O documento discute como a medicina tradicional trata o corpo humano de forma compartimentalizada, enxergando doenças como problemas isolados em órgãos específicos. Argumenta que todos os sistemas do corpo estão interligados e que as doenças devem ser tratadas de forma holística, buscando as causas profundas em vez de apenas suprimir sintomas. Critica a ênfase atual na especialização e no tratamento de partes do corpo separadamente, em vez de ver o paciente como um todo.
1. SAÚDE COMO SISTEMAS INTEGRADOS
A visão acadêmica e analítica da medicina oficial apresenta uma total compartimentação do
individuo humano. Descreve patologias do fígado, do pâncreas, dos aparelhos circulatórios,
respiratórios, ou mesmo doenças da pele, etc. Como se fossem problemas localizados e
independentes do conjunto do funcionamento orgânico.
Por exemplo: psoríasis, urticárias, furúnculos, acne, são consideradas afecções exclusivamente da
pele – com terapêutica de uso exclusivamente local, visando a supressão de escamas, eritemas,
pústulas e erupções cutâneas. Não é levada em consideração que estes sintomas possam estar
revelando a deficiência de outros sistemas de eliminação orgânicos, evidenciando de uma maneira
bastante positiva uma patologia de origem mais profunda.
Cada sistema, órgão, tecido, ou célula do complexo organismo humano, forma uma unidade
operacional perfeita, estando intimamente relacionados. Cada parte influindo e dependendo do
conjunto. Cada um realizando adequadamente a sua função, visando um perfeito e harmônico
desempenho desta fascinante estrutura orgânica.
Em principio as enfermidades não existem de forma circunscrita ou localizada. O que existe são
indivíduos enfermos, que podem apresentar desequilíbrios que atingem o organismo como um todo,
mas com a capacidade de se manifestar através de determinados órgãos ou sistemas. Daí,
podemos deduzir que o tratamento também deverá ser sempre global, abordando a totalidade do
individuo.
A enfermidade é um fenômeno positivo, que tem como objetivo primordial, defender o conjunto do
organismo humano das várias agressões que recebe. Depurando as diversas substancias tóxicas e
vencendo as causas mórbidas. Ajudando o individuo a evoluir positivamente. Dando-lhe uma
oportunidade de refletir sobre os erros cometidos.
Unicamente a supressão medicamentosa, dos sinais e sintomas localizados das diferentes
enfermidades, sem a necessária preocupação em buscar a verdadeira causa global da doença.
Pode determinar uma brusca transformação de um quadro curativo agudo, em uma desagradável
enfermidade crônica. Cada vez mais rebelde aos tratamentos convencionais ou oficiais.
O esforço da investigação medica atual é freqüentemente mal dirigida, porque confundem, na maior
parte das vezes, as conseqüências com as causas. Procuram culpados fora de nós mesmos,
isentando-nos da própria responsabilidade, por medo de enfrentar a si mesmo. Ou, na grande
maioria das vezes para atender aos potentes interesses econômicos das multinacionais
farmacêuticas.
O modelo médico desenvolvido no século XX enxerga a enfermidade como invasão. E o tratamento
médico, uma necessidade de desenvolver “balas mágicas”, em forma de comprimidos, cápsulas,
injeção etc. para eliminar o inimigo invasor. Sem dar atenção à verdadeira causa que é o
debilitamento geral do organismo que permitiu a aludida invasão.
A ciência medica oficial contemporânea perdeu de vista o panorama da totalidade do ser humano,
passando a observar e sobretudo tratar somente as partes do individuo. Como se cada parte do
nosso organismo funcionasse independente das demais, ignorando as inter-relações intrínsecas que
caracterizam todas as partes do corpo.
As Escolas de Medicina da atualidade estão organizadas em departamentos exclusivos para órgãos
ou sistemas. Encontramos atualmente não somente os especialistas em sistemas orgânicos, mas
também especialista em órgãos humanos ou ainda em doenças especifica.
E terminamos contemplando muitíssimo a respeito de quase, quase, quase nada!