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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha 
Copidesque e Revisão 
Fabiana Guimarães Coelho 
Diagramação: 
Matheus Freitas 
Capa: 
Quartel Design
Apresentação 
Nossa jornada cristã é muito interessante: ela 
é viva, repleta de desafios e decisões a serem to-madas. 
Esta mensagem fala dos desafios para per-manecermos 
no caminho certo enquanto lutamos 
pela construção diária de nossa santidade. 
A santidade é como uma obra na qual trabalha-remos 
por toda a vida, pois ela é a transformação 
que vivenciamos enquanto Cristo é formado em 
nós. Porém, o inimigo está sempre à espreita aguar-dando 
algum descuido para sabotar esse processo. 
Seu objetivo é interromper a obra de santificação e 
atrapalhar nosso relacionamento com Deus. 
5
Necessitamos de perspicácia para percebermos 
as tentativas de ataque do inimigo, por isso apren-deremos 
com Neemias algumas estratégias práticas 
de defesa para aplicarmos no dia a dia. 
Nossa obra de santificação não pode parar! Mas 
se você sente que, em algum momento, sua santifi-cação 
foi interrompida, não desanime! Nosso Deus 
é o Deus da segunda chance, da terceira chance e 
da quarta... Basta que você se arrependa e volte ao 
lugar onde parou. A obra está lá: os tijolos, a massa, 
as ferramentas. Seus companheiros estão lá, e tam-bém 
o Espírito Santo, cheio de alegria, aguardando 
6 
o seu retorno. 
Por isso, faço este convite a todos: “Mãos à obra!” 
Ana Paula Valadão Bessa
Introdução 
A santificação é o nosso aperfeiçoamento inspi-rado 
na pessoa de Cristo e deve ser uma constante 
na vida dos filhos de Deus. Ela é um jeito de ser e de 
viver que agrada ao Pai. Estamos sendo aprimora-dos 
no presente. Na eternidade, quando Ele se ma-nifestar, 
seremos semelhantes a Ele, pois o veremos 
7 
como Ele é. 
Vejam como é grande o amor que o Pai nos con-cedeu: 
sermos chamados filhos de Deus, o que 
de fato somos! Por isso o mundo não nos conhe-ce, 
porque não o conheceu. Amados, agora so-mos 
filhos de Deus, e ainda não semanifestou o
que havemos de ser, mas sabemos que, quan-do 
ele se manifestar seremos semelhantes a 
ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele 
que nele tem esta esperança purifica-se a si 
mesmo, assim como ele é puro. (1Jo 3,1-3) 
Essa esperança magnífica de vermos Deus face a 
face e permanecermos em Sua doce presença deve 
nos impulsionar a buscarmos continuamente a san-tificação. 
Mas nesta jornada, muitas vezes passamos por 
situações complicadas, e nossa santificação pode 
ser interrompida. Satanás é o pivô dos ataques para 
atrapalhar e paralisar esse processo, e ele geralmen-te 
atua nas fraquezas humanas. 
O leque das fraquezas humanas é bem vasto: há 
pessoas com tipos variados de vícios, há quem ame 
o dinheiro, há pessoas com temperamentos que 
sacrificam seu convívio com os outros, há pessoas 
muito egoístas, há exploradores, há desonestos. 
Enfim, o ser humano possui inúmeros problemas e 
pecados, mas Jesus ensina a todos, pois Ele é o mo-delo 
perfeito a ser seguido. 
Nesta mensagem faremos uma comparação 
entre o nosso processo da santificação e a obra 
8
de reconstrução dos muros de Jerusalém, que foi 
comandada por Neemias. Antes de continuarmos, 
faça um exercício de imaginação: pense em tijolos 
– muitos tijolos – e um muro construído em partes, 
destruído em outras, com tijolos fora do lugar e até 
entulhos. Visualize o trabalho a ser feito. É um desa-fio 
motivado por uma causa maravilhosa! 
9
10
A obra de 
Neemias 
Vamos à história! Neemias era um judeu escra-vizado 
pela Babilônia que trabalhava como copeiro 
do rei. Naquela época os judeus foram espalhados 
pelas nações e passavam por grande sofrimento. 
Neemias recebeu a notícia de que Jerusalém estava 
em ruínas, com seus muros destruídos e as portas 
queimadas. Jerusalém era o “lar” dos judeus. Com 
sua cidade em ruínas e sem a proteção dos muros, 
o povo de Deus ficava ainda mais vulnerável, fragili-zado 
e à mercê dos inimigos. 
11
Ao saber sobre o estado em que se encontrava 
sua cidade, Neemias se entristeceu profundamente, 
chorou e orou a Deus. Pediu ao Senhor misericórdia 
para o povo, e sua oração foi respondida. O rei con-cedeu 
a Neemias licença para ir até Jerusalém com 
o intuito de reconstruir seus muros. 
Leia a passagem de Neemias 3.1-23, pois anali-saremos 
a atuação de Neemias e todo o cenário que 
envolve o processo de reconstrução: os empecilhos 
externos e internos. 
Quando Sambalate soube que estávamos 
reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicula-rizou 
os judeus e, na presença de seus com-patriotas 
e dos poderosos de Samaria, disse: 
“O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? 
Será que vão restaurar o seu muro? Irão ofe-recer 
sacrifícios? Irão terminar a obra num só 
dia? Será que vão conseguir ressuscitar pe-dras 
de construção daqueles montes de entu-lho 
e de pedras queimadas?” Tobias, o amo-nita, 
que estava ao seu lado, completou: “Pois 
que construam! Basta que uma raposa suba 
lá, para que esse muro de pedras desabe!” 
Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo des-prezados. 
Faze cair sobre eles a zombaria. 
12
E sejam eles levados prisioneiros como des-pojo 
para outra terra. Não perdoes os seus 
pecados nem apagues as suas maldades, pois 
provocaram a tua ira diante dos construtores. 
Nesse meio tempo fomos reconstruindo o 
muro, até que em toda a sua extensão chega-mos 
à metade da sua altura, pois o povo esta-va 
totalmente dedicado ao trabalho. 
Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, 
os amonitas e os homens de Asdode soube-ram 
que os reparos nos muros de Jerusalém 
tinham avançado e que as brechas estavam 
sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos jun-tos 
planejaram atacar Jerusalém e causar con-fusão. 
Mas nós oramos ao nosso Deus e colocamos 
guardas de dia e de noite para proteger-nos 
deles. Enquanto isso, o povo de Judá come-çou 
a dizer: “Os trabalhadores já não têm mais 
forças e ainda há muito entulho. Por nós mes-mos 
não conseguiremos reconstruir o muro”. 
E os nossos inimigos diziam: “Antes que des-cubram 
qualquer coisa ou nos vejam, estare-mos 
bem ali no meio deles; vamos matá-los e 
acabar com o trabalho deles”. 
13
Os judeus que moravam perto deles dez ve-zes 
nos preveniram: “Para onde quer que vo-cês 
se virarem, saibam que seremos atacados 
de todos os lados”. 
Por isso posicionei alguns do povo atrás dos 
pontos mais baixos do muro, nos lugares 
abertos, divididos por famílias, armados de 
espadas, lanças e arcos. Fiz uma rápida ins-peção 
e imediatamente disse aos nobres, aos 
oficiais e ao restante do povo: Não tenham 
medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é 
grande e temível, e lutem por seus irmãos, por 
seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres 
e por suas casas. 
Quando os nossos inimigos descobriram que 
sabíamos de tudo e que Deus tinha frustrado 
a sua trama, todos nós voltamos para o muro, 
cada um para o seu trabalho. Daquele dia em 
diante, enquanto a metade dos meus homens 
fazia o trabalho, a outra metade permanecia 
armada de lanças, escudos, arcos e couraças. 
Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá 
que estava construindo o muro. Aqueles que 
transportavam material faziam o trabalho 
com uma mão e com a outra seguravam uma 
arma, e cada um dos construtores trazia na 
cintura uma espada enquanto trabalhava; e 
14
comigo ficava um homem pronto para tocar 
a trombeta. 
Então eu disse aos nobres, aos oficiais e ao 
restante do povo: A obra é grande e extensa, e 
estamos separados, distantes uns dos outros, 
ao longo do muro. Do lugar de onde ouvirem 
o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso 
Deus lutará por nós! 
Dessa maneira prosseguimos o trabalho com 
metade dos homens empunhando espadas 
desde o raiar da alvorada até o cair da tarde. 
Naquela ocasião eu também disse ao povo: 
Cada um de vocês e o seu ajudante devem 
ficar à noite em Jerusalém, para que possam 
servir de guarda à noite e trabalhar durante o 
dia. Eu, os meus irmãos, os meus homens de 
confiança e os guardas que estavam comigo 
nem tirávamos a roupa, e cada um permane-cia 
de arma na mão. 
Durante a reconstrução dos muros, Neemias e 
seus compatriotas foram constantemente atacados 
por inimigos. Falaremos desses ataques, das estra-tégias 
de defesa e da determinação do povo de 
Deus para concluir uma obra de imenso valor. 
15
16
Cinco 
ataques para 
interromper 
a obra 
Quando estamos distantes do Senhor, Satanás 
fica sossegado. É isto mesmo o que ele quer: que es-tejamos 
frios e independentes de Deus. Mas quan-do 
resolvemos trabalhar com seriedade na constru-ção 
de nossa santidade, quando focamos em Cristo, 
o inimigo inicia seus ataques. Ele sempre age no 
sentido contrário ao que é correto e bom. 
17
Na história de Neemias, dois personagens sim-bolizam 
a atuação de Satanás: Sambalate e Tobias. 
Eles são os mentores destes cinco ataques para im-pedir 
a reconstrução dos muros de Jerusalém: inti-midação, 
tropeços, confusão, desânimo e falta de 
18 
discernimento. 
A intimidação 
Quando Sambalate soube que estávamos 
reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicula-rizou 
os judeus e, na presença de seus com-patriotas 
e dos poderosos de Samaria, disse: 
“O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? 
Será que vão restaurar o seu muro? Irão ofe-recer 
sacrifícios? Irão terminar a obra num só 
dia? Será que vão conseguir ressuscitar pe-dras 
de construção daqueles montes de entu-lho 
e de pedras queimadas?” (Ne 4.1,2) 
Intimidar é provocar medo, apreensão, temor. 
Quando Satanás percebe nosso compromisso de 
santidade, inicia sua intimidação lançando palavras 
ameaçadoras em nossa mente. Normalmente são 
acusações relacionadas ao nosso passado:
“Quem é você para viver uma vida santa? Eu 
conheço seu passado, domino sua vida e sei exa-tamente 
quais são seus pontos fracos. Você é uma 
pessoa fraca! Inventou esta ideia de tentar ser dife-rente, 
mas não tem forças para continuar. Sei que 
mais cedo ou mais tarde você cairá.” 
Nos meus primeiros dias de decisão firmada por 
Jesus, eu estava decidida a não olhar para trás e a 
querer somente o que Deus tinha planejado para 
mim. Resolvi parar de agir com independência, re-nunciar 
a tudo para seguir a vontade do Senhor. 
Uma das coisas que precisei fazer foi desistir, de-finitivamente, 
de um relacionamento que não era 
plano de Deus para mim. Esse relacionamento já 
tinha terminado, mas eu era constantemente tenta-da 
a voltar. Naquele momento a renúncia foi muito 
difícil. Eu estava no meu local de oração e enquanto 
buscava o Senhor, Satanás começou a me intimidar: 
“Você não vai conseguir. O que você está fazendo 
com a sua vida? Você está perdendo o seu grande 
amor. Olhe para o seu passado”. Neste momento, 
comecei a sofrer intimidação, acusações e conde-nação. 
Não conseguia continuar a oração, pois os 
ataques eram muito fortes em minha mente. 
19
Mas o Senhor falou suavemente ao meu cora-ção: 
“Levante”. Eu obedeci. De pé, olhei pela janela 
e vi o lote ao lado da minha casa. Num canto havia 
um monte de cinzas. Aquele era exatamente o lugar 
onde eu havia queimado vários presentes, objetos 
que me lembravam deste relacionamento que vivi 
em desobediência a meus pais. Quando olhei o 
monte de cinzas, eu me fortaleci e então pude me 
posicionar: “Satanás, há possibilidades de aquele 
monte de cinzas voltar a ser o que era antes? Não! 
Pois eu lhe garanto que o que Deus destruiu, nin-guém 
restaura”. O meu passado já passou! Então me 
fortaleci naquela verdade, e uma música começou a 
nascer ali: 
Já não há condenação 
Para aqueles que estão em Cristo Jesus 
Já não há condenação 
Para aqueles que estão em Cristo Jesus 
Eu também fui redimido 
Comprado pelo precioso sangue do Cordeiro 
Meus pecados perdoou, novas vestes preparou 
E eu viverei cheio do poder 
(Ana Paula Valadão Bessa. Já não há. 1999) 
20
Ah, querido leitor, eu terminei este momento 
saltando, dançando na presença do meu Redentor. 
E quanto ao grande amor da minha vida, seu nome 
é Gustavo, o meu amado esposo, parte do plano de 
Deus para mim! 
Quando Satanás atacar-lhe a mente com intimi-dações, 
lembre-se de que não há condenação so-bre 
sua vida por causa da obra redentora do Nosso 
21 
Senhor Jesus. 
Situações de tropeço 
Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, 
completou: “Pois que construam! Basta que 
uma raposa suba lá, para que esse muro de 
pedras desabe!” (Ne 4.3) 
A segunda investida do inimigo para paralisar 
nossa santificação são as pequenas situações de 
tropeço. Meu pai sempre diz que não tropeçamos 
nas montanhas, mas em pedrinhas. O livro de Can-tares 
diz que as raposinhas é que destroem a vinha. 
Satanás age neste sentido criando situações sutis – 
“as pedrinhas” – para nos fazer tropeçar e cair.
Por exemplo, se a pessoa viveu em adultério, 
mas se arrependeu e decidiu ser fiel, o inimigo atua-rá 
exatamente nesta fraqueza para minar a decisão 
de fidelidade. Para isso usará vários recursos sutis 
de sedução com o objetivo de induzir a pessoa ao 
pecado do adultério novamente. Nestes casos, o 
perigo é a forma aparentemente inofensiva que vai 
ganhando espaço e força na vida da pessoa despre-venida. 
Se outra pessoa tinha o hábito de mentir, mas 
decidiu falar somente a verdade, as ciladas serão 
armadas nessa área. O inimigo criará situações “bo-bas” 
para induzirem a pessoa a continuar falando 
“mentirinhas”. Mas as mentirinhas para livrar das si-tuações 
bobas são MENTIRAS e são como um vício: 
se for alimentado, evoluirá e dominará toda a vida 
deste irmão. 
Pessoas que têm vício de televisão (ficam dian-te 
da TV durante horas a fio), vício de internet ou 
de programas e sites inadequados para cristãos, 
devem considerar parar de assistir televisão ou de 
acessar a internet durante um tempo, até que con-sigam 
utilizar esses meios de entretenimento com 
equilíbrio, sabedoria e bom senso. 
22
Esses são somente alguns exemplos, mas você 
e eu sabemos exatamente as áreas de nossa vida 
que precisam de atenção especial, pois cada um 
conhece as próprias fraquezas. O inimigo também 
as conhece. Por isso, devemos fazer o que for preci-so 
para não cairmos nas armadilhas, as raposinhas 
com aparência inofensiva que vão entrando sutil-mente 
e acabam dominando a situação, minando 
nosso propósito de santidade. 
23 
Confusão 
Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, 
os amonitas e os homens de Asdode soube-ram 
que os reparos nos muros de Jerusalém 
tinham avançado e que as brechas estavam 
sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos jun-tos 
planejaram atacar Jerusalém e causar con-fusão. 
(Ne 3.7,8) 
O terceiro ataque é a confusão. Satanás é mui-to 
astuto e age no meio do povo de Deus jogan-do 
umas pessoas contra as outras. Uma das formas 
que ele cria confusão é através de nossas falhas na 
comunicação. Essas falhas acontecem assim: você
diz uma coisa, a pessoa entende outra. Ela fala algo, 
mas você compreende diferente. Pronto! Confusão 
armada! 
Irmãos, essa armadilha é muito comum e peri-gosa 
especialmente quando estamos trabalhando 
em grupo para construir uma obra que Deus nos 
entregou. 
Uma ótima saída para esse tipo de problema é 
sempre agir com clareza e objetividade. Nós deve-mos 
ter discernimento para perceber o esquema de 
confusão e esclarecer tudo o que está sendo mal 
interpretado. Como fazemos isso? Conversando, 
explicando, sendo sinceros e tendo uma atitude pa-cificadora. 
Quando não há esclarecimentos, o inimigo 
avança suscitando mais confusões, e a obra vai 
perdendo o foco e acaba paralisada. Isso porque 
as pessoas ficarão remoendo a situação, perdendo 
tempo com mágoas não resolvidas. Nós não temos 
tempo a perder. Precisamos crescer, amadurecer 
em nossos relacionamentos, ter coragem para con-versar 
com o outro, esclarecer e continuar a jornada 
24 
em paz.
25 
Desânimo 
Enquanto isso, o povo de Judá começou a di-zer: 
“Os trabalhadores já não têm mais forças e 
ainda há muito entulho. Por nós mesmos não 
conseguiremos reconstruir o muro”. (Ne 3.10) 
No versículo 6, observamos os trabalhadores 
tão animados e dedicados à obra que levantaram o 
muro até a metade. Mas no meio do trabalho eles se 
cansaram, perderam a visão e a esperança. Tinham 
trabalhado tão arduamente, mas ficaram fisica-mente 
exaustos: “Não temos mais força... há muito 
entulho... não conseguiremos reconstruir o muro”. 
Quanto desânimo! 
O cansaço pode trazer desânimo, pois quando 
estamos cansados não conseguimos discernir bem 
as coisas: achamos que somos fracos demais; pen-samos 
que tudo é grande demais; ficamos desa-nimados 
para lutar, para orar, para ler a Palavra de 
Deus. E é claro que o inimigo se aproveita desses 
momentos. 
Além do sentimento de fraqueza, o desânimo 
ainda atrapalha nossa visão. No exemplo de Ne-emias, 
tudo o que os trabalhadores viam eram os
entulhos. Em vez de olharem o muro de Jerusalém 
construído até a metade da altura, eles só viam os 
escombros. 
Quando começamos nossa obra de santificação, 
não imaginamos o trabalho que teremos pela fren-te. 
Começamos animados e cheios de entusiasmo, 
mas o desânimo surge na metade da jornada. 
Quando alguém vai escalar uma montanha mui-to 
alta, olha para cima e pensa com entusiasmo: “Eu 
vou chegar lá no topo”. Mas na metade da subida, 
olha novamente para cima e pensa: “É longe mes-mo. 
Ainda falta muito!”. Há muita gente parando na 
26 
metade do caminho. 
Certo grupo decidiu subir uma destas monta-nhas. 
Calcularam as horas com cuidado para que 
todos chegassem ao topo antes de o frio impedir 
a subida. No meio do trajeto, eles pararam em uma 
base para descansar. Lá havia um bar com música 
ambiente. Chegou o momento de continuarem a 
subida, mas alguns decidiram ficar na base. Estavam 
desanimados pelo cansaço, então preferiram a des-contração 
do bar e da música e se contentaram com 
a bela vista. O restante do grupo continuou. Alguns 
minutos depois, a música parou. Os desistentes que
ficaram na metade do caminho se levantaram, olha-ram 
pela janela e viram os companheiros já longe, 
cumprindo a jornada proposta. De acordo com o 
dono desse bar, ocorre um fenômeno com todos os 
viajantes que param no meio do caminho. Eles são 
tomados por uma grande tristeza; ficam deprimidos 
e arrependidos quando percebem que desistiram do 
seu objetivo inicial por não terem se esforçado um 
pouco mais. 
O desânimo surge na metade da obra e atrapa-lha 
a visão. Observe que tanto os escaladores quan-to 
os trabalhadores do muro perderam a visão. Dei-xaram 
de enxergar o que já tinham conquistado e 
deixaram de vislumbrar o que alcançariam no final. 
Passaram a ver só o enorme trabalho. Eles perderam 
a esperança. 
Mas graças a Deus por Jesus: Ele é a força que re-nova 
nossa esperança e nos impulsiona a continu-armos 
nossa obra. O Senhor disse para você e para 
mim: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, 
tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33). É Cris-to 
quem nos motiva e nos ajuda, por isso podemos 
continuar nossa caminhada de santificação! 
27
Falta de discernimento 
E os nossos inimigos diziam: “Antes que des-cubram 
qualquer coisa ou nos vejam, estare-mos 
bem ali no meio deles; vamos matá-los e 
acabar com o trabalho deles”. (Ne 3.11) 
O quinto ataque contra a obra de construção de 
nossa santidade é a falta de discernimento, ou seja, 
a falta de compreensão das estratégias malignas. 
Muitas vezes esquecemos que o inimigo é um espí-rito, 
portanto age sobrenaturalmente. Seus ataques 
têm início na esfera espiritual, e se não percebermos 
isso acharemos que tudo o que nos rodeia é natural 
– são acontecimentos comuns ou coincidências da 
vida. Sobre isso, tenho um exemplo pessoal. 
Uma área em que eu particularmente luto para 
desenvolver minha santificação é o meu tempera-mento. 
Desde pequena eu tenho um temperamen-to 
forte. Quando minha família saía para passear, e 
acontecia algo que me contrariava, eu ficava uma 
fera, emburrava e atrapalhava o passeio de todos. 
Tudo tinha que ser exatamente do meu jeito. 
Na convivência com meu esposo não foi mui-to 
diferente. Quantas vezes o Gustavo tentava me 
28
agradar, fazia gestos carinhosos e prestativos, mas 
por qualquer contrariedade eu emburrava e colo-cava 
nosso bem-estar a perder. Nossa alegria, nosso 
prazer, tudo ia por água abaixo. Certa noite, estáva-mos 
em uma viagem e passamos por uma experi-ência 
difícil como essa. Eu dormi e tive um sonho 
que me assustou muito. Acordei apavorada. Nesse 
sonho eu via, nos fundos da casa da minha avó, um 
castelo. Ela trajava um vestido vermelho e andava 
pela varanda como uma rainha. Então, tirou o ves-tido 
e o entregou em minhas mãos. Compartilhei 
o sonho com o Gustavo e o chamei para orarmos 
juntos, pois discerni que esse era um sonho espiri-tual. 
Nós estávamos recebendo discernimento do 
29 
Senhor. 
Em minha família temos vários exemplos de 
mulheres dominadoras, a começar da minha bisa-vó. 
Esta, de tão severa, foi apelidada de Chumba. 
Ela vivia maltratando o marido, obrigava-o a fazer 
as tarefas domésticas e tantas outras coisas. Judiava 
do meu bisavô com vontade. Muitas histórias fami-liares 
nos permitem discernir a presença de um es-pírito 
de dominação que atuava na vida da minha 
bisavó e que tenta influenciar as outras mulheres
da família. Começamos a orar intensamente contra 
isso. Esse foi o entendimento que tivemos sobre o 
sonho em que minha avó me entregava seu vestido 
de rainha. Mantenho um compromisso pessoal de 
orar por esta área e vigiar. 
Alguns dos meus momentos mais felizes são 
quando ouço o Gustavo dizer: “Ana, você está me-lhorando 
tanto!”. Que bênção é sentir a atuação do 
Espírito de Deus me transformando. Mas de vez em 
quando eu ainda fico de cara amarrada à toa, po-rém 
meu esposo se posiciona e me posiciona tam-bém, 
lembrando-me de que o espírito de Jezabel 
– dominadora e manipuladora – não tem nada a ver 
com Jesus. Eu repenso, me arrependo, peço perdão 
a ele e a Deus e mudo meu comportamento. 
Querido leitor, eu quero ser cada dia mais santa; 
não quero pecado nem influências malignas sobre 
minha vida. Por isso preciso me esforçar, ser vigilan-te 
e manter o discernimento especialmente nesta 
área em que ainda sou mais frágil. 
Além de nos dar condições para percebermos 
a atuação do inimigo, o discernimento ainda nos 
dá condições para lutarmos contra essa atuação. 
Quando discernimos, podemos orar a Deus pedin- 
30
do Sua intervenção, podemos repreender a atuação 
dos demônios e também podemos mudar nosso 
comportamento inadequado. 
Porém, vale lembrar que não devemos ir para 
o outro extremo e achar que tudo é espiritual, que 
tudo é obra do diabo. Precisamos de equilíbrio, e o 
discernimento é primordial também para isso. 
31
32
Estratégias 
de defesa 
Vimos que o processo de santificação é consta-mente 
ameaçado por intimidação, situações sutis 
de tropeço, confusão, desânimo e falta de discerni-mento. 
Contra esses ataques de Satanás devemos 
agir estrategicamente e com inteligência, seguindo 
os exemplos de Neemias. 
33 
A oração 
A primeira estratégia deste homem de Deus foi 
a oração. No verso 4, ele clama: “Ouve-nos, ó Deus,
pois estamos sendo desprezados”. O restante desta 
oração de Neemias não é exemplo para nós, pois 
se trata de uma maldição às pessoas que o perse-guiam. 
Nós, porém, sabemos que nosso inimigo é 
Satanás, não são pessoas, por isso não amaldiçoa-mos 
os outros. 
O importante aqui é o fato de Neemias ter bus-cado 
a ajuda de Deus, ou seja, ter reconhecido sua 
dependência do Senhor. Nosso socorro sempre 
vem do Senhor, pois dependemos Dele para tudo. 
Por isso os nossos problemas são resolvidos, de 
uma forma ou de outra, por meio da oração. 
Levanto os meus olhos para os montes e per-gunto: 
De onde me vem o socorro? O meu so-corro 
vem do Senhor, que fez os céus e a terra. 
34 
(Sl 121.1,2) 
Quando oramos nos aproximamos de Deus. 
Quando oramos, nossa atenção é despertada para 
a presença Dele. Na oração podemos nos sentir na 
presença do Pai, e isso dá a paz de que necessita-mos. 
Falar com Deus é reconhecer o quanto somos 
pequenos e necessitados Dele. E nesta dependên-cia 
Ele age em nós.
35 
A armadura 
Daquele dia em diante, enquanto a metade 
dos meus homens fazia o trabalho, a outra 
metade permanecia armada de lanças, escu-dos, 
arcos e couraças. Os oficiais davam apoio 
a todo o povo de Judá que estava construindo 
o muro. Aqueles que transportavam material 
faziam o trabalho com uma mão e com a outra 
seguravam uma arma, e cada um dos constru-tores 
trazia na cintura uma espada enquanto 
trabalhava; e comigo ficava um homem pron-to 
para tocar a trombeta. (Ne 3.16-18) 
Esta passagem fala de “lanças”, “escudos”, “coura-ças” 
e “espadas”. Enquanto reedificavam o muro, Ne-emias 
e seus companheiros mantinham suas armas 
empunhadas e permaneciam armados e vigilantes 
de noite e de dia, pois essa era a forma adequada 
para se protegerem dos inimigos. 
Hoje, em nossa luta pela reconstrução nós não 
nos vestimos, literalmente, de couraças e nem em-punhamos 
espadas e escudos, pois essa não é uma 
batalha física. Mas precisamos, sim, empunhar ar-mas 
espirituais. Em Efésios 6 Paulo nos orienta nes-te 
sentido:
Vistam toda a armadura de Deus, para pode-rem 
ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois 
a nossa luta não é contra seres humanos, mas 
contra os poderes e autoridades, contra os do-minadores 
deste mundo de trevas, contra as 
forças espirituais do mal nas regiões celestiais. 
Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para 
que possam resistir no dia mau e permanecer 
inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, 
mantenham-se firmes, cingindo-se com o cin-to 
da verdade, vestindo a couraça da justiça 
e tendo os pés calçados com a prontidão do 
evangelho da paz. Além disso, usem o escudo 
da fé, com o qual vocês poderão apagar todas 
as setas inflamadas do Maligno. Usem o capa-cete 
da salvação e a espada do Espírito, que é 
a palavra de Deus. Orem no Espírito em todas 
as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo 
isso em mente, estejam atentos e perseverem 
na oração por todos os santos. (Ef 6.14-18) 
Resistimos ao mal usando, sem cessar, as verda-deiras 
armas espirituais, que são a Verdade, a Justi-ça, 
a Fé, a Paz, a Salvação, a Palavra de Deus e a ora-ção, 
que já foi comentada. Estas são instrumentos 
fundamentais que nos protegerão durante toda a 
obra de nossa santificação. 
36
37 
A comunhão 
Então eu disse aos nobres, aos oficiais e ao 
restante do povo: A obra é grande e extensa, e 
estamos separados, distantes uns dos outros, 
ao longo do muro. Do lugar de onde ouvirem 
o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso 
Deus lutará por nós! (Ne 3.19,20) 
Comunhão é uma ideia contrária a isolamento. 
Querido leitor, isolar-se é escolher ser vulnerável. É 
verdade que a obra de santificação é grande, e cada 
pessoa tem um compromisso e uma luta individu-ais 
nesta área. E é exatamente por isso que precisa-mos 
estar em comunhão com outras pessoas que 
também estão vivenciando essa luta – nossos fami-liares, 
os amigos e irmãos da igreja. 
Os encontros aos domingos, durante e após o 
culto, são muito importantes e preciosos. Mas além 
destes, também devemos programar outros mo-mentos 
de comunhão para conversar, compartilhar 
as alegrias e dificuldades da vida, fazer atividades 
saudáveis juntos e orar. Essa convivência nos for-talece 
à medida em que supre nossa necessidade 
de amizade e amor sincero. Além disso, na Bíblia 
aprendemos que a brasa fora da fogueira esfria
muito rapidamente, e que uma ovelha fora do reba-nho 
38 
é presa muito fácil. 
O Ânimo 
Fiz uma rápida inspeção e imediatamente 
disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do 
povo: Não tenham medo deles. Lembrem-se 
de que o Senhor é grande e temível, e lutem 
por seus irmãos, por seus filhos e por suas 
filhas, por suas mulheres e por suas casas. 
(Ne 3.14) 
Nesta passagem vemos uma valiosa palavra de 
ânimo de Neemias: “lembrem-se de que o Senhor é 
grande e temível”. Ele convoca seus companheiros 
a não olharem para as circunstâncias, a não teme-rem 
a ação dos inimigos, mas a olharem para o alto 
e pensarem em Deus. Se lembrarmos dos feitos de 
Deus – o Todo-Poderoso –, entenderemos que Ele é 
o único a quem devemos temer. E Ele nos ama, pois 
é nosso Pai. 
A Bíblia traz o registro de inúmeras intervenções 
de Deus na vida de Seu povo: libertações, curas, li-vramentos 
e a Salvação. Eu acredito que na sua vida
Ele também já fez coisas lindas, que merecem ser 
lembradas, pois provam o amor e o cuidado Dele 
por você. Meditar no poder e no amor do Senhor 
nos dá ânimo, alegria e coragem. 
O ânimo é a última estratégia inspirada na atu-ação 
de Neemias. Aprendemos que a oração, a ver-dade, 
a justiça, a fé, a paz, a salvação, a Palavra, a 
comunhão e o ânimo são estratégias de defesa que 
estão ao nosso alcance. Com elas frustraremos os 
planos de Satanás para impedir nossa santificação 
assim como Neemias e seus amigos frustraram os 
planos de Sambalate e Tobias. 
Neemias teve sucesso em seus objetivos por-que, 
acima de tudo, recebeu amparo do Senhor. 
Deus desejava que os muros e a cidade de Jerusa-lém 
fossem reedificados. E certamente Ele deseja 
que você e eu vivamos em santidade, sigamos os 
passos de Jesus e sejamos cada dia mais parecidos 
com Seu filho amado. Enquanto trabalhamos nesta 
construção, saiba que o Espírito Santo está sempre 
junto de nós e nos sustentará quando a luta for 
grande demais. 
Mais uma vez eu lhe convido: “Mãos à obra!” 
39
40
JESUS TE 
AMA E QUER 
VOCÊ! 
1º PASSO: Deus o ama e tem um plano 
maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou 
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, 
para que todo o que nele crê não pereça, mas 
tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.) 
41
2º PASSO: O Homem é pecador e está 
separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem 
da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.) 
3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, 
para o conflito do homem. “Respondeu-lhe 
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; 
ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.) 
4º PASSO: É preciso receber a Jesus em 
nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, 
deu-lhes o poder de serem feitos filhos 
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ 
(Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus 
como Senhor e, em teu coração, creres que 
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. 
Porque com o coração se crê para justiça 
e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” 
42 
(Rm 10.9-10.) 
5º PASSO: Você gostaria de receber a 
Cristo em seu coração? Faça essa oração
de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso 
de Ti, confesso-te o meu pecado de estar 
longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu 
coração e te recebo como meu único Salvador 
e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim 
como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo 
estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha 
43 
vida, amém”. 
6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica 
próxima à sua casa. 
Nós estamos reunidos na Igreja Batista da 
Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro 
São Cristóvão, Belo Horizonte, MG. 
Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar 
neste momento tão importante da 
sua vida. 
Nossos principais cultos são realizados 
aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 
18h horas. 
Ficaremos felizes com sua visita!
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha 
Gerência de Comunicação 
Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão 
CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG 
www.lagoinha.com 
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  • 3.
  • 4. Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Copidesque e Revisão Fabiana Guimarães Coelho Diagramação: Matheus Freitas Capa: Quartel Design
  • 5. Apresentação Nossa jornada cristã é muito interessante: ela é viva, repleta de desafios e decisões a serem to-madas. Esta mensagem fala dos desafios para per-manecermos no caminho certo enquanto lutamos pela construção diária de nossa santidade. A santidade é como uma obra na qual trabalha-remos por toda a vida, pois ela é a transformação que vivenciamos enquanto Cristo é formado em nós. Porém, o inimigo está sempre à espreita aguar-dando algum descuido para sabotar esse processo. Seu objetivo é interromper a obra de santificação e atrapalhar nosso relacionamento com Deus. 5
  • 6. Necessitamos de perspicácia para percebermos as tentativas de ataque do inimigo, por isso apren-deremos com Neemias algumas estratégias práticas de defesa para aplicarmos no dia a dia. Nossa obra de santificação não pode parar! Mas se você sente que, em algum momento, sua santifi-cação foi interrompida, não desanime! Nosso Deus é o Deus da segunda chance, da terceira chance e da quarta... Basta que você se arrependa e volte ao lugar onde parou. A obra está lá: os tijolos, a massa, as ferramentas. Seus companheiros estão lá, e tam-bém o Espírito Santo, cheio de alegria, aguardando 6 o seu retorno. Por isso, faço este convite a todos: “Mãos à obra!” Ana Paula Valadão Bessa
  • 7. Introdução A santificação é o nosso aperfeiçoamento inspi-rado na pessoa de Cristo e deve ser uma constante na vida dos filhos de Deus. Ela é um jeito de ser e de viver que agrada ao Pai. Estamos sendo aprimora-dos no presente. Na eternidade, quando Ele se ma-nifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos 7 como Ele é. Vejam como é grande o amor que o Pai nos con-cedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhe-ce, porque não o conheceu. Amados, agora so-mos filhos de Deus, e ainda não semanifestou o
  • 8. que havemos de ser, mas sabemos que, quan-do ele se manifestar seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro. (1Jo 3,1-3) Essa esperança magnífica de vermos Deus face a face e permanecermos em Sua doce presença deve nos impulsionar a buscarmos continuamente a san-tificação. Mas nesta jornada, muitas vezes passamos por situações complicadas, e nossa santificação pode ser interrompida. Satanás é o pivô dos ataques para atrapalhar e paralisar esse processo, e ele geralmen-te atua nas fraquezas humanas. O leque das fraquezas humanas é bem vasto: há pessoas com tipos variados de vícios, há quem ame o dinheiro, há pessoas com temperamentos que sacrificam seu convívio com os outros, há pessoas muito egoístas, há exploradores, há desonestos. Enfim, o ser humano possui inúmeros problemas e pecados, mas Jesus ensina a todos, pois Ele é o mo-delo perfeito a ser seguido. Nesta mensagem faremos uma comparação entre o nosso processo da santificação e a obra 8
  • 9. de reconstrução dos muros de Jerusalém, que foi comandada por Neemias. Antes de continuarmos, faça um exercício de imaginação: pense em tijolos – muitos tijolos – e um muro construído em partes, destruído em outras, com tijolos fora do lugar e até entulhos. Visualize o trabalho a ser feito. É um desa-fio motivado por uma causa maravilhosa! 9
  • 10. 10
  • 11. A obra de Neemias Vamos à história! Neemias era um judeu escra-vizado pela Babilônia que trabalhava como copeiro do rei. Naquela época os judeus foram espalhados pelas nações e passavam por grande sofrimento. Neemias recebeu a notícia de que Jerusalém estava em ruínas, com seus muros destruídos e as portas queimadas. Jerusalém era o “lar” dos judeus. Com sua cidade em ruínas e sem a proteção dos muros, o povo de Deus ficava ainda mais vulnerável, fragili-zado e à mercê dos inimigos. 11
  • 12. Ao saber sobre o estado em que se encontrava sua cidade, Neemias se entristeceu profundamente, chorou e orou a Deus. Pediu ao Senhor misericórdia para o povo, e sua oração foi respondida. O rei con-cedeu a Neemias licença para ir até Jerusalém com o intuito de reconstruir seus muros. Leia a passagem de Neemias 3.1-23, pois anali-saremos a atuação de Neemias e todo o cenário que envolve o processo de reconstrução: os empecilhos externos e internos. Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicula-rizou os judeus e, na presença de seus com-patriotas e dos poderosos de Samaria, disse: “O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão ofe-recer sacrifícios? Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressuscitar pe-dras de construção daqueles montes de entu-lho e de pedras queimadas?” Tobias, o amo-nita, que estava ao seu lado, completou: “Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!” Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo des-prezados. Faze cair sobre eles a zombaria. 12
  • 13. E sejam eles levados prisioneiros como des-pojo para outra terra. Não perdoes os seus pecados nem apagues as suas maldades, pois provocaram a tua ira diante dos construtores. Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chega-mos à metade da sua altura, pois o povo esta-va totalmente dedicado ao trabalho. Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode soube-ram que os reparos nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos jun-tos planejaram atacar Jerusalém e causar con-fusão. Mas nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles. Enquanto isso, o povo de Judá come-çou a dizer: “Os trabalhadores já não têm mais forças e ainda há muito entulho. Por nós mes-mos não conseguiremos reconstruir o muro”. E os nossos inimigos diziam: “Antes que des-cubram qualquer coisa ou nos vejam, estare-mos bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles”. 13
  • 14. Os judeus que moravam perto deles dez ve-zes nos preveniram: “Para onde quer que vo-cês se virarem, saibam que seremos atacados de todos os lados”. Por isso posicionei alguns do povo atrás dos pontos mais baixos do muro, nos lugares abertos, divididos por famílias, armados de espadas, lanças e arcos. Fiz uma rápida ins-peção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas. Quando os nossos inimigos descobriram que sabíamos de tudo e que Deus tinha frustrado a sua trama, todos nós voltamos para o muro, cada um para o seu trabalho. Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá que estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e 14
  • 15. comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta. Então eu disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: A obra é grande e extensa, e estamos separados, distantes uns dos outros, ao longo do muro. Do lugar de onde ouvirem o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso Deus lutará por nós! Dessa maneira prosseguimos o trabalho com metade dos homens empunhando espadas desde o raiar da alvorada até o cair da tarde. Naquela ocasião eu também disse ao povo: Cada um de vocês e o seu ajudante devem ficar à noite em Jerusalém, para que possam servir de guarda à noite e trabalhar durante o dia. Eu, os meus irmãos, os meus homens de confiança e os guardas que estavam comigo nem tirávamos a roupa, e cada um permane-cia de arma na mão. Durante a reconstrução dos muros, Neemias e seus compatriotas foram constantemente atacados por inimigos. Falaremos desses ataques, das estra-tégias de defesa e da determinação do povo de Deus para concluir uma obra de imenso valor. 15
  • 16. 16
  • 17. Cinco ataques para interromper a obra Quando estamos distantes do Senhor, Satanás fica sossegado. É isto mesmo o que ele quer: que es-tejamos frios e independentes de Deus. Mas quan-do resolvemos trabalhar com seriedade na constru-ção de nossa santidade, quando focamos em Cristo, o inimigo inicia seus ataques. Ele sempre age no sentido contrário ao que é correto e bom. 17
  • 18. Na história de Neemias, dois personagens sim-bolizam a atuação de Satanás: Sambalate e Tobias. Eles são os mentores destes cinco ataques para im-pedir a reconstrução dos muros de Jerusalém: inti-midação, tropeços, confusão, desânimo e falta de 18 discernimento. A intimidação Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicula-rizou os judeus e, na presença de seus com-patriotas e dos poderosos de Samaria, disse: “O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão ofe-recer sacrifícios? Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressuscitar pe-dras de construção daqueles montes de entu-lho e de pedras queimadas?” (Ne 4.1,2) Intimidar é provocar medo, apreensão, temor. Quando Satanás percebe nosso compromisso de santidade, inicia sua intimidação lançando palavras ameaçadoras em nossa mente. Normalmente são acusações relacionadas ao nosso passado:
  • 19. “Quem é você para viver uma vida santa? Eu conheço seu passado, domino sua vida e sei exa-tamente quais são seus pontos fracos. Você é uma pessoa fraca! Inventou esta ideia de tentar ser dife-rente, mas não tem forças para continuar. Sei que mais cedo ou mais tarde você cairá.” Nos meus primeiros dias de decisão firmada por Jesus, eu estava decidida a não olhar para trás e a querer somente o que Deus tinha planejado para mim. Resolvi parar de agir com independência, re-nunciar a tudo para seguir a vontade do Senhor. Uma das coisas que precisei fazer foi desistir, de-finitivamente, de um relacionamento que não era plano de Deus para mim. Esse relacionamento já tinha terminado, mas eu era constantemente tenta-da a voltar. Naquele momento a renúncia foi muito difícil. Eu estava no meu local de oração e enquanto buscava o Senhor, Satanás começou a me intimidar: “Você não vai conseguir. O que você está fazendo com a sua vida? Você está perdendo o seu grande amor. Olhe para o seu passado”. Neste momento, comecei a sofrer intimidação, acusações e conde-nação. Não conseguia continuar a oração, pois os ataques eram muito fortes em minha mente. 19
  • 20. Mas o Senhor falou suavemente ao meu cora-ção: “Levante”. Eu obedeci. De pé, olhei pela janela e vi o lote ao lado da minha casa. Num canto havia um monte de cinzas. Aquele era exatamente o lugar onde eu havia queimado vários presentes, objetos que me lembravam deste relacionamento que vivi em desobediência a meus pais. Quando olhei o monte de cinzas, eu me fortaleci e então pude me posicionar: “Satanás, há possibilidades de aquele monte de cinzas voltar a ser o que era antes? Não! Pois eu lhe garanto que o que Deus destruiu, nin-guém restaura”. O meu passado já passou! Então me fortaleci naquela verdade, e uma música começou a nascer ali: Já não há condenação Para aqueles que estão em Cristo Jesus Já não há condenação Para aqueles que estão em Cristo Jesus Eu também fui redimido Comprado pelo precioso sangue do Cordeiro Meus pecados perdoou, novas vestes preparou E eu viverei cheio do poder (Ana Paula Valadão Bessa. Já não há. 1999) 20
  • 21. Ah, querido leitor, eu terminei este momento saltando, dançando na presença do meu Redentor. E quanto ao grande amor da minha vida, seu nome é Gustavo, o meu amado esposo, parte do plano de Deus para mim! Quando Satanás atacar-lhe a mente com intimi-dações, lembre-se de que não há condenação so-bre sua vida por causa da obra redentora do Nosso 21 Senhor Jesus. Situações de tropeço Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, completou: “Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!” (Ne 4.3) A segunda investida do inimigo para paralisar nossa santificação são as pequenas situações de tropeço. Meu pai sempre diz que não tropeçamos nas montanhas, mas em pedrinhas. O livro de Can-tares diz que as raposinhas é que destroem a vinha. Satanás age neste sentido criando situações sutis – “as pedrinhas” – para nos fazer tropeçar e cair.
  • 22. Por exemplo, se a pessoa viveu em adultério, mas se arrependeu e decidiu ser fiel, o inimigo atua-rá exatamente nesta fraqueza para minar a decisão de fidelidade. Para isso usará vários recursos sutis de sedução com o objetivo de induzir a pessoa ao pecado do adultério novamente. Nestes casos, o perigo é a forma aparentemente inofensiva que vai ganhando espaço e força na vida da pessoa despre-venida. Se outra pessoa tinha o hábito de mentir, mas decidiu falar somente a verdade, as ciladas serão armadas nessa área. O inimigo criará situações “bo-bas” para induzirem a pessoa a continuar falando “mentirinhas”. Mas as mentirinhas para livrar das si-tuações bobas são MENTIRAS e são como um vício: se for alimentado, evoluirá e dominará toda a vida deste irmão. Pessoas que têm vício de televisão (ficam dian-te da TV durante horas a fio), vício de internet ou de programas e sites inadequados para cristãos, devem considerar parar de assistir televisão ou de acessar a internet durante um tempo, até que con-sigam utilizar esses meios de entretenimento com equilíbrio, sabedoria e bom senso. 22
  • 23. Esses são somente alguns exemplos, mas você e eu sabemos exatamente as áreas de nossa vida que precisam de atenção especial, pois cada um conhece as próprias fraquezas. O inimigo também as conhece. Por isso, devemos fazer o que for preci-so para não cairmos nas armadilhas, as raposinhas com aparência inofensiva que vão entrando sutil-mente e acabam dominando a situação, minando nosso propósito de santidade. 23 Confusão Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode soube-ram que os reparos nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos jun-tos planejaram atacar Jerusalém e causar con-fusão. (Ne 3.7,8) O terceiro ataque é a confusão. Satanás é mui-to astuto e age no meio do povo de Deus jogan-do umas pessoas contra as outras. Uma das formas que ele cria confusão é através de nossas falhas na comunicação. Essas falhas acontecem assim: você
  • 24. diz uma coisa, a pessoa entende outra. Ela fala algo, mas você compreende diferente. Pronto! Confusão armada! Irmãos, essa armadilha é muito comum e peri-gosa especialmente quando estamos trabalhando em grupo para construir uma obra que Deus nos entregou. Uma ótima saída para esse tipo de problema é sempre agir com clareza e objetividade. Nós deve-mos ter discernimento para perceber o esquema de confusão e esclarecer tudo o que está sendo mal interpretado. Como fazemos isso? Conversando, explicando, sendo sinceros e tendo uma atitude pa-cificadora. Quando não há esclarecimentos, o inimigo avança suscitando mais confusões, e a obra vai perdendo o foco e acaba paralisada. Isso porque as pessoas ficarão remoendo a situação, perdendo tempo com mágoas não resolvidas. Nós não temos tempo a perder. Precisamos crescer, amadurecer em nossos relacionamentos, ter coragem para con-versar com o outro, esclarecer e continuar a jornada 24 em paz.
  • 25. 25 Desânimo Enquanto isso, o povo de Judá começou a di-zer: “Os trabalhadores já não têm mais forças e ainda há muito entulho. Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro”. (Ne 3.10) No versículo 6, observamos os trabalhadores tão animados e dedicados à obra que levantaram o muro até a metade. Mas no meio do trabalho eles se cansaram, perderam a visão e a esperança. Tinham trabalhado tão arduamente, mas ficaram fisica-mente exaustos: “Não temos mais força... há muito entulho... não conseguiremos reconstruir o muro”. Quanto desânimo! O cansaço pode trazer desânimo, pois quando estamos cansados não conseguimos discernir bem as coisas: achamos que somos fracos demais; pen-samos que tudo é grande demais; ficamos desa-nimados para lutar, para orar, para ler a Palavra de Deus. E é claro que o inimigo se aproveita desses momentos. Além do sentimento de fraqueza, o desânimo ainda atrapalha nossa visão. No exemplo de Ne-emias, tudo o que os trabalhadores viam eram os
  • 26. entulhos. Em vez de olharem o muro de Jerusalém construído até a metade da altura, eles só viam os escombros. Quando começamos nossa obra de santificação, não imaginamos o trabalho que teremos pela fren-te. Começamos animados e cheios de entusiasmo, mas o desânimo surge na metade da jornada. Quando alguém vai escalar uma montanha mui-to alta, olha para cima e pensa com entusiasmo: “Eu vou chegar lá no topo”. Mas na metade da subida, olha novamente para cima e pensa: “É longe mes-mo. Ainda falta muito!”. Há muita gente parando na 26 metade do caminho. Certo grupo decidiu subir uma destas monta-nhas. Calcularam as horas com cuidado para que todos chegassem ao topo antes de o frio impedir a subida. No meio do trajeto, eles pararam em uma base para descansar. Lá havia um bar com música ambiente. Chegou o momento de continuarem a subida, mas alguns decidiram ficar na base. Estavam desanimados pelo cansaço, então preferiram a des-contração do bar e da música e se contentaram com a bela vista. O restante do grupo continuou. Alguns minutos depois, a música parou. Os desistentes que
  • 27. ficaram na metade do caminho se levantaram, olha-ram pela janela e viram os companheiros já longe, cumprindo a jornada proposta. De acordo com o dono desse bar, ocorre um fenômeno com todos os viajantes que param no meio do caminho. Eles são tomados por uma grande tristeza; ficam deprimidos e arrependidos quando percebem que desistiram do seu objetivo inicial por não terem se esforçado um pouco mais. O desânimo surge na metade da obra e atrapa-lha a visão. Observe que tanto os escaladores quan-to os trabalhadores do muro perderam a visão. Dei-xaram de enxergar o que já tinham conquistado e deixaram de vislumbrar o que alcançariam no final. Passaram a ver só o enorme trabalho. Eles perderam a esperança. Mas graças a Deus por Jesus: Ele é a força que re-nova nossa esperança e nos impulsiona a continu-armos nossa obra. O Senhor disse para você e para mim: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33). É Cris-to quem nos motiva e nos ajuda, por isso podemos continuar nossa caminhada de santificação! 27
  • 28. Falta de discernimento E os nossos inimigos diziam: “Antes que des-cubram qualquer coisa ou nos vejam, estare-mos bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles”. (Ne 3.11) O quinto ataque contra a obra de construção de nossa santidade é a falta de discernimento, ou seja, a falta de compreensão das estratégias malignas. Muitas vezes esquecemos que o inimigo é um espí-rito, portanto age sobrenaturalmente. Seus ataques têm início na esfera espiritual, e se não percebermos isso acharemos que tudo o que nos rodeia é natural – são acontecimentos comuns ou coincidências da vida. Sobre isso, tenho um exemplo pessoal. Uma área em que eu particularmente luto para desenvolver minha santificação é o meu tempera-mento. Desde pequena eu tenho um temperamen-to forte. Quando minha família saía para passear, e acontecia algo que me contrariava, eu ficava uma fera, emburrava e atrapalhava o passeio de todos. Tudo tinha que ser exatamente do meu jeito. Na convivência com meu esposo não foi mui-to diferente. Quantas vezes o Gustavo tentava me 28
  • 29. agradar, fazia gestos carinhosos e prestativos, mas por qualquer contrariedade eu emburrava e colo-cava nosso bem-estar a perder. Nossa alegria, nosso prazer, tudo ia por água abaixo. Certa noite, estáva-mos em uma viagem e passamos por uma experi-ência difícil como essa. Eu dormi e tive um sonho que me assustou muito. Acordei apavorada. Nesse sonho eu via, nos fundos da casa da minha avó, um castelo. Ela trajava um vestido vermelho e andava pela varanda como uma rainha. Então, tirou o ves-tido e o entregou em minhas mãos. Compartilhei o sonho com o Gustavo e o chamei para orarmos juntos, pois discerni que esse era um sonho espiri-tual. Nós estávamos recebendo discernimento do 29 Senhor. Em minha família temos vários exemplos de mulheres dominadoras, a começar da minha bisa-vó. Esta, de tão severa, foi apelidada de Chumba. Ela vivia maltratando o marido, obrigava-o a fazer as tarefas domésticas e tantas outras coisas. Judiava do meu bisavô com vontade. Muitas histórias fami-liares nos permitem discernir a presença de um es-pírito de dominação que atuava na vida da minha bisavó e que tenta influenciar as outras mulheres
  • 30. da família. Começamos a orar intensamente contra isso. Esse foi o entendimento que tivemos sobre o sonho em que minha avó me entregava seu vestido de rainha. Mantenho um compromisso pessoal de orar por esta área e vigiar. Alguns dos meus momentos mais felizes são quando ouço o Gustavo dizer: “Ana, você está me-lhorando tanto!”. Que bênção é sentir a atuação do Espírito de Deus me transformando. Mas de vez em quando eu ainda fico de cara amarrada à toa, po-rém meu esposo se posiciona e me posiciona tam-bém, lembrando-me de que o espírito de Jezabel – dominadora e manipuladora – não tem nada a ver com Jesus. Eu repenso, me arrependo, peço perdão a ele e a Deus e mudo meu comportamento. Querido leitor, eu quero ser cada dia mais santa; não quero pecado nem influências malignas sobre minha vida. Por isso preciso me esforçar, ser vigilan-te e manter o discernimento especialmente nesta área em que ainda sou mais frágil. Além de nos dar condições para percebermos a atuação do inimigo, o discernimento ainda nos dá condições para lutarmos contra essa atuação. Quando discernimos, podemos orar a Deus pedin- 30
  • 31. do Sua intervenção, podemos repreender a atuação dos demônios e também podemos mudar nosso comportamento inadequado. Porém, vale lembrar que não devemos ir para o outro extremo e achar que tudo é espiritual, que tudo é obra do diabo. Precisamos de equilíbrio, e o discernimento é primordial também para isso. 31
  • 32. 32
  • 33. Estratégias de defesa Vimos que o processo de santificação é consta-mente ameaçado por intimidação, situações sutis de tropeço, confusão, desânimo e falta de discerni-mento. Contra esses ataques de Satanás devemos agir estrategicamente e com inteligência, seguindo os exemplos de Neemias. 33 A oração A primeira estratégia deste homem de Deus foi a oração. No verso 4, ele clama: “Ouve-nos, ó Deus,
  • 34. pois estamos sendo desprezados”. O restante desta oração de Neemias não é exemplo para nós, pois se trata de uma maldição às pessoas que o perse-guiam. Nós, porém, sabemos que nosso inimigo é Satanás, não são pessoas, por isso não amaldiçoa-mos os outros. O importante aqui é o fato de Neemias ter bus-cado a ajuda de Deus, ou seja, ter reconhecido sua dependência do Senhor. Nosso socorro sempre vem do Senhor, pois dependemos Dele para tudo. Por isso os nossos problemas são resolvidos, de uma forma ou de outra, por meio da oração. Levanto os meus olhos para os montes e per-gunto: De onde me vem o socorro? O meu so-corro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. 34 (Sl 121.1,2) Quando oramos nos aproximamos de Deus. Quando oramos, nossa atenção é despertada para a presença Dele. Na oração podemos nos sentir na presença do Pai, e isso dá a paz de que necessita-mos. Falar com Deus é reconhecer o quanto somos pequenos e necessitados Dele. E nesta dependên-cia Ele age em nós.
  • 35. 35 A armadura Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escu-dos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá que estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos constru-tores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pron-to para tocar a trombeta. (Ne 3.16-18) Esta passagem fala de “lanças”, “escudos”, “coura-ças” e “espadas”. Enquanto reedificavam o muro, Ne-emias e seus companheiros mantinham suas armas empunhadas e permaneciam armados e vigilantes de noite e de dia, pois essa era a forma adequada para se protegerem dos inimigos. Hoje, em nossa luta pela reconstrução nós não nos vestimos, literalmente, de couraças e nem em-punhamos espadas e escudos, pois essa não é uma batalha física. Mas precisamos, sim, empunhar ar-mas espirituais. Em Efésios 6 Paulo nos orienta nes-te sentido:
  • 36. Vistam toda a armadura de Deus, para pode-rem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os do-minadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cin-to da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capa-cete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. (Ef 6.14-18) Resistimos ao mal usando, sem cessar, as verda-deiras armas espirituais, que são a Verdade, a Justi-ça, a Fé, a Paz, a Salvação, a Palavra de Deus e a ora-ção, que já foi comentada. Estas são instrumentos fundamentais que nos protegerão durante toda a obra de nossa santificação. 36
  • 37. 37 A comunhão Então eu disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: A obra é grande e extensa, e estamos separados, distantes uns dos outros, ao longo do muro. Do lugar de onde ouvirem o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso Deus lutará por nós! (Ne 3.19,20) Comunhão é uma ideia contrária a isolamento. Querido leitor, isolar-se é escolher ser vulnerável. É verdade que a obra de santificação é grande, e cada pessoa tem um compromisso e uma luta individu-ais nesta área. E é exatamente por isso que precisa-mos estar em comunhão com outras pessoas que também estão vivenciando essa luta – nossos fami-liares, os amigos e irmãos da igreja. Os encontros aos domingos, durante e após o culto, são muito importantes e preciosos. Mas além destes, também devemos programar outros mo-mentos de comunhão para conversar, compartilhar as alegrias e dificuldades da vida, fazer atividades saudáveis juntos e orar. Essa convivência nos for-talece à medida em que supre nossa necessidade de amizade e amor sincero. Além disso, na Bíblia aprendemos que a brasa fora da fogueira esfria
  • 38. muito rapidamente, e que uma ovelha fora do reba-nho 38 é presa muito fácil. O Ânimo Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas. (Ne 3.14) Nesta passagem vemos uma valiosa palavra de ânimo de Neemias: “lembrem-se de que o Senhor é grande e temível”. Ele convoca seus companheiros a não olharem para as circunstâncias, a não teme-rem a ação dos inimigos, mas a olharem para o alto e pensarem em Deus. Se lembrarmos dos feitos de Deus – o Todo-Poderoso –, entenderemos que Ele é o único a quem devemos temer. E Ele nos ama, pois é nosso Pai. A Bíblia traz o registro de inúmeras intervenções de Deus na vida de Seu povo: libertações, curas, li-vramentos e a Salvação. Eu acredito que na sua vida
  • 39. Ele também já fez coisas lindas, que merecem ser lembradas, pois provam o amor e o cuidado Dele por você. Meditar no poder e no amor do Senhor nos dá ânimo, alegria e coragem. O ânimo é a última estratégia inspirada na atu-ação de Neemias. Aprendemos que a oração, a ver-dade, a justiça, a fé, a paz, a salvação, a Palavra, a comunhão e o ânimo são estratégias de defesa que estão ao nosso alcance. Com elas frustraremos os planos de Satanás para impedir nossa santificação assim como Neemias e seus amigos frustraram os planos de Sambalate e Tobias. Neemias teve sucesso em seus objetivos por-que, acima de tudo, recebeu amparo do Senhor. Deus desejava que os muros e a cidade de Jerusa-lém fossem reedificados. E certamente Ele deseja que você e eu vivamos em santidade, sigamos os passos de Jesus e sejamos cada dia mais parecidos com Seu filho amado. Enquanto trabalhamos nesta construção, saiba que o Espírito Santo está sempre junto de nós e nos sustentará quando a luta for grande demais. Mais uma vez eu lhe convido: “Mãos à obra!” 39
  • 40. 40
  • 41. JESUS TE AMA E QUER VOCÊ! 1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.) 41
  • 42. 2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.) 3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.) 4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” 42 (Rm 10.9-10.) 5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração
  • 43. de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha 43 vida, amém”. 6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa. Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG. Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida. Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas. Ficaremos felizes com sua visita!
  • 44. Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Gerência de Comunicação Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG www.lagoinha.com Twitter: @Lagoinha_com 44