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DEZEMBRO2016Nº1
2222222222222222222222 11
10
Desenho
com lápis aquarelável
Você vai precisar de:
1 folha de 120mg para cima 1 lápis 2B
1 caixa de lápis aquarelável 1 borracha
1.O primeiro passo é escolher uma
foto, ou alguma ilustração já feita que
mais goste.
2. Em seguida faça um rascunho obser-
vando as linhas do desenho/foto.
3.Vá misturando as cores conforme for
achando necessidade. Sempre com cal-
ma, e sobrepondo as cores
4.No final você terá um resultado parecido
com o da foto.
333
4
Alex Oliveira
Beatriz J. V. de Oliveira
Sempre tive grande curiosidade
sobre as coisas, observando muito
e querendo registrar o que eu via.
A partir disso veio a vontade de ser
fotografa. Tenho muito apreço por
pinturas, e principalmente aquarela.
Meuestilomusicalpreferidoéreggae,
mas ouço de tudo um pouco.
Quando criança, desenhar era a
minha maior felicidade a todo instante.
Atualmente, minha profissão se resume
neste passado, misturando o desenho
que hoje se tornou técnico com
a tecnologia para produção de
identidades visuais.
Minhas referências são todas as
coisas ao meu redor, como Deus,
minha família e meus amigos.
Expediente
9
3 - O que te diferencia em relação
aos outros fotógrafos?
Acho que é a forma como eu vejo as coi-
sas, porque quando eu comecei a apren-
der, eu parti do vídeo para fotografia. No
vídeo a gente trabalha com movimento
de câmera, ponto de enquadramento,
composição e formas de trabalhar com a
imagem. E, de certa forma, isso me dife-
rencia, porque muitos fotógrafos nem tem
noção de enquadramento e composição.
4 - Uma dica para quem deseja ser
fotógrafo futuramente...
Ah! Eu diria para quem quer ser fotógrafo
que façam tudo por amor, façam tudo de
coração. Comecem com uns trabalhos
mais simples, mas sempre busquem ser
bons profissionais. Não sejam aqueles fotó-
grafos que apenas compram uma câmera
hoje, aprendem a tirar foto amanhã e vão
para rua colocar o valor deles lá embai-
xo, simplesmente para ter um trabalho ou
condição para comprar um equipamento,
porque isso apenas vai ajudar a derrubar
as pessoas que estão na área há um bom
tempo fazendo a fotografia de verdade,
em que trabalham e vivem disso.
Isso é algo que acontece muito hoje em
dia: O cara compra a câmera hoje, ama-
nhã está aprendendo a mexer, no outo
dia está fotografando, no seguinte abre
uma página na web e no final da semana
já é um fotógrafo.
5 - Quais foram seus últimos traba-
lhos?
Bom, meus últimos trabalhos foram mais
voltados para fotografia de aniversário e
casamento. Eu mesmo que resolvi priorizar
isso.
6 – Você tem projetos e planos futu-
ros? Quais?
Eu tenho pensado em uns projetos. Estou
querendo montar um estúdio e trabalhar
com outras coisas, como com Newborn,
que são fotos de bebes recém-nascidos.
Sabe, não quero manter o padrão, desejo
fazer todos os tipos de trabalho dentro da
fotografia.
7 – Qual a sua formação?
Minha formação em fotografia é total-
mente autodidata. Não fiz cursos voltado
para a área. Porém, fiz alguns cursos vol-
tados para a (vídeo), como Instituto Criar
por 1 ano, Escola Livre de Cinema e Vídeo
de Santo André por 1 ano e meio e al-
guns workshops na Oficinas Kinoforum. Lá
eu aprendi o básico de fotografia. Então,
resolvi arriscar: estudei na internet e obser-
vava os outros fotografarem. Assim, fui des-
cobrindo novas coisas.
evista
Ribeiro
feeh-ribeiro@live.com
@feeh_fotografia
feeh-ribeiro.wix.com/fr-fotografia
(11)983897538
8
1- Há quanto tempo você trabalha
com fotografia?
Então, há uns 3 ou 4 anos eu comecei a
trabalhar profissionalmente com fotogra-
fia, porém já faz uns 5 ou 6 anos que eu
estou trabalhando na área. Comecei tra-
balhando com equipamento dos outros,
porém depois de um tempo eu comprei
o meu próprio equipamento e parti para
autonomia de trabalhar sozinho.
2 - O que te inspira a tirar fotos e o
que é necessário para que sua foto
seja perfeita?
O que me inspira a tirar fotos é pensar
na reação do público que verá as fotos.
Até porque nos dias de hoje, não tiramos
fotos para nós mesmo, mas para os outros.
Como há um costume de desvalorizarem
nosso trabalho, o que nos inspira é o elogio
do cliente.
Acho que a foto perfeita tem que ter toda
uma composição de detalhes que nin-
guém nunca parou para pensar, em que
completa todas as coisas e a foto se torna
perfeita.
Entre
Feeh R
55
Entrevista
Feeh Ribeiro
a fotografia segundo um
profissional
8 -9
Ensaio
Fotográfico
Ilustração
Entenda como funciona
a fotografia nesse ramo
6 - 7
Dicas de como desenhar
com lápis aquarelável
10
6
Afotografia contém
vários segmentos e um de-
les é o ensaio fotografo.
Uma das principais formas
para se conseguir ir além
de uma boa foto é inves-
tir na criação de conjuntos
de imagens que guardem
coerência entre si. É nesse
contexto que o ensaio fo-
tográfico se torna cada vez
“A fotografia é a poesia
da imobilidade: é através
da fotografia que os
instantes deixam-se ver tal
como são.”
Peter Urmenyi
mais presente na fotografia
contemporânea. Dentro
disso, existem três unidades
para guiar fotógrafos em
busca de ensaios coeren-
tes: temática, formal e con-
ceitual. A unidade temática
diz respeito ao tema escolhi-
do para o ensaio. Podendo
ser um lugar, uma manifes-
tação cultural ou religiosa
ou até mesmo algo mais
subjetivo, como a solidão
ou a loucura. É interessan-
te contar uma história com
base no tema, seja de forma
sequencial e cronológica ou
não. Contendo uma lógica
narrativa, trazendo um as-
pecto novo e uma ligação
comafotoanterior.
A unidade formal é obtida,
Ensaio
Fotográfico
7
em parte, pela escolha dos
recursos técnicos. O en-
saio recebe uma leitura es-
pecifica dependendo do
equipamento usado e do
tratamento realizado pos-
teriormente. Se sustentando
em padrões de diferença e
repetição. A unidade formal
se confunde com o estilo, pela
dificuldade de conquistar e
demandar anos de pratica.
Já a unidade conceitual, é
a mais difícil de se obter e
entender. Consiste em um
ensaio onde se tem uma
mensagem a ser passada,
ou algo a ser denunciado.
Podendo usar temas alar-
mantes na sociedade, ou afli-
ções internas. w
Os três tipos de unidade
citados podem ocorrer de
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gráfico. Diferentes ensaios
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  • 3. 10 Desenho com lápis aquarelável Você vai precisar de: 1 folha de 120mg para cima 1 lápis 2B 1 caixa de lápis aquarelável 1 borracha 1.O primeiro passo é escolher uma foto, ou alguma ilustração já feita que mais goste. 2. Em seguida faça um rascunho obser- vando as linhas do desenho/foto. 3.Vá misturando as cores conforme for achando necessidade. Sempre com cal- ma, e sobrepondo as cores 4.No final você terá um resultado parecido com o da foto. 333
  • 4. 4 Alex Oliveira Beatriz J. V. de Oliveira Sempre tive grande curiosidade sobre as coisas, observando muito e querendo registrar o que eu via. A partir disso veio a vontade de ser fotografa. Tenho muito apreço por pinturas, e principalmente aquarela. Meuestilomusicalpreferidoéreggae, mas ouço de tudo um pouco. Quando criança, desenhar era a minha maior felicidade a todo instante. Atualmente, minha profissão se resume neste passado, misturando o desenho que hoje se tornou técnico com a tecnologia para produção de identidades visuais. Minhas referências são todas as coisas ao meu redor, como Deus, minha família e meus amigos. Expediente 9 3 - O que te diferencia em relação aos outros fotógrafos? Acho que é a forma como eu vejo as coi- sas, porque quando eu comecei a apren- der, eu parti do vídeo para fotografia. No vídeo a gente trabalha com movimento de câmera, ponto de enquadramento, composição e formas de trabalhar com a imagem. E, de certa forma, isso me dife- rencia, porque muitos fotógrafos nem tem noção de enquadramento e composição. 4 - Uma dica para quem deseja ser fotógrafo futuramente... Ah! Eu diria para quem quer ser fotógrafo que façam tudo por amor, façam tudo de coração. Comecem com uns trabalhos mais simples, mas sempre busquem ser bons profissionais. Não sejam aqueles fotó- grafos que apenas compram uma câmera hoje, aprendem a tirar foto amanhã e vão para rua colocar o valor deles lá embai- xo, simplesmente para ter um trabalho ou condição para comprar um equipamento, porque isso apenas vai ajudar a derrubar as pessoas que estão na área há um bom tempo fazendo a fotografia de verdade, em que trabalham e vivem disso. Isso é algo que acontece muito hoje em dia: O cara compra a câmera hoje, ama- nhã está aprendendo a mexer, no outo dia está fotografando, no seguinte abre uma página na web e no final da semana já é um fotógrafo. 5 - Quais foram seus últimos traba- lhos? Bom, meus últimos trabalhos foram mais voltados para fotografia de aniversário e casamento. Eu mesmo que resolvi priorizar isso. 6 – Você tem projetos e planos futu- ros? Quais? Eu tenho pensado em uns projetos. Estou querendo montar um estúdio e trabalhar com outras coisas, como com Newborn, que são fotos de bebes recém-nascidos. Sabe, não quero manter o padrão, desejo fazer todos os tipos de trabalho dentro da fotografia. 7 – Qual a sua formação? Minha formação em fotografia é total- mente autodidata. Não fiz cursos voltado para a área. Porém, fiz alguns cursos vol- tados para a (vídeo), como Instituto Criar por 1 ano, Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André por 1 ano e meio e al- guns workshops na Oficinas Kinoforum. Lá eu aprendi o básico de fotografia. Então, resolvi arriscar: estudei na internet e obser- vava os outros fotografarem. Assim, fui des- cobrindo novas coisas. evista Ribeiro feeh-ribeiro@live.com @feeh_fotografia feeh-ribeiro.wix.com/fr-fotografia (11)983897538
  • 5. 8 1- Há quanto tempo você trabalha com fotografia? Então, há uns 3 ou 4 anos eu comecei a trabalhar profissionalmente com fotogra- fia, porém já faz uns 5 ou 6 anos que eu estou trabalhando na área. Comecei tra- balhando com equipamento dos outros, porém depois de um tempo eu comprei o meu próprio equipamento e parti para autonomia de trabalhar sozinho. 2 - O que te inspira a tirar fotos e o que é necessário para que sua foto seja perfeita? O que me inspira a tirar fotos é pensar na reação do público que verá as fotos. Até porque nos dias de hoje, não tiramos fotos para nós mesmo, mas para os outros. Como há um costume de desvalorizarem nosso trabalho, o que nos inspira é o elogio do cliente. Acho que a foto perfeita tem que ter toda uma composição de detalhes que nin- guém nunca parou para pensar, em que completa todas as coisas e a foto se torna perfeita. Entre Feeh R 55 Entrevista Feeh Ribeiro a fotografia segundo um profissional 8 -9 Ensaio Fotográfico Ilustração Entenda como funciona a fotografia nesse ramo 6 - 7 Dicas de como desenhar com lápis aquarelável 10
  • 6. 6 Afotografia contém vários segmentos e um de- les é o ensaio fotografo. Uma das principais formas para se conseguir ir além de uma boa foto é inves- tir na criação de conjuntos de imagens que guardem coerência entre si. É nesse contexto que o ensaio fo- tográfico se torna cada vez “A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.” Peter Urmenyi mais presente na fotografia contemporânea. Dentro disso, existem três unidades para guiar fotógrafos em busca de ensaios coeren- tes: temática, formal e con- ceitual. A unidade temática diz respeito ao tema escolhi- do para o ensaio. Podendo ser um lugar, uma manifes- tação cultural ou religiosa ou até mesmo algo mais subjetivo, como a solidão ou a loucura. É interessan- te contar uma história com base no tema, seja de forma sequencial e cronológica ou não. Contendo uma lógica narrativa, trazendo um as- pecto novo e uma ligação comafotoanterior. A unidade formal é obtida, Ensaio Fotográfico 7 em parte, pela escolha dos recursos técnicos. O en- saio recebe uma leitura es- pecifica dependendo do equipamento usado e do tratamento realizado pos- teriormente. Se sustentando em padrões de diferença e repetição. A unidade formal se confunde com o estilo, pela dificuldade de conquistar e demandar anos de pratica. Já a unidade conceitual, é a mais difícil de se obter e entender. Consiste em um ensaio onde se tem uma mensagem a ser passada, ou algo a ser denunciado. Podendo usar temas alar- mantes na sociedade, ou afli- ções internas. w Os três tipos de unidade citados podem ocorrer de forma separada ou junto, em um mesmo ensaio foto- gráfico. Diferentes ensaios também podem guardar relações entre si, seja de um mesmo fotógrafo ou de fo- tógrafos diferentes.