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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
503
CALENDÁRIO DE RISCO CLIMÁTICO DO GIRASSOL PARA O
MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA, MT
Lucas de Souza Ferreira1
, Rivanildo Dallacort2
, Ricardo Shigueru Okumura3
,
Vanessa Raquel de Moraes Dias4
, Adalberto Santi5
1. Pós-graduando em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola da Universidade do
Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra, Brasil (lucas-jna@hotmail.com)
2. Professor Doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará
da Serra, Brasil.
3. Professor Adjunto I da Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de
Ciências Agrárias, Capitão Poço, Brasil.
4. Técnica Universitária-Química da Universidade do Estado de Mato Grosso,
Campus Tangará da Serra, Brasil.
5. Professor Mestre da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará
da Serra, Brasil.
Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013
RESUMO
São diversos os fatores que influenciam na produtividade do girassol, dentre eles,
tem-se a escolha da época adequada para a semeadura. Diante disso, objetivou-se
determinar um calendário agrícola de risco climático do girassol para o município de
Tangará da Serra, Estado de Mato Grosso. Utilizaram-se de dados diários de
precipitação e temperatura do ar dos últimos cinco anos (2008-2012),
disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Avaliou-se quatro
épocas de semeadura (10 fevereiro, 20 fevereiro, 01 março e 10 de março) no
período da segunda safra para cada ano. O desenvolvimento da cultura foi simulado
em graus-dias para os subperíodos emergência-floração, floração-maturação e ciclo
total. O calendário agrícola foi determinado por meio do cálculo do balanço hídrico
proposto por THORNTHWAITE & MATHER (1955), o qual demonstra a
disponibilidade hídrica durante o ciclo de desenvolvimento da cultura, adotando-se o
valor de 100 mm para a capacidade de água disponível no solo (CAD). As épocas de
semeadura analisadas não apresentaram restrições térmicas para o
desenvolvimento da cultura, a duração dos subperíodos, emergência-floração,
floração-maturação e ciclo total foram em média de 43; 68 e 110 dias
respectivamente. As épocas de semeadura 1 (10 de fevereiro) seguida da época 2
(20 de fevereiro) foram as que apresentaram menor risco hídrico para girassol, uma
vez que esse elemento climático é limitante para o rendimento final da cultura.
PALAVRAS-CHAVE: Temperatura, Precipitação, Clima, Hellianthus annus L
CALENDAR OF SUNFLOWER CLIMATE RISK TO TANGARÁ DA SERRA
TOWN MT
ABSTRACT
There are several factors that influence in the productivity of sunflower, among them,
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
504
has the choice of the appropriate time for planting. The research objective was to
determine an agricultural calendar of sunflower climate risk to the Tangará da Serra
town, Mato Grosso. Were used daily data of precipitation and air temperature of the
last five years (2008-2012), provided by the Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET).Were evaluated four sowing dates (10 February, 20 February, 01 March and
10 March) during the second crop for each year. The culture development was
simulated in degree-days for the subperiods emergency-flowering, flowering-ripening
and total cycle. The agricultural calendar was determined by the calculating of the
water balance proposed by Thornthwaite Mather (1995), which shows the water
availability during the culture development cycle, adopting a value of 100 mm for the
available water capacity in the soil (CAD). The sowing times analyzed presented no
thermal restrictions to the culture development, the duration of subperiods,
emergency-flowering, flowering-ripening and emergency-total cycle, were in average
43, 68 and 110 days respectively. The sowing times 1 (February 10) followed by the
second season (February 20) were that presented the lowest water risk for the
sunflower, once this climatic element is limiting for the final yield of the crop.
KEYWORDS: Temperature, Precipitation, Climate, Hellianthus annus L
INTRODUÇÃO
A produção brasileira de girassol (Hellianthus annuus L.) cresce
significativamente, na safra 2011-2012 a produção foi de 116,4 mil toneladas,
superior 40,07% a obtida na safra anterior (83,1 mil toneladas). Dentre as regiões
produtoras, o Centro-Oeste foi responsável por 89,5% de toda produção (104,2 mil
toneladas), sendo que o Estado de Mato Grosso destaca-se como o principal
produtor, com 76,19% (79,4 mil toneladas) (CONAB, 2013).
O girassol cada vez mais vem se consolidando entre as culturas oleaginosas
de maior interesse no Brasil, pelo fato da mesma apresentar-se como uma
alternativa econômica em sistema de rotação, consórcio e sucessão de culturas de
grãos, além disso, destaca-se pelo óleo de excelente qualidade e de alto valor
nutricional para alimentação humana e subprodutos utilizados na nutrição animal e
para obtenção de biocombustível (BACKES et al., 2008; ELTZ et al., 2010;).
A expansão da cultura no Brasil é devido à ampla adaptação a diferentes
condições edafoclimáticas, em virtude das suas características agronômicas
(CASTRO & FARIAS, 2005). Entretanto, a produção de aquênios e o teor de óleo do
girassol sofrem influência da temperatura do ar, precipitação pluvial e radiação solar
incidente na cultura (AGUIRREZÁBAL et al., 2001), bem como, da escolha da época
de semeadura (THOMAZ et al., 2012).
Para COSTA et al. (2000), a época de semeadura adequada deve satisfazer as
exigências da planta durante todo seu desenvolvimento, a fim de reduzir os riscos
ocasionados por fatores climáticos e assegurar a chance de uma boa colheita. O
déficit hídrico no subperíodo de emergência-floração pode afetar todo o
estabelecimento da planta no campo, e consequentemente o stand inicial da cultura.
No entanto, o período do início da diferenciação floral até o final da antese, é
considerado o mais crítico para o rendimento produtivo do girassol (LEITE et al.,
2005).
A partir do cálculo do balanço hídrico do solo é possível definir épocas de
semeadura que minimizem os riscos causados pela irregularidade das chuvas,
(PEREIRA et al., 2002; LIBERATO & BRITO 2010). O qual permite visualizar a
disponibilidade de água para cada subperíodo da cultura, assim, é possível
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
505
determinar uma época de semeadura que atenda as necessidades da planta (SILVA
et at., 2006).
A temperatura do ar é outro fator climático que influencia na produtividade e no
estabelecido da cultura a campo, uma vez que altas e baixas temperaturas
interferem no comportamento fisiológico da planta, o que acarreta perda de
produtividade e depreciação no produto colhido (LEITE et al., 2005), este fator ainda
influência na duração do ciclo de desenvolvimento da planta, o qual pode ser
quantificado por meio do cálculo do graus-dia acumulado (GDA), que representa o
“acúmulo diário da energia acima da condição mínima e abaixo da máxima exigida
pela planta” (OLIVEIRA et al., 2012).
O cálculo do GDA acumulado é utilizado como uma ferramenta para diminuir os
riscos causados pelos fatores climáticos, uma que, conhecendo as necessidades
térmicas da planta é possível utilizar de forma racional o potencial climático da
região objetivando o rendimento máximo da planta (OLIVEIRA, et al., 2012)
Estudos associados ao calendário agrícola do girassol já foram realizados para
diferentes regiões, porém, para Tangará da Serra, MT ainda carece de informações
neste sentido, uma vez que o município que se encontra em expansão agrícola.
Deste modo, objetivou-se determinar um calendário de risco climático do girassol
para o município de Tangará da Serra, Estado de Mato Grosso.
MATERIAL E MÉTODOS
O calendário agrícola do girassol foi realizado para o município de Tangará da
Serra, Região Oeste do Estado de Mato Grosso, latitude de 14°
39’S, longitude
57°25’O e altitude de 321,5 m. O município apresent a precipitação média anual de
1.830,88 mm e temperatura média entre 24,4 a 26, 1°C, caracteriza-se com duas
estações do ano bem definidas, sendo a estação das águas (outubro a abril) e da
seca (maio a setembro), os períodos críticos para o regime hídrico são os meses de
junho a agosto, com precipitação média de 14,56 mm (DALLACORT et al., 2011).
O trabalho foi realizado no Laboratório de Agrometeorologia da Universidade
do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Campus Universitário de Tangará da Serra.
Utilizaram-se de dados diários de temperatura e precipitação dos últimos cinco anos
(2008-2012) disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O ciclo de desenvolvimento da cultura foi simulado mediante o cálculo do
graus-dia acumulado (GDA), conforme a metodologia descrita por BROWN (1969).
Utilizou-se, para o subperíodo semeadura-maturação, o intervalo de 655 a 865
(GDA) com temperatura base de 9 ºC e 1.232 (GDA) para o subperíodo floração-
maturação com temperatura base de 6 ºC (MASSIGNAM & ANGELOOCI, 1993).
A simulação da disponibilidade de água durante o ciclo de desenvolvimento do
girassol foi realizada por meio do cálculo do balanço hídrico proposto por
THORNTHWAITE & MATHER (1955), no qual adotou-se o valor de 100 mm para a
capacidade de água disponível no solo (CAD).
As simulações foram efetuadas a cada 10 dias, em quatro épocas de
semeadura no período da segunda safra (safrinha) para os últimos cinco anos, foi
adotado como data de semeadura, 10 de fevereiro (Época 1), 20 fevereiro (Época 2),
1 março (Época 3) e 10 de março (Época 4), sendo estes os períodos
recomendados para semeadura do girassol no Estado de Mato Grosso (EMBRAPA,
2007).
A escolha da época de semeadura com menor risco climático foi baseada no
cálculo do balanço hídrico diário da cultura. Sendo que para determinar a melhor
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
506
época, avaliaram-se os 15 primeiros dias após a semeadura (DAE), para verificar a
ocorrência de veranico, enquanto que para o período da floração, considerou-se o
período entre 10 dias antes e 10 dias após a data prevista para o seu início
(ACOSTA, 2009).
Por se tratar de um calendário agroclimático, partiu-se do pressuposto de que
nos diversos casos simulados não ocorreriam limitações quanto ao tipo e fertilidade
do solo e danos às plantas devido à ocorrência de pragas e doenças.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o período em que foi realizado o estudo a temperatura média do ar foi
de 23,11; 24,19; 24,55; 24,05 e 23,92 °
C para os an os de 2008; 2009; 2010; 2011 e
2012 respectivamente, o que segundo CASTRO & FARIAS (2005) encontram-se
dentro da faixa ideal para o desenvolvimento do girassol (8 a 34 °C), indicando que o
período analisado não apresentou restrições térmicas para a cultura.
FIGURA 1. Temperatura média do ar entre os meses fevereiro
a junho nos anos de 2008 a 2012.
A duração dos subperíodos e ciclo total da cultura do girassol para as
diferentes épocas de semeadura analisadas apresentaram pouca variação. Por outro
lado, observaram-se variações entre os anos estudados (2008 a 2012), na qual se
visualiza que os subperíodos e ciclos totais mais longos ocorreram no ano de 2008
(44 dias emergência-floração, 71 dias floração-maturação e 115 dias ciclo total) e o
mais curto em 2010 (40 dias emergência-floração, 64 dias floração-maturação e 105
dias ciclo total) (Tabela 1). Uma possível explicação, é que durante o período
analisado a temperatura média dor ar pode ter sido maior ou menor entre os anos
(TRENTIN et al., 2008).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
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TABELA 1. Duração dos subperíodos emergência-floração (EF) e floração-
maturação (FM) do girassol em graus-dia (GD) em quatro épocas de
semeadura entre os anos 2008 a 2012.
EF FM Ciclo Total
Época Ano
GD Período (dia) GD Período (dia) GD Dia
2008 661,8 44 1239,4 69 1901,2 113
2009 666,8 43 1240,2 67 1907,0 110
2010 657,2 40 1240,8 66 1898,0 106
2011 655,4 44 1239,9 68 1895,3 112
Época 1
(10 Fev.)
2012 665,3 44 1228,4 67 1893,7 112
2008 662,3 44 1239,3 69 1901,6 113
2009 666,3 43 1234,9 66 1901,2 109
2010 659,8 40 1246,6 65 1906,4 105
2011 665,9 44 1247,3 67 1913,2 112
Época 2
(20 Fev.)
2012 670,0 44 1243,5 67 1913,5 111
2008 665,6 44 1238,2 71 1903,8 115
2009 654,0 42 1242,9 67 1896,9 109
2010 659,6 42 1230,4 64 1890,0 106
2011 656,1 43 1248,1 68 1904,2 111
Época3
(30 Fev.)
2012 668,4 43 1241,7 68 1910,1 111
2008 657,0 44 1239,6 71 1896,6 115
2009 664,5 43 1239,9 68 1904,4 111
2010 663,0 42 1239,2 67 1902,2 109
2011 658,4 42 1247,1 67 1905,5 109
Época 4
(01 Mar.)
2012 660,5 42 1241,7 68 1902,2 110
A duração média para os subperíodos EF e FM foi de 43 e 68 dias,
respectivamente. Esses valores encontram-se dentro do esperado para os
subperíodos analisados, o que segundo a EMBRAPA (2009) podem variar de 50 dias
para EF a 70 para FM dias respectivamente.
MASSIGNAM & ANGELOCCI (1993) avaliando a duração da fenológicas de
três genótipos do ensaio nacional de cultivares de girassol, realizados nos
municípios de Campos Novos e Chapecó (SC), Londrina (PR) e Campinas (SP),
obtiveram duração média para o subperíodo EF de 45,1; 49,0 e 48,7 dias e de 68,6;
65,1 e 54,6 dias para o subperíodo FM para as cultivares Cargill 33, IAC Anhandy e
Issanka, respectivamente, valores próximos aos obtidos nesse trabalho.
De acordo com OLIVEIRA et al., (2012), quando são utilizadas temperaturas
diárias o número de dias para completar cada subperíodo pode ser influenciado, ou
seja, pode variar para mais ou para menos, devido essas não serem constantes
durante o ciclo vegetativo da cultura.
Com relação ao ciclo total, observou que estes variaram entre 105 a 115 dias,
com média de 110 dias para as diferentes épocas de semeadura, resultados
semelhantes foram obtidos por SENTELHAS et al., (1994), que verificaram uma
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
508
variação de 105-113 dias e de 113 dias na região de Monte Alegre do Sul/SP para
diferentes cultivares, utilizando uma temperatura basal de 4,2 ºC. SILVA et al.,
(2007), trabalhando com diferentes lâminas de irrigação em Lavras/MG obtiveram
ciclo total de 113 dias em média, próximo aos obtidos no presente estudo.
Segundo LEITE et al., (2005), o ciclo vegetativo pode variar de 90 a 130 dias, o
qual pode ser influenciado pelas condições edafoclimáticas de cada região, como
por exemplo, foto período, temperatura e disponibilidade de água. Comparando com
os resultados obtidos nesse estudo, verifica-se que todas as épocas analisadas
apresentam condições em graus-dias satisfatórias para o desenvolvimento do
girassol, uma vez que o número de dias para completar as diferentes fases
analisadas encontra-se dentro do esperado para a cultura.
A análise dos dados do balanço hídrico diário possibilitou verificar a existência
de variação na disponibilidade hídrica, dentro de cada época e nos diferentes anos,
expondo a cultura a níveis de déficit e excedente hídrico (Figuras 2, 3, 4 e 5).
(a) (b)
(c) (d)
(e)
FIGURA 2. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 1
(10 fev.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e
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2012 (e).
(a) (b)
(c) (d)
(e)
FIGURA 3. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 2
(20 fev.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e
2012 (e).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
510
(a) (b)
(c) (d)
(e)
FIGURA 4. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 3
(01 mar.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e
2012 (e).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
511
(a) (b)
(c) (d)
(e)
FIGURA 5. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 4
(10 mar.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011(d) e
2012 (e).
DALLACORT et al., (2011), avaliando a distribuição das chuvas no município
de Tangará da Serra, no período de 1970 a 2007, observaram que o comportamento
anual das chuvas indica grande variação entre os anos, os autores ainda relatam,
que o mês de fevereiro encontra-se entre os chuvosos, porém foi o que apresentou
maior desuniformidade comparado com os demais (dezembro, janeiro e março), o
que pode ser uma explicação para as oscilações registradas no balanço hídrico para
as épocas de semeadura analisadas no presente trabalho.
Considerando a disponibilidade hídrica até 15 dias após a semeadura, nota-se
que não houve variação entre as épocas de semeadura, ou seja, todas
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
512
apresentaram déficit e excedente hídrico com valores variando entre 1 e 9 e 1 a 130
mm, respectivamente. No entanto, as épocas 2 (Figura 3) e 4 (Figura 5)
apresentaram as melhores condições hídricas com relação às demais, uma vez que
o déficit e excedente hídrico excessivo durante esse período podem comprometer os
processos germinativos das sementes.
Segundo BARROS & ROSSETTO (2009) o cultivo do girassol quando
semeado em áreas com ocorrência de veranicos acarretou uma emergência de
plântulas menor e dessincronizada, evidenciando assim a importância da escolha da
época de semeadura que apresente condições hídricas para o estabelecimento da
cultura.
SILVA et al., (2006), salienta que além da disponibilidade de água no início do
estabelecimento da cultura é importante que ocorra também nos demais
subperíodos de desenvolvimento da planta, em especial, no florescimento e
enchimento de grãos considerado o período crítico ao estresse hídrico (ACOSTA,
2009).
Desta forma, analisando o comportamento do balanço hídrico no período de 10
dias antes e após a floração, sendo em média 43 a 53 e 53 a 63 dias
respectivamente, verificou-se que a época 1 (10 de fevereiro) (Figura 2), seguida da
Época 2 (20 de fevereiro) (Figura 3) foram as que apresentaram menor risco de
deficiência hídrica para a cultura com relação às demais. Segundo a FAO (2002),
toda água utilizada pelo girassol, 55% é consumida durante o florescimento e 25%
no estágio de enchimento de grão e maturação, que corresponde o período de maior
atenção, ou seja, período crítico dessa cultura.
SILVA et al., (2009) verificaram rendimento de 1.372 kg ha¯ 1
para a cultivar
Agrobel 960, a qual foi 30% a mais do que o híbrido Hélio 251, tal fato segundo os
autores pode ter ocorrido em decorrência da pouca disponibilidade hídrica no
período de enchimento dos aquênios. Nota-se, portanto, a importância da
disponibilidade hídrica para o florescimento e enchimento de grão, com
consequência no comportamento do rendimento final da cultura.
BARROS et al., (2012), avaliando épocas de semeadura de girassol ‘safrinha’,
em sucessão a girassol no Cerrado tocantinense, também observaram redução em
todas as variáveis avaliadas (altura de planta, massa de 1000 aquênios,
produtividade, diâmetro de caule e capitulo) com o retardamento da semeadura
(menor precipitação), o que evidência a importância da escolha de uma época que
atenda as condições necessárias para o desenvolvimento da planta e
consequentemente para obtenção do rendimento máximo desta oleaginosa.
Verificou-se ainda, que o balanço hídrico demonstra ocorrência de deficiência
hídrica no final do ciclo da cultura para as épocas e anos analisados, com exceção
do ano de 2012, o que segundo SILVA et al., (2009) é uma característica das
condições climáticas da região Centro-Oeste no período da “safrinha”. LEITE et al.,
(2005) salientam que umidade no final do ciclo da cultura favorece a ocorrência de
doença, a qual acarreta redução da produtividade e qualidade do óleo, indicando
que tal fato não prejudica o estabelecimento da cultura no campo.
A figura 6 apresenta de forma simplificada os resultados do balanço hídrico
para os períodos mais críticos para o girassol, observa-se, portanto, que as épocas
de semeadura 1 (10/02) seguida da época 2 (20/2) apresentaram melhores
condições hídricas com relação às demais.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
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Períodos (Dia)
Época Ano
15 DAE 10 DAF 10 DDF
2008
2009
2010
2011
Época 1
10/02
2012
2008
2009
2010
2011
Época 2
20/2
2012
2008
2009
2010
2011
Época 3
01/3
2012
2008
2009
2010
2011
Época 4
10/3
2012
Disponibilidade hídrica
Déficit hídrico
As épocas de semeadura consideradas favoráveis ao cultivo de girassol
indicadas acima, levaram em consideração apenas o aspecto relativo ao balanço
hídrico. Assim, analisando o balanço hídrico e comparando-as com os parâmetros
propostos, as épocas de semeadura nos diferentes anos analisados não
apresentaram limitações térmicas para o desenvolvimento do girassol. Porém, as
épocas 3 (figura 4) e 4 (figura 5) apresentaram deficiência hídrica para os períodos
de maior necessidade da cultura, o que seria um empecilho para que a planta
expresse seu rendimento final satisfatório, tornando-se economicamente inviável
para o produtor.
CONCLUSÕES
A duração dos subperíodos emergência-floração e floração-maturação foram
em média 43 e 68 dias respectivamente, enquanto o ciclo de desenvolvimento total
do girassol foi em média de 110 dias. As épocas de semeadura com menor risco
hídrico para os períodos de maior necessidade hídrica da cultura foram às épocas 1
FIGURA 6. Disponibilidade hídrica para o girassol baseado no balanço hídrico
para os períodos: 15 dias depois da emergência (DAE), 10 dias antes
do florescimento (DAF) e 10 dias depois do florescimento (DDF), em
4 épocas de semeadura para os últimos 5 anos (2008-2012).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013
514
(10 de fevereiro) e 2 (20 de fevereiro).
REFERÊNCIAS
ACOSTA, J. F. Consumo hídrico da cultura do girassol irrigada na região da
Chapada do Apodi-RN. 2009 f. Dissertação (Mestrado em Agrometeorologia) -
Faculdade de Pós-Graduação em Meteorologia, Universidade Federal de Campina
Grande, Campina Grande, 2009.
AGUIRREZÁBAL, L. A. N. et al. La intercepción de laradiaciónlumínica. In: ______.
Girassol: aspectos fisiológicos que determinan el rendimiento. Buenos Aires: INTA,
2001. p. 43-58.
BACKES, R. L.; SOUZA, A. M.; BALDINOT JUNIOR, A. A.; GALLOTTI, G. J. M.;
BRAVARESCO, A. Desempenho de cultivares de girassol em duas épocas de plantio
de safrinha no planalto norte catarinense. Scientia Agrária, v. 9, n. 1, p. 41-48,
2008.
BARROS, C. S.; ROSSETTO, C. A. V. Condicionamento fisiológico de aquênios de
girassol. Ciência Rural, v. 39, n. 6, p. 1667-1675, 2009.
BARROS, B. B.; CAPONE, A.; SANTOS, E. R.; FERRAZ, E. C.; SANTOS, A. F.;
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CASTRO, C.; FARIAS, J. R. B. Ecofisiologia do girassol. In: LEITE, R. et al. (Org.).
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  • 1. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 503 CALENDÁRIO DE RISCO CLIMÁTICO DO GIRASSOL PARA O MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA, MT Lucas de Souza Ferreira1 , Rivanildo Dallacort2 , Ricardo Shigueru Okumura3 , Vanessa Raquel de Moraes Dias4 , Adalberto Santi5 1. Pós-graduando em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra, Brasil (lucas-jna@hotmail.com) 2. Professor Doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra, Brasil. 3. Professor Adjunto I da Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias, Capitão Poço, Brasil. 4. Técnica Universitária-Química da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra, Brasil. 5. Professor Mestre da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra, Brasil. Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013 RESUMO São diversos os fatores que influenciam na produtividade do girassol, dentre eles, tem-se a escolha da época adequada para a semeadura. Diante disso, objetivou-se determinar um calendário agrícola de risco climático do girassol para o município de Tangará da Serra, Estado de Mato Grosso. Utilizaram-se de dados diários de precipitação e temperatura do ar dos últimos cinco anos (2008-2012), disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Avaliou-se quatro épocas de semeadura (10 fevereiro, 20 fevereiro, 01 março e 10 de março) no período da segunda safra para cada ano. O desenvolvimento da cultura foi simulado em graus-dias para os subperíodos emergência-floração, floração-maturação e ciclo total. O calendário agrícola foi determinado por meio do cálculo do balanço hídrico proposto por THORNTHWAITE & MATHER (1955), o qual demonstra a disponibilidade hídrica durante o ciclo de desenvolvimento da cultura, adotando-se o valor de 100 mm para a capacidade de água disponível no solo (CAD). As épocas de semeadura analisadas não apresentaram restrições térmicas para o desenvolvimento da cultura, a duração dos subperíodos, emergência-floração, floração-maturação e ciclo total foram em média de 43; 68 e 110 dias respectivamente. As épocas de semeadura 1 (10 de fevereiro) seguida da época 2 (20 de fevereiro) foram as que apresentaram menor risco hídrico para girassol, uma vez que esse elemento climático é limitante para o rendimento final da cultura. PALAVRAS-CHAVE: Temperatura, Precipitação, Clima, Hellianthus annus L CALENDAR OF SUNFLOWER CLIMATE RISK TO TANGARÁ DA SERRA TOWN MT ABSTRACT There are several factors that influence in the productivity of sunflower, among them,
  • 2. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 504 has the choice of the appropriate time for planting. The research objective was to determine an agricultural calendar of sunflower climate risk to the Tangará da Serra town, Mato Grosso. Were used daily data of precipitation and air temperature of the last five years (2008-2012), provided by the Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).Were evaluated four sowing dates (10 February, 20 February, 01 March and 10 March) during the second crop for each year. The culture development was simulated in degree-days for the subperiods emergency-flowering, flowering-ripening and total cycle. The agricultural calendar was determined by the calculating of the water balance proposed by Thornthwaite Mather (1995), which shows the water availability during the culture development cycle, adopting a value of 100 mm for the available water capacity in the soil (CAD). The sowing times analyzed presented no thermal restrictions to the culture development, the duration of subperiods, emergency-flowering, flowering-ripening and emergency-total cycle, were in average 43, 68 and 110 days respectively. The sowing times 1 (February 10) followed by the second season (February 20) were that presented the lowest water risk for the sunflower, once this climatic element is limiting for the final yield of the crop. KEYWORDS: Temperature, Precipitation, Climate, Hellianthus annus L INTRODUÇÃO A produção brasileira de girassol (Hellianthus annuus L.) cresce significativamente, na safra 2011-2012 a produção foi de 116,4 mil toneladas, superior 40,07% a obtida na safra anterior (83,1 mil toneladas). Dentre as regiões produtoras, o Centro-Oeste foi responsável por 89,5% de toda produção (104,2 mil toneladas), sendo que o Estado de Mato Grosso destaca-se como o principal produtor, com 76,19% (79,4 mil toneladas) (CONAB, 2013). O girassol cada vez mais vem se consolidando entre as culturas oleaginosas de maior interesse no Brasil, pelo fato da mesma apresentar-se como uma alternativa econômica em sistema de rotação, consórcio e sucessão de culturas de grãos, além disso, destaca-se pelo óleo de excelente qualidade e de alto valor nutricional para alimentação humana e subprodutos utilizados na nutrição animal e para obtenção de biocombustível (BACKES et al., 2008; ELTZ et al., 2010;). A expansão da cultura no Brasil é devido à ampla adaptação a diferentes condições edafoclimáticas, em virtude das suas características agronômicas (CASTRO & FARIAS, 2005). Entretanto, a produção de aquênios e o teor de óleo do girassol sofrem influência da temperatura do ar, precipitação pluvial e radiação solar incidente na cultura (AGUIRREZÁBAL et al., 2001), bem como, da escolha da época de semeadura (THOMAZ et al., 2012). Para COSTA et al. (2000), a época de semeadura adequada deve satisfazer as exigências da planta durante todo seu desenvolvimento, a fim de reduzir os riscos ocasionados por fatores climáticos e assegurar a chance de uma boa colheita. O déficit hídrico no subperíodo de emergência-floração pode afetar todo o estabelecimento da planta no campo, e consequentemente o stand inicial da cultura. No entanto, o período do início da diferenciação floral até o final da antese, é considerado o mais crítico para o rendimento produtivo do girassol (LEITE et al., 2005). A partir do cálculo do balanço hídrico do solo é possível definir épocas de semeadura que minimizem os riscos causados pela irregularidade das chuvas, (PEREIRA et al., 2002; LIBERATO & BRITO 2010). O qual permite visualizar a disponibilidade de água para cada subperíodo da cultura, assim, é possível
  • 3. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 505 determinar uma época de semeadura que atenda as necessidades da planta (SILVA et at., 2006). A temperatura do ar é outro fator climático que influencia na produtividade e no estabelecido da cultura a campo, uma vez que altas e baixas temperaturas interferem no comportamento fisiológico da planta, o que acarreta perda de produtividade e depreciação no produto colhido (LEITE et al., 2005), este fator ainda influência na duração do ciclo de desenvolvimento da planta, o qual pode ser quantificado por meio do cálculo do graus-dia acumulado (GDA), que representa o “acúmulo diário da energia acima da condição mínima e abaixo da máxima exigida pela planta” (OLIVEIRA et al., 2012). O cálculo do GDA acumulado é utilizado como uma ferramenta para diminuir os riscos causados pelos fatores climáticos, uma que, conhecendo as necessidades térmicas da planta é possível utilizar de forma racional o potencial climático da região objetivando o rendimento máximo da planta (OLIVEIRA, et al., 2012) Estudos associados ao calendário agrícola do girassol já foram realizados para diferentes regiões, porém, para Tangará da Serra, MT ainda carece de informações neste sentido, uma vez que o município que se encontra em expansão agrícola. Deste modo, objetivou-se determinar um calendário de risco climático do girassol para o município de Tangará da Serra, Estado de Mato Grosso. MATERIAL E MÉTODOS O calendário agrícola do girassol foi realizado para o município de Tangará da Serra, Região Oeste do Estado de Mato Grosso, latitude de 14° 39’S, longitude 57°25’O e altitude de 321,5 m. O município apresent a precipitação média anual de 1.830,88 mm e temperatura média entre 24,4 a 26, 1°C, caracteriza-se com duas estações do ano bem definidas, sendo a estação das águas (outubro a abril) e da seca (maio a setembro), os períodos críticos para o regime hídrico são os meses de junho a agosto, com precipitação média de 14,56 mm (DALLACORT et al., 2011). O trabalho foi realizado no Laboratório de Agrometeorologia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Campus Universitário de Tangará da Serra. Utilizaram-se de dados diários de temperatura e precipitação dos últimos cinco anos (2008-2012) disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O ciclo de desenvolvimento da cultura foi simulado mediante o cálculo do graus-dia acumulado (GDA), conforme a metodologia descrita por BROWN (1969). Utilizou-se, para o subperíodo semeadura-maturação, o intervalo de 655 a 865 (GDA) com temperatura base de 9 ºC e 1.232 (GDA) para o subperíodo floração- maturação com temperatura base de 6 ºC (MASSIGNAM & ANGELOOCI, 1993). A simulação da disponibilidade de água durante o ciclo de desenvolvimento do girassol foi realizada por meio do cálculo do balanço hídrico proposto por THORNTHWAITE & MATHER (1955), no qual adotou-se o valor de 100 mm para a capacidade de água disponível no solo (CAD). As simulações foram efetuadas a cada 10 dias, em quatro épocas de semeadura no período da segunda safra (safrinha) para os últimos cinco anos, foi adotado como data de semeadura, 10 de fevereiro (Época 1), 20 fevereiro (Época 2), 1 março (Época 3) e 10 de março (Época 4), sendo estes os períodos recomendados para semeadura do girassol no Estado de Mato Grosso (EMBRAPA, 2007). A escolha da época de semeadura com menor risco climático foi baseada no cálculo do balanço hídrico diário da cultura. Sendo que para determinar a melhor
  • 4. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 506 época, avaliaram-se os 15 primeiros dias após a semeadura (DAE), para verificar a ocorrência de veranico, enquanto que para o período da floração, considerou-se o período entre 10 dias antes e 10 dias após a data prevista para o seu início (ACOSTA, 2009). Por se tratar de um calendário agroclimático, partiu-se do pressuposto de que nos diversos casos simulados não ocorreriam limitações quanto ao tipo e fertilidade do solo e danos às plantas devido à ocorrência de pragas e doenças. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o período em que foi realizado o estudo a temperatura média do ar foi de 23,11; 24,19; 24,55; 24,05 e 23,92 ° C para os an os de 2008; 2009; 2010; 2011 e 2012 respectivamente, o que segundo CASTRO & FARIAS (2005) encontram-se dentro da faixa ideal para o desenvolvimento do girassol (8 a 34 °C), indicando que o período analisado não apresentou restrições térmicas para a cultura. FIGURA 1. Temperatura média do ar entre os meses fevereiro a junho nos anos de 2008 a 2012. A duração dos subperíodos e ciclo total da cultura do girassol para as diferentes épocas de semeadura analisadas apresentaram pouca variação. Por outro lado, observaram-se variações entre os anos estudados (2008 a 2012), na qual se visualiza que os subperíodos e ciclos totais mais longos ocorreram no ano de 2008 (44 dias emergência-floração, 71 dias floração-maturação e 115 dias ciclo total) e o mais curto em 2010 (40 dias emergência-floração, 64 dias floração-maturação e 105 dias ciclo total) (Tabela 1). Uma possível explicação, é que durante o período analisado a temperatura média dor ar pode ter sido maior ou menor entre os anos (TRENTIN et al., 2008).
  • 5. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 507 TABELA 1. Duração dos subperíodos emergência-floração (EF) e floração- maturação (FM) do girassol em graus-dia (GD) em quatro épocas de semeadura entre os anos 2008 a 2012. EF FM Ciclo Total Época Ano GD Período (dia) GD Período (dia) GD Dia 2008 661,8 44 1239,4 69 1901,2 113 2009 666,8 43 1240,2 67 1907,0 110 2010 657,2 40 1240,8 66 1898,0 106 2011 655,4 44 1239,9 68 1895,3 112 Época 1 (10 Fev.) 2012 665,3 44 1228,4 67 1893,7 112 2008 662,3 44 1239,3 69 1901,6 113 2009 666,3 43 1234,9 66 1901,2 109 2010 659,8 40 1246,6 65 1906,4 105 2011 665,9 44 1247,3 67 1913,2 112 Época 2 (20 Fev.) 2012 670,0 44 1243,5 67 1913,5 111 2008 665,6 44 1238,2 71 1903,8 115 2009 654,0 42 1242,9 67 1896,9 109 2010 659,6 42 1230,4 64 1890,0 106 2011 656,1 43 1248,1 68 1904,2 111 Época3 (30 Fev.) 2012 668,4 43 1241,7 68 1910,1 111 2008 657,0 44 1239,6 71 1896,6 115 2009 664,5 43 1239,9 68 1904,4 111 2010 663,0 42 1239,2 67 1902,2 109 2011 658,4 42 1247,1 67 1905,5 109 Época 4 (01 Mar.) 2012 660,5 42 1241,7 68 1902,2 110 A duração média para os subperíodos EF e FM foi de 43 e 68 dias, respectivamente. Esses valores encontram-se dentro do esperado para os subperíodos analisados, o que segundo a EMBRAPA (2009) podem variar de 50 dias para EF a 70 para FM dias respectivamente. MASSIGNAM & ANGELOCCI (1993) avaliando a duração da fenológicas de três genótipos do ensaio nacional de cultivares de girassol, realizados nos municípios de Campos Novos e Chapecó (SC), Londrina (PR) e Campinas (SP), obtiveram duração média para o subperíodo EF de 45,1; 49,0 e 48,7 dias e de 68,6; 65,1 e 54,6 dias para o subperíodo FM para as cultivares Cargill 33, IAC Anhandy e Issanka, respectivamente, valores próximos aos obtidos nesse trabalho. De acordo com OLIVEIRA et al., (2012), quando são utilizadas temperaturas diárias o número de dias para completar cada subperíodo pode ser influenciado, ou seja, pode variar para mais ou para menos, devido essas não serem constantes durante o ciclo vegetativo da cultura. Com relação ao ciclo total, observou que estes variaram entre 105 a 115 dias, com média de 110 dias para as diferentes épocas de semeadura, resultados semelhantes foram obtidos por SENTELHAS et al., (1994), que verificaram uma
  • 6. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 508 variação de 105-113 dias e de 113 dias na região de Monte Alegre do Sul/SP para diferentes cultivares, utilizando uma temperatura basal de 4,2 ºC. SILVA et al., (2007), trabalhando com diferentes lâminas de irrigação em Lavras/MG obtiveram ciclo total de 113 dias em média, próximo aos obtidos no presente estudo. Segundo LEITE et al., (2005), o ciclo vegetativo pode variar de 90 a 130 dias, o qual pode ser influenciado pelas condições edafoclimáticas de cada região, como por exemplo, foto período, temperatura e disponibilidade de água. Comparando com os resultados obtidos nesse estudo, verifica-se que todas as épocas analisadas apresentam condições em graus-dias satisfatórias para o desenvolvimento do girassol, uma vez que o número de dias para completar as diferentes fases analisadas encontra-se dentro do esperado para a cultura. A análise dos dados do balanço hídrico diário possibilitou verificar a existência de variação na disponibilidade hídrica, dentro de cada época e nos diferentes anos, expondo a cultura a níveis de déficit e excedente hídrico (Figuras 2, 3, 4 e 5). (a) (b) (c) (d) (e) FIGURA 2. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 1 (10 fev.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e
  • 7. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 509 2012 (e). (a) (b) (c) (d) (e) FIGURA 3. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 2 (20 fev.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e 2012 (e).
  • 8. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 510 (a) (b) (c) (d) (e) FIGURA 4. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 3 (01 mar.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011 (d) e 2012 (e).
  • 9. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 511 (a) (b) (c) (d) (e) FIGURA 5. Balanço hídrico diário para cultura do girassol, época de semeadura 4 (10 mar.) para os nos anos de 2008 (a), 2009 (b), 2010 (c), 2011(d) e 2012 (e). DALLACORT et al., (2011), avaliando a distribuição das chuvas no município de Tangará da Serra, no período de 1970 a 2007, observaram que o comportamento anual das chuvas indica grande variação entre os anos, os autores ainda relatam, que o mês de fevereiro encontra-se entre os chuvosos, porém foi o que apresentou maior desuniformidade comparado com os demais (dezembro, janeiro e março), o que pode ser uma explicação para as oscilações registradas no balanço hídrico para as épocas de semeadura analisadas no presente trabalho. Considerando a disponibilidade hídrica até 15 dias após a semeadura, nota-se que não houve variação entre as épocas de semeadura, ou seja, todas
  • 10. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 512 apresentaram déficit e excedente hídrico com valores variando entre 1 e 9 e 1 a 130 mm, respectivamente. No entanto, as épocas 2 (Figura 3) e 4 (Figura 5) apresentaram as melhores condições hídricas com relação às demais, uma vez que o déficit e excedente hídrico excessivo durante esse período podem comprometer os processos germinativos das sementes. Segundo BARROS & ROSSETTO (2009) o cultivo do girassol quando semeado em áreas com ocorrência de veranicos acarretou uma emergência de plântulas menor e dessincronizada, evidenciando assim a importância da escolha da época de semeadura que apresente condições hídricas para o estabelecimento da cultura. SILVA et al., (2006), salienta que além da disponibilidade de água no início do estabelecimento da cultura é importante que ocorra também nos demais subperíodos de desenvolvimento da planta, em especial, no florescimento e enchimento de grãos considerado o período crítico ao estresse hídrico (ACOSTA, 2009). Desta forma, analisando o comportamento do balanço hídrico no período de 10 dias antes e após a floração, sendo em média 43 a 53 e 53 a 63 dias respectivamente, verificou-se que a época 1 (10 de fevereiro) (Figura 2), seguida da Época 2 (20 de fevereiro) (Figura 3) foram as que apresentaram menor risco de deficiência hídrica para a cultura com relação às demais. Segundo a FAO (2002), toda água utilizada pelo girassol, 55% é consumida durante o florescimento e 25% no estágio de enchimento de grão e maturação, que corresponde o período de maior atenção, ou seja, período crítico dessa cultura. SILVA et al., (2009) verificaram rendimento de 1.372 kg ha¯ 1 para a cultivar Agrobel 960, a qual foi 30% a mais do que o híbrido Hélio 251, tal fato segundo os autores pode ter ocorrido em decorrência da pouca disponibilidade hídrica no período de enchimento dos aquênios. Nota-se, portanto, a importância da disponibilidade hídrica para o florescimento e enchimento de grão, com consequência no comportamento do rendimento final da cultura. BARROS et al., (2012), avaliando épocas de semeadura de girassol ‘safrinha’, em sucessão a girassol no Cerrado tocantinense, também observaram redução em todas as variáveis avaliadas (altura de planta, massa de 1000 aquênios, produtividade, diâmetro de caule e capitulo) com o retardamento da semeadura (menor precipitação), o que evidência a importância da escolha de uma época que atenda as condições necessárias para o desenvolvimento da planta e consequentemente para obtenção do rendimento máximo desta oleaginosa. Verificou-se ainda, que o balanço hídrico demonstra ocorrência de deficiência hídrica no final do ciclo da cultura para as épocas e anos analisados, com exceção do ano de 2012, o que segundo SILVA et al., (2009) é uma característica das condições climáticas da região Centro-Oeste no período da “safrinha”. LEITE et al., (2005) salientam que umidade no final do ciclo da cultura favorece a ocorrência de doença, a qual acarreta redução da produtividade e qualidade do óleo, indicando que tal fato não prejudica o estabelecimento da cultura no campo. A figura 6 apresenta de forma simplificada os resultados do balanço hídrico para os períodos mais críticos para o girassol, observa-se, portanto, que as épocas de semeadura 1 (10/02) seguida da época 2 (20/2) apresentaram melhores condições hídricas com relação às demais.
  • 11. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 513 Períodos (Dia) Época Ano 15 DAE 10 DAF 10 DDF 2008 2009 2010 2011 Época 1 10/02 2012 2008 2009 2010 2011 Época 2 20/2 2012 2008 2009 2010 2011 Época 3 01/3 2012 2008 2009 2010 2011 Época 4 10/3 2012 Disponibilidade hídrica Déficit hídrico As épocas de semeadura consideradas favoráveis ao cultivo de girassol indicadas acima, levaram em consideração apenas o aspecto relativo ao balanço hídrico. Assim, analisando o balanço hídrico e comparando-as com os parâmetros propostos, as épocas de semeadura nos diferentes anos analisados não apresentaram limitações térmicas para o desenvolvimento do girassol. Porém, as épocas 3 (figura 4) e 4 (figura 5) apresentaram deficiência hídrica para os períodos de maior necessidade da cultura, o que seria um empecilho para que a planta expresse seu rendimento final satisfatório, tornando-se economicamente inviável para o produtor. CONCLUSÕES A duração dos subperíodos emergência-floração e floração-maturação foram em média 43 e 68 dias respectivamente, enquanto o ciclo de desenvolvimento total do girassol foi em média de 110 dias. As épocas de semeadura com menor risco hídrico para os períodos de maior necessidade hídrica da cultura foram às épocas 1 FIGURA 6. Disponibilidade hídrica para o girassol baseado no balanço hídrico para os períodos: 15 dias depois da emergência (DAE), 10 dias antes do florescimento (DAF) e 10 dias depois do florescimento (DDF), em 4 épocas de semeadura para os últimos 5 anos (2008-2012).
  • 12. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 514 (10 de fevereiro) e 2 (20 de fevereiro). REFERÊNCIAS ACOSTA, J. F. Consumo hídrico da cultura do girassol irrigada na região da Chapada do Apodi-RN. 2009 f. Dissertação (Mestrado em Agrometeorologia) - Faculdade de Pós-Graduação em Meteorologia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2009. AGUIRREZÁBAL, L. A. N. et al. La intercepción de laradiaciónlumínica. In: ______. Girassol: aspectos fisiológicos que determinan el rendimiento. Buenos Aires: INTA, 2001. p. 43-58. BACKES, R. L.; SOUZA, A. M.; BALDINOT JUNIOR, A. A.; GALLOTTI, G. J. M.; BRAVARESCO, A. Desempenho de cultivares de girassol em duas épocas de plantio de safrinha no planalto norte catarinense. Scientia Agrária, v. 9, n. 1, p. 41-48, 2008. BARROS, C. S.; ROSSETTO, C. A. V. Condicionamento fisiológico de aquênios de girassol. Ciência Rural, v. 39, n. 6, p. 1667-1675, 2009. BARROS, B. B.; CAPONE, A.; SANTOS, E. R.; FERRAZ, E. C.; SANTOS, A. F.; FIDÉLIS, R. R. Épocas de semeadura de girassol ‘safrinha’, em sucessão a girassol no cerrado tocantinense. Journal of Biotechnology and Biodiversity. v. 3, n. 2, p. 72-79, 2012. BROWN, D. M. Heat units for corn in Southern Ontario. Factsheet, AGDEX 111/31. Ontario Ministry of Agriculture and Food, Toronto: Ont., 1969. 4 p. CASTRO, C.; FARIAS, J. R. B. Ecofisiologia do girassol. In: LEITE, R. et al. (Org.). Girassol no Brasil. Londrina: Ed. Embrapa Soja, 2005. p. 163-218. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, quarto levantamento. Brasília, 2013. 18p. COSTA, V. C. A.; SILVA, F. N.; RIBEIRO, M. C. C. Efeito de épocas de semeadura na germinação e desenvolvimento em girassol (Helianthus annuus L.). Revista Científica Rural, v. 5, n. 1, p. 154-158, 2000. DALLACART, R.; MARTINS, J. A.; INOUE, M. H.; FREITAS, P. S. L.; COLETTI, A. J. Distribuição das chuvas no município de Tangará da Serra, médio norte do Estado de Mato Grosso, Brasil. Acta Sientiarum Agronomy, v. 33, n. 2, p. 193-200, 2011. ELTZ, F. L. F.; VILLALBA, E. H. LOVATO, T. Adubação fosfatada para girassol sob sistema plantio direto no Paraguai. Bragantia, v. 69, n. 4, p. 899-904, 2010. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Indicações para o cultivo de girassol nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Roraima. Brasília, 2007. (comunicado técnico n. 78).
  • 13. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 515 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Avaliação de genótipos de girassol no RS. Pelotas, 2009. (Circular técnica n. 89). LIBERATO, A. M.; BRITO, J. I. B. Influência de mudanças climáticas no balanço hídrico da amazônia ocidental. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 3, n. 3, p. 170-180, 2010. LEITE, R. M. V. B. C.; BRIGHENTI, A. M.; CASTRO, C. (Ed.). Girassol no Brasil. Londrina: Ed. Embrapa Soja, 2005. 641 p. MASSIGNAM, A. M.; ANGELOCCI, L. R. Determinação da temperatura-base e de graus-dia na estimativa da duração dos subperíodos de desenvolvimento de três cultivares de girassol. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v. 1, n. 1, p. 71-79, 1993. OLIVEIRA, A. S.; STEIDLE NETO, A. J.; RIBEIRO, A.; RASCON, N. JR. L. Determinação do tempo térmico para o desenvolvimento de mudas de eucalipto na fase de enraizamento. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 11, p. 1223-1228, 2012. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICULTURA E A ALIMENTAÇÃO, 2002. Crop Water Management Sunflower. Disponível em: http://www.fao.org/ag/agl/aglw/cropwater/sunflower.stm Acesso em: 15 out. 2012. PEREIRA, A. R.; ANGELOCCI, L. R.; SENTELHAS, P. C. Agrometeorologia. Fundamentos e Aplicações Práticas. Guaíba: Livraria e editora Agropecuária, 2002. 478 p. SENTELHAS, P. C.; NOGUEIRA, S. S. S.; PEDRO JÚNIOR, M. J.; SANTOS, R. R. Temperatura-base para cultivares de girassol. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v. 2, n. 1, p. 43-49, 1994. SILVA, A. G.; PIRES, R.; MORÃES, E. B.; OLIVEIRA, A. C. B.; CARVALHO, C. G. P. Desempenho de híbridos de girassol em espaçamentos reduzidos. Semina: Ciências Agrárias, v. 30, n. 1, p. 31-38, 2009. SILVA, J. C.; HELDWEIN, A. B.; MARTINS, F. B.; MAASS, G. F. Simulação para determinação das épocas de semeadura com menor risco de estresse hídrico para o Feijão na região central do Rio Grande do Sul. Irriga, v. 11, n. 2, p. 188-197, 2006. SILVA, M. L. O.; FARIAS, M.; MARAIS, A. R.; ANDRADE, G. P.; LIMA, E. M. Crescimento e produtividade do girassol cultivado na entressafra com diferentes lâminas de água. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 11, n. 5, p. 482-488, 2007. THOMAZ, G. L.; ZAGONEL, J.; COLASANTE, L. O.; NOGUEIRA, R. R. Produção do girassol e teor de óleo nas sementes em diferentes épocas de semeadura no Centro-Sul do Paraná. Ciência Rural, v. 42, n. 2, p. 203-208, 2012. THORNTHWAITE, C. W. & MATHER, J. R. The water balance. Publications in
  • 14. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 516 Climatology, New Jersey, Drexel Inst. of Technology, 1955. 104p. TRENTIN, R.; SCHREIBER, F.; STRECK, N. A.; BURIOL, G. A. Soma térmica de subperíodos do desenvolvimento da planta de melancia. Ciência Rural, v. 38, n. 9, p. 2464-2470, 2008.