2. Há muitos anos atrás, em uma comunidade bem
simples onde hoje é Irani, haviam muitas pessoas
pobres e humildes que viviam em pequenas
casinhas de madeira. Elas eram chamadas de
“caboclos” e contavam com a ajuda do monge José
Maria, um homem bondoso que contava histórias,
curava feridas e muitas outras coisas.
3. Tudo estava muito bem, mas
muito longe dali, haviam
homens poderosos e maus que
queriam construir uma estrada
de ferro bem onde moravam
os caboclos. Esses homens eram
os militares comandados por
João Gualberto.
4. Então o capitão João Gualberto mandou uma carta para o monge José Maria
pedindo que eles saíssem daquelas terras; mas o monge e os caboclos não
aceitaram a proposta, e disseram que não iriam arredar o pé dali.
5. Quando o capitão Gualberto soube da decisão do
monge, ele ficou muito furioso, e anunciou que
queria guerra! Então, veio com toda a sua tropa
para lutar com os caboclos.
6. Era uma manhã de 22 de Outubro de 1912, quando os caboclos
e os militares se encontraram para lutar. Foi uma guerra
terrível para ver quem ficariam com as terras. Os militares
tinham armas poderosas, e os caboclos tinham facões de
madeira muito afiados.
7. No meio da guerra, ouviu-se um forte tiro. Devagarinho, o monge Zé
Maria foi caindo morto no chão. - Meu Deus! Mataram Zé Maria! –
Os caboclos ficaram com tanta raiva que partiram pra cima de João
Gualberto e o picaram a faconadas.
8. Depois disso, o monge foi enterrado
uma cova bem baixinha pois iria
ressucitar, e Gualberto foi sepultado
no Paraná.
Mas a Guerra continuou em várias cidades, como em Santa Maria, Taquaruçú...
Mais tarde Maria Rosa, uma moça muito bonita, apareceu e liderou o combate,
mas ela também morreu e a Guerra só acabou com a prisão de Adeodato, o
último comandante dos caboclos.
9. Foram 4 anos de guerra, que
acabou em 1916. Os militares
prenderam os caboclos, mas quem
venceu a guerra foi o povo do
sertão, pois lutou com mais força e
bravura por este chão tão adorado,
que deu a vida e foi até o fim na
Guerra do Contestado.