1) Um baile de província é descrito em uma pequena aldeia nos anos 1960, com jovens dançando e bebendo cerveja.
2) Um jovem tímido chamado Alberto pede ajuda a um amigo sobre um "inchaço" que está sentindo.
3) O médico da vila receita um tratamento para Alberto, mas na semana seguinte ele é recebido pela esposa do médico enquanto ele está fora.
Um jovem é assassinado. Os pais dele, dois delegados de Polícia, investigam o crime. Um negrão ajuda sua amante a descobrir o assassino mas, para isso, tem que enfrentar o ex-marido dela.
Sexo e muito suspense numa série de tirar o fôlego. Quem matou o jovem? Quem descobrirá o assassino primeiro? Qual o mistério que envolve o crime?
Um jovem é assassinado. Os pais dele, dois delegados de Polícia, investigam o crime. Um negrão ajuda sua amante a descobrir o assassino mas, para isso, tem que enfrentar o ex-marido dela.
Sexo e muito suspense numa série de tirar o fôlego. Quem matou o jovem? Quem descobrirá o assassino primeiro? Qual o mistério que envolve o crime?
Um negro conhece uma mulata belíssima e gostosona em um encontro casual, num shopping, e consegue convencê-la a ir para um motel logo no primeiro encontro. Confessa a ela que tem problemas de ereção e ela o leva, no dia seguinte, a um terreiro de Umbanda.
A partir de então, o negro passa a ter alucinações com o aparecimentos de vários Orixás, culminando em seu enfrentamento com um demônio poderoso, capaz de reviver os mortos e acabar com os deuses da Umbanda e Candomblé.
Sexo e misticismo, numa história repleta de aventuras e fantasias, disponível para download gratuito em PDF.
Um homem é apaixonado por uma chinesinha, mas a recíproca não é verdadeira. Depois de ter o pai assassinado, esta o contrata para vingar a morte dele. Mas há outras mulheres que disputam o seu amor.
Mais novo livro de Tomasini, repleto de sexo e sacanagens, onde um delegado de Polícia está empenhado em elucidar um crime, antes que o assassino fuja para a China.
Valentina VertNin, uma paulistana que vive uma vida boemia. Bebidas, festas, boates e garotos, tudo isso nas mãos desta jovem quando e onde ela quiser. Sua perspectiva sobre esse tipo de existência começa a mudar quando ela conhece Braga Melitos, um jovem que também é deste mundo, mas está perdido na terra das drogas. A quase paulistana tenta ajudá-lo a sair deste lugar, mas pessoas ao redor dela e, até o próprio Braga, a impedem de concluir seu amparo. Um romance louco por bebidas e drogas.
1. Um baile de província
Um baile de província, aí pelos anos 60.
Um pequeno armazém, uma espécie de celeiro, alumiado por
um candeeiro a petróleo, vulgarmente conhecido como ‘petromax’.
A um lado, sentadas nos bancos trazidos de casa, as mães
das raparigas, vigilantes enquanto conversam entre si em voz
baixa. Algumas das moças, mais sossegadas, sentadas no colo das
progenitoras. Outras, em grupinhos, contorcendo-se em risinhos e
olhares furtivos dirigidos ao grupo dos rapazes, que riem a
gargalhadas, do outro lado da sala. Alguns destes deambulam
isolados, mãos nos bolsos e olhar furtivo. Puxam por um cigarrito e
deitam baforadas para o tecto, tentando fazer anéis.
Empoleirado em cima da arca do milho, o acordeonista,
rodeado de garrafas de cerveja que lhe vão trazendo, e que ele não
rejeita.
- Ó Ramiro, vai mais uma fresquinha?
2. -Eh pá, traz lá, mas olha que daqui a bocado já não acerto
com a música…
- Lá ‘tás tu… Vá, toma! E vê lá se a seguir ao corridinho tocas
uma mais sossegada. Ali a Amelita tá a pedir mel. Não me
estragues a coisa…
- Um cabrão é que tu és. Daqui a bocado ao velho dá-lhe na
cornadura e aparece por aí. Ainda te vai às trombas… Já viste as
mãozorras que o gajo tem?
- He! He! Vai-te f***r! Toca mas é essa m***a, anda! Já vi que
a cerveja te faz mal…
Um dos moços, o Alberto, anda furtivamente pelos cantos,
como se quisesse esconder-se, ou passar despercebido, sempre
virado para as paredes. É um rapaz tímido, com fama de ser um
bocadito ‘atrasado’, mas lá vai fazendo a sua vidita. Ao passar por
um amigo, o Biscas, alcunha que lhe vem do jogo das cartas, pára e
diz-lhe em voz baixa:
- Ó Biscas, olha lá! Ainda agora andei a bailar com a Maria
Mamalhuda e comecei a ficar com isto inchado. E não passa… ‘Tá
cada vez pior. O que é que tu dizes? Achas que ‘tou doente?
E o outro, disfarçando a vontade de rir:
- Eh pá, não sei. Mas se calhar é melhor ires ao médico
amanhã. Se tens vergonha, eu vou lá contigo e falo com ele antes.
- Obrigado, ó Biscas. ‘Tá bem. Mas não contes por aí ao
pessoal.
- Não conto nada, fica descansado.
3. No dia seguinte, no consultório do médico, na vila, conforme
combinado, o Biscas, aliás José António, entrou à frente, para
apresentar o ‘caso’, já que o amigo não se sentia à vontade.
Antes de sair, diz-lhe o doutor.:
- Bem, eu vou fazer isso, porque vocês os dois são bons
rapazes. Mas olha que eu estou aqui para cuidar da saúde das
pessoas, e não para outras coisas… Bom, vai lá! Adeus! Ele que
entre!
- Obrigado, doutor. Vamos a uma partidinha mais logo? A
gente gosta de o ver lá pela aldeia.
-Logo se vê, Zé... Logo se vê…
- Então, meu rapaz, entra, entra… O teu amigo já me disse
mais ou menos do que te queixas. Mas diz lá tu, não é caso para ter
vergonha, pá!
-…
- Bom, já vi que não te sentes à vontade. Não faz mal. Olha,
nem é preciso examinar nada. Eu sei do que se trata. Vou-te
receitar aqui uma pomada, para aplicares uma vez por dia. Além
disso, quando te aparecerem os sintomas, deves aplicar um pouco
de gelo. Sei que é difícil de conseguir lá na aldeia, mas…
- Eu arranjo, senhor doutor. A senhora Laurinda da taberna
tem frigorífico. Funciona a petróleo.
- Óptimo, óptimo! Vai lá, então. Voltas cá mais duas ou três
vezes, uma vez por semana, para eu acompanhar a situação. Não
te esqueças!
- Obrigado, muito obrigado, senhor doutor! Quanto é a
consulta?
4. - Não pagas nada rapaz, não pagas nada. Fica para outra
vez.
- Obrigadinho, senhor doutor.
Na semana seguinte, de novo em casa do médico, é a esposa
deste quem abre a porta ao Alberto.
- Muito bom dia, Dona Eugénia. Vinha para uma consulta com
o senhor doutor…
- Mas ele não está! Saiu para uma caçada, no Alentejo... Só te
pode atender para a semana. Mas deixa cá ver… Ora tu, um rapaz
com tão bom aspecto, não podes estar doente! Não pode ser! De
que te queixas, se não te importas que eu pergunte?
E o pobre Alberto, de olhos baixos, lá contou o seu caso à
senhora, que o escutou, primeiro com surpresa, e depois bastante
divertida.
-Olha, Alberto! É assim que te chamas, não é?! Acho que
podias vir cá na mesma. Se quiseres, eu posso ajudar-te no
tratamento. E podes vir todos os dias, para o tratamento ser ainda
melhor.
- Muito obrigado, Dona Eugénia. Nem sabe como lhe
agradeço.
-Então vem comigo…
Passa mais uma semana, e o Alberto, já parecendo outro,
quase liberto da timidez que desde sempre o tolhia, apresenta-se
no consultório do médico.
- Muito bons dias, senhor doutor! Na semana passada o
senhor doutor não estava, tinha ido à caça…
5. - É verdade, é verdade, esqueci-me de te avisar. Então e
como te encontras.
- Bastante bem, bastante bem, senhor doutor. Mas olhe que
não tenho seguido o seu tratamento.
- Não?! Conta-me lá…
- Como o senhor doutor não estava, quem me recebeu foi a
Senhora Dona Eugénia. Estivemos a conversar e ela achou que
podia ajudar-me no tratamento. De maneira que esta semana temos
feito tratamento todos os dias
- O quê?! Conta-me lá isso.
E o Alberto, um pouco encavacado, lá foi contando, á medida
que o clínico ia mudando de cor…