George Orwell nasceu em 1903 na Índia e faleceu em 1950 na Inglaterra. Foi um influente jornalista, ensaísta e romancista, conhecido pelas obras 1984 e A Revolução dos Bichos. Neste ensaio, Orwell critica a prosa política contemporânea por usar linguagem vaga que esconde a verdade. Ele defende que a linguagem deve ser clara e precisa para transmitir ideias com veracidade.
Destaques Enciclopédia 22-12-2014 a 28-12-2014Umberto Neves
Diversas biografias do período estão reunidas nesse documento: Jean Racine, Ulrich Von Wilamowitz-Moellendorff, Filippo Tommaso Marinetti, Kenneth Rexroth, Álvaro Cunqueiro, Félix de Souza Araújo, Vitélio, George Eliot, Paul Lagarde, Beatrix Potter, Samuel Beckett, Ippolit Bogdanovich, Jean François Champollion, Joseph Smith, Giuseppe Tomasi di Lampedusa, João Pinto Delgado, Thomas Malthus, Gerard Kuiper, Adam Mickiewicz, Lydia Koidula, Juan Ramón Jiménez, Félix Miéli Venerando, Hermes Fontes, Amália Luazes, Konstantin Balmont, João Figueiredo, Isaac Newton, Quentin Crisp, Carlos Castaneda, Raul Pompéia, Paul Bourget, Emmanuel Lévinas, Willard Van Orman Quine, Dona Canô, Thomas Gray, Friedrich Reinhold Kreutzwald, Henry Miller, Alejo Carpenter, Claude Adrien Helvetius, Eduard Vilde, Kristofer Uppdal, Harray Truman, Emmanuel de Rougé, Cacaso, Benazir Bhutto, Irineu Evangelista de Souza ( Barão de Mauá), Inglês de Souza, Woodrow Wilson, Guy Debord, Manuel Puig, Francisco II das Duas Sicílias, Otto Lara Resende e Susan Sontag.
1. Diogo Teixeira Magalhães – Projecto Multidisciplinar II:
Eric Arthur Blair nasceu em Motihari a 25 de Junho de
1903 e morreu em Londres a 21 de janeiro de 1950.
Foi um jornalista, ensaísta e romancista britânico, que
escreveu sob o pseudônimo George Orwell.
Sua escrita é marcada por descrições concisas de
eventos e condições sociais e o desprezo por todos os
tipos de autoridade. É mais conhecido por suas duas
obras maiores, Nineteen Eighty-Four, crítica ao autoritarismo, e Animal Farm,
uma sátira ao stalinismo.
(Informação retirada do site: http://pt.wikipedia.org.)
Resumo do texto de George Orwell: Politics and the English Language:
“Politics and the English Language” (1946) é um ensaio de George Orwell
que critica a prosa contemporânea inglesa, usando mesmo expressões como
“repugnante” ou “imprecisa” para a definir. Essencialmente, Orwell faz duras
críticas aos textos políticos escritos na sua época.
Um dos seus argumentos prende-se no facto de os escritores modernos
preferirem o abstracto ao concreto o que se traduz, segundo o autor, numa
redução da veracidade da linguagem. A língua inglesa já não é usada pelos
seus utilizadores como deveria ser, a sua forma de pensar é vista como
imprecisa. Esta causa pode ser o efeito. Em vez de os “pensamentos tolos”,
como refere o autor, serem um resultado da linguagem, foi a própria linguagem
que se tornou um conjunto de “pensamentos tolos”.
Para o jornalista, há uma falta de conexão entre a imaginação e a
linguagem ilustrativa, isto é, entre as imagens e os pensamentos exactos.
2. Relativamente à prosa política, Orwell acreditava que, esta destinava-se a
esconder a verdade contrariando o propósito máximo de expressá-la com toda
a veracidade quanto possível. Seguindo estas ideias, o autor afirma que este
tipo de prosa actuou como propulsor da propagação deste género de escrita,
com pouca veracidade, até para aqueles que não tinham qualquer intenção de
esconder a verdade.
Resumindo, George Orwell defende que para além de ser esteticamente
desagradável a má redacção é moralmente incorrecta.
Como escritor, Orwell acreditava que ele era, mesmo que moralmente,
obrigado a dar o máximo à sua escrita, não suportaria mais tarde ser traído
pelas suas próprias críticas.
Concluindo, George Orwell afirma que o idioma inglês está em declínio,
mas que este é reversível.
O autor selecciona cinco amostras de textos escritos na época para
retratar e justificar o seu discurso. Estes excertos não foram escolhidos por
serem especialmente maus, mas sim porque conseguem ilustrar vários vícios
mentais que a escrita inglesa tem sofrido.
A partir desses textos, ele identifica um leque de fraudes e perversões
utilizados pelos escritores contemporâneos para evitar o trabalho e o
pensamento necessários para compor uma prosa clara, as quais são
classificadas como “Dying metaphors - metáforas mortas”, “Operators or verbal
false limbs - operadores ou membros verbais falsos”, “Pretencious diction -
dicção pretensiosa” e “ Meaningless words - palavras sem significado”.
No final do excerto, o autor faz mais uma crítica à diferença em que a sua
língua se encontra comparativamente ao “antes”. Orwell põe frente a frente os
dois tipos de prosa e acaba por retratar o cenário como uma paródia.
Em suma, este texto retrata o estado em declínio da língua inglesa
culpabilizando a conjuntura político-económica. É um texto muito expressivo e
com grande impacto sobre os seus leitores.