Ron Fricke é um cineasta americano conhecido por seus documentários não verbais em time-lapse. Seu trabalho mais proeminente, Chronos de 1985, foi um dos primeiros filmes de IMAX não verbais e estabeleceu novos padrões para cinema documental através de técnicas inovadoras como câmeras controladas por robôs.
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Ron Fricke's Chronos documentary
1. Pesquisa de Autor – Ron Fricke
O americano cineasta, realizador, diretor de fotografia, escritor e até editor
Ron Fricke, nascido em Emeryville, no estado da Califórnia, é um dos mais
experientes na área do time-lapse.
Muito pouco se encontra disponível sobre este produtor, mas uma das
proezas, que é desde logo assinalável, é o facto de basicamente ter
introduzido nas suas filmagens, a película de 70mm e ainda alguns
processos, para a época um pouco obscuros, como a captação de filmagens
em câmara lenta, ou alta velocidade (time-lapse) e também o facto de os
seus documentários serem, apenas na sua maioria das parte das vezes
imagem e som, sem qualquer tipo de voz, nem atores.
Logo um dos seus primeiros trabalhos a darem fruto ainda mesmo não sendo
o oficial do filme, mas sim coprodutor e coautor, foi Koyaanisqatsi de 1982,
onde este ganhou em 1983, um ano após de estrear, o prémio Filex.
Após isso, Ron Fricke, desenvolveu por ele mesmo, juntamente com a sua
equipa, um dos mais altos triunfos do documentário neste género. Designa-
se de Chronos, apresentado em 1985.
Chronos basicamente é o realizar do sonho de Ron, onde este teve
basicamente o controlo total sobre tudo e onde claramente aplicou tudo
aquilo que sempre sonhou. Aproveitou ainda para mais uma vez, introduzir
conceitos que para a época eram um pouco obscuros e não usados, como
maquinas de filmar movimentadas roboticamente.
Chronos é o culminar do sonho, segundo diz o próprio Fricke. Chronos é uma
das primeiras longas metragens com o inovador cinema de Imax não verbal,
isto é, uma longa metragem documental onde não existe qualquer tipo de fala
nem atores. Com ele, em 1987, ganhou o premio do Grand Prix du Jury
Award, quando decorria o primeiro festival de Omnimax, em Paris.
É neste momento que Fricke constrói uma câmara Imax, que basicamente é
controlada roboticamente e que lhe permitia captar as imagens com mais
detalhe em vez de movimentos, que por mão humana nunca ficariam tão
perfeitos.
Muito recentemente um dos seus trabalhos volta, mais uma vez, a ser um
sucesso, aquando da realização, como diretor de fotografia do filme Star
Wars Episódio III: A Vingança dos Sith.
2. Mas voltando ao tema que no fundo fez deste realizador um sucesso,
Chronos, para aquela época, uma longa metragem que fez o sucesso pela
positiva e que basicamente quebrou inúmeras barreiras no audiovisual pelos
seus métodos inovadores de captar imagens. Chronos, deus grego cuja
função era o controlo do tempo, resume bem todo o filme que tem um
carácter histórico onde Fricke vai em busca, desde os vestígios das
civilizações antigas, até às civilizações dos dias de hoje, nas grandes
cidades.
Uma das principais valências deste filme, a banda sonora produzida por
Michael Stearns, é na realidade uma música única ao longo do filme, sem
qualquer corte.
Fricke filma em dezenas de locais nos cinco grandes continentes em busca
da noção de tempo em passagem. Todo o filme é produzido em time-lapse.
Mas Fricke não deixa apenas o tempo a passar enquanto filma. A noção das
estações, a passagem da noite para o dia, as sombras em locais míticos,
tornam este documentário único na sua espécie, mas ao mesmo tempo muito
em coincidente com o seu anterior trabalho Koyaanisqatsi e claro deixando
uma marca significativa naquilo que realizou posteriormente.
Segundo Fricke, tudo neste documentário tem um significado.
Ron Fricke alcançou mais um culminar na sua carreira quando, mais uma
vez, dirigiu mais uma longa metragem documental não falada, onde explora
em mais de 25 países as maravilhas do nosso mundo. Esta longa metragem
é uma expansão daquilo que Ron já tinha desenvolvido em Baraka de 1992 e
em Chronos de 1985.
Chronos 1985
Diretor: Ron Fricke;
Escritores: Constantino Nicolau e Genevieve Nicholas;
Produtores: Ron Fricke, Jeffrey Kirsch, Mark Magidson, Preston Frota e
Steven Marble;
Data de lançamento: 10 de Maio de 1985;
Pontuação do IMDB: 7,7;
Género: documentário (não falado);
Formato de filme em negativo: 65 mm (15/70 e 8/70);
Formato de filme: 70 mm Horizontal;
3. Relação do aspecto: 1,78: 1;
Processo cinematográfico: IMAX/OMNIMAX;
Tempo total: 43 minutos.