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Quadrilha
PISA
NO
ESPINHO
SÃO JOÃO 2008

“Sertão: Povo, Tipo Exportação”.
Quadrilha PISA NO ESPINHO
São João 2008
Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”.
Justificativa do Tema:
A Pisa no Espinho, sendo uma Quadrilha engajada pelas causas sociais do
nordeste brasileiro traz mais uma vez para o São João, o sertão pernambucano
como inspiração. Desta agora, sob uma nova perspectiva, levantando a bandeira da
conscientização, “desmistificando” a imagem construída ao longo do tempo de que
o sertão é apenas um lugar inóspito e improdutivo.
Não podemos dizer que não exista mais a seca, o desemprego e a fome, pois
sabemos que é preciso mais investimentos de nossos governantes, para que os
filhos de nosso chão tenham mais oportunidades, além de tudo é preciso água,
para que os sertanejos possam ter melhores expectativas de vida. Mas devemos
saber também que o sertão não é só miséria.
O sertão pernambucano é hoje símbolo de luta e coragem, tanto pela força de seu
povo, quanto pela força de suas exportações econômicas e culturais, que vem se
destacando no Brasil e no mundo, seja nas exportações de sua cultura, marcada
pela musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde,
pelo XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas
do bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela
riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja nas exportações
de seus produtos, marcadas pela maior produção de gesso do país - Pólo Gesseiro
de Araripe, maior produção de frutas irrigadas – Vale do São Francisco, e 2ª
maior produção de vinhos do Brasil- Pólo Vinícola de Petrolina.
E assim, com toda a magia que envolve as festas juninas, a Quadrilha Junina Pisa
no Espinho vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar a importância de
suas exportações, tão significativas para o desenvolvimento socioeconômico da
região.
Não obstante, o escritor Euclides da Cunha já versava sobre o povo sertanejo e sua
capacidade de sobrevivência em sua obra máxima, Os Sertões, publicada em 1902:
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”.
E é com toda essa garra do povo sertanejo, que a Quadrilha Junina Pisa no Espinho
vem engalanada, em busca de mais um ideal, para mostrar as riquezas do nosso
sertão pernambucano, resgatando a força de nossa cultura, sobretudo, a força do
São João de Pernambuco, que hoje é referência não só no Brasil, mas também no
mundo. E por isso, não poderíamos deixar de divulgar e disseminar as exportações
econômicas e culturais do sertão pernambucano. Até porque as festas juninas têm
também a missão de difundir e valorizar nossos aspectos econômicos e culturais,
tão ricos e diversificados.
Para nós o São João é um sonho, e a Pisa no Espinho, convicta de que está fazendo
sua parte em prol da cidadania brasileira, acredita que podemos tornar esse sonho
realidade. E hoje, a Pisa no Espinho é a mais viva realidade, desse sonho que enfim
se tornou real, por estarmos de volta ao São João de Pernambuco, enriquecendo
cada vez mais uma das manifestações artísticas mais populares do nordeste, a
Quadrilha. Afinal, nosso São João também é EXPORTAÇÃO. Essa é nossa Missão.
E assim, vamos todos brindar!
Thiago Vergete
Quadrilha PISA NO ESPINHO
São João 2008
Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”.
Estória do casamento
Nas proximidades da cidade de Arcoverde, mais precisamente no pequeno
município do Manari, no sertão pernambucano, vivia Luiz, um jovem de 21 anos,
fascinado pela música sertaneja.Filho de Januário e Santana, Luiz tinha três irmãos,
e um grande amor de infância, Rosinha, que por ele também se apaixonou. No
ápice desse lindo romance, em meados de junho de 2001, Luiz e Rosinha têm uma
grande decepção, não sendo esta por falta de amor entre ambos, mas sim, por uma
brusca separação jamais prevista pelo casal, pois os pais de Luiz decidem
abandonar o sertão para migrar à capital, na esperança de uma vida mais digna, já
que nesse período o sertão pernambucano passava por uma profunda crise: fome,
desemprego e a “inseparável” seca.
Rosinha era filha única, sendo o primeiro e único amor de seus pais, José
Raimundo e Odaléia Guedes, e por este motivo não poderia migrar com Luiz para
a capital, já que seus pais não queriam ver sua filha distante de seus cuidados, o
que a deixou super triste, e angustiada, por acreditar que jamais realizaria o sonho
de se casar com Luiz e ser feliz ao seu lado.
É chegado o momento de despedida, momento este marcado por muita dor e
angustia, pois acreditava Rosinha que Luiz, seu grande amor, jamais voltaria á sua
terra, e assim o perderia para sempre. Embora inconformado, por ter que se
despedir de sua amada, Luiz acreditava que sua vida poderia mudar a qualquer
momento, e com muita dor no coração se despede de Rosinha, com a promessa de
voltar á sua terra e juntos serem felizes para sempre, por não haver outra saída, já
que os pais de Rosinha não queriam abrir mão de sua única e amada filha. E assim,
aos 24 dias do mês de setembro de 2001, Luiz parte com sua família, pais e irmãos,
rumo a capital, e na bagagem a esperança de uma vida melhor.
Na capital, Luiz logo conseguiu emprego, por ser um rapaz esperto e trabalhador,
graças ao conhecimento adquirido desde sua infância no roçado. Além disso, Luiz
tomou gosto pelos estudos, e se dedicou bastante a essa atividade, pois nunca teve
a oportunidade de estudar quando morava no sertão. Luiz teve também o prazer
de pesquisar as riquezas de sua terra, já que antes, no sertão, não dispunha de
tanta informação como agora, na capital. Mesmo com todos esses compromissos,
Luiz não deixava de pensar em Rosinha, seu grande amor.
Enquanto isso, no sertão, Rosinha não parava de pensar em Luiz, e fazia preces e
mais preces em louvor a Santo Antônio, para que pudesse reencontrar seu grande
amor. Sua mãe, Odaléia, e seu pai, Raimundo, não sabiam ao certo o que fazer para
trazer a alegria de volta a sua filha, pois Rosinha não fazia outra coisa, a não ser
pensar em Luiz.
E o tempo foi passando...
Luiz não agüentava mais tanta violência na capital, a agitação da cidade, a rotina
do trabalho, a saudade de sua terra, e, sobretudo a saudade de Rosinha. Para ele o
sertão seria o melhor remédio. É então que Luiz decide deixar a capital e voltar ao
pequeno município do Manari, levando consigo a certeza de que a felicidade
depende de cada ser humano, pois tudo que aprendeu na capital serviu de lição
para que ele valorizasse as coisas de sua terra, seu povo, suas riquezas, sua cultura,
sua economia. E não bastava apenas voltar a sua terra, Luiz tinha dois objetivos,
disseminar todo esse conhecimento adquirido na capital, para mostrar ao povo
sertanejo suas riquezas e finalmente casar-se com Rosinha.
Passados quase seis anos, Rosinha não tinha mais esperanças de reencontrar seu
grande amor, pois tudo para ela era tristeza, sua vida não tinha mais sentido. Mas
Rosinha não sabia o que estava por vir.
Em meados de janeiro de 2008 Luiz regressa ao sertão pernambucano, na
esperança de reencontrar Rosinha. Sua família não gostou muito da idéia, e ficou
na capital, ao contrário de Luiz que decidiu voltar a sua terra.
A primeira coisa que Luiz fez ao chegar em sua cidade foi procurar Rosinha. E
assim o fez. Luiz correu feito um louco em busca de sua amada, a fim de
reencontrá-la e matar as saudades, pois seis anos longe de Rosinha era muito
tempo para quem se amava de verdade.
E assim, aconteceu...
Luiz reencontrou sua amada, com muito amor no coração. Rosinha, que jamais
acreditara nesse momento, não se conteve com tamanha surpresa e chorou de tanta
emoção. Embora estivesse feliz por rever seu grande amor, Rosinha não acreditava
que poderia ter Luiz novamente aos seus braços, pois durante todo esse tempo na
capital Luiz já deveria ter se casado com outra mulher. O que para sua felicidade
não aconteceu.
Luiz não satisfeito apenas com a presença de Rosinha a pede em casamento, lhe
deixando muito surpresa, pois Rosinha passara seis anos de sua vida pensando em
Luiz, na esperança de tê-lo novamente ao seu lado. Que para ela foi graças a suas
preces a Santo Antônio, santo casamenteiro. Que enfim foram atendidas.
No entanto, apesar de tanta felicidade e de tanto amor, Rosinha sonhava ainda em
migrar à capital, na esperança de uma vida melhor, assim como sonham muitos
dos sertanejos nordestinos. Na única oportunidade que teve de ir morar na capital,
Rosinha tinha apenas 17 anos, e por ser filha única, seus pais não permitiram sua
ida. Embora fosse seu grande sonho desde pequena, Rosinha teve de se conformar
com a decisão de seus pais, o que a deixou muito triste e angustiada, pois para ela
tinha perdido o grande amor de sua vida.
Para Rosinha, seu grande sonho seria enfim realizado, pois como Luiz estava há
tanto tempo na capital, certamente ele não voltaria a morar no sertão. O que para
mais sua surpresa não aconteceu. Luiz já estava decidido a voltar para o sertão e ali
viver junto ao lado de sua amada, além de disseminar todo o conhecimento que
obteve na capital, sobre as riquezas de sua terra, tão esquecida pelo povo
brasileiro.
Luiz esclarece a Rosinha que seu grande desejo é de ficar no sertão, o que gerou
uma grande loucura em sua cabeça. E então ela se pergunta, como é que Luiz, ao
morar seis anos na capital decide assim regressar ao sertão, por qual motivo? Isso
para ela ainda não estava claro, ainda mais que Luiz certamente deveria ter boas
condições de vida na capital. E tinha. Mas muitos sertanejos que migram rumo ao
sul do país, na esperança de uma vida melhor, têm a idéia de que tudo é só
felicidade, bonança, fartura, e sabemos que em muitos casos não é, pois muitas das
expectativas criadas pelos nordestinos não passam de meros desejos
incompensáveis.
Luiz explica então a sua amada que o sertão pernambucano possui muitas
riquezas, e que passou a conhecê-las a partir de estudos realizados na capital, em
que se têm muitas fontes de pesquisas, já que no sertão não têm. Como sabemos,
muitos dos sertanejos ainda hoje tem pouco acesso a essas informações, por falta
de políticas publicas de incentivo a educação e de inserção social, e Rosinha, é um
exemplo claro dessa falta de informação, pois não tinha sequer conhecimento de
todas essas riquezas que Luiz havia conhecido na capital, o que lhe despertou uma
enorme curiosidade. Luiz percebendo a tamanha curiosidade de Rosinha a convida
para conhecer as riquezas econômicas e culturais do sertão pernambucano,
riquezas estas exportadas não só para o Brasil, mas também para o mundo. E assim
ela aceita.
A essa altura, os pais de Rosinha já estavam super preocupados, pois sua filha não
tinha ânimo para nada, a não ser pensar em Luiz. É quando Rosinha super feliz da
vida, chama seus pais para ver o motivo de sua felicidade, Luiz. Assim como
Rosinha, seus pais tiveram também uma grande emoção, pois sabiam que a
presença de Luiz tornaria os dias de Rosinha cada vez mais felizes, ao contrario
dos seis anos de decepção que transtornaram suas vida, por não ter ao seu lado a
pessoa que ela mais amava.
E assim, Luiz também convida os pais de Rosinha, Seu Raimundo e Dona Odaléia
para conhecerem juntos as principais riquezas do sertão pernambucano que são
exportadas para o mundo. E claro os mesmos aceitam. Ou iriam perder esse
convite irresistível?
Luiz, sabendo que a qualquer momento poderia convencer Rosinha a se casar com
ele, e a morar no sertão, aproveitou o ensejo e levou da capital um lindo vestido
para que ela pudesse se casar com ele, já que Rosinha e seus pais viviam em
condições precárias no sertão e certamente não teriam como comprar um vestido
simples para Rosinha se casar.
É do pequeno município do Manari, no sertão de Pernambuco, que Luiz, Rosinha,
Seu Raimundo e Dona Odaléia partem juntos a uma viagem fascinante, para
desbravar o sertão pernambucano, na certeza de conhecer as principais riquezas
econômicas e culturais de sua terra.
A cada paisagem, uma descoberta fascinante, um orgulho, uma paixão. Luiz fica
cada vez mais encantado com as riquezas de seu povo e de sua terra. Rosinha
impressionada, e seus pais, bom, nem se fala.
É assim que Luiz percorre o sertão pernambucano, encantado, mostrando primeiro
as riquezas culturais do sertão pernambucano, seja na música, seja na dança.
Seguindo viagem, Luiz apresenta a musicalidade do Grupo Cordel do Fogo
Encantado, da cidade de Arcoverde. Logo após, uma dança popular originária do
Cangaço nordestino, comandado pelo bando de Lampião, o Xaxado, representante
da cidade de Serra Talhada. Por fim, Luiz não poderia deixar de mostrar a sua
amada, a riqueza musical de Luiz Gonzaga, que primeiro exportou a musica
sertaneja para o mundo, que tem seu berço na cidade de Exu.
Dando prosseguimento, Luiz segue o roteiro de sua viagem, numa ordem precisa,
mostrando a Rosinha e a seus pais, as riquezas culturais do sertão pernambucano e
logo após as suas riquezas econômicas, sendo representada pelo Pólo Gesseiro de
Araripe, localizado na cidade de Araripina, e pelo Vinícola de Petrolina e pela
irrigação de frutas do Vale do São Franscisco.
Rosinha, como não poderia ser diferente, fica encantada com todas essas riquezas,
e finalmente decide se casar com Luiz, em meio à produção de vinhos, para
comemorar a festa de seu casamento. Não obstante, está faltando o padre para
realizar o casório, é quando o pai de Rosinha, seu Raimundo, corre doido pela
cidade de Petrolina na busca de um padre para que possa selar o matrimonio de
Rosinha e Luiz, um lindo casal apaixonado. E assim o é.
Rosinha e Luiz enfim se casam. E como não poderia ser diferente, o brinde do
casamento é com muito vinho. E o Padre, não satisfeito, festeja o casamento com o
vinho produzido pelas uvas irrigadas do Vale do São Francisco, que são
exportadas tanto para o Brasil quanto para o mundo. Como toda e qualquer festa
de casamento não poderia faltar um convidado ilustre, esta festa também não
poderia deixar de ter. Só que esse convidado não tinha, desta vez, a intenção de
acabar com a festa, mas sim complementá-la, pois era preciso brindar também a
volta brilhante de umas maiores alegrias de sua vida, a Quadrilha PISA no
ESPINHO, que há 06 seis não enriquecia as festas juninas do Nordeste. E não
coincidentemente, a Quadrilha PISA no ESPINHO passou seis anos distantes das
festas juninas do nordeste, assim como Rosinha e Luiz que também passaram seis
anos distantes uns do outro, mas o amor que existe entre esses corações
apaixonados é o mesmo amor que a Quadrilha PISA no ESPINHO sente pelo São
João. E por isso devemos BRINDAR com muita festa e alegria essa linda historia de
amor que comove a todos com sua emoção.

Fim da estória.

Thiago Vergete
Quadrilha PISA NO ESPINHO
São João 2008
“Sertão -Povo, Tipo Exportação!”.
Histórico do Tema
Manchetes de alguns jornais brasileiros:
“Aproximadamente 15% da população sertaneja vive abaixo da linha de pobreza”
Jornal do Comércio, 24 de Junho de 1995.
"Seca atinge mais de 100 famílias no sertão de Pernambuco”
Folha de São Paulo, 24 de janeiro de 1998.
"Desemprego aumenta cerca de 10% na região central do sertão pernambucano”.
Diário de Pernambuco, 24 de Agosto de 2001.
Essas e outras manchetes relatavam a situação do sertão pernambucano, em que a
seca, a fome e o desemprego eram fatores decisivos para a imigração do povo
nordestino rumo ao sul do país, pela falta de oportunidades e de uma melhor
qualidade de vida.
Hoje, o sertão pernambucano, engajado pela luta e garra de seu povo, na busca de
uma vida mais digna, vem crescendo a cada dia que se passa, mostrando suas
riquezas e suas potencialidades, sendo referência não só no Brasil, mas no mundo,
tanto pela exportação de suas riquezas culturais, quanto pela exportação de suas
riquezas econômicas.
E é nesse contexto que a Quadrilha PISA NO ESPINHO, numa obra de caráter
socioeconômico vai disputar o São João de 2008 disseminando a riqueza do sertão
pernambucano, seja na força de suas exportações culturais: marcadas pela
musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde, pelo
XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas do
bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela
riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja na força de suas
exportações econômicas: marcadas não só pela maior produção de gesso do país –
PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE, mas também pela maior produção de frutas
irrigadas – VALE DO SÃO FRANCISCO, além da 2ª maior produção de vinhos do
Brasil- PÓLO VINICOLA DE PETROLINA.
E assim, através dessas riquezas, econômicas e culturais, a Quadrilha PISA NO
ESPINHO, vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar os maiores
expoentes da região, no que se refere à exportação de sua cultura e de sua
economia, que vem se destacando cada vez mais nos âmbitos nacional e
internacional.
GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO

Em 1997 um grupo teatral voltou a atenção para a cidade de Arcoverde,
considerada porta de entrada do sertão pernambucano. Nascia então o espetáculo
Cordel do Fogo Encantado. Na formação, Lira Paes, Clayton Barros e Emerson
Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do
estado.
Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os
percussionistas, Nego Henrique e Rafa Almeida. No carnaval de 1999 o grupo
Cordel do Fogo Encantado se apresenta no Festival Rec-Beat e o que era apenas
uma peça teatral, ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das
composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e
a música passou a ficar em primeiro plano.
A estréia no carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e
crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando
visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira.
Na formação, o carisma e a poesia de Lira Paes, a força do violão regional de
Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos
tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. Cordel do Fogo Encantado passa a
percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e
antológicas. O som do grupo, essencialmente percussivo, reúne ritmos da região de
Arcoverde, como o Toré indígena, samba de coco de raiz, reisado e candomblé,
integrados á tradição da poesia oral sertaneja e da literatura de cordel.
As apresentações da banda surpreenderam a todos não somente pela força da
mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão
raiz. À magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a
presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e
cenário.
Em 2001, com produção do mestre da percussão Naná Vasconcellos, Cordel do
Fogo Encantado se fecha em estúdio para gravar o primeiro disco, que leva o nome
da banda. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo que,
mesmo atuando independente, ganhando mais público e atenção da mídia, por
onde passa.
Com turnê que passou pelos mais remotos cantos do país, um ano depois, em 2002,
o grupo volta para o estúdio para gravar o segundo trabalho: O Palhaço do Circo
Sem Futuro, produzido por eles mesmo, de forma independente. Lançado no
primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado, pela crítica especializada,
um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos.
E Cordel do Fogo Encantado ganha projeção internacional, com apresentações na
Bélgica, Alemanha e França. Entre os prêmios conquistados pela banda estão os de
banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002),
Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio
Hangar (2002 e 2003).
No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus
É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha
sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O
Amor é Filme”.
Em outubro de 2005 o grupo Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV
Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, o terceiro
disco lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira
entre as artes cênicas e a música. Pela primeira vez o grupo faz primeiro o registro
sonoro para então se dedicar à criação do espetáculo. Com produção de Carlos
Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixagem de Scotty Hard, Cordel do Fogo
Encantado se firma como um dos grupos mais representativos da cena
independente nacional.
Hoje, o Grupo Cordel do Fogo Encantado é uma das grandes revelações musicais
do Brasil, exportando para o mundo a cultura do sertão pernambucano. E é por
isso que a Quadrilha PISA NO ESPINHO faz uma justa homenagem a este grupo
que está conquistando o cenário mundial, por sua riqueza musical.
O XAXADO

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho
de 1897 na pequena fazenda de seus pais em Vila Bela, atual município de Serra
Talhada, alto do sertão pernambucano. Mas em 28 de julho de 1938, no município
de Poço Redondo, em Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um
grupamento da Polícia Militar alagoana, os chamados volantes, com uma tropa de
48 policiais, chefiada pelo tenente João Bezerra.
Lampião tornou-se o maior cangaceiro de todos os tempos, aos 23 anos, após a
morte de seu pai, Zé Ferreira. Durante as décadas de 1920 e 1930, Virgulino
percorreu 7 estados do nordeste brasileiro, espalhando seu terror. Suas investidas
transtornaram a economia e a política nordestina. Simultaneamente, odiado e
idolatrado, por muitos, sua presença continua viva na imaginação popular.
Lampião exerceu ainda grande influência nas artes tais como música, pintura,
literatura e no cinema brasileiro. Benjamin Abrahão, cineasta libanês e, secretário
de padre Cícero, filmou e fotografou Lampião e seu bando, mas, após a morte do
cangaceiro, Benjamim foi assassinado e teve parte de seu acervo de filmes
apreendido.
Com todas suas façanhas, Lampião se tornou herói do cangaço brasileiro,
representando a bravura e coragem do sertão pernambucano.
O Cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o ultimo sobrevivente do
grupo comandado por Lampião, mas nos deixou como herança cultural, o
XAXADO, uma dança originária do sertão pernambucano, e que hoje é
reconhecida internacionalmente.
Alguns historiadores chegam a afirmar que o Xaxado teria sua origem a partir do
Baião, ritmo tipicamente nordestino, cantado em verso e prosa pelo eterno “Rei do
Baião”, Luiz Gonzaga. Sendo que sua origem está diretamente ligada ao Cangaço,
comandado pelo bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que pelas
circunstâncias de estarem sempre em batalhas, e também por alguns homens não
estarem acompanhados por suas mulheres, dançavam com o rifle na mão, que
fazia o papel da mulher, batendo-o no chão, e arrastando as alpercatas de couro,
sendo o barulho provocado pelas alpercatas que deu o nome a Dança, inicialmente
apenas masculina, e posteriormente passou a ser dançado também por mulheres.
Atualmente a Dança não é mais unicamente masculina, a figura dos pares já é
bastante evidenciada, a indumentária dos grupos que praticam esta dança traz
novamente a afirmação da sua origem, pois se vestem como Cangaceiros e
Cangaceiras, porém em muitos casos apenas os homens possuem o rifle, e as
mulheres, as peixeiras.
A Dança é realizada basicamente em duas fileiras uma de homem e outra de
mulher ocorrendo algumas evoluções, que dançam separados ou juntos, sempre
arrastando as alpercatas ao chão, o Xaxado apresenta-se sempre em ocasiões
comemorativas como nas festas de São João, sendo incorporada, inclusive, às
quadrilhas juninas.
Não obstante, a Quadrilha PISA NO ESPINHO que outrora já brilhou contando a
história desse cabra da peste, hoje tem o orgulho de dançar o XAXADO, em
homenagem a quem tanto lutou pelas causas sociais do nordeste brasileiro,
justamente no ano em que se comemora 70 anos da morte do valente e temido
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nosso Rei do Cangaço.
LUIZ GONZAGA – O REI DO BAIÃO

Luiz Gonzaga do Nascimento, que nasceu aos 13 dias do mês de dezembro de 1912
na pequena cidade de Exu - Pernambuco, foi um compositor popular brasileiro,
conhecido internacionalmente como o "Rei do Baião".
Nasceu em uma fazenda chamada Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona
rural de Exu, sertão pernambucano. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé
de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na
roça, num latifúndio, e nas horas vagas, tocava acordeão (também consertava o
instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-la. Não era nem
adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de
início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina,
manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil.
O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua
carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado
cearense Humberto Teixeira.
Aos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido
pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e
Santana lhe deram uma surra por isso, revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e
ingressou no exército em Crato, no Ceará. A partir dali, durante nove anos ele
viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG,
conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua
habilidade como sanfoneiro. Dele, recebeu importantes lições musicais.
Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música.
Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da
carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e
outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas
estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no
programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira
música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor
regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no
estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo
Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um
menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente
quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e
dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado
pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.
Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha
se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de
"Lua". Não teve filhos, já que ele era estéril.
Luiz Gonzaga, que sofria de osteoporose, morreu aos 2 dias do mês de agosto de
1989 em Recife, vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na
capital pernambucana, seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente
sepultado em seu município natal, Exu.
Quando morreu, o mestre Lua já tinha uma carreira consolidada e reconhecida.
Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 1987 e tocou em Paris em 1985. Sua
música atravessou barreiras, sendo reconhecida e apreciada pelo povo e pela
mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo
como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de
Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado aonde chegou.
Luiz Gonzaga é a representação da alma de um povo...a alma do nordeste
cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música
brasileira só tem a agradecer...
E é justamente por esses motivos que a Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia
deixar de dançar o BAIÃO, ritmo tipicamente sertanejo, além de homenagear, mais
uma vez, um dos maiores ícones da música popular brasileira, Luiz Gonzaga, que
primeiro exportou a música sertaneja para o sul do país, e posteriormente para o
mundo, valorizando as raízes culturais do sertão pernambucano.
PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE

O Pólo Gesseiro do Araripe que está localizado no epicentro do semi-árido do
sertão pernambucano detém o maior conjunto de jazidas de gipsita em exploração
no Brasil, por isso é supridor de quase todo o gesso demandado pelo mercado
nacional (95%) e detentor de uma das mais importantes reservas de gipsita do
planeta, estimada em 1,2 bilhões de toneladas. É o maior produtor de gesso do País
com 1.800.000 ton/ano, seguido pelo Ceará (57.920 ton) e Tocantins (9.600 ton).
A região conta com 36 mineradoras de gipsita, 139 indústrias de calcinação e 456
indústrias de pré-moldados situadas nos municípios de Araripina, Ipubí, Ouricuri,
Bodocó e Trindade. O Pólo Gesseiro se apresenta como um conjunto de empresas
de micro, pequeno e, médio e grande porte que oferecem cerca de 12 mil empregos
diretos e aproximadamente 64 mil indiretos.
A privilegiada posição do Pólo Gesseiro o torna especial em relação a diversos
outros segmentos econômicos nacionais. Através de suas conexões com as
rodovias do Estado de Pernambuco, o Pólo Gesseiro do Araripe, de forma
competitiva, recebe os insumos e escoa a sua produção pelas vias rodoviárias,
ferroviárias, fluviais (porto de Petrolina) e marítimas (portos de Suape, Recife,
Cabedelo, Salvador, Vitória, Pecém e Itaqui).
O gesso é bastante utilizado em moldes cerâmicos, na construção civil, na industria
de jóias, na industria automotiva, na medicina, na odontologia, e também no
artesanato. Para se ter idéia da importância do gesso demandado pelo Pólo
Gesseiro de Araripe, só o Brasil consome 13 Kg de gesso por habitante por ano; O
Chile o equivalente a 41 Kg/habitante/ano; A Europa 75 Kg/habitante/ano;
enquanto que os Estados Unidos consomem 103 Kg/habitante/ano.
Radiografia do pólo:
- 95% do gesso do Brasil são produzidos no Pólo Gesseiro pernambucano.
- 4,6 milhões de toneladas de gesso são produzidas por ano.
- 680 são o número de empresas do pólo.
- 12 mil empregos diretos e 60 mil indiretos são gerados.
- 10% são o percentual da produção do pólo consumido por Pernambuco.
- 2% são o percentual da produção destinada à exportação.
- 50% da produção vão para São Paulo.
- R$ 1 bilhão foi o faturamento em 2005.
Com toda essa produção de gesso, favorecida pelo maior conjunto de gipsita do
mundo, a região do Araripe se tornou modelo de crescimento econômico no
âmbito nacional e internacional, contribuindo diretamente para um crescente
número de empregos, dando mais oportunidades para o povo sertanejo. E sabendo
dessas oportunidades, a Quadrilha PISA NO ESPINHO, faz uma justa referência
ao Pólo Gesseiro de Araripe, que é motivo de orgulho para o sertão
pernambucano, pelo seu significativo crescimento econômico.
A IRRIGAÇÃO DE FRUTAS E O PÓLO VINICOLA DE PETROLINA
A cidade de Petrolina, localizada no sertão pernambucano, devido ao clima seco e
a irrigação, tornou-se o segundo centro vinícola do país, cujo primeiro lugar é
ocupado pela Região Sul, assim como, as políticas de incentivo á irrigação,
aplicadas nas últimas décadas, tornaram a região um celeiro de frutas tropicais,
que são exportadas não só para as principais regiões do país, mas também para a
América do Norte, o continente Europeu e, para o Sudeste Asiático,
particularmente, o Japão.
A irrigação transformou o vale do São Francisco em um dos maiores pólos
produtores e exportadores de frutas do Brasil, com destaque para mangas e uvas,
cujo total de exportações perfazem um total de 30% da contribuição nacional. Nos
municípios dos Vales onde há perímetros irrigados pelas águas do velho Chico,
principalmente em Petrolina, a pobreza é menor, os índices de desenvolvimento
humano e a qualidade de vida das pessoas são maiores.
O clima que continua árido, com temperaturas médias de 26°C e com raríssimas
ocorrências de chuva, por incrível que pareça, são as condições ideais para que a
região quebre vários conceitos estabelecidos, entre eles o de que uva para a
produção de vinho só pode ter uma safra por ano. No pólo de vitivinicultura de
Pernambuco, a fruta dá o ano inteiro. E das boas.
É verdade que está longe de virar mar, mas quem olha hoje para o sertão
pernambucano, especificamente na região do Vale do São Francisco, pode
estranhar a quantidade de parreiras espalhadas ás margens das rodovias que
levam até Petrolina. A fórmula dessa receita, que deixa o Sertão “verdinho” e
competindo em pé de igualdade com outros estados consolidados na produção de
uvas e vinhos, tendo o Rio Grande do Sul como o seu maior representante, está
apoiada em fatores que combinam tecnologia e muita pesquisa. De acordo com
dados das EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do SemiÁrido, a região apresenta anualmente 2,5 safras e, este fato, tem despertado o
interesse dos empresários para a região, sobretudo, pelo grande investimento em
tecnologia, que tem contribuído para o crescimento da produção. Para se ter idéia,
no ano passado o Pólo Vinícola, que integra os municípios de Lagoa Grande, Santa
Maria da Boa Vista e Petrolina, produziu no ano passado em torno de seis milhões
de litros de vinho. Para quem não acreditava, que uma área com um clima tão
diferente do habitual poderia ir tão longe, os números atuais mostram o contrário.
De acordo com dados da Valexport (Associação dos Exportadores do Vale do São
Francisco), a expectativa é de que se atinja, ainda este ano, entre sete e oito milhões
de litros de vinhos finos, o que corresponde a 20% da produção nacional. Até 2010,
a estimativa é de uma produção total de 15 milhões de litros na região.
E com toda essa quantidade de vinhos produzida, no Pólo Vinícola de Petrolina, a
Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia deixar de BRINDAR a atuação
econômica do sertão pernambucano, que exporta sua produção de vinhos para
países como Portugal e Itália, se destacando no mercado internacional.
O BRINDE
A expressão “brindar”, em termos gerais, significa a comemoração de algum
acontecimento, seja ele histórico, cultural, representativo ou festivo, e em outras
conotações, a alegria de viver, ou até mesmo a tristeza de outrem. Ao erguer suas
taças de vinho, os povos antigos faziam uma oferenda simbólica a seus deuses. Os
relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios. Para saciar a sede
das divindades, os romanos adotaram o hábito de derramar um pouco da bebida
no chão - algo como o costume de dar um gole de cachaça "pro santo", comum no
Brasil. Além disso, o brinde selava o fim de conflitos. O vencedor dava o primeiro
gole para provar que não iria envenenar o adversário. E, ao bater um copo no
outro, os romanos achavam que os venenos se depositariam no fundo das taças.
Na ameaça de intoxicação também está uma das hipóteses sobre a origem da
exclamação "saúde!", que acompanha os brindes: na Grécia antiga, isso poderia ser
uma promessa de que a bebida estava boa.
Mas o “BRINDE” que a Quadrilha PISA NO ESPINHO traz para o São João de
Pernambuco é o “BRINDE” da alegria, pelas exportações econômicas e culturais do
sertão pernambucano; da melhoria na qualidade de vida do povo sertanejo, que
hoje pode se orgulhar de ser nordestino; e, sem dúvida, o BRINDE da emoção, por
ver a PISA NO ESPINHO, mais uma vez, abrilhantando as festas juninas do
nordeste, com amor, carinho e união. Porque PISA NO ESPINHO é garra, é raça, é
tradição. E não é só isso não, PISA NO ESPINHO também é SERTÃO. Afinal,
nosso São João também é EXPORTAÇÃO.
E assim vamos todos BRINDAR!
Agora confira algumas manchetes dos principais jornais do Brasil:
“Pólo Gesseiro de Araripe, no sertão pernambucano, exporta mais de 10% de sua
produção para o mercado externo”.
Diário de Pernambuco, 12 de Janeiro de 2008.
“Frutas irrigadas no Vale do São Francisco é destaque em Feira Internacional de
negócios financeiros, em Genebra”.
Folha de São Paulo, 15 de Novembro de 2007.
“Cordel do Fogo Encantado deixa público extasiado em Paris, no ano do Brasil na
França”.
Jornal do Comércio, 26 de Junho de 2006.
Thiago Vergete
Fontes de pesquisa:
- Os Sertões, Euclides da Cunha. Todas as páginas consultadas.
- Lampião, o Rei dos Cangaceiros, Billy James Chandler. Todas as páginas
consultadas.
- Revista Super Interessante. O mito sem compaixão. Editora Abril – Edição: Junho
de 1997
Reportagem: Wanda Nestlehner. Todas as páginas consultadas.
- Exportações de manga do vale do São Francisco para os Estados Unidos da
América: uma análise de 2000 a 2005. Monografia de Bacharelado em Relações
Internacionais. Alberto Bruno Ferreira de França. Recife, 2007. Faculdade Integrada
do Recife. Todas as páginas consultadas.
-Exportação de uvas do vale do São Francisco para a união européia: análise de
1998 a 2002 e da situação atual dos produtores/exportadores da região. Monografia
de Bacharelado em Relações Internacionais. Faculdade Integrada do Recife.
Domingos Moreira Gomes Filho. Recife, 2003. Todas as páginas consultadas.
- Pólo gesseiro do Araripe: potencialidades e dificuldades para sua consolidação
como pólo exportador. Monografia de Bacharelado em Relações Internacionais.
Virginia Carrozone Cavalcanti. Recife, 2003. Faculdade Integrada do Recife. Todas
as páginas consultadas.
- Um mergulho nas paisagens e culturas nas cidades de Arcoverde, Buíque,
Pesqueira e Porção. Monografia de Bacharelado em Turismo. Ivana Cristina
Cavalcanti Vidal e Renata Macedo Bezerra de Brito. Recife, 2004. Faculdade
Integrada do Recife. Todas as páginas consultadas.
- Exportação e importações municipais. Recife, 2000. Sudene.
Outras fontes de pesquisas julgadas necessárias:
http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_124259.shtml
http://www.infonet.com.br/lampiao/
http://www.unificado.com.br/calendario/07/lampiao.htm
http://cordeldofogoencantado.uol.com.br/historia.html
http://www.mpbnet.com.br/musicos/luiz.gonzaga/index.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga
http://www.lampiao.sertaonet.com.br/historia.html
http://br.geocities.com/esquinadaliteratura/autores/ester/ester07.html
http://www.sertaonet.com.br/gparteedanca/as_dancas.htm
http://www.codevasf.gov.br/noticias/2004/20040917_04
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cordel_do_Fogo_Encantado
http://www.nordesteweb.com/not11/ne_not_20001110a.htm
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernos/ideias/2006/03/03/joride20060303004.
html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petrolina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araripina
http://www2.uol.com.br/JC/sites/semfronteiras/araripina.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva
http://www.poemas-de amor.net/poemas/as_aguas_do_rio_sa_francisco_no_serta
http://www.italiaoggi.com.br/gastronomia/saibamais/ita_gastro_saibamais45.htm
http://www.dnocs.gov.br/~conviver/artigos.php?id=32
http://www.itep.br/noticias_ler.asp?codigo_conteudo=241&codigo_categoria=1
http://www.sertaonet.com.br/araripina/
http://www.sertaonet.com.br/exu/
http://www.sertaonet.com.br/arcoverde/
http://www.sertaonet.com.br/petrolina/
http://www.serratalhada.net/
http://www.sertaonet.com.br/cidades.html
http://www.mpbnet.com.br/musicos/alaide.costa/letras/estrada_do_sertao.htm
http://rita-de-cassia.musicas.mus.br/letras/462161/
http://www.nordesteweb.com/not07/ne_not_20010716a.htm
http://amazan.musicas.mus.br/letras/715134/
http://www.scielo.br/pdf/spp/v19n4/v19n4a10.pdf
http://www.viafanzine.jor.br/mitos_lendas.htm
http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_116073.shtml

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ABRE-ALAS - DOMINGO - GRUPO ESPECIAL - CARNAVAL 2013
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CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
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ROTEIRO DO DESFILE DA SANTA CRUZ 2012
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ROTEIRO DO DESFILE DA UNIDOS DO VIRADOURO 2012
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Quadrilha PISA no Espinho promove o Sertão

  • 2. Quadrilha PISA NO ESPINHO São João 2008 Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”. Justificativa do Tema: A Pisa no Espinho, sendo uma Quadrilha engajada pelas causas sociais do nordeste brasileiro traz mais uma vez para o São João, o sertão pernambucano como inspiração. Desta agora, sob uma nova perspectiva, levantando a bandeira da conscientização, “desmistificando” a imagem construída ao longo do tempo de que o sertão é apenas um lugar inóspito e improdutivo. Não podemos dizer que não exista mais a seca, o desemprego e a fome, pois sabemos que é preciso mais investimentos de nossos governantes, para que os filhos de nosso chão tenham mais oportunidades, além de tudo é preciso água, para que os sertanejos possam ter melhores expectativas de vida. Mas devemos saber também que o sertão não é só miséria. O sertão pernambucano é hoje símbolo de luta e coragem, tanto pela força de seu povo, quanto pela força de suas exportações econômicas e culturais, que vem se destacando no Brasil e no mundo, seja nas exportações de sua cultura, marcada pela musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde, pelo XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas do bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja nas exportações de seus produtos, marcadas pela maior produção de gesso do país - Pólo Gesseiro de Araripe, maior produção de frutas irrigadas – Vale do São Francisco, e 2ª maior produção de vinhos do Brasil- Pólo Vinícola de Petrolina. E assim, com toda a magia que envolve as festas juninas, a Quadrilha Junina Pisa no Espinho vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar a importância de suas exportações, tão significativas para o desenvolvimento socioeconômico da região. Não obstante, o escritor Euclides da Cunha já versava sobre o povo sertanejo e sua capacidade de sobrevivência em sua obra máxima, Os Sertões, publicada em 1902: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. E é com toda essa garra do povo sertanejo, que a Quadrilha Junina Pisa no Espinho vem engalanada, em busca de mais um ideal, para mostrar as riquezas do nosso
  • 3. sertão pernambucano, resgatando a força de nossa cultura, sobretudo, a força do São João de Pernambuco, que hoje é referência não só no Brasil, mas também no mundo. E por isso, não poderíamos deixar de divulgar e disseminar as exportações econômicas e culturais do sertão pernambucano. Até porque as festas juninas têm também a missão de difundir e valorizar nossos aspectos econômicos e culturais, tão ricos e diversificados. Para nós o São João é um sonho, e a Pisa no Espinho, convicta de que está fazendo sua parte em prol da cidadania brasileira, acredita que podemos tornar esse sonho realidade. E hoje, a Pisa no Espinho é a mais viva realidade, desse sonho que enfim se tornou real, por estarmos de volta ao São João de Pernambuco, enriquecendo cada vez mais uma das manifestações artísticas mais populares do nordeste, a Quadrilha. Afinal, nosso São João também é EXPORTAÇÃO. Essa é nossa Missão. E assim, vamos todos brindar! Thiago Vergete
  • 4. Quadrilha PISA NO ESPINHO São João 2008 Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”. Estória do casamento Nas proximidades da cidade de Arcoverde, mais precisamente no pequeno município do Manari, no sertão pernambucano, vivia Luiz, um jovem de 21 anos, fascinado pela música sertaneja.Filho de Januário e Santana, Luiz tinha três irmãos, e um grande amor de infância, Rosinha, que por ele também se apaixonou. No ápice desse lindo romance, em meados de junho de 2001, Luiz e Rosinha têm uma grande decepção, não sendo esta por falta de amor entre ambos, mas sim, por uma brusca separação jamais prevista pelo casal, pois os pais de Luiz decidem abandonar o sertão para migrar à capital, na esperança de uma vida mais digna, já que nesse período o sertão pernambucano passava por uma profunda crise: fome, desemprego e a “inseparável” seca. Rosinha era filha única, sendo o primeiro e único amor de seus pais, José Raimundo e Odaléia Guedes, e por este motivo não poderia migrar com Luiz para a capital, já que seus pais não queriam ver sua filha distante de seus cuidados, o que a deixou super triste, e angustiada, por acreditar que jamais realizaria o sonho de se casar com Luiz e ser feliz ao seu lado. É chegado o momento de despedida, momento este marcado por muita dor e angustia, pois acreditava Rosinha que Luiz, seu grande amor, jamais voltaria á sua terra, e assim o perderia para sempre. Embora inconformado, por ter que se despedir de sua amada, Luiz acreditava que sua vida poderia mudar a qualquer momento, e com muita dor no coração se despede de Rosinha, com a promessa de voltar á sua terra e juntos serem felizes para sempre, por não haver outra saída, já que os pais de Rosinha não queriam abrir mão de sua única e amada filha. E assim, aos 24 dias do mês de setembro de 2001, Luiz parte com sua família, pais e irmãos, rumo a capital, e na bagagem a esperança de uma vida melhor. Na capital, Luiz logo conseguiu emprego, por ser um rapaz esperto e trabalhador, graças ao conhecimento adquirido desde sua infância no roçado. Além disso, Luiz tomou gosto pelos estudos, e se dedicou bastante a essa atividade, pois nunca teve a oportunidade de estudar quando morava no sertão. Luiz teve também o prazer de pesquisar as riquezas de sua terra, já que antes, no sertão, não dispunha de tanta informação como agora, na capital. Mesmo com todos esses compromissos, Luiz não deixava de pensar em Rosinha, seu grande amor.
  • 5. Enquanto isso, no sertão, Rosinha não parava de pensar em Luiz, e fazia preces e mais preces em louvor a Santo Antônio, para que pudesse reencontrar seu grande amor. Sua mãe, Odaléia, e seu pai, Raimundo, não sabiam ao certo o que fazer para trazer a alegria de volta a sua filha, pois Rosinha não fazia outra coisa, a não ser pensar em Luiz. E o tempo foi passando... Luiz não agüentava mais tanta violência na capital, a agitação da cidade, a rotina do trabalho, a saudade de sua terra, e, sobretudo a saudade de Rosinha. Para ele o sertão seria o melhor remédio. É então que Luiz decide deixar a capital e voltar ao pequeno município do Manari, levando consigo a certeza de que a felicidade depende de cada ser humano, pois tudo que aprendeu na capital serviu de lição para que ele valorizasse as coisas de sua terra, seu povo, suas riquezas, sua cultura, sua economia. E não bastava apenas voltar a sua terra, Luiz tinha dois objetivos, disseminar todo esse conhecimento adquirido na capital, para mostrar ao povo sertanejo suas riquezas e finalmente casar-se com Rosinha. Passados quase seis anos, Rosinha não tinha mais esperanças de reencontrar seu grande amor, pois tudo para ela era tristeza, sua vida não tinha mais sentido. Mas Rosinha não sabia o que estava por vir. Em meados de janeiro de 2008 Luiz regressa ao sertão pernambucano, na esperança de reencontrar Rosinha. Sua família não gostou muito da idéia, e ficou na capital, ao contrário de Luiz que decidiu voltar a sua terra. A primeira coisa que Luiz fez ao chegar em sua cidade foi procurar Rosinha. E assim o fez. Luiz correu feito um louco em busca de sua amada, a fim de reencontrá-la e matar as saudades, pois seis anos longe de Rosinha era muito tempo para quem se amava de verdade. E assim, aconteceu... Luiz reencontrou sua amada, com muito amor no coração. Rosinha, que jamais acreditara nesse momento, não se conteve com tamanha surpresa e chorou de tanta emoção. Embora estivesse feliz por rever seu grande amor, Rosinha não acreditava que poderia ter Luiz novamente aos seus braços, pois durante todo esse tempo na capital Luiz já deveria ter se casado com outra mulher. O que para sua felicidade não aconteceu.
  • 6. Luiz não satisfeito apenas com a presença de Rosinha a pede em casamento, lhe deixando muito surpresa, pois Rosinha passara seis anos de sua vida pensando em Luiz, na esperança de tê-lo novamente ao seu lado. Que para ela foi graças a suas preces a Santo Antônio, santo casamenteiro. Que enfim foram atendidas. No entanto, apesar de tanta felicidade e de tanto amor, Rosinha sonhava ainda em migrar à capital, na esperança de uma vida melhor, assim como sonham muitos dos sertanejos nordestinos. Na única oportunidade que teve de ir morar na capital, Rosinha tinha apenas 17 anos, e por ser filha única, seus pais não permitiram sua ida. Embora fosse seu grande sonho desde pequena, Rosinha teve de se conformar com a decisão de seus pais, o que a deixou muito triste e angustiada, pois para ela tinha perdido o grande amor de sua vida. Para Rosinha, seu grande sonho seria enfim realizado, pois como Luiz estava há tanto tempo na capital, certamente ele não voltaria a morar no sertão. O que para mais sua surpresa não aconteceu. Luiz já estava decidido a voltar para o sertão e ali viver junto ao lado de sua amada, além de disseminar todo o conhecimento que obteve na capital, sobre as riquezas de sua terra, tão esquecida pelo povo brasileiro. Luiz esclarece a Rosinha que seu grande desejo é de ficar no sertão, o que gerou uma grande loucura em sua cabeça. E então ela se pergunta, como é que Luiz, ao morar seis anos na capital decide assim regressar ao sertão, por qual motivo? Isso para ela ainda não estava claro, ainda mais que Luiz certamente deveria ter boas condições de vida na capital. E tinha. Mas muitos sertanejos que migram rumo ao sul do país, na esperança de uma vida melhor, têm a idéia de que tudo é só felicidade, bonança, fartura, e sabemos que em muitos casos não é, pois muitas das expectativas criadas pelos nordestinos não passam de meros desejos incompensáveis. Luiz explica então a sua amada que o sertão pernambucano possui muitas riquezas, e que passou a conhecê-las a partir de estudos realizados na capital, em que se têm muitas fontes de pesquisas, já que no sertão não têm. Como sabemos, muitos dos sertanejos ainda hoje tem pouco acesso a essas informações, por falta de políticas publicas de incentivo a educação e de inserção social, e Rosinha, é um exemplo claro dessa falta de informação, pois não tinha sequer conhecimento de todas essas riquezas que Luiz havia conhecido na capital, o que lhe despertou uma enorme curiosidade. Luiz percebendo a tamanha curiosidade de Rosinha a convida para conhecer as riquezas econômicas e culturais do sertão pernambucano,
  • 7. riquezas estas exportadas não só para o Brasil, mas também para o mundo. E assim ela aceita. A essa altura, os pais de Rosinha já estavam super preocupados, pois sua filha não tinha ânimo para nada, a não ser pensar em Luiz. É quando Rosinha super feliz da vida, chama seus pais para ver o motivo de sua felicidade, Luiz. Assim como Rosinha, seus pais tiveram também uma grande emoção, pois sabiam que a presença de Luiz tornaria os dias de Rosinha cada vez mais felizes, ao contrario dos seis anos de decepção que transtornaram suas vida, por não ter ao seu lado a pessoa que ela mais amava. E assim, Luiz também convida os pais de Rosinha, Seu Raimundo e Dona Odaléia para conhecerem juntos as principais riquezas do sertão pernambucano que são exportadas para o mundo. E claro os mesmos aceitam. Ou iriam perder esse convite irresistível? Luiz, sabendo que a qualquer momento poderia convencer Rosinha a se casar com ele, e a morar no sertão, aproveitou o ensejo e levou da capital um lindo vestido para que ela pudesse se casar com ele, já que Rosinha e seus pais viviam em condições precárias no sertão e certamente não teriam como comprar um vestido simples para Rosinha se casar. É do pequeno município do Manari, no sertão de Pernambuco, que Luiz, Rosinha, Seu Raimundo e Dona Odaléia partem juntos a uma viagem fascinante, para desbravar o sertão pernambucano, na certeza de conhecer as principais riquezas econômicas e culturais de sua terra. A cada paisagem, uma descoberta fascinante, um orgulho, uma paixão. Luiz fica cada vez mais encantado com as riquezas de seu povo e de sua terra. Rosinha impressionada, e seus pais, bom, nem se fala. É assim que Luiz percorre o sertão pernambucano, encantado, mostrando primeiro as riquezas culturais do sertão pernambucano, seja na música, seja na dança. Seguindo viagem, Luiz apresenta a musicalidade do Grupo Cordel do Fogo Encantado, da cidade de Arcoverde. Logo após, uma dança popular originária do Cangaço nordestino, comandado pelo bando de Lampião, o Xaxado, representante da cidade de Serra Talhada. Por fim, Luiz não poderia deixar de mostrar a sua amada, a riqueza musical de Luiz Gonzaga, que primeiro exportou a musica sertaneja para o mundo, que tem seu berço na cidade de Exu.
  • 8. Dando prosseguimento, Luiz segue o roteiro de sua viagem, numa ordem precisa, mostrando a Rosinha e a seus pais, as riquezas culturais do sertão pernambucano e logo após as suas riquezas econômicas, sendo representada pelo Pólo Gesseiro de Araripe, localizado na cidade de Araripina, e pelo Vinícola de Petrolina e pela irrigação de frutas do Vale do São Franscisco. Rosinha, como não poderia ser diferente, fica encantada com todas essas riquezas, e finalmente decide se casar com Luiz, em meio à produção de vinhos, para comemorar a festa de seu casamento. Não obstante, está faltando o padre para realizar o casório, é quando o pai de Rosinha, seu Raimundo, corre doido pela cidade de Petrolina na busca de um padre para que possa selar o matrimonio de Rosinha e Luiz, um lindo casal apaixonado. E assim o é. Rosinha e Luiz enfim se casam. E como não poderia ser diferente, o brinde do casamento é com muito vinho. E o Padre, não satisfeito, festeja o casamento com o vinho produzido pelas uvas irrigadas do Vale do São Francisco, que são exportadas tanto para o Brasil quanto para o mundo. Como toda e qualquer festa de casamento não poderia faltar um convidado ilustre, esta festa também não poderia deixar de ter. Só que esse convidado não tinha, desta vez, a intenção de acabar com a festa, mas sim complementá-la, pois era preciso brindar também a volta brilhante de umas maiores alegrias de sua vida, a Quadrilha PISA no ESPINHO, que há 06 seis não enriquecia as festas juninas do Nordeste. E não coincidentemente, a Quadrilha PISA no ESPINHO passou seis anos distantes das festas juninas do nordeste, assim como Rosinha e Luiz que também passaram seis anos distantes uns do outro, mas o amor que existe entre esses corações apaixonados é o mesmo amor que a Quadrilha PISA no ESPINHO sente pelo São João. E por isso devemos BRINDAR com muita festa e alegria essa linda historia de amor que comove a todos com sua emoção. Fim da estória. Thiago Vergete
  • 9. Quadrilha PISA NO ESPINHO São João 2008 “Sertão -Povo, Tipo Exportação!”. Histórico do Tema Manchetes de alguns jornais brasileiros: “Aproximadamente 15% da população sertaneja vive abaixo da linha de pobreza” Jornal do Comércio, 24 de Junho de 1995. "Seca atinge mais de 100 famílias no sertão de Pernambuco” Folha de São Paulo, 24 de janeiro de 1998. "Desemprego aumenta cerca de 10% na região central do sertão pernambucano”. Diário de Pernambuco, 24 de Agosto de 2001. Essas e outras manchetes relatavam a situação do sertão pernambucano, em que a seca, a fome e o desemprego eram fatores decisivos para a imigração do povo nordestino rumo ao sul do país, pela falta de oportunidades e de uma melhor qualidade de vida. Hoje, o sertão pernambucano, engajado pela luta e garra de seu povo, na busca de uma vida mais digna, vem crescendo a cada dia que se passa, mostrando suas riquezas e suas potencialidades, sendo referência não só no Brasil, mas no mundo, tanto pela exportação de suas riquezas culturais, quanto pela exportação de suas riquezas econômicas. E é nesse contexto que a Quadrilha PISA NO ESPINHO, numa obra de caráter socioeconômico vai disputar o São João de 2008 disseminando a riqueza do sertão pernambucano, seja na força de suas exportações culturais: marcadas pela musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde, pelo XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas do bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja na força de suas exportações econômicas: marcadas não só pela maior produção de gesso do país – PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE, mas também pela maior produção de frutas irrigadas – VALE DO SÃO FRANCISCO, além da 2ª maior produção de vinhos do Brasil- PÓLO VINICOLA DE PETROLINA.
  • 10. E assim, através dessas riquezas, econômicas e culturais, a Quadrilha PISA NO ESPINHO, vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar os maiores expoentes da região, no que se refere à exportação de sua cultura e de sua economia, que vem se destacando cada vez mais nos âmbitos nacional e internacional. GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO Em 1997 um grupo teatral voltou a atenção para a cidade de Arcoverde, considerada porta de entrada do sertão pernambucano. Nascia então o espetáculo Cordel do Fogo Encantado. Na formação, Lira Paes, Clayton Barros e Emerson Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do estado. Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os percussionistas, Nego Henrique e Rafa Almeida. No carnaval de 1999 o grupo Cordel do Fogo Encantado se apresenta no Festival Rec-Beat e o que era apenas uma peça teatral, ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e a música passou a ficar em primeiro plano. A estréia no carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira.
  • 11. Na formação, o carisma e a poesia de Lira Paes, a força do violão regional de Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. Cordel do Fogo Encantado passa a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas. O som do grupo, essencialmente percussivo, reúne ritmos da região de Arcoverde, como o Toré indígena, samba de coco de raiz, reisado e candomblé, integrados á tradição da poesia oral sertaneja e da literatura de cordel. As apresentações da banda surpreenderam a todos não somente pela força da mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão raiz. À magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e cenário. Em 2001, com produção do mestre da percussão Naná Vasconcellos, Cordel do Fogo Encantado se fecha em estúdio para gravar o primeiro disco, que leva o nome da banda. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo que, mesmo atuando independente, ganhando mais público e atenção da mídia, por onde passa. Com turnê que passou pelos mais remotos cantos do país, um ano depois, em 2002, o grupo volta para o estúdio para gravar o segundo trabalho: O Palhaço do Circo Sem Futuro, produzido por eles mesmo, de forma independente. Lançado no primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado, pela crítica especializada, um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos. E Cordel do Fogo Encantado ganha projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha e França. Entre os prêmios conquistados pela banda estão os de banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio Hangar (2002 e 2003). No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O Amor é Filme”. Em outubro de 2005 o grupo Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, o terceiro disco lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira
  • 12. entre as artes cênicas e a música. Pela primeira vez o grupo faz primeiro o registro sonoro para então se dedicar à criação do espetáculo. Com produção de Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixagem de Scotty Hard, Cordel do Fogo Encantado se firma como um dos grupos mais representativos da cena independente nacional. Hoje, o Grupo Cordel do Fogo Encantado é uma das grandes revelações musicais do Brasil, exportando para o mundo a cultura do sertão pernambucano. E é por isso que a Quadrilha PISA NO ESPINHO faz uma justa homenagem a este grupo que está conquistando o cenário mundial, por sua riqueza musical. O XAXADO Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda de seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, alto do sertão pernambucano. Mas em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, em Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um grupamento da Polícia Militar alagoana, os chamados volantes, com uma tropa de 48 policiais, chefiada pelo tenente João Bezerra. Lampião tornou-se o maior cangaceiro de todos os tempos, aos 23 anos, após a morte de seu pai, Zé Ferreira. Durante as décadas de 1920 e 1930, Virgulino percorreu 7 estados do nordeste brasileiro, espalhando seu terror. Suas investidas transtornaram a economia e a política nordestina. Simultaneamente, odiado e
  • 13. idolatrado, por muitos, sua presença continua viva na imaginação popular. Lampião exerceu ainda grande influência nas artes tais como música, pintura, literatura e no cinema brasileiro. Benjamin Abrahão, cineasta libanês e, secretário de padre Cícero, filmou e fotografou Lampião e seu bando, mas, após a morte do cangaceiro, Benjamim foi assassinado e teve parte de seu acervo de filmes apreendido. Com todas suas façanhas, Lampião se tornou herói do cangaço brasileiro, representando a bravura e coragem do sertão pernambucano. O Cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o ultimo sobrevivente do grupo comandado por Lampião, mas nos deixou como herança cultural, o XAXADO, uma dança originária do sertão pernambucano, e que hoje é reconhecida internacionalmente. Alguns historiadores chegam a afirmar que o Xaxado teria sua origem a partir do Baião, ritmo tipicamente nordestino, cantado em verso e prosa pelo eterno “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga. Sendo que sua origem está diretamente ligada ao Cangaço, comandado pelo bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que pelas circunstâncias de estarem sempre em batalhas, e também por alguns homens não estarem acompanhados por suas mulheres, dançavam com o rifle na mão, que fazia o papel da mulher, batendo-o no chão, e arrastando as alpercatas de couro, sendo o barulho provocado pelas alpercatas que deu o nome a Dança, inicialmente apenas masculina, e posteriormente passou a ser dançado também por mulheres. Atualmente a Dança não é mais unicamente masculina, a figura dos pares já é bastante evidenciada, a indumentária dos grupos que praticam esta dança traz novamente a afirmação da sua origem, pois se vestem como Cangaceiros e Cangaceiras, porém em muitos casos apenas os homens possuem o rifle, e as mulheres, as peixeiras. A Dança é realizada basicamente em duas fileiras uma de homem e outra de mulher ocorrendo algumas evoluções, que dançam separados ou juntos, sempre arrastando as alpercatas ao chão, o Xaxado apresenta-se sempre em ocasiões comemorativas como nas festas de São João, sendo incorporada, inclusive, às quadrilhas juninas. Não obstante, a Quadrilha PISA NO ESPINHO que outrora já brilhou contando a história desse cabra da peste, hoje tem o orgulho de dançar o XAXADO, em homenagem a quem tanto lutou pelas causas sociais do nordeste brasileiro,
  • 14. justamente no ano em que se comemora 70 anos da morte do valente e temido Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nosso Rei do Cangaço. LUIZ GONZAGA – O REI DO BAIÃO Luiz Gonzaga do Nascimento, que nasceu aos 13 dias do mês de dezembro de 1912 na pequena cidade de Exu - Pernambuco, foi um compositor popular brasileiro, conhecido internacionalmente como o "Rei do Baião". Nasceu em uma fazenda chamada Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão pernambucano. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas, tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-la. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira. Aos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e
  • 15. Santana lhe deram uma surra por isso, revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, no Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como sanfoneiro. Dele, recebeu importantes lições musicais. Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista. Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". Não teve filhos, já que ele era estéril. Luiz Gonzaga, que sofria de osteoporose, morreu aos 2 dias do mês de agosto de 1989 em Recife, vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana, seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal, Exu. Quando morreu, o mestre Lua já tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 1987 e tocou em Paris em 1985. Sua música atravessou barreiras, sendo reconhecida e apreciada pelo povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado aonde chegou.
  • 16. Luiz Gonzaga é a representação da alma de um povo...a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem a agradecer... E é justamente por esses motivos que a Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia deixar de dançar o BAIÃO, ritmo tipicamente sertanejo, além de homenagear, mais uma vez, um dos maiores ícones da música popular brasileira, Luiz Gonzaga, que primeiro exportou a música sertaneja para o sul do país, e posteriormente para o mundo, valorizando as raízes culturais do sertão pernambucano. PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE O Pólo Gesseiro do Araripe que está localizado no epicentro do semi-árido do sertão pernambucano detém o maior conjunto de jazidas de gipsita em exploração no Brasil, por isso é supridor de quase todo o gesso demandado pelo mercado nacional (95%) e detentor de uma das mais importantes reservas de gipsita do planeta, estimada em 1,2 bilhões de toneladas. É o maior produtor de gesso do País com 1.800.000 ton/ano, seguido pelo Ceará (57.920 ton) e Tocantins (9.600 ton). A região conta com 36 mineradoras de gipsita, 139 indústrias de calcinação e 456 indústrias de pré-moldados situadas nos municípios de Araripina, Ipubí, Ouricuri, Bodocó e Trindade. O Pólo Gesseiro se apresenta como um conjunto de empresas de micro, pequeno e, médio e grande porte que oferecem cerca de 12 mil empregos diretos e aproximadamente 64 mil indiretos.
  • 17. A privilegiada posição do Pólo Gesseiro o torna especial em relação a diversos outros segmentos econômicos nacionais. Através de suas conexões com as rodovias do Estado de Pernambuco, o Pólo Gesseiro do Araripe, de forma competitiva, recebe os insumos e escoa a sua produção pelas vias rodoviárias, ferroviárias, fluviais (porto de Petrolina) e marítimas (portos de Suape, Recife, Cabedelo, Salvador, Vitória, Pecém e Itaqui). O gesso é bastante utilizado em moldes cerâmicos, na construção civil, na industria de jóias, na industria automotiva, na medicina, na odontologia, e também no artesanato. Para se ter idéia da importância do gesso demandado pelo Pólo Gesseiro de Araripe, só o Brasil consome 13 Kg de gesso por habitante por ano; O Chile o equivalente a 41 Kg/habitante/ano; A Europa 75 Kg/habitante/ano; enquanto que os Estados Unidos consomem 103 Kg/habitante/ano. Radiografia do pólo: - 95% do gesso do Brasil são produzidos no Pólo Gesseiro pernambucano. - 4,6 milhões de toneladas de gesso são produzidas por ano. - 680 são o número de empresas do pólo. - 12 mil empregos diretos e 60 mil indiretos são gerados. - 10% são o percentual da produção do pólo consumido por Pernambuco. - 2% são o percentual da produção destinada à exportação. - 50% da produção vão para São Paulo. - R$ 1 bilhão foi o faturamento em 2005. Com toda essa produção de gesso, favorecida pelo maior conjunto de gipsita do mundo, a região do Araripe se tornou modelo de crescimento econômico no âmbito nacional e internacional, contribuindo diretamente para um crescente número de empregos, dando mais oportunidades para o povo sertanejo. E sabendo dessas oportunidades, a Quadrilha PISA NO ESPINHO, faz uma justa referência ao Pólo Gesseiro de Araripe, que é motivo de orgulho para o sertão pernambucano, pelo seu significativo crescimento econômico. A IRRIGAÇÃO DE FRUTAS E O PÓLO VINICOLA DE PETROLINA
  • 18. A cidade de Petrolina, localizada no sertão pernambucano, devido ao clima seco e a irrigação, tornou-se o segundo centro vinícola do país, cujo primeiro lugar é ocupado pela Região Sul, assim como, as políticas de incentivo á irrigação, aplicadas nas últimas décadas, tornaram a região um celeiro de frutas tropicais, que são exportadas não só para as principais regiões do país, mas também para a América do Norte, o continente Europeu e, para o Sudeste Asiático, particularmente, o Japão. A irrigação transformou o vale do São Francisco em um dos maiores pólos produtores e exportadores de frutas do Brasil, com destaque para mangas e uvas, cujo total de exportações perfazem um total de 30% da contribuição nacional. Nos municípios dos Vales onde há perímetros irrigados pelas águas do velho Chico, principalmente em Petrolina, a pobreza é menor, os índices de desenvolvimento humano e a qualidade de vida das pessoas são maiores. O clima que continua árido, com temperaturas médias de 26°C e com raríssimas ocorrências de chuva, por incrível que pareça, são as condições ideais para que a região quebre vários conceitos estabelecidos, entre eles o de que uva para a produção de vinho só pode ter uma safra por ano. No pólo de vitivinicultura de Pernambuco, a fruta dá o ano inteiro. E das boas. É verdade que está longe de virar mar, mas quem olha hoje para o sertão pernambucano, especificamente na região do Vale do São Francisco, pode estranhar a quantidade de parreiras espalhadas ás margens das rodovias que
  • 19. levam até Petrolina. A fórmula dessa receita, que deixa o Sertão “verdinho” e competindo em pé de igualdade com outros estados consolidados na produção de uvas e vinhos, tendo o Rio Grande do Sul como o seu maior representante, está apoiada em fatores que combinam tecnologia e muita pesquisa. De acordo com dados das EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do SemiÁrido, a região apresenta anualmente 2,5 safras e, este fato, tem despertado o interesse dos empresários para a região, sobretudo, pelo grande investimento em tecnologia, que tem contribuído para o crescimento da produção. Para se ter idéia, no ano passado o Pólo Vinícola, que integra os municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, produziu no ano passado em torno de seis milhões de litros de vinho. Para quem não acreditava, que uma área com um clima tão diferente do habitual poderia ir tão longe, os números atuais mostram o contrário. De acordo com dados da Valexport (Associação dos Exportadores do Vale do São Francisco), a expectativa é de que se atinja, ainda este ano, entre sete e oito milhões de litros de vinhos finos, o que corresponde a 20% da produção nacional. Até 2010, a estimativa é de uma produção total de 15 milhões de litros na região. E com toda essa quantidade de vinhos produzida, no Pólo Vinícola de Petrolina, a Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia deixar de BRINDAR a atuação econômica do sertão pernambucano, que exporta sua produção de vinhos para países como Portugal e Itália, se destacando no mercado internacional. O BRINDE
  • 20. A expressão “brindar”, em termos gerais, significa a comemoração de algum acontecimento, seja ele histórico, cultural, representativo ou festivo, e em outras conotações, a alegria de viver, ou até mesmo a tristeza de outrem. Ao erguer suas taças de vinho, os povos antigos faziam uma oferenda simbólica a seus deuses. Os relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios. Para saciar a sede das divindades, os romanos adotaram o hábito de derramar um pouco da bebida no chão - algo como o costume de dar um gole de cachaça "pro santo", comum no Brasil. Além disso, o brinde selava o fim de conflitos. O vencedor dava o primeiro gole para provar que não iria envenenar o adversário. E, ao bater um copo no outro, os romanos achavam que os venenos se depositariam no fundo das taças. Na ameaça de intoxicação também está uma das hipóteses sobre a origem da exclamação "saúde!", que acompanha os brindes: na Grécia antiga, isso poderia ser uma promessa de que a bebida estava boa. Mas o “BRINDE” que a Quadrilha PISA NO ESPINHO traz para o São João de Pernambuco é o “BRINDE” da alegria, pelas exportações econômicas e culturais do sertão pernambucano; da melhoria na qualidade de vida do povo sertanejo, que hoje pode se orgulhar de ser nordestino; e, sem dúvida, o BRINDE da emoção, por ver a PISA NO ESPINHO, mais uma vez, abrilhantando as festas juninas do nordeste, com amor, carinho e união. Porque PISA NO ESPINHO é garra, é raça, é tradição. E não é só isso não, PISA NO ESPINHO também é SERTÃO. Afinal, nosso São João também é EXPORTAÇÃO. E assim vamos todos BRINDAR! Agora confira algumas manchetes dos principais jornais do Brasil: “Pólo Gesseiro de Araripe, no sertão pernambucano, exporta mais de 10% de sua produção para o mercado externo”. Diário de Pernambuco, 12 de Janeiro de 2008. “Frutas irrigadas no Vale do São Francisco é destaque em Feira Internacional de negócios financeiros, em Genebra”. Folha de São Paulo, 15 de Novembro de 2007. “Cordel do Fogo Encantado deixa público extasiado em Paris, no ano do Brasil na França”. Jornal do Comércio, 26 de Junho de 2006. Thiago Vergete
  • 21. Fontes de pesquisa: - Os Sertões, Euclides da Cunha. Todas as páginas consultadas. - Lampião, o Rei dos Cangaceiros, Billy James Chandler. Todas as páginas consultadas. - Revista Super Interessante. O mito sem compaixão. Editora Abril – Edição: Junho de 1997 Reportagem: Wanda Nestlehner. Todas as páginas consultadas. - Exportações de manga do vale do São Francisco para os Estados Unidos da América: uma análise de 2000 a 2005. Monografia de Bacharelado em Relações Internacionais. Alberto Bruno Ferreira de França. Recife, 2007. Faculdade Integrada do Recife. Todas as páginas consultadas. -Exportação de uvas do vale do São Francisco para a união européia: análise de 1998 a 2002 e da situação atual dos produtores/exportadores da região. Monografia de Bacharelado em Relações Internacionais. Faculdade Integrada do Recife. Domingos Moreira Gomes Filho. Recife, 2003. Todas as páginas consultadas. - Pólo gesseiro do Araripe: potencialidades e dificuldades para sua consolidação como pólo exportador. Monografia de Bacharelado em Relações Internacionais. Virginia Carrozone Cavalcanti. Recife, 2003. Faculdade Integrada do Recife. Todas as páginas consultadas. - Um mergulho nas paisagens e culturas nas cidades de Arcoverde, Buíque, Pesqueira e Porção. Monografia de Bacharelado em Turismo. Ivana Cristina Cavalcanti Vidal e Renata Macedo Bezerra de Brito. Recife, 2004. Faculdade Integrada do Recife. Todas as páginas consultadas. - Exportação e importações municipais. Recife, 2000. Sudene. Outras fontes de pesquisas julgadas necessárias: http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_124259.shtml http://www.infonet.com.br/lampiao/ http://www.unificado.com.br/calendario/07/lampiao.htm http://cordeldofogoencantado.uol.com.br/historia.html
  • 22. http://www.mpbnet.com.br/musicos/luiz.gonzaga/index.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga http://www.lampiao.sertaonet.com.br/historia.html http://br.geocities.com/esquinadaliteratura/autores/ester/ester07.html http://www.sertaonet.com.br/gparteedanca/as_dancas.htm http://www.codevasf.gov.br/noticias/2004/20040917_04 http://pt.wikipedia.org/wiki/Cordel_do_Fogo_Encantado http://www.nordesteweb.com/not11/ne_not_20001110a.htm http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernos/ideias/2006/03/03/joride20060303004. html http://pt.wikipedia.org/wiki/Petrolina http://pt.wikipedia.org/wiki/Araripina http://www2.uol.com.br/JC/sites/semfronteiras/araripina.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva http://www.poemas-de amor.net/poemas/as_aguas_do_rio_sa_francisco_no_serta http://www.italiaoggi.com.br/gastronomia/saibamais/ita_gastro_saibamais45.htm http://www.dnocs.gov.br/~conviver/artigos.php?id=32 http://www.itep.br/noticias_ler.asp?codigo_conteudo=241&codigo_categoria=1 http://www.sertaonet.com.br/araripina/ http://www.sertaonet.com.br/exu/ http://www.sertaonet.com.br/arcoverde/ http://www.sertaonet.com.br/petrolina/ http://www.serratalhada.net/ http://www.sertaonet.com.br/cidades.html http://www.mpbnet.com.br/musicos/alaide.costa/letras/estrada_do_sertao.htm http://rita-de-cassia.musicas.mus.br/letras/462161/ http://www.nordesteweb.com/not07/ne_not_20010716a.htm http://amazan.musicas.mus.br/letras/715134/ http://www.scielo.br/pdf/spp/v19n4/v19n4a10.pdf http://www.viafanzine.jor.br/mitos_lendas.htm http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_116073.shtml