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Proposta GDSC PA
1. 1
Esta proposta surge da necessidade sentida pelo GDSC, certamente extensível aos
restantes clubes nacionais, de adaptação do modelo competitivo dos Campeonatos
Nacionais Sénior à realidade sócio-económica dos clubes e do país. É também o
recuperar de uma ideia, agora mais consolidada, já anteriormente apresentada à ANL
no início desta época e que na altura não teve o desejado acolhimento.
De facto, na atualidade as dificuldades económicas das pessoas, clubes, empresas e
instituições do estado preocupam-nos e sem perspetivas de melhoria a curto-médio
prazo criam um cenário de bastantes interrogações quanto ao futuro da nossa
modalidade.
Os clubes vêm-se confrontados com diversas condicionantes ao normal
desenvolvimento das suas atividades:
• Os cortes parciais e até totais em alguns casos nos apoios por parte de autarquias
• A impossibilidade de obter apoios por parte das empresas da região, também
elas assoladas por graves problemas financeiros
• O aumento generalizado dos custos logísticos de participação nos campeonatos,
com deslocações, alimentação, etc
• As dificuldades em manter um número de atletas pagantes suficiente para
compensar os custos de atividade
• O aumento das taxas de inscrição nos campeonatos nacionais
Atualmente os Campeonatos Nacionais são compostos por 19 equipas, distribuídas por
1ª e 2ª Divisão, com 10 e 9 equipas, respetivamente. Não obstante o número de equipas
ser reduzido, a distância a percorrer é substancial e na atual conjuntura económica tal
implica despesas difíceis de colmatar com as fracas receitas obtidas. Certamente todos
estamos de acordo que a perspetiva, mantendo o atual molde competitivo, é de ir
diminuindo o número de equipas devido à sua extinção, ao invés de aumentar como
desejaríamos.
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O quadro competitivo para a próxima época (2013/2014) engloba as equipas
distribuídas da seguinte forma:
1ª Divisão 2ª Divisão
CDUP AAC
CFP ADDCEG
CNA AEIST
CNPO Aminata
Lousada XXI CNAC
Portinado Colégio de Lamas
SCP GDSC
SCS Gespaços
SSCMP GSMDT
VSC
A distribuição das equipas por Associação está assim definida para a próxima época:
• 1ª Divisão
o ANALG – 1 equipa
o ANL – 2 equipas
o ANNP – 7 equipas
• 2ª Divisão
o ANALEN – 1 equipa
o ANC – 2 equipas
o ANL – 3 equipas
o ANNP – 3 equipas
Assim, constatamos que a maior distância entre as equipas (piscinas de fator casa) é de
600 kms na 1ª Divisão (Portimão-Guimarães) e 350 kms na 2ª Divisão (Paços de Ferreira-
Abóboda). No caso específico e mais extremo da Portinado as deslocações mais curtas
para jogos fora serão de 600 kms (1200 ida e volta), sendo que por 7 vezes (na fase
regular) terão de percorrer esses mesmos 1200 kms.
As distâncias a percorrer pelas equipas na fase regular obriga a grandes despesas não só
para os clubes mas também para a FPN, através dos subsídios às equipas e do
pagamento a árbitros. A nossa proposta pretende fazer face a esses custos, diminuindo
de forma muito significativa os mesmos. Neste documento não está contemplado o
atual play-off, dado que as equipas participantes não são previamente conhecidas e
dado que o mesmo se mantém estruturalmente inalterado na nossa proposta.
3. 3
Esta proposta visa essencialmente a tentativa de manter ou aumentar o atual número
de equipas em atividade e aumentar os níveis de competitividade de todas as equipas
em competição. Para isso o enfoque é feito em 2 vetores:
• Diminuição da distância das deslocações e consequente diminuição dos custos
financeiros, da parte da FPN e dos clubes
• Manutenção ou aumento da competitividade do Campeonato Nacional
A proposta passa por juntar todos os clubes numa única competição na fase regular,
uma Liga Nacional ou Liga Portuguesa de Pólo Aquático. Essa Liga seria dividida em duas
zonas geográficas, Norte e Centro/Sul, ficando as equipas assim distribuídas:
Liga Nacional – Norte Liga Nacional – Centro/Sul
ADDCEG AAC
CDUP AEIST
CFP Aminata
CNPO CNA
Colégio de Lamas CNAC
Gespaços GDSC
Lousada XXI GSMDT
SCS Portinado
SSCMP SCP
VSC
Ficaria a distribuição das equipas por Associação da seguinte forma:
• Zona Norte
o ANNP – 10 equipas
• Zona Centro/Sul
o ANALEN – 1 equipa
o ANALG – 1 equipa
o ANC – 2 equipas
o ANL – 5 equipas
As equipas disputariam os jogos da fase regular no sistema de todos contra todos a duas
voltas, sendo apurados para o play-off os dois primeiros de cada zona. Assim, o número
de jogos seria exatamente igual ao que existe no formato atual.
Neste caso, a maior distância entre piscinas na Zona Norte seria de 75 km e na
Centro/Sul de 450 km, sendo que nesta apenas 5 jogos seriam disputados por equipas
que se distam entre si esta distância.
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Numa análise aos números, onde obviamente não pode ter um rigor absoluto, por
desconhecermos os valores oficiais e todos os custos concretos de cada equipa,
podemos observar valores interessantes, que julgamos estarem muito perto da
realidade e que devem merecer a devida reflexão.
Assim, esta simples alteração de duas divisões nacionais para uma divisão com duas
zonas geográficas permitiria à FPN reduzir os custos com subsídios de deslocação aos
clubes, na fase regular, em mais de 12.000,00€, ou seja, uma redução de 65%, conforme
pode ser observado no Anexo I.
Na Zona Norte, devido ao facto de todos os clubes pertencerem à ANNP, o custo com
subsídios seria reduzido a zero. No Centro/Sul, só o facto da equipa do Portinado passar
a estar a 450 km de duas equipas de Coimbra em vez de 600 kms de sete das equipas da
ANNP implicaria uma poupança substancial (menos 40% para a FPN e menos 33% só
para aquele clube).
Para os todos os clubes a redução de despesas não é de menosprezar, com uma
poupança média na ordem dos 62% em relação ao quadro competitivo atual. Ver o
Anexo II.
Nesta solução teríamos poupanças nos clubes do norte entre os 80 e os 91% e no caso
do sul entre os 33 e os 72%. Como exceção temos a situação das duas equipas de
Coimbra (CNAC e AAC) cujas despesas de deslocação subiriam na ordem dos 15%. No
entanto, esse agravamento é anulado na medida em que os subsídios de deslocação
dessas duas equipas também seriam superiores praticamente na mesma percentagem.
Apesar de exceções não haveria nestes dois casos qualquer prejuízo dos clubes em
causa.
No caso concreto do GDSC, a alteração do quadro competitivo para a proposta aqui
apresentada representaria menos 47% em subsídios da FPN e menos 54% em despesas
de deslocação. Sem dúvida um ótimo impulso para contrariar a tendência geral do nosso
orçamento e que nos permitiria assegurar com menos dificuldade a continuação do
nosso projeto. Acreditamos que, em menor ou maior dimensão, o mesmo se passará
com os outros clubes.
Outra das vantagens de reduzir a distância das deslocações tem a ver com a
disponibilidade dos jogadores, que permitiria que o tempo despendido para participar
num jogo e eventual interferência na vida profissional ou escolar não fosse razão para a
ausência desses mesmos jogadores, permitindo desse modo ter sempre os melhores
jogadores nos jogos, com consequente aumento de competitividade.
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Esta proposta de redução dos encargos financeiros com a participação no campeonato
também pode ser um incentivo à participação de mais equipas, nomeadamente do
Centro/Sul (p.ex. SAD, ASAL, CNTN, Louletano, etc). Se tal se verificar permitiria às
equipas de Coimbra integrar a Zona Norte e assim reduzir ainda mais os custos de
participação e organização.
Obviamente esta redução de custos por parte da FPN também permitirá a redução das
taxas de inscrição no Campeonato, o que será mais um incentivo adicional e muito
importante ao surgimento de novas equipas.
Em termos competitivos, o facto das equipas de menor recursos a nível de jogadores
poderem disputar jogos com equipas que estão atualmente na 1ª Divisão também lhes
permitirá adquirir um nível superior, elevando desse modo o nível médio do pólo
aquático nacional.
Relativamente à disputa pelo título de campeão a história diz-nos que essa divisão zonal
não irá penalizar qualquer equipa, nomeadamente no que diz respeito às equipas do
Norte, em teoria com um nível qualitativo superior ao Centro/Sul. Não penalizará na
medida em que a terceira equipa de uma zona na fase regular nunca venceu o
Campeonato Nacional, logo neste formato as melhores equipas continuarão a disputar
o título com até agora. Aliás, este enquadramento competitivo já está em vigor para os
Campeonatos dos escalões mais jovens, em que a distribuição nas Fases Finais é sempre
de 2 Norte + 2 Sul.
Obviamente a questão do play-off e das equipas que o podem disputar também poderá
gerar alguma discussão, se são 2+2, 3+3 ou até 4+4. Na nossa opinião, o formato ideal é
de 2+2, pois promove mais a competitividade das equipas de topo durante a fase
regular, de modo a ficarem nos 2 primeiros lugares.
Dado o nível médio das equipas de topo nacionais, o 3º lugar na zona poderá implicar
uma menor competitividade dos 3 primeiros classificados dada a garantia teórica de
acesso ao playoff. O fosso do 3º para o 4º é em teoria superior ao do 2º para o 3º e a
título de exemplo, podemos analisar o campeonato da presente época:
1ª Divisão “Norte” 1ª Divisão “Centro/Sul”
SCS, 54 pts Portinado, 40 pts
SSCMP, 39 pts CNA, 26 pts
CFP, 39 pts SCP, 21 pts
CDUP, 19 pts Aminata, 4 pts
CNPO, 19 pts -
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Embora achemos que o apuramento de 4 equipas (2+2) tem vantagens não nos
escandalizaria que fosse estendido até 8 equipas (4+4), embora com preocupações
relativamente às condicionantes financeiras que tal alargamento implicaria. Já o
apuramento de 6 (3+3) coloca alguns problemas a nível do apuramento da 4ª equipa
para as meias-finais.
Estamos convictos que este documento terá da parte dos responsáveis federativos,
associativos e dos clubes a melhor atenção e estamos esperançados que o mesmo seja
um importante contributo para o pólo aquático nacional.
Cascais, 31 de Maio de 2013