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São Paulo, outubro de 2012
Doutorado em Administração
Filosofia da Ciência
Profa. Dra. Isabella Vasconcelos
Building Process Theory With Narrative:
From Description to Explanation
Brian T. Pentland
Academy of Management Review (1999)
Mauro de Oliveira
Rodrigo M. Baptista
BRIAN T. PENTLAND
Michigan State University
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Departamento
Accounting and Information Systems
Recebeu seu PhD em Gestão do Instituto
de Tecnologia de Massachusetts em 1991.
Engenheiro Mecânico pelo Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, em 1981.
Suas publicações têm aparecido Academy
of Management Review, Accounting,
Organizations and Society, Administrative
Science Quarterly, Management Science,
Organization Science, Technology Studies
e em várias publicações.
Este artigo foi citado por 513 trabalhos.
Mas seu nome e outros artigos já foram
citados 5.060 vezes.
analysis constructs context data deep different events example explanation fabula
indicators level management narrative organization
organizational particular patterns process research role science sequence
social specific stories structure surface theory underlying
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Analisamos o artigo pelo NVivo:
Discussão
• A teoria por meio de processo narrativo
• Teoria como Narrativa
• Survey e a Narrativa
• Características de um texto narrativo
• Pontos de vista
• Conclusão
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Survey
Narrativa
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Uma survey
contém
indicadores
variantes
ocultos de
construtos
teóricos
Um texto
narrativo
contém
indicadores
para um
processo
teórico
Dados narrativos têm
características
aparentes e são úteis
para a descrição, mas
as teorias explicativas
do processo devem ser
baseadas em estruturas
mais profundas que não
são diretamente
observáveis.
Coração da
boa teoria
(Sutton e Staw, 1995)
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
A fundamentação é o
coração de uma boa
teoria.
Pentland adota no artigo o
conceito de DiMaggio (1995):
“Teoria como Narrativa“
Ou seja, uma explicação é uma
história que descreve o
processo, ou a sequência de
eventos, que liga causa e
efeito. Assim, boas histórias
são centrais para a construção
de uma teoria melhor.
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Dyer e Wilkins (1991) criticaram a
abordagem de Eisenhardt (1989) na
construção de teorias com
estudos de casos múltiplos:
 Sacrifica o contexto e
aprofunda estrutura em um sentido;
 Arruína a história em favor da
construção de constructos e eles
poderiam ser utilizados em modelos
de variância tradicionais.
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
As histórias ajudam a
explicar relações entre
os eventos em um
processo ou narrativa.
(Bal, 1985; Barthes, 1977; Chatman, 1978; Rimon-Kenan, 1983)
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Em teoria narrativa estas
estruturas narrativas
subjacentes são entendidas
como histórias ou fábulas
(Chatman, 1978; Rimmon-Kenan,
1983; Bal, 1985).
Usadas para explicar e
interpretar o discurso.
Building Process Theory with Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
A narrativa é muito mais
do que apenas um
espelho do mundo social.
As Narrativas são histórias
contadas com muitos detalhes.
São como trilhos na estrada que as
pessoas seguem e, assim, recriam
maneiras para assimilá-los. Por isso,
uma narrativa é uma fonte de valor
para ver o interior da organização.
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Quando saímos de nossas
observações gerais para
uma estrutura subjacente
(mais profunda), passamos
da descrição para a
explicação.
(Simon, 1992)
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
A teoria por
meio de um
processo
narrativo
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
As propriedades da
narrativa podem ser
mapeadas nos diferentes
tipos de problemas
teóricos.
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
É possível identificar várias
características de um texto
narrativo.
(Bruner, 1990; Barthes, 1977)
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
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Características
Sequência no tempo Início, meio e fim. Tempo e sequência.
Ator(es) focal Protagonista. Personagens fornecem o fio
que amarra os eventos em um narrativa.
Voz narrativa A narrativa é algo que alguém diz. Reflete um
ponto de vista identificável.
Contexto Moral ou avaliativo Narrativas carregam significado e valor
cultural. O que é certo ou errado.
Outros indicadores Local, atributos de contexto, tempo.
Características de um texto narrativo
(ou discurso)
Podemos coletar dados narrativos a partir de:
 membros da organização (Boje, 1991)
 fontes publicadas (Martin, Feldman, Hatch, e Sitkin, 1983)
 entrevistas (Brown, 1998)
 bancos de dados eletrônicos (Pentland & Reuter, 1994)
 registros históricos (Abbott & Hrycak, 1990)
 projetos de estudantes (Sabherwal & Robey, 1993).
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
A narrativa é um processo que
se constrói a posteriori, capaz
de gerar diferentes teias de
significados e diferentes
caminhos de interpretação
(Weick, 1995).
As
características
de um texto
narrativo
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
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Estrutura Sequencial
 Sequência de eventos é o núcleo da
estrutura narrativa;
 Poderoso para generalizar dezenas de
estudos.
 Problema: muito descritivo e limita
explicações porque exclui recursos
importantes da narrativa.
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
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Ator ou Atores Focal
 Personagens amarram uma história e
trazem significado;
 Os papeis definem quem faz o que e por
que;
 Atenção: não podemos simplesmente
substituir um personagem: identidade é
relevante para cada história.
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Voz Narrativa
 Histórias variam de acordo com quem está
fazendo a narração;
 Pode analisar o poder a política de uma
organização;
 Cada um imprime seu ponto de vista.
 Atenção: silenciamento seletivo é uma
característica inevitável de uma narrativa.
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Contexto Analítico
 Valores de um grupo cultural;
 Analisar essa cultura é um exploração da
dimensão moral da narrativa;
 Há versões positivas e negativas,
igualdade x desigualdade; segurança x
insegurança; controle x sua falta;
 Atenção: histórias revelam como diferentes tipos
de organizações lidam com tensões.
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Outros indicadores
 Sempre há outros indicadores na narrativa;
 Características do ambiente físico;
 Indicadores psicológicos e demográficos
dos participantes;
 Estudo de caso de Eisenhardt (1999) é um
boa receita para saber como utilizá-los.
 Atenção: esse tipo de informação não é
recolhida em um questionário.
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Propriedades da Narrativa Indicações
Sequência Modelos de Eventos
Foco em ator(es) Papel, rede social e demografia
Voz Ponto de vista, relacionamentos sociais e
poder
Contexto Moral Valores culturais e assuntos (moral)
Outros indicadores Outros aspectos do contexto
Relação das propriedades da narrativa
para a Teoria Organizacional
A narrativa não apenas
reflete um processo,
mas ela o molda.
(Orr, 1995)
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
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As histórias dão sentido
aos acontecimentos,
ações e objetos em
nossa vida.
(Weick, 1995)
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...quando são "mostradas as cordas",
sem jogá-lo nas cordas.
As histórias são um caminho seguro
para os recém-chegados...
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As histórias ajudam a
preservar a cultura
organizacional e podem
ser utilizadas como
ferramentas de
mudanças.
(Wilckins, 1984)
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Figuras
narrativas de
pensamento
reforçam a
importância da
narrativa
(Bruner, 1986; 1990)
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sensemaking
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Sensemaking
Revela a maneira pela qual as pessoas
interpretam, percebem situações e,
principalmente, como esse processo
acontece.
(Weick, 1995)
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O Sensemaking é criado em
ambientes sensatos (Weick, 1995). Ou
seja, na vida organizacional as pessoas
geralmente produzem parte do
ambiente onde convivem. Esse aspecto
valida a visão de Berger e Luckmann
(2007) da construção social da
realidade.
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Assim...
O significado dos dados narrativos não
está apenas em sua riqueza, e
disponibilidade, mas por serem os
mesmos dados utilizados pelos
membros da organização para
tomada de decisões.
Na verdade, a nossa
capacidade de construir
responsabilidades de nossas
ações, com as ações dos
outros, é fundamental para as
relações sociais.
(Heritage, 1984; Orbuch, 1997).
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A narrativa é importante...
Mas qual seu papel na explicação?
Narrativas são histórias e histórias são
teorias de processos
(contém sequências de eventos).
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Narrativa incorpora sequência e tempo e é
adequada para o desenvolvimento de
teorias e explicações.
Segundo Abott (1990), a narrativa, no
sentido genérico de processo, pode criar um
paradigma alternativo, por meio de três
categorias:
1. Existência e classificação de padrões
2. Antecedentes e consequências
3. Padrões sequenciais
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Antecendentes e Consequências
Trazem correlação dos fatos.
1. Como a composição do grupo afeta
o desempenho?
2. Características demográficas estão
ligadas aos resultados.
Padrões
sequenciais
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Padrões sequênciais
Cadeia de eventos de antecedentes e
consequências.
Há várias técnicas descritivas para
testar sua existência: elas resumem os
sequências observadas.
Com isso, permitem base para
explicação teórica.
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Mecanismos de Geração e
Estrutura Profunda
Formas de classificar processos de uma
narrativa:
1. Ciclo de vida;
2. Teleológica (busca de objetivos);
3. Ecológico (variação e retenção seletiva)
4. Dialética (tese, antítese e síntese).
(Van de Ven e Poole, 1995)
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O problema surge porque
estamos limitados às
observações superficiais,
mas nossas explicações
exigem identificarmos
estruturas mais profundas
(subjacentes).
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Níveis de estrutura na narrativa
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Os diferentes
pontos de vista...
Histórias ajudam a explicar os
relacionamentos entre eventos
em um processo ou em uma
narrativa.
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Nós não apenas
observamos eventos...
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os
focamos
...e criamos histórias
para explicá-los.
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Se identificamos uma
fábula, como poderemos
identificar seu mecanismo
gerador?
Como saber se o seu
motor está funcionando?
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Pentland sugere 3 respostas:
1. Olhar todos os aspectos da narrativa*;
2. Histórias são a melhor explicação;
3. Uma explicação é um processo de
teoria, uma hipótese sobre uma
sequência de acontecimentos.
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Abrir a caixa preta...
E dar uma olhada dentro.
(Lawrence, 1997)
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Conclusão
Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999)
Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Finaliza com três pontos chaves
1. Simplicidade, precisão e generalidade
na criação da teoria de processos;
2. Não existe uma receita pronta para a
narrativa;
3. Precisamos de estruturas profundas,
mas isso não encontraremos.
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Crítica à sua teoria
Não enxergar as estruturas mais
profundas do processo é uma das
críticas da teoria narrativa, no
pensamento estruturalista.
Mas defende, pois essa é uma posição fora de moda!
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
A mensagem final:
A Narrativa mostra o que
os olhos não veem
diretamente...
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
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Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
Muito obrigado a todos!

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  • 2. BRIAN T. PENTLAND Michigan State University Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Departamento Accounting and Information Systems Recebeu seu PhD em Gestão do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1991. Engenheiro Mecânico pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em 1981. Suas publicações têm aparecido Academy of Management Review, Accounting, Organizations and Society, Administrative Science Quarterly, Management Science, Organization Science, Technology Studies e em várias publicações. Este artigo foi citado por 513 trabalhos. Mas seu nome e outros artigos já foram citados 5.060 vezes.
  • 3. analysis constructs context data deep different events example explanation fabula indicators level management narrative organization organizational particular patterns process research role science sequence social specific stories structure surface theory underlying Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Analisamos o artigo pelo NVivo:
  • 4. Discussão • A teoria por meio de processo narrativo • Teoria como Narrativa • Survey e a Narrativa • Características de um texto narrativo • Pontos de vista • Conclusão Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 5. Survey Narrativa Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 6. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Uma survey contém indicadores variantes ocultos de construtos teóricos Um texto narrativo contém indicadores para um processo teórico Dados narrativos têm características aparentes e são úteis para a descrição, mas as teorias explicativas do processo devem ser baseadas em estruturas mais profundas que não são diretamente observáveis.
  • 7. Coração da boa teoria (Sutton e Staw, 1995) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista A fundamentação é o coração de uma boa teoria.
  • 8. Pentland adota no artigo o conceito de DiMaggio (1995): “Teoria como Narrativa“ Ou seja, uma explicação é uma história que descreve o processo, ou a sequência de eventos, que liga causa e efeito. Assim, boas histórias são centrais para a construção de uma teoria melhor. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 9. Dyer e Wilkins (1991) criticaram a abordagem de Eisenhardt (1989) na construção de teorias com estudos de casos múltiplos:  Sacrifica o contexto e aprofunda estrutura em um sentido;  Arruína a história em favor da construção de constructos e eles poderiam ser utilizados em modelos de variância tradicionais. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 10. As histórias ajudam a explicar relações entre os eventos em um processo ou narrativa. (Bal, 1985; Barthes, 1977; Chatman, 1978; Rimon-Kenan, 1983) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 11. Em teoria narrativa estas estruturas narrativas subjacentes são entendidas como histórias ou fábulas (Chatman, 1978; Rimmon-Kenan, 1983; Bal, 1985). Usadas para explicar e interpretar o discurso. Building Process Theory with Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista A narrativa é muito mais do que apenas um espelho do mundo social.
  • 12. As Narrativas são histórias contadas com muitos detalhes. São como trilhos na estrada que as pessoas seguem e, assim, recriam maneiras para assimilá-los. Por isso, uma narrativa é uma fonte de valor para ver o interior da organização. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 13. Quando saímos de nossas observações gerais para uma estrutura subjacente (mais profunda), passamos da descrição para a explicação. (Simon, 1992) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 14. A teoria por meio de um processo narrativo Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 15. As propriedades da narrativa podem ser mapeadas nos diferentes tipos de problemas teóricos. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 16. É possível identificar várias características de um texto narrativo. (Bruner, 1990; Barthes, 1977) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 17. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Características Sequência no tempo Início, meio e fim. Tempo e sequência. Ator(es) focal Protagonista. Personagens fornecem o fio que amarra os eventos em um narrativa. Voz narrativa A narrativa é algo que alguém diz. Reflete um ponto de vista identificável. Contexto Moral ou avaliativo Narrativas carregam significado e valor cultural. O que é certo ou errado. Outros indicadores Local, atributos de contexto, tempo. Características de um texto narrativo (ou discurso)
  • 18. Podemos coletar dados narrativos a partir de:  membros da organização (Boje, 1991)  fontes publicadas (Martin, Feldman, Hatch, e Sitkin, 1983)  entrevistas (Brown, 1998)  bancos de dados eletrônicos (Pentland & Reuter, 1994)  registros históricos (Abbott & Hrycak, 1990)  projetos de estudantes (Sabherwal & Robey, 1993). Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 19. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista A narrativa é um processo que se constrói a posteriori, capaz de gerar diferentes teias de significados e diferentes caminhos de interpretação (Weick, 1995).
  • 20. As características de um texto narrativo Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 21. Estrutura Sequencial  Sequência de eventos é o núcleo da estrutura narrativa;  Poderoso para generalizar dezenas de estudos.  Problema: muito descritivo e limita explicações porque exclui recursos importantes da narrativa. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 22. Ator ou Atores Focal  Personagens amarram uma história e trazem significado;  Os papeis definem quem faz o que e por que;  Atenção: não podemos simplesmente substituir um personagem: identidade é relevante para cada história. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 23. Voz Narrativa  Histórias variam de acordo com quem está fazendo a narração;  Pode analisar o poder a política de uma organização;  Cada um imprime seu ponto de vista.  Atenção: silenciamento seletivo é uma característica inevitável de uma narrativa. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 24. Contexto Analítico  Valores de um grupo cultural;  Analisar essa cultura é um exploração da dimensão moral da narrativa;  Há versões positivas e negativas, igualdade x desigualdade; segurança x insegurança; controle x sua falta;  Atenção: histórias revelam como diferentes tipos de organizações lidam com tensões. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 25. Outros indicadores  Sempre há outros indicadores na narrativa;  Características do ambiente físico;  Indicadores psicológicos e demográficos dos participantes;  Estudo de caso de Eisenhardt (1999) é um boa receita para saber como utilizá-los.  Atenção: esse tipo de informação não é recolhida em um questionário. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 26. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Propriedades da Narrativa Indicações Sequência Modelos de Eventos Foco em ator(es) Papel, rede social e demografia Voz Ponto de vista, relacionamentos sociais e poder Contexto Moral Valores culturais e assuntos (moral) Outros indicadores Outros aspectos do contexto Relação das propriedades da narrativa para a Teoria Organizacional
  • 27. A narrativa não apenas reflete um processo, mas ela o molda. (Orr, 1995) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 28. As histórias dão sentido aos acontecimentos, ações e objetos em nossa vida. (Weick, 1995) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 29. ...quando são "mostradas as cordas", sem jogá-lo nas cordas. As histórias são um caminho seguro para os recém-chegados... Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 30. As histórias ajudam a preservar a cultura organizacional e podem ser utilizadas como ferramentas de mudanças. (Wilckins, 1984) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 31. Figuras narrativas de pensamento reforçam a importância da narrativa (Bruner, 1986; 1990) Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista sensemaking
  • 32. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Sensemaking Revela a maneira pela qual as pessoas interpretam, percebem situações e, principalmente, como esse processo acontece. (Weick, 1995)
  • 33. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista O Sensemaking é criado em ambientes sensatos (Weick, 1995). Ou seja, na vida organizacional as pessoas geralmente produzem parte do ambiente onde convivem. Esse aspecto valida a visão de Berger e Luckmann (2007) da construção social da realidade.
  • 34. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Assim... O significado dos dados narrativos não está apenas em sua riqueza, e disponibilidade, mas por serem os mesmos dados utilizados pelos membros da organização para tomada de decisões.
  • 35. Na verdade, a nossa capacidade de construir responsabilidades de nossas ações, com as ações dos outros, é fundamental para as relações sociais. (Heritage, 1984; Orbuch, 1997). Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 36. A narrativa é importante... Mas qual seu papel na explicação? Narrativas são histórias e histórias são teorias de processos (contém sequências de eventos). Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 37. Narrativa incorpora sequência e tempo e é adequada para o desenvolvimento de teorias e explicações. Segundo Abott (1990), a narrativa, no sentido genérico de processo, pode criar um paradigma alternativo, por meio de três categorias: 1. Existência e classificação de padrões 2. Antecedentes e consequências 3. Padrões sequenciais Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 38. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Antecendentes e Consequências Trazem correlação dos fatos. 1. Como a composição do grupo afeta o desempenho? 2. Características demográficas estão ligadas aos resultados.
  • 39. Padrões sequenciais Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 40. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Padrões sequênciais Cadeia de eventos de antecedentes e consequências. Há várias técnicas descritivas para testar sua existência: elas resumem os sequências observadas. Com isso, permitem base para explicação teórica.
  • 41. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Mecanismos de Geração e Estrutura Profunda Formas de classificar processos de uma narrativa: 1. Ciclo de vida; 2. Teleológica (busca de objetivos); 3. Ecológico (variação e retenção seletiva) 4. Dialética (tese, antítese e síntese). (Van de Ven e Poole, 1995)
  • 42. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista O problema surge porque estamos limitados às observações superficiais, mas nossas explicações exigem identificarmos estruturas mais profundas (subjacentes).
  • 43. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Níveis de estrutura na narrativa
  • 44. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Os diferentes pontos de vista...
  • 45. Histórias ajudam a explicar os relacionamentos entre eventos em um processo ou em uma narrativa. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 46. Nós não apenas observamos eventos... Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista os focamos ...e criamos histórias para explicá-los.
  • 47. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Se identificamos uma fábula, como poderemos identificar seu mecanismo gerador? Como saber se o seu motor está funcionando?
  • 48. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Pentland sugere 3 respostas: 1. Olhar todos os aspectos da narrativa*; 2. Histórias são a melhor explicação; 3. Uma explicação é um processo de teoria, uma hipótese sobre uma sequência de acontecimentos.
  • 49. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Abrir a caixa preta... E dar uma olhada dentro. (Lawrence, 1997)
  • 50. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Conclusão
  • 51. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Finaliza com três pontos chaves 1. Simplicidade, precisão e generalidade na criação da teoria de processos; 2. Não existe uma receita pronta para a narrativa; 3. Precisamos de estruturas profundas, mas isso não encontraremos.
  • 52. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Crítica à sua teoria Não enxergar as estruturas mais profundas do processo é uma das críticas da teoria narrativa, no pensamento estruturalista. Mas defende, pois essa é uma posição fora de moda!
  • 53. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista A mensagem final:
  • 54. A Narrativa mostra o que os olhos não veem diretamente... Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista
  • 55. Building Process Theory With Narrative: From Description to Explanation, Pentland (1999) Mauro de Oliveira e Rodrigo M. Baptista Muito obrigado a todos!