1. Ande o frio por onde andar,
há-de vir pelo Natal.
De Todos-os-Santos ao Natal,
bom é chover e melhor nevar.
Do Natal a Santa Luzia,
cresce a noite e mingua o dia.
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Dos Santos ao Natal,
é Inverno natural.
Dos Santos ao Natal,
ou bom chover ou bom nevar.
Natal em casa,
junto à brasa.
No dia de Natal
têm os dias bico de pardal.
No Natal semeia o teu alhal
se o quiseres cabeçudo pelo Entrudo.
Pelo Natal, neve no monte,
água na ponte.
Fala pouco e bem,
ter-te-ão por alguém.
Fala-se no diabo
e aparece-lhe o rabo.
Filho de burro
não pode ser cavalo.
Filho de peixe
sabe nadar.
2. Dá Deus nozes,
a quem não tem dentes.
Da discussão
nasce a luz.
Dá duas vezes,
quem prontamente dá.
Da flor de Janeiro,
ninguém enche o celeiro.
Burro com fome,
cardos come.
Burro que geme,
carga não teme.
Burro velho não toma andadura;
e se a toma, pouco dura.
Burro velho,
mais vale matá-lo que ensiná-lo.
Burro velho,
não aprende línguas.