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 183. 183 A dopagem pode ser feita em quatro situações, conforme discriminamos a seguir: Durante o crescimento do cristal: o material de base sofre um aquecimento até se transformar em massa cristalina fundente, estado em que se efetua o acréscimo do material de dopagem, durante esse processo térmico, o cristal vai "crescendo“ posicionando-se os átomos da dopagem na própria cadeia cristalina que se forma. Por liga: o material de base é levado a fusão conjuntamente com o de acréscimo, formando-se assim uma liga. apos essa formação e esfriamento, os dois materiais estão agregados entre si. 7.0 – Técnicas de dopagem UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 184. 184 Por implantação iônica: átomos eletricamente carregados (com íons) de material dopante em estado gasoso são acelerados por um campo elétrico I njetados na cadeia cristalina do semicondutor. método da implantação iônica é o mais preciso e o mais sofisticado entre os mencionados, permitindo um ótimo controle tanto de posicionamento quanto de concentração da dopagem feita. Por difusão: nesse processo, vários discos de metal tetravalente básico são elevados a temperaturas da ordem de 1000°C e, nessas condições, colocados na presença de metais em estado gasoso (por exemplo, boro). os átomos de metal em estado gasoso se difundem no cristal sólido. Sendo o material sólido do tipo N, cria-se, assim, uma zona P. 7.0 – Técnicas de dopagem UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 185. 185 Destilação e Sublimação: a acentuada influencia das impurezas sobre as características elétricas do semicondutor, leva em muitos casos a exigência de se repetir o processo de purificação sobre a matéria prima fornecida pela industria química, antes de manufaturá-la. A diferença entre destilação e sublimação, é que na sublimação as modificações do estado físico eliminam o estado liquido, o que traz dificuldades de fracionamento dos materiais envolvidos, precipitando-se freqüentemente muito próximos entre si os elementos, facilmente e dificilmente sublimáveis. A vantagem da sublimação esta na facilidade dos meios necessários a sua obtenção. 7.1 – Método de purificação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 186. 186 Eletrolise: a purificação eletrolítica das matérias primas básicas pode levar a graus de pureza bastante elevados, se esta for realizada com cuidados especiais e eventualmente repetida dado numero de vezes. Através da eletrolise, um metal pode ser separado de outros metais menos nobres e de partículas insolúveis no eletrólito, a eficiência da separação ou eliminação simultânea de diversos metais, depende da relação dos potenciais destes metais em relação à solução (eletrólito) utilizada, e menos da grandeza da corrente. 7.1 – Método de purificação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 187. 187 Fusão Zonal: o necessário e elevado grau de purificação faz com que, para os semicondutores, os métodos anteriores, via de regra, não tragam o resultado final desejado. A fusão zonal utiliza-se do fato de que, num sistema de dois elementos em condição de equilíbrio entre a fase sólida e liquida, a composição de ambas a fase é geralmente diferente e que, no limite do diagrama de estado, as curvas liquida e sólida encontram-se segundo um ângulo definido, isto significa que mesmo no caso de uma concentração mínima de um elemento no outro, apresenta-se uma diferença de concentrações na passagem do estado liquido para o sólido. 7.1 – Método de purificação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 188. 188 Nem todos os elementos classificados como semicondutores pela Tabela Periódica dos Elementos, permitem uma fácil e precisa verificação dessa propriedade; em algum desses elementos a semi-condutância ainda não pode ser determinada com segurança ou, então, a característica não se apresenta estável a temperatura ambiente. Conseqüentemente existe uma família de materiais semicondutores de uso industrial, a família central dos materiais semicondutores é encontrada nos materiais de Valencia IV, o primeiro elemento é: Carbono: apesar de apresentar características semicondutoras, o carbono é antes utilizado como condutor em alguns casos, em outros casos, como material resistivo ou como componente capaz de suportar determinadas condições térmicas ou químicas. 7.2 – Elementos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA
  • 189. 189 Germânio: é um dos materiais semicondutores mais antigos; é encontrado em pequenas quantidades em minérios de zinco, pó de carvão e mesmo nas águas do mar, em face disso, a extração do germânio é extremamente difícil e onerosa, é uma substancia dura porem quebradiça não suportando qualquer tipo de esforço mecânico, oxida-se na presença do ar, formando uma finíssima película de oxido, é usado para a fabricação de componentes semicondutores. Silício: é termicamente mais estável do que o germânio, podendo por isso ser usado a temperaturas ambientes de até 150°C, permite reduzir a corrente inversa, o que reduz as perdas, fato esse que eleva o rendimento e simplifica os métodos de refrigeração. O silício é o elemento mais freqüentemente encontrado na natureza, após o hidrogênio, na forma natural, é encontrado nas rochas e em minérios. 7.2 – Elementos UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA ELETRICA

Notas do Editor

  1. 1
  2. 2
  3. 23
  4. 59
  5. 115
  6. 131
  7. 132
  8. 149
  9. 196