Coluna agro e negócio Ricardo Wegrzynovski D Ponta News No Brasil, acomete entre 15 e 35% do rebanho leiteiro. Pesquisadores acreditam que a doença tem aumentado em virtude da migração de produção. É cada vez mais comum a criação de vacas confinadas na pecuária leiteira, principalmente, pela necessidade de crescimento da produtividade em pequenas áreas. “Os sistemas de confinamento têm grande potencial de otimizar o sistema produtivo com conforto e bem-estar dos animais. O grande problema é que, boa parte dos criadores construíram galpões de compost barn e free stall, mas não respeitam as métricas e exigências de manejo, adensando o número de animais além da capacidade de suporte do galpão, ventilação e resfriamento ineficientes e má qualidade da cama, por exemplo, colocando em risco o bem-estar do animal e sua produtividade”, ressalta Márcio Schneider , gerente Comercial da Kersia para o Estado do Paraná. E este ambiente, acrescenta Schneider, “é ideal para o desenvolvimento de doenças de cascos”. De acordo com estudos recentes do National Center for Biotechnology Information 2020 (Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia), a doença de casco ou claudicação em vacas leiteiras é a terceira enfermidade com maior prejuízo no mundo, perdendo apenas para a mastite e doenças relacionadas à reprodução (brucelose, diarreia viral bovina, leptospirose, rinotraqueíte infecciosa dos bovinos, campilobacteriose e tricomonose). Principais patologias podais – Entre os vários problemas eminentes de casco estão: podridão do casco, laminite, doença da linha branca, úlcera de sola, dermatite digital, erosão de talão e pododermatite circunscrita. “Infelizmente, no campo, presenciamos este cenário, praticamente, todos os dias. Por isso, a recomendação é ficar atento a qualquer sintoma. Se não for cuidado, precocemente, o gado pode ser acometido de uma mastite, retenção de placenta e/ou cetose, gerando altos prejuízos e, em casos mais graves, o descarte do animal. Atualmente, de acordo com os últimos levantamentos do setor, a doença de casco afeta, em média, entre 15 e 35% do nosso rebanho leiteiro, podendo chegar a mais de 50%”, alerta Márcio.