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APRESENTAÇÃO DO E-BOOK
O intuito deste E-book é fazer com que você entenda de uma vez por todas os principais tópicos
de pavimentação rodoviária. Em virtude do formato desta aula, o objetivo aqui não é exaurir o
tema, uma vez que nem tudo que vemos na faculdade ou na literatura é cobrado em concurso
público.
Ademais, utilizaremos uma abordagem que na mesma medida em que é didática também pondera
estatísticas de cobrança nos concursos. Portanto, a didática considera a necessidade de ver
tópicos basilares para assegurar o entendimento de assuntos mais complexos. Por outro lado, as
análises estatísticas, as quais embasam a pertinência do conteúdo aqui neste livro digital,
permitem delinear as preferências das bancas e conferir maior eficiência ao material escrito
(poucas páginas respondem muitas questões).
Ainda, todo o nosso estudo será quase como se fosse uma conversa, sabe? O objetivo aqui é te
mostrar, amigavelmente, o que será cobrado na sua prova sem que isso te dê vontade de “tirar
uma soneca” sobre o material (hahahaha). Perceberá uma linguagem descontraída e leve durante
a aula, isso é intencional para te fazer estudar, em vez de dar sono e querer dormir.
Outro motivador para a escolha do tópico "pavimentação rodoviária" foi a quantidade de
concursos públicos em que as matérias de infraestrutura são privilegiadas. Para ser mais claro
escreverei em caixa alta, a fim de que tomem ciência das grandes oportunidades que se avizinham.
● 300 VAGAS AUTORIZADAS PARA O CONCURSO DE ANALISTA DE INFRAESTRUTURA
FEDERAL;
● 50 VAGAS PARA O DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E
TRANSPORTES - DNIT;
● DIVERSAS AGÊNCIAS REGULADORAS;
● E OPORTUNIDADES DIVERSAS NO CNU.
Após tudo isso, acho que consegui te convencer da relevância dos assuntos que aqui serão
apresentados. Outrossim, deixo claro que NENHUM aluno meu vai para a prova com dúvida, logo
abaixo, na minha apresentação, deixo todas as minhas redes sociais para que você entre em
contato, em caso de dúvida.
Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Nesta parte do livro digital, faço questão que você me conheça. No entanto, não quero que você
saiba exclusivamente quem sou pelo que conquistei no mundo dos concursos, embora apresente
aqui também um pouco do que consegui nessa minha trajetória.
Quero que você saiba que faço o que AMO! Eu me sinto bem ao poder aconselhar e tentar mudar
o destino das pessoas pelo estudo. Então, se você pegou este material e ainda está prestes a
iniciar a leitura, saiba que fiz com muito amor. Tenha ciência de que, se todo esse conteúdo que
você está prestes a ler, mudar por pouco que seja o que você sabe, ganhei muito mais do que sua
admiração, pois mudei um pouquinho da sua vida. Espero de verdade que a questão que vai
decidir sua vida de concurseiro esteja nesse material.
Então, após todo esse melodrama (hahaha), falo um pouco do que já fiz nesse mundo de concursos
públicos:
1. Tutor e professor do Estratégia Concursos.
2. Engenheiro Civil com aprovações em concursos públicos na área em todas as esferas nas
15 primeiras colocações. Dentre elas:
I. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no cargo de Engenheiro Civil
9º lugar na localidade de São Luís/MA;
II. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(CODEVASF) no cargo de Analista de Desenvolvimento Regional na área de
Engenharia Civil 5º lugar (6ª Superintendência Regional);
III. Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) no cargo de Auditor de Obras
Públicas 13º lugar;
IV. Prefeitura Municipal de João Pessoa no cargo de Engenheiro Civil 7º lugar;
V. Tribunal de Contas do Estado do Goiás, no cargo de Auditor de Controle Externo 2º
lugar;
VI. Controladoria Geral do Estado de Santa Catarina, no cargo de Auditor de Controle
Interno 11º lugar.
Fui aluno do Estratégia e já estive onde você está, logo estará do lado de cá (lado dos aprovados).
Não hesite na sua preparação, pois saiba que ela mudará a sua vida, assim como mudou a minha.
Ficarei muito feliz em contribuir com a sua transformação de "concurseiro" para "concursado".
Link de entrevista quando fui aprovado no Tribunal de Contas do Estado de Goiás:
https://youtu.be/A0GOxTQsGsU
Instagram: https://www.instagram.com/eng.raulsuzuki ou @eng.raulsuzuki
YouTube: Link do Canal Engenharia Sobre Controle
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em
levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” (Oliver Goldsmith)
PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA
1 - Considerações Iniciais
Neste Livro digital iremos estudar os tópicos mais recorrentes relacionados à Pavimentação
Rodoviária.
Antes mesmo de adentrar no conteúdo, é importante ressaltar alguns tópicos. Ao longo desta aula
alguns manuais serão citados, bem como normas técnicas do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
quando necessário for.
Portanto, com o intuito de minimizar a sua "volta" às normas técnicas, citá-las-ei quando
pertinente. Contudo, isso não substitui a sua leitura em alguns casos bem específicos, pois esgotar
todas as normas cobradas em livros eletrônicos seria quase impossível além de altamente
ineficiente. Ainda, sempre que possível, esquemas serão apresentados para facilitar a
memorização.
A abordagem neste E-book será feita da seguinte maneira: as questões nortearão os tópicos de
teoria aqui abordados, portanto, este material é feito para você que quer ir bem nas questões e
não só ficar divagando em tópicos teóricos. A teoria correlata também será abordada, no entanto,
esta abordagem mais pragmática te dará um respaldo maior na resolução das questões, uma vez
que elas é quem balizarão tudo que veremos a seguir.
Por fim, deixo o convite para você nos seguir nas redes sociais citadas acima na apresentação do
curso, pois o conteúdo dessa aula vai além deste E-book. Portanto, fique por dentro de tudo sobre
concursos, questões comentadas e atualidades sobre novos certames de engenharia, siga-nos nas
redes sociais.
Boa aula, pessoal!
2 – Tópicos gerais de pavimentação
Os pavimentos, de forma geral, auxiliaram a acelerar o desenvolvimento dos seres humanos até
chegar no que conhecemos hoje como sociedade moderna. Sem dúvidas, por meio das
interligações feitas entre cidades, estados, países e continentes, deu-se o crescimento das cidades
e a integração de grandes nações.
Ainda que não restem dúvidas acerca do papel fundamental que os pavimentos desempenharam
desde os primórdios da humanidade até os dias de hoje, uma questão ainda é recorrente:
O que são pavimentos e como eles funcionam?
Com o fito de responder a essa pergunta, iremos discorrer ao longo desse e-book tudo o que
você precisa saber para responder desde essa questão trivial até complexas questões de concurso
público.
2.1 - Classificações dos Pavimentos
Em se tratando das classificações dos pavimentos, eles podem ser, de acordo com a doutrina
dominante, divididos em 3 tipos: flexíveis, rígidos e semirrígidos.
Figura 01: Tipos de pavimentos.
A fim de que você entenda conceitos básicos de cada um dos tipos de pavimentos citados a norte,
elenca-se abaixo o que o DNIT dispõe acerca de cada um deles em seu Manual de Implantação
Básica de Rodovia:
Tipos de
pavimentos
Rígidos Semirrígidos
Flexíveis
a) Flexível: aquele, em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa
sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas
aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por
uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso,
revestida por uma camada asfáltica.
b) Semirrígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com
propriedades cimentícias como, por exemplo, por uma camada de solo cimento, revestida por
uma camada asfáltica.
c) Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas
inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento
aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento
Portland.
Após a conceituação, torna-se pertinente a demonstração gráfica de cada uma das classificações
dos pavimentos. Portanto, verás que a definição exposta aqui realmente diz respeito às imagens
a seguir, as quais ilustram seções tipo das classificações acima.
Figura 02: Seções tipo de pavimentos.
Figura 03: Exemplo de seção de pavimento flexível.
Figura 04: Exemplo de seção de pavimento rígido.
1) (CEBRASPE/Perito Criminal Federal - Área 7- 2018) A Com relação às camadas e ao
comportamento da distribuição de cargas nas camadas inferiores de pavimentos rodoviários
rígidos comparativamente aos pavimentos rodoviários flexíveis em que se adote o CBUQ como
solução, julgue o item subsequente.
O pavimento flexível possui vantagem econômica em relação ao rígido, pois a execução da
camada de base é desnecessária, sendo o CBUQ executado diretamente sobre o subleito.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
De fato, o pavimento flexível tem vantagem econômica sobre o rígido, uma vez que o custo de
implantação do flexível é bem menor do que o custo de implantação de um pavimento rígido.
Então, a primeira parte da questão está correta.
No entanto, conforme vimos na teoria acima, o pavimento flexível dispõe OBRIGATORIAMENTE
de base adjacente ao revestimento asfáltico, portanto, a questão erra ao afirmar que "a execução
da camada de base é desnecessária".
Para que você não fique pensando: posso executar algum pavimento sem base adjacente à
camada de revestimento? A resposta é: SIM! O pavimento rígido dispõe de um revestimento
rígido o suficiente para dispensar a base, consoante exemplifica a figura abaixo.
Figura 05: Seção tipo de pavimento rígido.
Portanto, o gabarito da questão é ERRADO.
2) (CEBRASPE/Prefeitura Municipal de São Cristóvão - 2023) Na figura a seguir, que representa a
estrutura de pavimento flexível de uma rodovia, a última camada superior é a camada de
revestimento asfáltico.
Nessa situação, a partir do revestimento asfáltico, as demais camadas são, respectivamente,
denominadas
a) Subleito, reforço de subleito, base e sub-base.
b) Base, sub-base, reforço de subleito e subleito.
c) Sub-base, base, subleito e reforço de subleito.
d) Reforço de subleito, sub-base, base e subleito.
Comentário:
A questão, antes de se referir exatamente ao que é perguntado, dispõe sobre o pavimento flexível.
Portanto, sem muita dificuldade verificamos o que é demandado: a ordem das camadas. Para
tanto, colaciona-se abaixo um esquema de disposição de camadas em uma seção tipo de um
pavimento flexível.
Percebe-se também que a ordem importa para a questão, caso contrário haveria mais de um
gabarito, então, note que o quesito asseverou "a partir do revestimento asfáltico, as demais
camadas são". Assim, a ordem é de cima para baixo, ou seja, a ordem é do revestimento até o
subleito.
Como o revestimento já havia sido citado, a próxima camada deve ser obrigatoriamente a base.
Com essa informação APENAS você já conseguiria "matar" a questão. No entanto, a devida
sequência é: base, sub-base, reforço de subleito e subleito.
Figura 06: Seção tipo de pavimento flexível.
Portanto, diante do discutido acima, a alternativa B é a correta, portanto, o gabarito da questão.
3) (FEPESE/CASAN - 2022) Analise as afirmativas abaixo em relação aos tipos de pavimentos.
1. O dimensionamento do pavimento rígido é comandado pela resistência do subleito, não
considerando a resistência do próprio pavimento.
2. Os pavimentos flexíveis normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado
sobre camadas puramente granulares.
3. Os pavimentos rígidos são muito deformáveis com uma vida útil menor.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
Comentário:
Apesar de não termos passado de forma mais específica em alguns tópicos desta questão,
comentá-los-ei à medida que nos depararmos com eles. Uma vez que este não é um curso
completo, apenas um e-book.
A pertinência desta questão neste material diz respeito à comparação entre os tipos de
pavimentos, portanto, uma análise comparativa trará uma assimilação mais fácil para você, meu
querido aluno(a).
No tópico 1, o seu erro reside no fato da seguinte afirmação "não considerando a resistência do
próprio pavimento". Uma vez que o pavimento rígido resiste na sua placa de concreto superficial
quase que integralmente os esforços do tráfego, a assertiva não encontra respaldo na literatura.
Os pavimentos de concreto-cimento são aqueles em que o revestimento é uma
placa de concreto de cimento Portland. Nesses pavimentos, a espessura é fixada
em função da resistência à flexão das placas de concreto e das resistências das
camadas subjacentes. (BERNUCCI, L. L. B., et al. Pavimentação asfáltica: Formação básica para
engenheiros)
No tópico 2, a assertiva está corretíssima, conforme se observa na figura abaixo.
Figura 07: Seção tipo de pavimento flexível.
No tópico 3, a assertiva erra ao afirmar que tanto que os pavimentos rígidos são "muito
deformáveis" quanto que eles têm "uma vida útil menor". Segundo a doutrina de engenharia, os
pavimentos rígidos, comparativamente aos flexíveis, são menos deformáveis e possuem uma vida
útil maior, embora tenham um custo de implantação inicial muito maior. Desse modo, a assertiva
inverteu os conceitos.
Portanto, como apenas a afirmativa 02 está correta, a alternativa A é o gabarito da questão.
4) (QUADRIX/IDURB - 2020) Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT), o pavimento é uma estrutura de camadas de materiais de diferentes resistências,
resultando em um conjunto de alto grau de complexidade para atender às cargas impostas pelo
tráfego. A respeito desse tema, julgue o item.
Um pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland é um exemplo de pavimento
flexível, pois absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
Já adianto para vocês que a questão está errada. Percebam comigo o erro que a banca enuncia
"pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland é um exemplo de pavimento
flexível".
Para explicitar o erro, quero que vocês tatuem isso na mente "o pavimento flexível NÃO é
revestido por lajes de concreto". Exemplifica-se abaixo o processo executivo dos pavimentos
flexíveis e rígidos.
Figura 08: Pavimento rígido.
Figura 09: Pavimento flexível.
Portanto, o gabarito da questão é ERRADO.
2.2 - Revestimentos rodoviários
No que tange aos tipos de revestimentos rodoviários, existem diversas classificações. Tais
categorizações dizem respeito às características de resistência, de materiais utilizados e de
processos executivos.
Figura 10: Tipos de revestimento rodoviários.
Consoante o Manual de Pavimentação do DNIT, conceituam-se abaixo alguns revestimentos que
corriqueiramente são cobrados em concursos. Com estas informações trazidas pelo referido
manual e posteriores explanações, você estará apto a acertar diversas questões, conforme se verá
a seguir.
⮲ REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS BETUMINOSOS
Os revestimentos betuminosos são constituídos por associação de agregados e
materiais betuminosos. Esta associação pode ser feita de duas maneiras clássicas:
por penetração e por mistura.
Como os revestimentos flexíveis betuminosos dividem-se em dois tipos (por mistura e por
penetração), esta subdivisão dá-se, principalmente, em virtude da forma de execução. A fim de
clarificar os conceitos aqui expostos, conceituam-se abaixo os revestimentos betuminosos:
a) Por penetração: os agregados são dispostos na pista durante a execução, a aplicação de
material betuminoso (que pode ser antes ou depois da disposição dos agregados) e, por
fim, a compressão em quantas camadas forem necessárias.
i. Penetração Direta - sequência executiva: disposição de agregados, aplicação
de ligante e posterior compressão. Exemplo: macadame betuminoso;
ii. Penetração Invertida - sequência executiva: aplicação de ligante, disposição
de agregados e posterior compressão. Exemplo: tratamento superficial
simples, duplo e triplo.
Figura 11: Execução de tratamento superficial.
b) Por mistura: os agregados e os ligantes são misturados de forma pretérita, ou seja, há um
pré-envolvimento dos agregados antes da compressão, ainda que isso seja feito na própria
pista (road mixes) ou em usinas fixas. Alguns exemplos são: Concreto Betuminoso Usinado
a Quente (o famoso CBUQ) e os pré-misturados.
Figura 12: Execução de revestimento asfáltico.
Superado o tópico de revestimentos flexíveis betuminosos, a seguir serão expostos conceitos do
Manual de Pavimentação do DNIT que dizem respeito ao revestimento flexível por calçamento.
⮲ REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS POR CALÇAMENTO
A utilização destes tipos de pavimento, em rodovias caiu consideravelmente, na
medida em que se intensificou a utilização de pavimentos asfálticos e de concreto.
Assim é que, de uma maneira geral, a sua execução se restringe a pátios de
estacionamento, vias urbanas e alguns acessos viários - muito embora tal execução
envolva algumas vantagens [...]
Alguns exemplos de revestimentos flexíveis por calçamento:
a) Alvenaria Poliédrica
Estes revestimentos consistem de camadas de pedras irregulares (dentro de
determinadas tolerâncias), assentadas e comprimidas sobre um colchão de
regularização, constituído de material granular apropriado;
(...)
b) Paralelepípedos
Estes revestimentos são constituídos por blocos regulares, assentes sobre um
colchão de regularização constituído de material granular apropriado.
Figura 13: Revestimento flexível por calçamento.
Calçamento é pavimento
FLEXÍVEL!
Por fim, disposições acerca dos pavimentos rígidos são fundamentais, uma vez que eles costumam
ser confundidos com os flexíveis nas questões de prova. Portanto, sigamos.
⮲ REVESTIMENTOS RÍGIDOS
O concreto de cimento, ou simplesmente "concreto" é constituído por uma
mistura relativamente rica de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água,
distribuído numa camada devidamente adensado. Essa camada funciona ao
mesmo tempo como revestimento e base do pavimento.
Revestimento; e
Base do pavimento.
Pavimento
Rígido
Figura 14: Especificações do pavimento rígido.
5) (CEBRASPE/Prefeitura Municipal de São Cristóvão - 2023) Assinale a opção que indica o
revestimento que pode ser empregado como base, regularização ou reforço do pavimento, que
é aplicável em rodovias de trânsito intenso e que se caracteriza por ser flexível, resultante da
mistura a quente em usina própria, composto de agregado mineral graduado, material de
enchimento (filler) e ligante betuminoso, dosado, espalhado e comprimido a quente.
a) asfalto ecológico.
b) concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ).
c) tratamento superficial.
d) microrrevestimento asfáltico.
Comentário:
Relativamente à composição citada pela questão, esta refere-se ao Concreto Betuminoso Usinado
a Quente (CBUQ), uma vez que esse é composto por agregado mineral graduado, material de
enchimento (filler) e ligante betuminoso, conforme esquema abaixo.
Figura 15: Composição do CBUQ.
Apesar de a questão já estar respondida, uma vez que verificamos qual a assertiva correta,
evidenciaremos o erro das demais assertivas. Na verdade, o conceito de cada uma das assertivas.
● Asfalto ecológico: revestimento em que há a mistura de borracha de pneus inservíveis e a
questão não fala nada sobre isso;
● Tratamento superficial: conforme visto na teoria acima, os tratamentos superficiais são
revestimentos por penetração e não por mistura em usina, como acontece no CBUQ;
CBUQ
Agregado mineral
graduado
Material de
enchimento (filler)
Ligante betuminoso
● Microrrevestimento asfáltico: consistem em uma associação fluida de agregados minerais,
material de enchimento, emulsão asfáltica com polímeros e água. Composição bem
diferente do que o enunciado apresentou.
Portanto, em virtude de a composição apresentada pela questão ser a do CBUQ, a alternativa
B é o gabarito da questão.
6) (FGV/Prefeitura de Salvador - 2019) Com relação aos revestimentos flexíveis betuminosos,
analise as afirmativas a seguir.
I. O tratamento superficial duplo é um exemplo de revestimento betuminoso por penetração
direta.
II. O concreto asfáltico é um exemplo de revestimento betuminoso pré-misturado a quente.
III. O macadame betuminoso é um exemplo de revestimento betuminoso por penetração indireta.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) II e III, somente.
d) II, somente.
e) III, somente.
Comentário:
A questão acima dispõe acerca de revestimentos betuminosos flexíveis em subtópicos. Assim, para
conferir maiores esclarecimentos, resolveremos a questão tópico a tópico até chegar ao gabarito.
Tópico I: Consoante visto na teoria acima, verifica-se que o erro dessa assertiva está em afirmar
que o tratamento superficial duplo (TSD) é um exemplo de penetração direta, o que não é
verdade. O TSD é um revestimento betuminoso por penetração INDIRETA. Portanto, a assertiva I
está errada.
Tópico II: Ao se afirmar que o concreto asfáltico (CA) ou concreto betuminoso usinado a quente
(CBUQ) constitui um revestimento betuminoso pré-misturado a quente, a assertiva II está correta.
Observe no esquema abaixo o destaque em vermelho sobre a classificação do CBUQ quanto às
suas características.
Para que você sempre lembre quanto a classificação de cada pavimento, recomendo que
acompanhe o raciocínio visual expresso na figura a seguir. Atenção para cada uma das setas e
retângulos sobre o esquema abaixo.
Figura 16: Esquema de classificação dos pavimentos.
Tópico III: Este último tópico erra ao afirmar que o macadame betuminoso é resultado de uma
penetração indireta. Muito pelo contrário, o que ocorreu aqui na questão foi a troca de conceitos
entre a penetração direta e indireta e os seus respectivos resultados. Para que você NUNCA mais
erre uma questão dessa natureza, elaborou-se um quadro que evidencia a correspondência dos
conceitos.
Figura 17: Esquema revestimentos executados por penetração.
Portanto, uma vez que somente a assertiva II está correta, a alternativa D é o gabarito da questão.
2.3 – Estratificação, Tipos de camadas e Equipamentos
Pessoal, aqui nesta seção conversaremos um pouco acerca de alguns tópicos mais gerais da
pavimentação rodoviária. No entanto, o agrupamento desses tópicos de forma estratégica traz
um pouco da mescla entre noções práticas e conceitos relevantes usados rotineiramente.
Então, apoiar-nos-emos em normativos do DNIT e em autores consagrados para que você, aluno
(a), consiga ter uma referência normativa robusta tanto em provas objetivas quanto em provas
discursivas, nas quais situações práticas são cobradas.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa.
2.3.1 Estratificação dos pavimentos flexíveis
Inicialmente trataremos das camadas de uma seção tipo de pavimento flexível, uma vez que ele
detém mais especificações e camadas que o pavimento rígido. Por meio do esquema abaixo,
Penetração
direta
Macadame
Betuminoso
Penetração
INdireta
Tratamentos
Superficiais
conseguiremos ter uma visualização de onde cada uma está localizada antes mesmo de conceituá-
las.
Figura 18: Seção tipo de pavimento flexível.
Recomenda-se fortemente que, após a leitura da conceituação de cada camada, volte no esquema
acima e tente entender a sua função e relacioná-la com sua localização, pois isso ajudará na
fixação. De acordo com o Manual de Implantação do DNIT, dispõe-se que:
a) Pavimento - é a estrutura construída após a terraplenagem e destinada,
econômica e simultaneamente em seu conjunto, a:− resistir a distribuir ao subleito
os esforços verticais oriundos do tráfego;
− melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e conforto;
− resistir aos esforços horizontais (desgaste), tomando mais durável a superfície
de rolamento.
b) Subleito - é o terreno de fundação do pavimento;
c) Leito - é a superfície obtida pela terraplenagem ou obra-de-arte e conformada
ao seu greide e perfis transversais;
d) Greide do leito - é o perfil do eixo longitudinal do leito;
e) Regularização - é a camada posta sobre o leito, destinada a conformá-lo
transversal e longitudinalmente de acordo com as especificações; a regularização
não constitui, propriamente uma camada de pavimento, sendo, a rigor, uma
operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em
sobreposição a este, de camada com espessura variável;
f) Reforço do subleito - é uma camada de espessura constante, posta por
circunstâncias técnico-econômicas, acima da de regularização, com características
geotécnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for superior, porém
melhores que o material do subleito;
g) Sub-base - é a camada complementar à base, quando por circunstâncias
técnicoeconômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre
regularização;
h) Base - é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços oriundos do
tráfego e sobre a qual se constrói o revestimento;
i) Revestimento - é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe
diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la, quanto à
comodidade e segurança e a resistir ao desgaste.
Algumas considerações são necessárias para seguir na matéria, a primeira delas é:
SEM O CONHECIMENTO DAS CLASSIFICAÇÕES DO QUADRO
ACIMA, VOCÊ TERÁ PROBLEMAS PARA APRENDER OS DEMAIS
CONTEÚDOS.
Uma vez que as classificações são o ponto de partida para que requisitos técnicos de cada camada
sejam fixados, torna-se fundamental o conhecimento de onde as camadas estão localizadas e suas
principais funções. Portanto, ainda que não tenha aprendido em uma primeira leitura, volte neste
quadro quantas vezes forem necessárias para "cristalizar" esses conhecimentos na sua cabeça.
A fim de que você entenda a aplicabilidade desses tópicos, vamos fazer uma questão que cobra
os conhecimentos vistos acima.
7) (FEPESE/Prefeitura de Balneário Camboriú - 2022) Nas etapas do projeto de estradas, entre as
camadas do pavimento, a camada estruturalmente mais importante cuja função é resistir e
distribuir os esforços provenientes da ação do tráfego, atenuando a transmissão destes esforços
às camadas subjacentes, é o(a):
a) regularização do subleito.
b) reforço do subleito.
c) revestimento.
d) sub-base.
e) base.
Comentário:
A questão é bem conceitual, no entanto, ajuda a memorizar tópicos de extrema relevância no que
tange aos aspectos introdutórios da pavimentação rodoviária.
Vamos "colher" as pistas que a questão menciona, algumas delas são: "camada estruturalmente
mais importante", "resistir e distribuir os esforços" e "atenuando a transmissão destes esforços às
camadas subjacentes". Diante das explanações acima, percebe-se que a questão conceitua a
camada de base. Observe o conceito trazido pelo DNIT:
Base - é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços oriundos do tráfego
e sobre a qual se constrói o revestimento.
Apesar de verificarmos a correção da letra E, traz-se abaixo os demais conceitos, para fins de
memorização:
e) Regularização - é a camada posta sobre o leito, destinada a conformá-lo
transversal e longitudinalmente de acordo com as especificações; a regularização
não constitui, propriamente uma camada de pavimento, sendo, a rigor, uma
operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em
sobreposição a este, de camada com espessura variável;
f) Reforço do subleito - é uma camada de espessura constante, posta por
circunstâncias técnico-econômicas, acima da de regularização, com características
geotécnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for superior, porém
melhores que o material do subleito;
g) Sub-base - é a camada complementar à base, quando por circunstâncias
técnicoeconômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre
regularização;
(...)
i) Revestimento - é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe
diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la, quanto à
comodidade e segurança e a resistir ao desgaste.
Portanto, como a definição pedida pelo quesito era a de base, o gabarito da questão é a
alternativa E.
Embora esta questão possa ser considerada fácil, em virtude de cobrar somente a definição,
diversas questões partem do pressuposto que estes conhecimentos são tão básicos que devem
ser cobrados associados a alguns outros. Portanto, normalmente se percebe a cobrança desse
tópico combinado com especificações técnicas de cada camada.
Então, apesar de essa questão não cobrar esses conhecimentos de forma mais aprofundada, não
deixe de resolver outras questões que cobrem tais conteúdos. A seguir entraremos questões mais
aprofundadas sobre o tema.
2.3.2 Tipos de camadas e equipamentos
2.3.2.1 Tipos de camadas
No tocante aos tipos e classificações das camadas, conversaremos a seguir majoritariamente sobre
bases e sub-bases, uma vez que já discutimos os revestimentos nos tópicos acima. Portanto, antes
de conceituar cada um deles, convém mostrar de forma mais abrangente as suas variedades e
subdivisões.
Figura 19: Tipos de bases e sub-bases flexíveis e semirrígidas.
A classificação das bases e sub-bases é um tópico cobrado de forma exaustiva nos concursos
públicos. Assim, além de mostrar as categorizações, importa trazer a este material os conceitos
das principais bases e sub-bases.
Desse modo, transcrevem-se aqui trechos do Manual de Pavimentação do DNIT. De antemão,
assevera-se que nem todo o conteúdo desse manual foi transcrito abaixo, sob pena de ser pedante
e haver prejuízo na concisão e na didática. No entanto, perceberá que os conhecimentos aqui
transcritos vão te ajudar a responder MUITAS questões, pois esse sim é o intuito deste material.
BASES E SUB-BASES GRANULARES
a) Estabilização Granulométrica
São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno,
ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas, puramente granulares, são
sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente pela compactação de
um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria
apropriada e índices geotécnicos específicos, fixados em especificações.
(...)
b) Macadames Hidráulicos e Seco
Consiste de uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou brita
tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material
de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por
solos de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de
enchimento é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura,
compressão (sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico.
O macadame seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de
simplificar o processo de construção evita o encharcamento, sempre indesejável,
do subleito.
BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS)
Estas camadas têm, quase todas, processos tecnológicos e construtivos
semelhantes às granulares por estabilização granulométrica, diferente apenas em
alguns detalhes.
a) Solo-cimento
É uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a
mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade,
durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro, cimentado,
de acentuada rigidez à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem
de 6% a 10%.
b) Solo Melhorado com Cimento
Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2%
a 4%), visando primordialmente à modificação do solo no que se refere à sua
plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são consideradas
flexíveis.
c) Solo-cal
É uma mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona artificial.
O teor de cal mais freqüente é de 5% a 6% [...].
d) Solo Melhorado com Cal
E a mistura que se obtém quando há predominância do primeiro dos efeitos
citados em 6.3.2.3, e é considerada flexível.
e) Solo-betume
É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura
considerada flexível.
f) Bases Betuminosas Diversas
Bases e Sub-bases Rígidas
Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de
bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no seu
dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto:
– concreto plástico - próprio para serem adensados por vibração manual ou
mecânica;
– concreto magro - semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao
pequeno consumo de cimento, mas com consistência apropriada à compactação
com equipamentos rodoviários.
Para te mostrar que esse assunto e não cai, DESPENCA em
prova, observe a questão abaixo de 2023 em um concurso
que a remuneração é de mais de R$ 20.000,00. Questão
relevante em um concurso de altíssimo nível.
8) (FGV/CGE SC - 2023) Assinale a opção que indica exemplos de bases do tipo rígida, semirrígida
ou flexível, nesta ordem.
a) Macadame cimentado, solo-cimento e brita graduada.
b) Solo-cimento, concreto de cimento e brita graduada.
c) Macadame cimentado, solo-brita e solo-cimento.
d) Brita graduada, concreto de cimento e solo-cal.
e) Solo-cimento, macadame cimentado e solo-cal.
Comentário:
A questão pede de forma ordenada a classificação das bases como, respectivamente, rígida,
semirrígida e flexível. Logo, atenção para a ordem das assertivas e suas respectivas classificações.
Como a primeira da ordem deve ser uma base rígida, já podemos descartar as seguintes
alternativas: B, D e E; uma vez que solo cimento é uma base semirrígida e a brita graduada é uma
base granular flexível. Conclui-se, então, que o macadame cimentado é uma base rígida.
Assim, restam as alternativas A e C. Relativamente à base semirrígida pedida, somente a letra A
apresenta uma base semirrígida, uma vez que solo-brita é uma base flexível.
A fim de que vocês entendam um pouco mais sobre as classificações aqui elencadas, colaciono
abaixo um esquema, mostrando com clareza a classificação das bases de acordo com literatura
vigente.
Figura 20: Tipos de bases.
Portanto, a alternativa A é o gabarito da questão, uma vez que ordena as bases na classificação
determinada pelo quesito.
2.3.2.2 Equipamentos
Após a parte conceitual das classificações, iremos conversar de forma bem breve sobre alguns
equipamentos e de forma indireta sobre a execução de pavimentos. O objetivo aqui não é esgotar
o tema, uma vez que, em virtude de ser um tema longo, fugiria ao escopo desse material, que é
acertar questões de concurso público. Portanto, sigamos aos equipamentos.
Figura 21: Caminhão basculante.
Figura 22: Motoniveladora.
Figura 23: Pá carregadeira sobre esteiras (bulldozer).
Figura 24: Retroescavadeira.
Figura 25: Escavadeira hidráulica.
Figura 26: Rolo liso
Figura 27: figuras questões 9, 10 e 11.
Considerando as figuras de I a III acima, que ilustram equipamentos de terraplanagem, julgue o
item a seguir.
9) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura I mostra um trator de esteira, que é utilizado na fase de
escavação.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
O erro da questão reside no fato de afirmar que a figura I acima é um trator de esteiras, uma vez
que ela é uma pá carregadeira sobre pneus. Observe que a concha dianteira tem o fito de trazer
utilidade que vai além do esforço motriz que um trator teria, portanto, deixa de ser apenas uma
unidade tratora e passa a ser uma unidade escavo-empurradora.
Observe o que o Manual de Implantação básica rodoviária do DNIT afirma sobre o tema:
O trator de lâmina ou de pneus, que é a máquina básica da terraplenagem, pode receber a
adaptação de um implemento, que o transforma numa unidade capaz de escavar e empurrar
a terra chamando-se, por isso, unidade escavo-empurradora. Esse implemento é
denominado lâmina e o equipamento passa a chamar-se trator de lâmina ou
―bulldozer.
Os tratores de esteiras são equipamentos destinados à escavação de solos, sendo equipados
com lâminas para operação de escavação, ou com placas de empuxo, para operação de
―pusher em motoscrapers. Alguns são equipados, também, com escarificadores, que visam
facilitar o trabalho de escavação quando o solo é duro.
Figura 28: Bulldozer.
Por fim, a unidade acima sem sua lâmina seria um trator de esteiras.
Desse modo, o gabarito é ERRADO.
10) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura II mostra, em primeiro plano, uma moto-basculante, que é
utilizada para carregar o material retirado dos cortes do terrapleno.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
A questão erra ao afirmar que a imagem II corresponde a uma "moto-basculante". Em verdade, o
equipamento da imagem referenciada diz respeito a um moto-scraper
Figura 29: Moto-scraper.
O moto-scraper é um equipamento destinado à execução do corte, transporte e
descarga de solos, realizando ainda, quando passam carregados sobre o material
já descarregado, uma compactação inicial. Basicamente constam de duas partes:
a caçamba (scraper) e o trator ou cavalo.
Desse modo, o gabarito é ERRADO.
11) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura III mostra uma pá carregadeira, utilizada em espalhamento.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
O examinador tenta confundir o candidato entre os seguintes equipamentos: a pá carregadeira
(unidade escavo-empurradora) e a motoniveladora (unidade aplainadora). Observe que ambos
possuem uma lâmina, no entanto, cada um serve para uma coisa. Note o que o DNIT afirma dobre
esse equipamento.
Motoniveladoras – São equipamentos destinados ao espalhamento de solos e
regularização do subleito. Trabalham sobre seis rodas, sendo duas dianteiras e
quatro traseiras montadas em tandem.
As rodas dianteiras, além do movimento normal, formam ângulos com a vertical,
para ambos os lados, o que facilita a operação. A lâmina, que na maioria das
operações trabalha em posição horizontal ou próxima desta, possui facilidade de
movimentação muito grande e pode ficar e qualquer posição, inclusive a vertical,
do lado de fora da máquina.
Isso permite uma série de operações especiais, inclusive a regularização de
taludes. São equipados, também, com escarificadores, que podem facilitar o
trabalho quando trabalhando em solos mais duros.
Desse modo, o gabarito é ERRADO.
2.4 - Materiais Rodoviários
Então pessoal, nesta seção iremos passar por alguns tópicos acerca das características dos
materiais asfálticos e demais materiais rodoviários. No entanto, não adentraremos em
profundidade nos aspectos relacionados aos respectivos ensaios. Assim, recomenda-se que uma
posterior leitura dos manuais seja feita de forma a complementar tudo que veremos a seguir.
Definições gerais foram trazidas da literatura consagrada (BERNUCCI) para que você, meu querido
aluno (a), entenda de onde saem e o que são todas essas misturas.
Betume e asfalto são a mesma coisa?
– Betume: comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel
no bissulfeto de carbono;
– Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou
por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda
outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção;
– Alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém
hidrocarbonetos, que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão,
madeira etc.
Note que o betume é uma matéria prima para componentes asfálticos, conforme definição acima.
Após entender as diferenças entre cada um dos materiais acima, cumpre ressaltar que eles ainda
podem ser utilizados para elaboração de outros insumos utilizados na pavimentação. Portanto,
bastante atenção no quadro abaixo.
Os ligantes asfálticos ou CAPs são constituídos de 90 a 95% de hidrocarbonetos
e de 5 a 10% de heteroátomos (oxigênio, enxofre, nitrogênio e metais – vanádio,
níquel, ferro, magnésio e cálcio) unidos por ligações covalentes.
Os asfaltos diluídos (ADP) são produzidos pela adição de um diluente volátil,
obtido do próprio petróleo, que varia conforme o tempo necessário para a perda
desse componente adicionado restando o asfalto residual após a aplicação. O
diluente serve apenas para baixar a viscosidade e permitir o uso à temperatura
ambiente. O principal uso do ADP na pavimentação é no serviço de imprimação
de base de pavimentos.
Emulsão Asfática de Petróleo (EAP): Uma emulsão é definida como uma dispersão
estável de dois ou mais líquidos imiscíveis. No caso da EAP, os dois líquidos são o
asfalto e a água.
A questão a seguir elenca algumas características do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) e do
CBUQ (Concreto Asfáltico Usinado a Quente), portanto, use-a para memorizar alguns conceitos
bem pertinentes sobre esse tema.
12) (FGV/IMBEL - 2021) A pavimentação das estradas tem o objetivo de resistir e distribuir ao
subleito os esforços produzidos pelo tráfego, além de melhorar as condições de rolamento dos
veículos, quanto à comodidade e à segurança. Os pavimentos podem ser divididos em flexíveis e
rígidos, podendo ser aplicados também pavimentos semi-flexíveis. Em relação às características
dos pavimentos flexíveis, é correto afirmar que são constituídos de revestimentos
a) betuminosos, que possuem elevada resistência à tração e elevada plasticidade.
b) betuminosos, que possuem baixa resistência à tração e elevada plasticidade.
c) betuminosos, que possuem baixa resistência à tração e baixa plasticidade.
d) de placas de concreto, que possuem elevada resistência à tração e baixa plasticidade.
e) de placas de concreto, que possuem elevada resistência à tração e elevada plasticidade.
Comentário:
Inicialmente, pode-se perceber que a questão pergunta algumas características dos pavimentos
flexíveis. Então, vamos resolvê-la por eliminação.
As letras D e E trazem que os revestimentos mais adequados para os pavimentos flexíveis são
placas de concreto, portanto, percebemos o erro das assertivas, uma vez que esse revestimento
diz respeito aos pavimentos rígidos. Assim, restam as assertivas A, B, e C.
Os pavimentos flexíveis não são dimensionados para trabalhar à tração, assim como os pavimentos
rígidos que são dimensionados para resistir a esforços internos de tração na flexão. Portanto, a
letra A erra ao afirmar que "possuem elevada resistência à tração". Restaram as letras B e C.
Consoante as notas de aula do Professor Geraldo Marques (UFJF), algumas características são de
extrema importância para o entendimento de como os pavimentos funcionam. Observe abaixo:
O CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) é por definição um material Adesivo
termoplástico, impermeável à água, viscoelástico e pouco reativo, ou seja:
- Termoplástico: possibilita manuseio a quente. Após resfriamento retorna a
condição de viscoelasticidade.
- Impermeável: evita a penetração de água (chuva) na estrutura do pavimento,
forçando o escoamento para os dispositivos de drenagem
- Viscoelástico: Combina o comportamento elástico (sob aplicação de carga curta)
e o viscoso (sob longos tempos de aplicação de carga)
- Pouco reativo: Quimicamente, apenas o contato com o ar propicia oxidação
lenta, mas que pode ser acelerado pelo aumento da temperatura.
Por fim, elimina-se a alternativa C, uma vez que nela se assevera que há "baixa plasticidade". Isso
contradiz exatamente o que acabamos de ver no quadro acima.
Portanto, a alternativa B é o gabarito da questão.
13) (CEBRASPE/Polícia Científica Alagoas - 2023) Julgue o item a seguir, a respeito da construção
e avaliação de pavimentos rodoviários.
A brita graduada tratada com cimento pode ser utilizada, por exemplo, para aumentar a
resistência das camadas de base ou de sub-base de pavimentos semirrígidos de rodovias.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
Nessa questão, pessoal, iremos falar um pouco sobre a brita graduada tratada com cimento
(BGTC). Essa metodologia pode ser empregada tanto em bases quanto em sub-bases, como
estabilização química em uma camada granular, reforçando-a.
A BGTC tem a mesma composição da Brita Graduada Simples (BGS) com adição de cimento. A
BGS corresponde a uma camada estabilizada granulometricamente composta por materiais
(incluindo a brita, como o próprio nome já diz) que se complementam de forma a se obter uma
mistura final com propriedades adequadas de estabilidade e durabilidade.
Uma vez que para a obtenção da BGTC deve-se inserir cimento na BGS, convém ressaltar que há
retração dessa camada, seja ela uma base ou sub-base, em virtude da adição do aglomerante.
Caso você se pergunte, como uma camada de alta resistência pode ser empregada na sub-base?
A resposta é simples, existem diversas metodologias de dimensionamento do pavimento, uma
delas é a concepção por meio de pavimentos invertidos. Esse pavimento utiliza uma sub-base
cimentada e uma base granular sobreposta a ela. No entanto, em virtude de esta camada
cimentada ser mais nobre e mais cara, corriqueiramente é encontrada como base e não como sub-
base, uma vez que não há impeditivo direto para que seja usada dessa forma. Esquematizando o
conhecimento aqui compartilhado abaixo:
Figura 30: Composição do BGTC.
BGS
CIMENTO
BGTC
Desse modo, o gabarito é CORRETO.
2.5 - Requisitos Normativos e Exigências Técnicas
Nesta seção, iremos conversar um pouco acerca dos requisitos normativos e exigências técnicas
correlatas aos serviços de pavimentação. Não sei se você, querido aluno (a), irá lembrar-se do que
conversamos no início desse livro digital, portanto, irei recordá-lo.
Disse que a aprendizagem dos nomes das camadas do pavimento seria fundamental, bem como
das suas respectivas localizações. Você pode se perguntar: Raul, por quê? Eis a resposta:
Para saber os requisitos normativos e o que as normas preconizam sobre o
pavimento, torna-se necessária a aprendizagem do nome e das funções das
camadas, uma vez que CADA CAMADA TEM ESPECIFICAÇÕES PRÓPRIAS.
Portanto, trarei, a seguir, um pouco do que é cobrado em prova relativamente às exigências
técnicas. No entanto, o intuito aqui não é esgotar o tema em virtude da grande diversidade de
camadas existentes. Muito menos, dizer que você não vai precisar ler de forma mais aprofundada
alguns tópicos pertinentes.
Assim, em alguns tópicos, por conta da cobrança em prova, seremos mais incisivos e entraremos
mais afundo. Por outro lado, em outros a análise limitar-se-á aos conceitos básicos discutidos em
provas anteriores.
Dessa forma, recomendo tanto a memorização do básico, que sempre cai em prova (iremos
conversar aqui neste material), quanto a resolução de questões direcionadas a este tópico, pois
isso te ajudará a aprender de uma vez por todas o tema.
Então, vamos deixar de balela e entrar nesse assunto.
2.5.1 Regularização do subleito e Reforço do subleito1
Conforme vimos anteriormente, a “nobreza” das camadas se dá de forma crescente de baixo para
cima. Então, as camadas mais próximas da superfície são mais nobres (exigentes tecnicamente e,
1
NORMA DNIT 137/2010- ES e 138/2010.
portanto, mais caras) e as camadas mais próximas do subleito são menos nobres (menos exigentes
e mais baratas).
Figura 31: Nobreza das camadas.
Percebe-se, assim, que estas duas camadas que traremos neste tópico, regularização do subleito
e reforço do subleito, são “pouco exigentes”.
2.5.1.1 Regularização do subleito
Inicialmente observe, a seguir, a definição de regularização do subleito extraída da respectiva
norma:
Operação destinada a conformar o leito estradal, transversal e longitudinalmente,
obedecendo às larguras e cotas constantes das notas de serviço de regularização
de terraplenagem do projeto, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de
espessura.
Com a definição acima, é possível resolver algumas questões de concurso, no entanto, não nos
limitaremos a apenas conceituar as camadas. Portanto, a fim de que o entendimento do material
seja facilitado e que uma visão mais prática seja formada na sua cabeça, perceba abaixo alguns
requisitos técnicos transcritos da norma DNIT 137/2010- ES.
Os materiais empregados na regularização do subleito devem ser
preferencialmente os do próprio. Em caso de substituição ou adição de material,
estes devem ser provenientes de ocorrências de materiais indicadas no projeto e
apresentar as características estabelecidas na alínea “d” da subseção 5.1-
Materiais, da Norma DNIT
108/2009-ES: Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviço, quais sejam, a
Camadas
mais
superficiais
(próximas ao
revestimento)
Camadas
mais
profundas
(próximas ao
subleito)
Mais
nobres
Menos
nobres
melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%, cabendo a determinação da
compactação de CBR e de expansão pertinentes [...].
2.5.1.2 Reforço do subleito
A norma DNIT 138/2010 – ES, que dispõe acerca do reforço do subleito, conceitua o serviço como:
Camada estabilizada granulometricamente, executada sobre o subleito
devidamente compactado e regularizado, utilizada quando se torna necessário
reduzir espessuras elevadas da camada de sub-base, originadas pela baixa
capacidade de suporte do subleito.
Note aqui, caro aluno (a), que a função desta camada é reduzir a espessuras de camadas que estão
sobrepostas a ela. Portanto, qual o intuito dessa estratificação e aumento da espessura das
camadas inferiores?
O projetista economizará no projeto!
-Certo Raul, mas ainda não entendi. Explica um pouco melhor.
- Vamos lá, caro aluno (a). Como foi explicitado acima, as camadas mais próximas
ao subleito têm características tecnicamente menos exigentes, portanto, são mais
baratas do que as camadas mais superficiais. Até aqui tudo bem, né?
Continuemos, então. Por outro lado, as camadas mais próximas da superfície do
pavimento, ou seja, do revestimento, são mais exigentes tecnicamente. Portanto,
em virtude de as qualidades exigidas serem maiores, elas também são mais caras.
Por fim, quero que você pense junto comigo. Se você, como projetista, tivesse que
aumentar alguma espessura das camadas de um pavimento, quais seriam?
Obviamente as camadas mais baratas, portanto, seriam camadas mais próximas
do subleito. Um exemplo de camada que poderia ter sua espessura aumentada
seria a camada de Reforço do Subleito.
Dessa forma, estaríamos gastando mais com uma camada menos nobre (mais
barata) e gastando menos com uma camada menos nobre (mais cara).
Depois da explicação acima do motivo de existirem camadas menos exigentes como o reforço do
subleito, vamos identificar um pouco das suas especificações normativas.
No tópico 5.1 da norma supracitada, conforme se verá a seguir, são fixados alguns requisitos
técnicos.
5 Condições específicas
5.1 Material
a) Os materiais constituintes são solos ou mistura de solos, de qualidade superior
à do subleito.
(...)
c) Índice Suporte Califórnia - ISC - igual ou maior aos indicados no projeto, e Expansão
≤ 1%, [...].
Figura 32: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca do reforço de subleito.
Ainda, antes de seguirmos para as demais camadas, vale a pena passarmos por esse aspecto de
espessura máxima e mínima das camadas. O tópico a seguir pode variar em redação de norma
para norma, no entanto, todas dizem mais ou menos a mesma coisa, portanto, atenção aqui.
Reforço
de
subleito
ISC: qualidade maior
do que o subleito.
Expansão ≤ 1%
Quando houver necessidade de executar camada de reforço com espessura final
superior a 20 cm, estas devem ser subdivididas em camadas parciais.
A espessura mínima de qualquer camada de reforço deve ser de 10 cm, após a
compactação.
14) (CEBRASPE/CNMP - 2023) A respeito das especificações e do controle de materiais utilizados
na execução de um pavimento flexível, julgue o item que se segue.
Em se tratando de um pavimento cuja sub-base seja granular, a expansão máxima permitida nessa
camada é de 1%.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
Questão bem “cara-crachá”, uma vez que cobra o conhecimento de uma especificação técnico-
normativa de um dos estratos do pavimento. De acordo com a norma DNIT 139/2010, a sub-base
estabilizada granulometricamente deve ter:
c) Índice de Suporte Califórnia – ISC ≥ 20% e Expansão ≤ 1%, determinados
através dos ensaios [...]
Figura 33: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da sub-base estabilizada
granulometricamente.
Portanto, o gabarito da questão é correto.
15) (VUNESP/Prefeitura Municipal de Araçatuba - 2023) Na execução de sub-base e base
estabilizadas granulometricamente com agregado siderúrgico para pavimentação rodoviária,
quando houver necessidade de executar a camada de base com espessura final superior a 20 cm,
esta deve ser subdividida em camadas parciais de espessura mínima de
a) 3 cm.
b) 5 cm.
c) 7 cm.
d) 10 cm.
e) 12 cm.
Comentário:
Nesta questão a banca quis complicar a vida candidato pedindo uma norma não usual. Entretanto,
o conhecimento perguntado pela questão é comum e transversal a diversas normas. Portanto,
traz-se a citação da norma de base granulometricamente estabilizada com a MESMA disposição
da teoria de reforço de subleito (citado na teoria acima), somente escritos de forma diferente.
NORMA DNIT 141/2022 – ES Pavimentação – Base estabilizada
granulometricamente – Especificação de serviço
5.3.6 Espessura da camada compactada
A camada compactada deve ter espessura no intervalo entre 10 cm e 20 cm.
Quando houver necessidade de se executar camadas de base com espessura final
superior a 20 cm, estas devem ser subdivididas em camadas parciais, sendo 10 cm
a espessura mínima permitida após compactação, para as camadas subdivididas.
Nesta fase, devem ser tomados os cuidados necessários para evitar a adição de
material na fase de acabamento.
Desse modo, a alternativa D é o gabarito da questão.
2.5.2 Sub-base estabilizada granulometricamente2
De acordo com as orientações da norma DNIT 139/2010, a sub-base estabilizada
granulometricamente pode ser conceituada como:
Camada de pavimentação, complementar à base e com as mesmas funções desta,
executada sobre o subleito ou reforço do subleito, devidamente compactado e
regularizado.
Vale ressaltar que a definição corriqueiramente cobrada em prova é a do Manual de Pavimentação.
Embora a literalidade seja um pouco diferente, no final a ideia é mais ou menos a mesma. A fim
de evitar que você erre uma questão, em virtude da literalidade ser diferente nas normas,
colaciono abaixo a definição do manual.
Sub-base: é a camada complementar à base, quando por circunstâncias técnico-
econômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre
regularização.
Observe, também, que a sub-base, de acordo com a definição citada a norte, é dispensável.
Explicando melhor: caso o subleito tenha capacidade suficiente de suporte e regularização
adequada, a execução do pavimento pode ser iniciada diretamente pela base. Portanto,
dispensando a regularização do subleito, reforço do subleito e sub-base.
2
NORMA DNIT 139/2010 – ES.
Voltando ao que estávamos discutindo, note o que se dispõe na norma do DNIT acerca dos
requisitos técnicos dos materiais que compõem a sub-base:
a) Os materiais constituintes são solos, mistura de solos, mistura de solos e
materiais britados.
b) Quando submetidos aos ensaios de caracterização DNER-ME 080/94, DNER-
ME 082/94 e DNER-ME 122/94, os materiais devem apresentar as seguintes
características:
- Índice de Grupo - IG igual a zero;
- A fração retida na peneira n° 10 no ensaio de granulometria deve ser constituída
de partículas duras, isentas de fragmentos moles, material orgânico ou outras
substâncias prejudiciais.
c) Índice de Suporte Califórnia – ISC ≥ 20% e Expansão ≤ 1%, determinados
através dos ensaios:
Figura 34: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da sub-base estabilizada
granulometricamente.
Sub-base
IG = 0
ISC ≥ 20%
Expansão ≤ 1%
2.5.3 Base estabilizada granulometricamente3
Ao adentrar nos conceitos relativos à camada de base, percebe-se o padrão de exigência no que
diz respeito aos parâmetros de qualidade dessa camada. Porém, antes mesmo de entender os
requisitos técnicos, convém trazer à baila a definição de base prevista na Norma DNIT 141/2022 –
ES. Atenção ao conceito abaixo e às palavras destacadas.
Camada de um pavimento, sobre a qual será construído o revestimento, destinada
a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os
adequadamente às camadas subjacentes, executada sobre a sub-base, subleito ou
reforço do subleito devidamente regularizado e compactado.
Após a conceituação, vamos ao que interessa. Abaixo estão dispostos alguns requisitos normativos
que devem ser obedecidos na execução de bases estabilizadas granulometricamente. Bastante
atenção aqui, pois este conhecimento é recorrente em provas de concursos públicos.
Os agregados eventualmente retidos na peneira n° 10 devem ser
constituídos de partículas duras e resistentes, isentas de fragmentos moles,
alongados ou achatados, de matéria vegetal ou outra substância prejudicial.
Quando submetido ao ensaio de abrasão Los Angeles (DNER – ME 035/98), o
agregado não deve apresentar desgaste superior a 55 %, admitindo-se valores
maiores quando, em utilização anterior, o material tiver apresentado desempenho
satisfatório.
(...)
A combinação dos solos ou material selecionado na fase de projeto deve
proporcionar melhoria substancial nas características do solo puro que justifique
seu emprego, tendo ainda que atender aos seguintes requisitos:
– Expansão máxima de 0,5 % (DNIT 172 – ME);
– Módulo de Resiliência (MR), de acordo com o especificado em projeto, se
realizada análise mecanicista (DNIT 134 – ME);
3
NORMA DNIT 141/2022 – ES
– Deformação Permanente (DP), de acordo com o especificado em projeto, se
realizada análise mecanicista (DNIT 179 – IE).
Os parâmetros a seguir devem ser atendidos, caso o projeto tenha sido
dimensionado pelo método empírico:
– Índice de Suporte Califórnia ISC ≥ 60 % para Número N ≤ 5 x 106
e ISC ≥ 80 %
para Número N > 5 x 106
(DNIT 172 – ME);
– Limite de liquidez ≤ 25 % (DNER – ME 122/94);
– Índice de plasticidade ≤ 6 % (DNER – ME 082/94);
– Equivalente de areia > 30 % quando os limites para limite de liquidez e índice
de plasticidade forem ultrapassados.
– A porcentagem do material passante na peneira n° 200 não deve ultrapassar 2/3
da porcentagem passante na peneira n° 40.
Figura 35: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da base estabilizada
granulometricamente.
Requisitos Normativos para
execução de Base Estabilizada
granulometricamente
Abrasão Los
Angeles
≤ 55%
Módulo de
Resiliência
Especificado
em projeto
Deformação
permanente
Especificado
em projeto
ISC
Número N ≤ 5
x 106
ISC ≥ 60 %
Número N > 5
x 106
ISC ≥ 80 %
Limite de
liquidez
≤ 25 %
Índice de
plasticidade
≤ 6 %
Equivalente
de areia
> 30 %
A norma DNIT 141/2022 – ES, originalmente de 2010, foi atualizada em outubro 2022, embora
alguns conceitos permaneçam iguais, deve-se atentar para as mudanças. Portanto, as mudanças
dispostas na norma foram para adaptar as normas técnicas aos novos métodos de
dimensionamento (métodos mecanicistas). Apenas a título de exemplo, verifique, a seguir, a
menção da nova norma aos requisitos dos materiais que não estavam previstos na norma de 2010.
– Módulo de Resiliência (MR), de acordo com o especificado em projeto, se
realizada análise mecanicista (DNIT 134 – ME);
– Deformação Permanente (DP), de acordo com o especificado em projeto, se
realizada análise mecanicista (DNIT 179 – IE).
2.5.4 Concreto asfáltico4
Após termos passado pelas camadas iniciais e intermediárias do pavimento, chegamos até o
último e mais nobre estrato. Antes de seguirmos para as especificações técnicas, conceituou-se
abaixo o concreto asfáltico segundo a norma DNIT 031/2006 – ES (Pavimentos flexíveis - Concreto
asfáltico - especificação de serviço).
Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em usina apropriada, com
características específicas, composta de agregado graduado, material de
enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e compactada a
quente.
4
NORMA DNIT 031/2006 – ES
Figura 36: Composição básica do Concreto Asfáltico (CA) ou Concreto Betuminoso Usinado a
Quente (CBUQ)
Algumas condições gerais do emprego do CBUQ devem ser consideradas, uma vez que costumam
cair em prova. Portanto, as principais foram transcritas, a seguir, da norma para este material.
Apesar de parecerem informações triviais, o óbvio e o básico necessitam ser ditos.
Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de
chuva.
O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando
a temperatura ambiente for superior a 10ºC
Observe que há uma limitação do emprego do CBUQ quando houver temperaturas e condições
de umidade inadequadas. Isso decorre da limitação originada das características intrínsecas do
material asfáltico. Portanto, qualquer questão que discuta flexibilizações do emprego do CBUQ
em localidades úmidas ou com temperatura baixa tem alta probabilidade de estar errada.
Atenção!!!
Componentes do
Concreto Asfáltico (CA)
Agregados
Material de
enchimento
Cimento
asfáltico (CAP)
Outro tópico que merece a nossa atenção é a disposição a seguir da norma 031/2006 – ES. Ela
dispõe que o CBUQ pode ser usado para praticamente qualquer camada.
O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligação
(binder), base, regularização ou reforço do pavimento.
Existe um tipo de pavimentação chamada de Full-Depth Asphalt, nela a espessura de CBUQ vai
desde o subleito até o revestimento. Esse exemplo confirma o que a norma do DNIT assevera. No
entanto, algumas considerações são importantes:
● A estratificação na estrutura convencional, como conhecemos, torna-se bem mais
econômica em virtude de utilizar materiais mais baratos;
● Considerações técnicas de drenagem devem ser feitas no uso desse pavimento, uma vez
que a água não drenada pode causar dano ao ligante asfáltico, se não corretamente
destinada;
● Por fim, a mais importante para prova, o pavimento pode, sim, ser constituído apenas de
CBUQ.
Compreendidas as disposições gerais, vamos às especificações técnicas e às considerações dos
materiais utilizados no Concreto Asfáltico (CA).
2.5.4.1 Cimento Asfáltico de Petróleo
O Cimento Asfáltico de Petróleo é o aglomerante que envolve todos os demais componentes,
diante disso, convém um controle rígido das suas características. Nas obras usuais, usa-se muito o
CAP-50/70, embora a norma preveja a utilização de outros tipos, conforme se observa a seguir.
Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de petróleo:
– CAP-30/45
– CAP-50/70
– CAP-85/100
Temperatura do ligante
A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser determinada
para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A
temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfáltico apresenta uma
viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME
004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 75 a 95 SSF.
A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C.
Figura 37: Temperaturas limites do CAP na confecção do CBUQ.
Existe uma “janela” de 70°C para o aquecimento do ligante asfáltico definida em norma,
consoante se observa no esquema acima (177-107= 70°C). Isso serve para que nem o ligante fique
com uma viscosidade que dificulte o seu emprego (temperatura mínima de 107°C), nem o ligante
perca características desejadas em virtude de um superaquecimento (temperatura máxima de
177°C).
2.5.4.2 Agregado graúdo
Quanto aos agregados empregados na confecção do CBUQ, convém destacar alguns pontos que
a norma DNIT 031/2006 – ES enuncia e que são cobrados em prova.
O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado
preferencialmente britado ou outro material indicado nas Especificações
Complementares
a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admitindo-se
excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado
comprovadamente desempenho satisfatório em utilização anterior;
(...)
Temperatura do
Cimento asfáltico (CAP)
Mínima
107°C
Máxima
177°C
b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);
c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089).
Após a verificação dos parâmetros que devem ser obedecidos nos agregados graúdos, a
constatação dos índices relativos aos agregados miúdos também deve ser feita, conforme
orientam as normas do DNIT. Vejamos a seguir.
O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro
material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais
devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas.
Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).
Aquecimento dos agregados
Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da
temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177° C.
Figura 38: Resumo das características dos agregados do CBUQ.
2.5.4.3 Pintura de ligação
Relativamente ao serviço de pintura de ligação, segundo a norma DNIT 145/2012-ES (pintura de
ligação com ligante), pode-se conceituar este serviço como:
Pintura de ligação consiste na aplicação de ligante asfáltico sobre superfície de
base ou revestimento asfáltico anteriormente à execução de uma camada asfáltica
Parâmetros dos Agregados no
CBUQ
Agregado Graúdo
Desgaste Los
Angeles
≤ 50%
Índice de forma ≥ 0,5
Durabilidade Perda < 12%
Agregado Miúdo
Equivalente de
Areia
≥ 55%
Partículas individuais devem ser resistentes,
estando livres de torrões de argila e de
substâncias nocivas
qualquer, objetivando promover condições de aderência entre esta e o
revestimento a ser executado.
Cabe a este material, ainda que não entre afundo na sua execução, definir a sua necessidade
quando da execução do CBUQ.
Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do
revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou,
ainda
ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve ser feita uma
pintura de ligação.
Uma vez que o intuito principal da pintura de ligação é promover a aderência, quando a superfície
sobre a qual será implantado o revestimento estiver em condições insatisfatórias para promover
adesão, a pintura de ligação deverá ser executada. O material utilizado para executar a pintura de
ligação é a emulsão asfáltica RR-1C, consoante a norma DNIT 145/2012-ES.
2.5.4.4 Imprimação5
Em se tratando da imprimação, convém ressaltar o conceito normativo presente na norma DNIT
144/2014-ES (Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico).
Imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base
concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, objetivando conferir
coesão superficial, impermeabilização e permitir condições de aderência entre
esta e o revestimento a ser executado.
Predominantemente são utilizados dois materiais para execução da imprimação, eles são:
1. CM-30 (Asfalto Diluído); e
2. EAI (Emulsão Asfáltica).
A fim de esquematizar o tema em uma única imagem, atenção ao próximo esquema, pois ele
resumirá quase tudo o que você precisa saber para acertar uma questão de imprimação na sua
prova.
5
NORMA DNIT 144/2014-ES (Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico)
Figura 39: Resumo dos tópicos mais relevantes do serviço de imprimação.
16) (VUNESP/Prefeitura Municipal de Guarulhos - 2023) Nos serviços de pavimentação, para a
execução de reforço de subleito de uma via deve-se verificar a espessura final da camada
compactada por nivelamento a 60 cm das bordas da camada e no eixo, a cada
a) 10 m.
b) 20 m.
c) 30 m.
d) 40 m.
e) 50 m.
Comentário:
Essa questão é bem decoreba, para falar a verdade. No entanto, não adianta brigar com a banca
e praguejar, pois questões assim SEMPRE estarão nos concursos público (feliz ou infelizmente).
Então vamos lá para resolução. Primeiramente vamos recorrer ao normativo respectivo de reforço
de subleito do DNIT.
NORMA DNIT 138/2010–ES Pavimentação – Reforço do subleito - Especificação
de serviço
7.1 Controle dos insumos
Imprimação
Função
Coesão superficial
Impermeabilização
Aderência
Materiais usados CM-30 e EAI
d) A frequência indicada para a execução dos ensaios é a mínima aceitável,
devendo ser compatibilizada com o Plano de Amostragem Variável (vide subseção
7.4).
e) Para pistas de extensão limitada, com área de até 4.000 m2, devem ser
coletadas, pelo menos, cinco amostras, para execução do controle dos insumos.
(...)
7.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico
O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios,
para o controle tecnológico dos insumos, da execução e do produto devem ser
estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscalização,
elaborado de acordo com os preceitos da Norma DNER-PRO 277/97.
Percebe-se que o controle pode ser baseado em um plano de amostragem ou em um número de
ensaios por área. Como a questão quer saber em unidade linear, cabe a verificação do item 7.4
da norma, a fim de verificar se existe essa previsão normativa pedida pela banca. Ao examinar o
plano de amostragem previsto na norma, nota-se que ele se baseia em critérios estatísticos
previstos na norma DNER-PRO 277/97, conforme visto acima.
E agora? Peço a anulação da questão? Sento e choro?
Nada disso, aluno (a) do Estratégia fica muito tranquilo, pois o professor procura outra fonte
normativa para responder, ou seja, a fonte que o examinador se baseou quando elaborou esta
questão. Então vamos lá.
NBR 12752/1992 - Execução de reforço do subleito de uma via - Procedimento
5.2 Execução
5.2.5 Verificar a espessura final da camada compactada, por nivelamento, a cada
20 m, a 60 cm das bordas da camada e no eixo.
Perceba, caro aluno (a), que no início do comentário recorremos ao principal órgão, enquanto se
fala de pavimentação, ou seja, o DNIT. Lá existia resposta, no entanto, não era no “formato que
queríamos”, desse modo, utilizamos as normas da ABNT de forma a encontrar a base teórica
utilizada na questão aqui apresentada.
Na norma NBR 12752/1992 - execução de reforço do subleito de uma via (citação acima),
encontrou-se a fundamentação da questão. Portanto, verifica-se que, para a ABNT, em um reforço
de subleito, deve-se executar a verificação de espessura final compactada a cada 20 m.
Portanto, a alternativa B é o gabarito da questão.
17) (FGV/DPE RS - 2023) Para os projetos de pavimentos rígidos, é comum a adoção da sub-base
de concreto de cimento Portland compactado com rolo, cuja especificação está prevista na norma
DNIT 056/2013-ES. De acordo com essa norma:
a) a cura da sub-base deve ser realizada por meio da cura úmida ou cura química;
b) uma resistência característica da compressão de 4,5 MPa é suficiente para o emprego nessa
camada;
c) a compactação deve ser feita por meio de placas vibratórias em toda a superfície da camada
espalhada;
d) o espalhamento do concreto deve ser executado por meio de motoniveladora, de forma a se
obter adequados nivelamento e acabamento superficial da camada;
e) um controle de qualidade previsto para a execução dessa camada é o grau de compactação e
não deve ser inferior a 100% para a sua aceitação.
Comentário:
Pessoal, nessa questão vamos passar em alguns tópicos um pouco mais complexos, portanto,
aproveitem para aprender algumas nuances normativas que, embora não tenham sido explanadas
na integralidade neste material, trarão um entendimento amplo sobre o tópico de pavimentação.
A estratégia adotada aqui para resolver a questão será por eliminação, então, passaremos letra a
letra eliminando os possíveis erros. Para tanto, utilizaremos a norma DNIT 056/2013-ES (Pavimento
rígido – Sub-base de concreto de cimento Portland compactado com rolo – Especificação de
serviço).
Na letra A, o erro reside no fato de a questão afirmar que a cura "deve ser realizada por meio da
cura úmida", uma vez que a norma assevera que a cura deverá ser feira por emulsão asfáltica.
A cura da sub-base deve ser realizada com pintura asfáltica, utilizando-se emulsão
asfáltica catiônica de ruptura rápida ou média, em conformidade com a norma
DNIT 165/2013 – EM.
Na Letra B, o quesito erra ao afirmar que a "resistência característica da compressão de 4,5 MPa
é suficiente". Consoante citação a seguir, verifica-se que a resistência característica deve ser
superior a 5,0 MPa.
a) Resistência característica à compressão (fck) aos 7 dias, determinada em corpos
de prova moldados e curados da maneira indicada na subseção 7.2.3 e ensaiados
à compressão segundo a norma NBR- 5739:2007:
– fck ≥ 5,0 MPa;
Na letra C, observa-se uma generalização por parte da banca no que diz respeito à compactação.
Vale ressaltar que essa assertiva, apesar de errada, é bem difícil de distinguir das corretas, porque,
para acertar, você precisaria ter lido ao menos uma vez a referida norma.
Então, a generalização da banca deu-se ao afirmar que a compactação deve ser feita por "placas
vibratórias em toda a superfície ". No entanto, a norma dispõe de maneira diversa, observe:
5.3.7 Compactação
A compactação deve ser feita por meio de rolos lisos vibratórios, sendo utilizadas
placas vibratórias na compactação somente em locais de difícil acesso aos rolos.
Então, o emprego de placas vibratórias deve ser utilizado em locais de difícil acesso e a
compactação por rolos lisos deve ser feita de forma preferencial. Portanto, assertiva errada.
Relativamente à letra D, quanto ao espalhamento do concreto, percebe-se que a assertiva
contradiz diretamente disposição expressa da norma (abaixo), a qual veda expressamente o uso
de motoniveladora para espalhamento. Assim, o equipamento mais adequado, segundo a norma,
é a vibroacabadora.
5.3.6 Espalhamento
O espalhamento do concreto deve ser executado por meio da vibroacabadora de
asfalto, de forma a se obter adequados nivelamento e acabamento superficial da
camada.
(...)
Não é permitido o espalhamento do material com motoniveladora ou outro
equipamento não apropriado.
A letra E, por eliminação já seria o nosso gabarito. Porém, vamos verificar o motivo de ela estar
correta e expor a sua fundamentação teórica.
Essa questão dispõe sobre o controle de qualidade da sub-base de concreto compactado a rolo,
o requisito aqui discutido é o grau de compactação, que é 100%. O percentual encontra-se de
acordo com a norma, consoante se observa a seguir.
O desvio máximo da umidade em relação à umidade ótima deve ser de um ponto
percentual e o grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%, em
relação à massa específica aparente seca máxima obtida em laboratório,
considerada a energia normal de compactação, segundo a norma DNER-ME
092/94.
Apenas uma observação para vocês que vão fazer prova e se depararão com questões parecidas
com esta. Depois de um tempo verificando parâmetros técnicos de diversas camadas, algumas
características tornam-se frequentes e se repetem, como é o caso do grau de compactação.
Portanto, uma pessoa que já leu algumas normas e verificou certa similaridade entre os índices de
diferentes camadas certamente iria "chutar" a letra E, uma vez que esse índice se repete e é
coerente com a prática. Considerando que os outros parâmetros das demais assertivas são mais
difíceis de lembrar e o índice da letra E parece estar correto, o "chute" seria menos arriscado e
não sairia de um lugar puramente aleatório.
Por fim, todo esse "arrodeio" foi para te dizer:
Existem questões que mesmo os melhores candidatos não saberão, no entanto,
eles marcarão as assertivas baseando-se em conhecimentos globais da matéria. É
isso que eu quero que você consiga fazer, querido aluno (a). Resolvendo muitas
questões, você chegará nessa maturidade e com toda certeza passará no seu tão
sonhado concurso.
Portanto, a alternativa E é o gabarito da questão.
18) (FGV/DPE RS - 2023) O controle do desempenho e da deterioração do pavimento é
fundamental para a implantação de um sistema de gerenciamento de pavimentos. No caso
rodoviário, o DNIT conceitua esse controle e outros dispositivos por meio do seu Manual de
Restauração de Pavimentos Asfálticos (Publicação IPR 720). De acordo com esse manual:
a) a característica do pavimento que mais afeta a avaliação do desempenho estrutural é
irregularidade longitudinal.
b) os ensaios deflectométricos são os mais apropriados para a interpretação do comportamento
funcional do pavimento.
c) a avaliação econômica das alternativas de restauração deve incluir os custos do ciclo de vida
do pavimento, utilizando um período entre dez e vinte anos.
d) a viga Benkelman é apropriada para a medição da irregularidade longitudinal em função da
sua portabilidade e facilidade de manuseio.
e) a exsudação é um defeito de superfície caracterizado pela perda de agregados e/ou argamassa
fina do revestimento asfáltico, marcado pela aspereza superficial anormal.
Comentário:
Essa questão é bem interessante e dispõe tanto acerca de conceitos que vimos aqui, quanto de
restauração rodoviária. Um quesito assim mostra a vasta quantidade de teoria que pode ser alvo
de apenas uma questão.
Embora não tenhamos visto alguns conceitos a seguir, concentre-se em assimilá-los à medida que
avançamos na sua resolução, pois aprender como questões assim são resolvidas engrandecem o
nosso estudo, na medida em que compreendemos a teoria correlata.
O Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos (Publicação IPR 720) assevera que o
desempenho do pavimento pode ser dividido em análises específicas. Dentre os campos de
análise previstos no manual, dois podem ser citados para resolver essa questão:
3.1 DESEMPENHO FUNCIONAL
O desempenho funcional refere-se à capacidade do pavimento de satisfazer sua
função principal, que é a de fornecer uma superfície com serventia adequada em
termos de qualidade de rolamento.
A serventia pode ser avaliada subjetivamente ou por medidas físicas
correlacionáveis com avaliações subjetivas. No “AASHO Road Test”, concluiu-se
que a característica do pavimento que mais afetava a avaliação dos usuários era a
irregularidade longitudinal.
3.2 DESEMPENHO ESTRUTURAL
Os ensaios defletométricos são os mais apropriados para a interpretação do
comportamento estrutural do pavimento. Se o pavimento exibir deformações, será
necessário coletar amostras e ensaiar as diversas camadas que constituem a
estrutura do pavimento, antes de decidir sobre a execução de uma intervenção
(por exemplo, um recapeamento).
Na letra A, percebe-se a falsa afirmação de que a característica que mais afeta o desempenho
estrutural do pavimento é a irregularidade longitudinal. A irregularidade longitudinal é o
parâmetro técnico que mais afeta o desempenho funcional e não o desempenho estrutural, ainda
que o afete indiretamente. Portanto, a alternativa A está errada.
Quanto à alternativa B, ela vai na mesma linha da alternativa A. Ela faz a inversão de conceitos,
uma vez que os ensaios deflectométricos indicam a situação estrutural do pavimento. Portanto, a
assertiva erra ao afirmar que os ensaios defletométricos refletem o comportamento funcional do
pavimento, embora que indiretamente reflitam no comportamento funcional.
Não brigue com o examinador, entenda o que ele está pedindo. Nesse caso ele
queria uma associação do ensaio com o respectivo comportamento do pavimento.
Atenha-se ao que a questão trouxe de forma direta e seja feliz para discutir tópicos
e orientações técnicas divergentes quando passar no seu cargo dos sonhos,
enquanto isso tente concordar com o examinador (hahaha).
Na letra C, encontramos o nosso gabarito. Nela discussões acerca da avaliação econômica da
restauração são feitas de forma correta. Tendo em vista que o ciclo de vida de um pavimento
oscila entre 10 e 20 anos, dependendo do pavimento. Esse ciclo parece adequado para definição
das alternativas de restauração nesse tempo.
Conforme se afirma a seguir no manual citado a norte, os custos do ciclo de vida se referem a
todos os custos atrelados ao pavimento, sejam eles de implantação até restauração e conservação.
Portanto, é correto afirmar que a avaliação econômica deve ser pautada no ciclo de vida do
pavimento (aproximadamente entre 10 e 20 anos).
8.2 CUSTOS DE CICLO DE VIDA
Na avaliação econômica é essencial que todos os custos e benefícios que ocorrem
na vida da rodovia sejam incluídos.
[...] custos de ciclo de vida referem-se a todos os custos (e no sentido mais amplo
a todos os benefícios) envolvidos em um ciclo completo de vida do pavimento.
Isto inclui custos de construção, de conservação, de restauração, e de operação.
Na letra D, a assertiva erra ao afirmar que a viga Benkelman mede a irregularidade longitudinal.
Na verdade, a viga Benkelman mede parâmetros estruturais do pavimento e não a irregularidade
do pavimento. Contudo, a parte final da assertiva ("portabilidade e facilidade de manuseio")
relativamente à Viga Benkelman está correta.
Em se tratando da última assertiva, letra E, ela erra ao trocar a definição de exsudação por a
definição de desgaste. Observe abaixo que são patologias bem diferentes uma da outra.
A exsudação é uma ocorrência ocasionada pela formação de uma película ou filme
e material betuminoso na superfície do pavimento e se caracteriza por manchas
de variadas dimensões. Estas manchas resultantes comprometem seriamente a
aderência do revestimento aos pneumáticos, principalmente sob tempo chuvoso,
caracterizando um sério problema funcional. A exsudação poderá ocorrer por duas
razões:
1) Dosagem inadequada da mistura asfáltica, acarretando teor excessivo de ligante
e/ou índice de vazios muito baixo;
2) Temperatura do ligante acima da especificada no momento da mistura,
acarretando a dilatação do asfalto e ocupação irreversível dos vazios entre as
partículas.
Figura 40: ilustração da exsudação no manual de conservação rodoviária do
DNIT.
Desgaste é a perda de agregados e/ou argamassa fina do revestimento asfáltico.
Caracteriza-se pela aspereza superficial anormal, com perda do envolvimento
betuminoso e arrancamento progressivo dos agregados.
Figura 41: ilustração do desgaste no manual de conservação rodoviária do DNIT.
Desse modo, a alternativa C é o gabarito da questão.
19) (VUNESP/Pref Jundiaí - 2022) Na especificação dos materiais a serem utilizados na execução
de camada de concreto betuminoso usinado a quente para pavimentar uma via, o agregado miúdo
deve ter boa adesividade ao material betuminoso e ter um equivalente de areia igual ou superior
a
a) 12%
b) 25%
c) 36%
d) 40%
e) 55%
Comentário:
Nessa questão, pessoal, iremos tratar de mais um assunto relacionado ao controle de qualidade
dos pavimentos. De forma mais específica, questiona-se acerca do equivalente de areia6
do
concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Note a transcrição normativa abaixo sobre o
índice pedido na questão:
6
Equivalente de areia (EA): relação volumétrica que corresponde à razão entre a altura do nível superior
da areia e a altura do nível superior da suspensão argilosa de uma determinada quantidade de solo ou
de agregado miúdo, numa proveta, em condições estabelecidas neste Método. (DNER-ME 054/97)
O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro
material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais
devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas.
Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).
Atente que esse parâmetro também é medido na camada de base estabilizada
granulometricamente, observe abaixo o respectivo valor e condições:
Norma DNIT 141/2022 – ES
– Equivalente de areia > 30 % quando os limites para limite de liquidez e índice
de plasticidade forem ultrapassados.
Apesar de esse não ser o tópico questionado pela questão, faz-se pertinente relembrar alguns
índices que são analisados em mais de uma camada, como o equivalente de areia, uma vez que a
banca pode tentar enganar o candidato desatento.
Diante do exposto, a alternativa E é o gabarito da questão.
20) (CEBRASPE/DP DF - 2022) Acerca da adoção de tratamento superficial simples em
pavimentação asfáltica, julgue o item a seguir.
Esse tipo de tratamento aumenta substancialmente a resistência estrutural do pavimento e corrige
irregularidades de defeitos previamente existentes.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário:
Essa questão versa acerca dos tratamentos superficiais, mais especificamente do Tratamento
Superficial Simples (TSS).
Embora o TSS melhore as condições de rolamento, ele não tem o condão de aumentar a
resistência estrutural, muito menos conforme afirma a questão “aumenta substancialmente a
resistência estrutural”.
Ainda, cabe ressaltar que, em virtude de sua capa ser muito delgada, a superfície de aplicação
deve estar regularizada e previamente tratada para sua posterior execução. A fim de corroborar
o aqui afirmado, observe, a seguir, o que a doutrina especializada assevera.
Devido à sua pequena espessura, o tratamento superficial não aumenta a
resistência estrutural do pavimento e não corrige irregularidades (longitudinais ou
transversais) da pista caso seja aplicado em superfície com esses defeitos.
(BERNUCCI)
Portanto, o gabarito é ERRADO.
21) (CEBRASPE/PC RO - 2022) Na pavimentação flexível, a principal causa para a exsudação é
a) o excesso de material betuminoso na produção do concreto asfáltico.
b) a ausência de fíler na composição da massa asfáltica.
c) a falta de material betuminoso na produção do concreto asfáltico.
d) a escolha incorreta do ligante asfáltico.
e) a temperatura abaixo da recomendada na produção da massa asfáltica.
Comentário:
Ainda que esta aula não tenha abordado o assunto de patologias em obras rodoviárias, em virtude
de já termos conceituado a exsudação em comentários de questões anteriores, convém
rememorar o conteúdo, uma vez que costuma cair com frequência em provas.
Então, repare o que o Manual de Conservação Rodoviária do DNIT dispõe acerca dessa patologia
rodoviária
A exsudação é uma ocorrência ocasionada pela formação de uma película ou filme
e material betuminoso na superfície do pavimento e se caracteriza por manchas
de variadas dimensões. Estas manchas resultantes comprometem seriamente a
aderência do revestimento aos pneumáticos, principalmente sob tempo chuvoso,
caracterizando um sério problema funcional.
A exsudação poderá ocorrer por duas razões:
1) Dosagem inadequada da mistura asfáltica, acarretando teor excessivo de
ligante e/ou índice de vazios muito baixo;
2) Temperatura do ligante acima da especificada no momento da mistura,
acarretando a dilatação do asfalto e ocupação irreversível dos vazios entre as
partículas.
Em virtude de expressa previsão normativa em manual do DNIT, verifica-se que a alternativa
correta é a que afirma que uma das causas da exsudação se deve ao excesso do teor de ligante
na mistura.
Desse modo, a alternativa A é o gabarito da questão.
22) (CEBRASPE/PC RO - 2022) A estrutura do pavimento flexível de uma rodovia pode ser
composta por diversas camadas, a depender da concepção do projeto. Nesse contexto, o terreno
de fundação desse tipo de pavimento é denominado
a) base.
b) greide do leito.
c) sub-base.
d) leito.
e) subleito.
Comentário:
Para fechar esse material, que foi feito com muito carinho, deixo essa questão bem simples para
você, meu querido aluno (a). O manual do DNIT discorre da seguinte forma sobre o tema:
b) Subleito - é o terreno de fundação do pavimento;
c) Leito - é a superfície obtida pela terraplenagem ou obra-de-arte e conformada
ao seu greide e perfis transversais;
Cuidado para não confundir, em uma questão conceitual e bem “decoreba”, o subleito com o
leito.
Desse modo, a alternativa E é o gabarito da questão.
Lembre-se de que questões fáceis também caem em concursos difíceis (o caso
desta questão aqui). Portanto, NUNCA menospreze um conteúdo por ele ser
básico ou trivial, pois uma questão simples como essa pode te colocar na lista de
aprovados ou te tirar dela.
Com isso, encerramos a teoria pertinente à aula de hoje.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final deste E-book!
Embora tenhamos abordado uma pequena parcela de todo o conhecimento da Engenharia Civil,
conseguimos entender tópicos extremamente relevantes para sua preparação.
Portanto, considero que o objetivo desta aula foi alcançado, uma vez que você, meu querido aluno
(a), aprendeu de uma vez por todas os conhecimentos correlatos à matéria de Pavimentação.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas não hesitem em enviar uma mensagem nas redes abaixo.
Será uma honra trocar uma ideia com você.
Dica final: Todas as questões aqui expostas estão no nosso canal do YouTube.
Portanto, além das questões resolvidas aqui nesse livro digital, MUUUUITAS dicas
de estudo e planejamento estarão também por lá. Então, inscreva-se no nosso
Canal e acompanhe tudo que está rolando.
Clique no link abaixo e seja redirecionado:
Link do Canal Engenharia Sobre Controle
Espero que tenham gostado, desejo tudo de melhor e que na sua prova caia toda essa teoria que
conversamos aqui, pois agora você já sabe de tudo :)
Prof. Raul Suzuki
E-mail: raulsuzuki77@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/eng.raulsuzuki ou
@eng.raulsuzuki
YouTube: https://www.youtube.com/@EngenhariaSobreControle
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12752:1992. EXECUÇÃO DE
REFORÇO DO SUBLEITO DE UMA VIA – PROCEDIMENTO, ABNT.
BERNUCCI, L. L. B., ET AL. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: FORMAÇÃO BÁSICA PARA ENGENHEIROS. 1°ED.
PROGRAMA ASFALTO NAS UNIVERSIDADES, PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A., 2008.
BRASIL. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DIRETORIA EXECUTIVA. INSTITUTO
DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS. MANUAL DE IMPLANTAÇÃO BÁSICA DE RODOVIA. – 3. ED. - RIO DE
JANEIRO, 2010. 617P. (IPR. PUBL. 742).
_____. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E
PESQUISA. COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA.INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS.
MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO. 3.ED. – RIO DE JANEIRO, 2006. 274P. (IPR. PUBL., 719).
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. – DNIT 031/2006 - ES PAVIMENTOS
FLEXÍVEIS - CONCRETO ASFÁLTICO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
_____. NORMA DNIT 138/2010 - ES PAVIMENTAÇÃO – REFORÇO DO SUBLEITO - ESPECIFICAÇÃO DE
SERVIÇO.
_____. NORMA DNIT 139/2010 – ES PAVIMENTAÇÃO – SUB-BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE
- ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO.
_____. NORMA DNIT 141/2022 – ES PAVIMENTAÇÃO – BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE –
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO.
_____. NORMA DNIT 145/2012-ES PAVIMENTAÇÃO – PINTURA DE LIGAÇÃO COM LIGANTE ASFÁLTICO –
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO.
MARQUES, GERALDO. PAVIMENTAÇÃO. MINAS GERAIS, UFJF, 2006. NOTAS DE AULA DA DISCIPLINA
ENGENHARIA.
SENÇO, W. MANUAL DE TÉCNICAS DE PAVIMENTAÇÃO. SÃO PAULO: PINI, 1997.

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  • 1.
  • 2. APRESENTAÇÃO DO E-BOOK O intuito deste E-book é fazer com que você entenda de uma vez por todas os principais tópicos de pavimentação rodoviária. Em virtude do formato desta aula, o objetivo aqui não é exaurir o tema, uma vez que nem tudo que vemos na faculdade ou na literatura é cobrado em concurso público. Ademais, utilizaremos uma abordagem que na mesma medida em que é didática também pondera estatísticas de cobrança nos concursos. Portanto, a didática considera a necessidade de ver tópicos basilares para assegurar o entendimento de assuntos mais complexos. Por outro lado, as análises estatísticas, as quais embasam a pertinência do conteúdo aqui neste livro digital, permitem delinear as preferências das bancas e conferir maior eficiência ao material escrito (poucas páginas respondem muitas questões). Ainda, todo o nosso estudo será quase como se fosse uma conversa, sabe? O objetivo aqui é te mostrar, amigavelmente, o que será cobrado na sua prova sem que isso te dê vontade de “tirar uma soneca” sobre o material (hahahaha). Perceberá uma linguagem descontraída e leve durante a aula, isso é intencional para te fazer estudar, em vez de dar sono e querer dormir. Outro motivador para a escolha do tópico "pavimentação rodoviária" foi a quantidade de concursos públicos em que as matérias de infraestrutura são privilegiadas. Para ser mais claro escreverei em caixa alta, a fim de que tomem ciência das grandes oportunidades que se avizinham. ● 300 VAGAS AUTORIZADAS PARA O CONCURSO DE ANALISTA DE INFRAESTRUTURA FEDERAL; ● 50 VAGAS PARA O DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTES - DNIT; ● DIVERSAS AGÊNCIAS REGULADORAS; ● E OPORTUNIDADES DIVERSAS NO CNU. Após tudo isso, acho que consegui te convencer da relevância dos assuntos que aqui serão apresentados. Outrossim, deixo claro que NENHUM aluno meu vai para a prova com dúvida, logo abaixo, na minha apresentação, deixo todas as minhas redes sociais para que você entre em contato, em caso de dúvida. Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa.
  • 3. APRESENTAÇÃO PESSOAL Nesta parte do livro digital, faço questão que você me conheça. No entanto, não quero que você saiba exclusivamente quem sou pelo que conquistei no mundo dos concursos, embora apresente aqui também um pouco do que consegui nessa minha trajetória. Quero que você saiba que faço o que AMO! Eu me sinto bem ao poder aconselhar e tentar mudar o destino das pessoas pelo estudo. Então, se você pegou este material e ainda está prestes a iniciar a leitura, saiba que fiz com muito amor. Tenha ciência de que, se todo esse conteúdo que você está prestes a ler, mudar por pouco que seja o que você sabe, ganhei muito mais do que sua admiração, pois mudei um pouquinho da sua vida. Espero de verdade que a questão que vai decidir sua vida de concurseiro esteja nesse material. Então, após todo esse melodrama (hahaha), falo um pouco do que já fiz nesse mundo de concursos públicos: 1. Tutor e professor do Estratégia Concursos. 2. Engenheiro Civil com aprovações em concursos públicos na área em todas as esferas nas 15 primeiras colocações. Dentre elas: I. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no cargo de Engenheiro Civil 9º lugar na localidade de São Luís/MA; II. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) no cargo de Analista de Desenvolvimento Regional na área de Engenharia Civil 5º lugar (6ª Superintendência Regional); III. Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) no cargo de Auditor de Obras Públicas 13º lugar; IV. Prefeitura Municipal de João Pessoa no cargo de Engenheiro Civil 7º lugar; V. Tribunal de Contas do Estado do Goiás, no cargo de Auditor de Controle Externo 2º lugar; VI. Controladoria Geral do Estado de Santa Catarina, no cargo de Auditor de Controle Interno 11º lugar. Fui aluno do Estratégia e já estive onde você está, logo estará do lado de cá (lado dos aprovados). Não hesite na sua preparação, pois saiba que ela mudará a sua vida, assim como mudou a minha. Ficarei muito feliz em contribuir com a sua transformação de "concurseiro" para "concursado". Link de entrevista quando fui aprovado no Tribunal de Contas do Estado de Goiás: https://youtu.be/A0GOxTQsGsU Instagram: https://www.instagram.com/eng.raulsuzuki ou @eng.raulsuzuki
  • 4. YouTube: Link do Canal Engenharia Sobre Controle “A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” (Oliver Goldsmith) PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA 1 - Considerações Iniciais Neste Livro digital iremos estudar os tópicos mais recorrentes relacionados à Pavimentação Rodoviária. Antes mesmo de adentrar no conteúdo, é importante ressaltar alguns tópicos. Ao longo desta aula alguns manuais serão citados, bem como normas técnicas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) quando necessário for. Portanto, com o intuito de minimizar a sua "volta" às normas técnicas, citá-las-ei quando pertinente. Contudo, isso não substitui a sua leitura em alguns casos bem específicos, pois esgotar todas as normas cobradas em livros eletrônicos seria quase impossível além de altamente ineficiente. Ainda, sempre que possível, esquemas serão apresentados para facilitar a memorização. A abordagem neste E-book será feita da seguinte maneira: as questões nortearão os tópicos de teoria aqui abordados, portanto, este material é feito para você que quer ir bem nas questões e não só ficar divagando em tópicos teóricos. A teoria correlata também será abordada, no entanto, esta abordagem mais pragmática te dará um respaldo maior na resolução das questões, uma vez que elas é quem balizarão tudo que veremos a seguir. Por fim, deixo o convite para você nos seguir nas redes sociais citadas acima na apresentação do curso, pois o conteúdo dessa aula vai além deste E-book. Portanto, fique por dentro de tudo sobre concursos, questões comentadas e atualidades sobre novos certames de engenharia, siga-nos nas redes sociais. Boa aula, pessoal!
  • 5. 2 – Tópicos gerais de pavimentação Os pavimentos, de forma geral, auxiliaram a acelerar o desenvolvimento dos seres humanos até chegar no que conhecemos hoje como sociedade moderna. Sem dúvidas, por meio das interligações feitas entre cidades, estados, países e continentes, deu-se o crescimento das cidades e a integração de grandes nações. Ainda que não restem dúvidas acerca do papel fundamental que os pavimentos desempenharam desde os primórdios da humanidade até os dias de hoje, uma questão ainda é recorrente: O que são pavimentos e como eles funcionam? Com o fito de responder a essa pergunta, iremos discorrer ao longo desse e-book tudo o que você precisa saber para responder desde essa questão trivial até complexas questões de concurso público. 2.1 - Classificações dos Pavimentos Em se tratando das classificações dos pavimentos, eles podem ser, de acordo com a doutrina dominante, divididos em 3 tipos: flexíveis, rígidos e semirrígidos. Figura 01: Tipos de pavimentos. A fim de que você entenda conceitos básicos de cada um dos tipos de pavimentos citados a norte, elenca-se abaixo o que o DNIT dispõe acerca de cada um deles em seu Manual de Implantação Básica de Rodovia: Tipos de pavimentos Rígidos Semirrígidos Flexíveis
  • 6. a) Flexível: aquele, em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo típico: pavimento constituído por uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, revestida por uma camada asfáltica. b) Semirrígido: caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias como, por exemplo, por uma camada de solo cimento, revestida por uma camada asfáltica. c) Rígido: aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. Após a conceituação, torna-se pertinente a demonstração gráfica de cada uma das classificações dos pavimentos. Portanto, verás que a definição exposta aqui realmente diz respeito às imagens a seguir, as quais ilustram seções tipo das classificações acima. Figura 02: Seções tipo de pavimentos.
  • 7. Figura 03: Exemplo de seção de pavimento flexível. Figura 04: Exemplo de seção de pavimento rígido. 1) (CEBRASPE/Perito Criminal Federal - Área 7- 2018) A Com relação às camadas e ao comportamento da distribuição de cargas nas camadas inferiores de pavimentos rodoviários
  • 8. rígidos comparativamente aos pavimentos rodoviários flexíveis em que se adote o CBUQ como solução, julgue o item subsequente. O pavimento flexível possui vantagem econômica em relação ao rígido, pois a execução da camada de base é desnecessária, sendo o CBUQ executado diretamente sobre o subleito. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: De fato, o pavimento flexível tem vantagem econômica sobre o rígido, uma vez que o custo de implantação do flexível é bem menor do que o custo de implantação de um pavimento rígido. Então, a primeira parte da questão está correta. No entanto, conforme vimos na teoria acima, o pavimento flexível dispõe OBRIGATORIAMENTE de base adjacente ao revestimento asfáltico, portanto, a questão erra ao afirmar que "a execução da camada de base é desnecessária". Para que você não fique pensando: posso executar algum pavimento sem base adjacente à camada de revestimento? A resposta é: SIM! O pavimento rígido dispõe de um revestimento rígido o suficiente para dispensar a base, consoante exemplifica a figura abaixo. Figura 05: Seção tipo de pavimento rígido. Portanto, o gabarito da questão é ERRADO.
  • 9. 2) (CEBRASPE/Prefeitura Municipal de São Cristóvão - 2023) Na figura a seguir, que representa a estrutura de pavimento flexível de uma rodovia, a última camada superior é a camada de revestimento asfáltico. Nessa situação, a partir do revestimento asfáltico, as demais camadas são, respectivamente, denominadas a) Subleito, reforço de subleito, base e sub-base. b) Base, sub-base, reforço de subleito e subleito. c) Sub-base, base, subleito e reforço de subleito. d) Reforço de subleito, sub-base, base e subleito. Comentário: A questão, antes de se referir exatamente ao que é perguntado, dispõe sobre o pavimento flexível. Portanto, sem muita dificuldade verificamos o que é demandado: a ordem das camadas. Para tanto, colaciona-se abaixo um esquema de disposição de camadas em uma seção tipo de um pavimento flexível. Percebe-se também que a ordem importa para a questão, caso contrário haveria mais de um gabarito, então, note que o quesito asseverou "a partir do revestimento asfáltico, as demais camadas são". Assim, a ordem é de cima para baixo, ou seja, a ordem é do revestimento até o subleito. Como o revestimento já havia sido citado, a próxima camada deve ser obrigatoriamente a base. Com essa informação APENAS você já conseguiria "matar" a questão. No entanto, a devida sequência é: base, sub-base, reforço de subleito e subleito.
  • 10. Figura 06: Seção tipo de pavimento flexível. Portanto, diante do discutido acima, a alternativa B é a correta, portanto, o gabarito da questão. 3) (FEPESE/CASAN - 2022) Analise as afirmativas abaixo em relação aos tipos de pavimentos. 1. O dimensionamento do pavimento rígido é comandado pela resistência do subleito, não considerando a resistência do próprio pavimento. 2. Os pavimentos flexíveis normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas puramente granulares. 3. Os pavimentos rígidos são muito deformáveis com uma vida útil menor. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) É correta apenas a afirmativa 2. b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. Comentário: Apesar de não termos passado de forma mais específica em alguns tópicos desta questão, comentá-los-ei à medida que nos depararmos com eles. Uma vez que este não é um curso completo, apenas um e-book. A pertinência desta questão neste material diz respeito à comparação entre os tipos de pavimentos, portanto, uma análise comparativa trará uma assimilação mais fácil para você, meu querido aluno(a). No tópico 1, o seu erro reside no fato da seguinte afirmação "não considerando a resistência do próprio pavimento". Uma vez que o pavimento rígido resiste na sua placa de concreto superficial quase que integralmente os esforços do tráfego, a assertiva não encontra respaldo na literatura. Os pavimentos de concreto-cimento são aqueles em que o revestimento é uma placa de concreto de cimento Portland. Nesses pavimentos, a espessura é fixada em função da resistência à flexão das placas de concreto e das resistências das
  • 11. camadas subjacentes. (BERNUCCI, L. L. B., et al. Pavimentação asfáltica: Formação básica para engenheiros) No tópico 2, a assertiva está corretíssima, conforme se observa na figura abaixo. Figura 07: Seção tipo de pavimento flexível. No tópico 3, a assertiva erra ao afirmar que tanto que os pavimentos rígidos são "muito deformáveis" quanto que eles têm "uma vida útil menor". Segundo a doutrina de engenharia, os pavimentos rígidos, comparativamente aos flexíveis, são menos deformáveis e possuem uma vida útil maior, embora tenham um custo de implantação inicial muito maior. Desse modo, a assertiva inverteu os conceitos. Portanto, como apenas a afirmativa 02 está correta, a alternativa A é o gabarito da questão. 4) (QUADRIX/IDURB - 2020) Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o pavimento é uma estrutura de camadas de materiais de diferentes resistências, resultando em um conjunto de alto grau de complexidade para atender às cargas impostas pelo tráfego. A respeito desse tema, julgue o item. Um pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland é um exemplo de pavimento flexível, pois absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. ( ) Certo ( ) Errado Comentário:
  • 12. Já adianto para vocês que a questão está errada. Percebam comigo o erro que a banca enuncia "pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland é um exemplo de pavimento flexível". Para explicitar o erro, quero que vocês tatuem isso na mente "o pavimento flexível NÃO é revestido por lajes de concreto". Exemplifica-se abaixo o processo executivo dos pavimentos flexíveis e rígidos. Figura 08: Pavimento rígido. Figura 09: Pavimento flexível.
  • 13. Portanto, o gabarito da questão é ERRADO. 2.2 - Revestimentos rodoviários No que tange aos tipos de revestimentos rodoviários, existem diversas classificações. Tais categorizações dizem respeito às características de resistência, de materiais utilizados e de processos executivos. Figura 10: Tipos de revestimento rodoviários. Consoante o Manual de Pavimentação do DNIT, conceituam-se abaixo alguns revestimentos que corriqueiramente são cobrados em concursos. Com estas informações trazidas pelo referido manual e posteriores explanações, você estará apto a acertar diversas questões, conforme se verá a seguir. ⮲ REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS BETUMINOSOS Os revestimentos betuminosos são constituídos por associação de agregados e materiais betuminosos. Esta associação pode ser feita de duas maneiras clássicas: por penetração e por mistura. Como os revestimentos flexíveis betuminosos dividem-se em dois tipos (por mistura e por penetração), esta subdivisão dá-se, principalmente, em virtude da forma de execução. A fim de clarificar os conceitos aqui expostos, conceituam-se abaixo os revestimentos betuminosos:
  • 14. a) Por penetração: os agregados são dispostos na pista durante a execução, a aplicação de material betuminoso (que pode ser antes ou depois da disposição dos agregados) e, por fim, a compressão em quantas camadas forem necessárias. i. Penetração Direta - sequência executiva: disposição de agregados, aplicação de ligante e posterior compressão. Exemplo: macadame betuminoso; ii. Penetração Invertida - sequência executiva: aplicação de ligante, disposição de agregados e posterior compressão. Exemplo: tratamento superficial simples, duplo e triplo. Figura 11: Execução de tratamento superficial. b) Por mistura: os agregados e os ligantes são misturados de forma pretérita, ou seja, há um pré-envolvimento dos agregados antes da compressão, ainda que isso seja feito na própria pista (road mixes) ou em usinas fixas. Alguns exemplos são: Concreto Betuminoso Usinado a Quente (o famoso CBUQ) e os pré-misturados.
  • 15. Figura 12: Execução de revestimento asfáltico. Superado o tópico de revestimentos flexíveis betuminosos, a seguir serão expostos conceitos do Manual de Pavimentação do DNIT que dizem respeito ao revestimento flexível por calçamento. ⮲ REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS POR CALÇAMENTO A utilização destes tipos de pavimento, em rodovias caiu consideravelmente, na medida em que se intensificou a utilização de pavimentos asfálticos e de concreto. Assim é que, de uma maneira geral, a sua execução se restringe a pátios de estacionamento, vias urbanas e alguns acessos viários - muito embora tal execução envolva algumas vantagens [...] Alguns exemplos de revestimentos flexíveis por calçamento: a) Alvenaria Poliédrica Estes revestimentos consistem de camadas de pedras irregulares (dentro de determinadas tolerâncias), assentadas e comprimidas sobre um colchão de regularização, constituído de material granular apropriado; (...) b) Paralelepípedos
  • 16. Estes revestimentos são constituídos por blocos regulares, assentes sobre um colchão de regularização constituído de material granular apropriado. Figura 13: Revestimento flexível por calçamento. Calçamento é pavimento FLEXÍVEL! Por fim, disposições acerca dos pavimentos rígidos são fundamentais, uma vez que eles costumam ser confundidos com os flexíveis nas questões de prova. Portanto, sigamos. ⮲ REVESTIMENTOS RÍGIDOS O concreto de cimento, ou simplesmente "concreto" é constituído por uma mistura relativamente rica de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água, distribuído numa camada devidamente adensado. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do pavimento. Revestimento; e Base do pavimento. Pavimento Rígido
  • 17. Figura 14: Especificações do pavimento rígido. 5) (CEBRASPE/Prefeitura Municipal de São Cristóvão - 2023) Assinale a opção que indica o revestimento que pode ser empregado como base, regularização ou reforço do pavimento, que é aplicável em rodovias de trânsito intenso e que se caracteriza por ser flexível, resultante da mistura a quente em usina própria, composto de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e ligante betuminoso, dosado, espalhado e comprimido a quente. a) asfalto ecológico. b) concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). c) tratamento superficial. d) microrrevestimento asfáltico. Comentário: Relativamente à composição citada pela questão, esta refere-se ao Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), uma vez que esse é composto por agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e ligante betuminoso, conforme esquema abaixo. Figura 15: Composição do CBUQ. Apesar de a questão já estar respondida, uma vez que verificamos qual a assertiva correta, evidenciaremos o erro das demais assertivas. Na verdade, o conceito de cada uma das assertivas. ● Asfalto ecológico: revestimento em que há a mistura de borracha de pneus inservíveis e a questão não fala nada sobre isso; ● Tratamento superficial: conforme visto na teoria acima, os tratamentos superficiais são revestimentos por penetração e não por mistura em usina, como acontece no CBUQ; CBUQ Agregado mineral graduado Material de enchimento (filler) Ligante betuminoso
  • 18. ● Microrrevestimento asfáltico: consistem em uma associação fluida de agregados minerais, material de enchimento, emulsão asfáltica com polímeros e água. Composição bem diferente do que o enunciado apresentou. Portanto, em virtude de a composição apresentada pela questão ser a do CBUQ, a alternativa B é o gabarito da questão. 6) (FGV/Prefeitura de Salvador - 2019) Com relação aos revestimentos flexíveis betuminosos, analise as afirmativas a seguir. I. O tratamento superficial duplo é um exemplo de revestimento betuminoso por penetração direta. II. O concreto asfáltico é um exemplo de revestimento betuminoso pré-misturado a quente. III. O macadame betuminoso é um exemplo de revestimento betuminoso por penetração indireta. Está correto o que se afirma em a) I, somente. b) I e II, somente. c) II e III, somente. d) II, somente. e) III, somente. Comentário: A questão acima dispõe acerca de revestimentos betuminosos flexíveis em subtópicos. Assim, para conferir maiores esclarecimentos, resolveremos a questão tópico a tópico até chegar ao gabarito. Tópico I: Consoante visto na teoria acima, verifica-se que o erro dessa assertiva está em afirmar que o tratamento superficial duplo (TSD) é um exemplo de penetração direta, o que não é verdade. O TSD é um revestimento betuminoso por penetração INDIRETA. Portanto, a assertiva I está errada.
  • 19. Tópico II: Ao se afirmar que o concreto asfáltico (CA) ou concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) constitui um revestimento betuminoso pré-misturado a quente, a assertiva II está correta. Observe no esquema abaixo o destaque em vermelho sobre a classificação do CBUQ quanto às suas características. Para que você sempre lembre quanto a classificação de cada pavimento, recomendo que acompanhe o raciocínio visual expresso na figura a seguir. Atenção para cada uma das setas e retângulos sobre o esquema abaixo. Figura 16: Esquema de classificação dos pavimentos. Tópico III: Este último tópico erra ao afirmar que o macadame betuminoso é resultado de uma penetração indireta. Muito pelo contrário, o que ocorreu aqui na questão foi a troca de conceitos entre a penetração direta e indireta e os seus respectivos resultados. Para que você NUNCA mais
  • 20. erre uma questão dessa natureza, elaborou-se um quadro que evidencia a correspondência dos conceitos. Figura 17: Esquema revestimentos executados por penetração. Portanto, uma vez que somente a assertiva II está correta, a alternativa D é o gabarito da questão. 2.3 – Estratificação, Tipos de camadas e Equipamentos Pessoal, aqui nesta seção conversaremos um pouco acerca de alguns tópicos mais gerais da pavimentação rodoviária. No entanto, o agrupamento desses tópicos de forma estratégica traz um pouco da mescla entre noções práticas e conceitos relevantes usados rotineiramente. Então, apoiar-nos-emos em normativos do DNIT e em autores consagrados para que você, aluno (a), consiga ter uma referência normativa robusta tanto em provas objetivas quanto em provas discursivas, nas quais situações práticas são cobradas. Sem mais delongas, vamos ao que interessa. 2.3.1 Estratificação dos pavimentos flexíveis Inicialmente trataremos das camadas de uma seção tipo de pavimento flexível, uma vez que ele detém mais especificações e camadas que o pavimento rígido. Por meio do esquema abaixo, Penetração direta Macadame Betuminoso Penetração INdireta Tratamentos Superficiais
  • 21. conseguiremos ter uma visualização de onde cada uma está localizada antes mesmo de conceituá- las. Figura 18: Seção tipo de pavimento flexível. Recomenda-se fortemente que, após a leitura da conceituação de cada camada, volte no esquema acima e tente entender a sua função e relacioná-la com sua localização, pois isso ajudará na fixação. De acordo com o Manual de Implantação do DNIT, dispõe-se que: a) Pavimento - é a estrutura construída após a terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente em seu conjunto, a:− resistir a distribuir ao subleito os esforços verticais oriundos do tráfego; − melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e conforto; − resistir aos esforços horizontais (desgaste), tomando mais durável a superfície de rolamento. b) Subleito - é o terreno de fundação do pavimento; c) Leito - é a superfície obtida pela terraplenagem ou obra-de-arte e conformada ao seu greide e perfis transversais; d) Greide do leito - é o perfil do eixo longitudinal do leito; e) Regularização - é a camada posta sobre o leito, destinada a conformá-lo transversal e longitudinalmente de acordo com as especificações; a regularização não constitui, propriamente uma camada de pavimento, sendo, a rigor, uma
  • 22. operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em sobreposição a este, de camada com espessura variável; f) Reforço do subleito - é uma camada de espessura constante, posta por circunstâncias técnico-econômicas, acima da de regularização, com características geotécnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for superior, porém melhores que o material do subleito; g) Sub-base - é a camada complementar à base, quando por circunstâncias técnicoeconômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre regularização; h) Base - é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços oriundos do tráfego e sobre a qual se constrói o revestimento; i) Revestimento - é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la, quanto à comodidade e segurança e a resistir ao desgaste. Algumas considerações são necessárias para seguir na matéria, a primeira delas é: SEM O CONHECIMENTO DAS CLASSIFICAÇÕES DO QUADRO ACIMA, VOCÊ TERÁ PROBLEMAS PARA APRENDER OS DEMAIS CONTEÚDOS. Uma vez que as classificações são o ponto de partida para que requisitos técnicos de cada camada sejam fixados, torna-se fundamental o conhecimento de onde as camadas estão localizadas e suas principais funções. Portanto, ainda que não tenha aprendido em uma primeira leitura, volte neste quadro quantas vezes forem necessárias para "cristalizar" esses conhecimentos na sua cabeça. A fim de que você entenda a aplicabilidade desses tópicos, vamos fazer uma questão que cobra os conhecimentos vistos acima. 7) (FEPESE/Prefeitura de Balneário Camboriú - 2022) Nas etapas do projeto de estradas, entre as camadas do pavimento, a camada estruturalmente mais importante cuja função é resistir e distribuir os esforços provenientes da ação do tráfego, atenuando a transmissão destes esforços às camadas subjacentes, é o(a):
  • 23. a) regularização do subleito. b) reforço do subleito. c) revestimento. d) sub-base. e) base. Comentário: A questão é bem conceitual, no entanto, ajuda a memorizar tópicos de extrema relevância no que tange aos aspectos introdutórios da pavimentação rodoviária. Vamos "colher" as pistas que a questão menciona, algumas delas são: "camada estruturalmente mais importante", "resistir e distribuir os esforços" e "atenuando a transmissão destes esforços às camadas subjacentes". Diante das explanações acima, percebe-se que a questão conceitua a camada de base. Observe o conceito trazido pelo DNIT: Base - é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços oriundos do tráfego e sobre a qual se constrói o revestimento. Apesar de verificarmos a correção da letra E, traz-se abaixo os demais conceitos, para fins de memorização: e) Regularização - é a camada posta sobre o leito, destinada a conformá-lo transversal e longitudinalmente de acordo com as especificações; a regularização não constitui, propriamente uma camada de pavimento, sendo, a rigor, uma operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em sobreposição a este, de camada com espessura variável; f) Reforço do subleito - é uma camada de espessura constante, posta por circunstâncias técnico-econômicas, acima da de regularização, com características geotécnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for superior, porém melhores que o material do subleito; g) Sub-base - é a camada complementar à base, quando por circunstâncias técnicoeconômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre regularização; (...)
  • 24. i) Revestimento - é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la, quanto à comodidade e segurança e a resistir ao desgaste. Portanto, como a definição pedida pelo quesito era a de base, o gabarito da questão é a alternativa E. Embora esta questão possa ser considerada fácil, em virtude de cobrar somente a definição, diversas questões partem do pressuposto que estes conhecimentos são tão básicos que devem ser cobrados associados a alguns outros. Portanto, normalmente se percebe a cobrança desse tópico combinado com especificações técnicas de cada camada. Então, apesar de essa questão não cobrar esses conhecimentos de forma mais aprofundada, não deixe de resolver outras questões que cobrem tais conteúdos. A seguir entraremos questões mais aprofundadas sobre o tema. 2.3.2 Tipos de camadas e equipamentos 2.3.2.1 Tipos de camadas No tocante aos tipos e classificações das camadas, conversaremos a seguir majoritariamente sobre bases e sub-bases, uma vez que já discutimos os revestimentos nos tópicos acima. Portanto, antes de conceituar cada um deles, convém mostrar de forma mais abrangente as suas variedades e subdivisões.
  • 25. Figura 19: Tipos de bases e sub-bases flexíveis e semirrígidas. A classificação das bases e sub-bases é um tópico cobrado de forma exaustiva nos concursos públicos. Assim, além de mostrar as categorizações, importa trazer a este material os conceitos das principais bases e sub-bases. Desse modo, transcrevem-se aqui trechos do Manual de Pavimentação do DNIT. De antemão, assevera-se que nem todo o conteúdo desse manual foi transcrito abaixo, sob pena de ser pedante e haver prejuízo na concisão e na didática. No entanto, perceberá que os conhecimentos aqui transcritos vão te ajudar a responder MUITAS questões, pois esse sim é o intuito deste material. BASES E SUB-BASES GRANULARES a) Estabilização Granulométrica São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas, puramente granulares, são sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente pela compactação de um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria apropriada e índices geotécnicos específicos, fixados em especificações. (...) b) Macadames Hidráulicos e Seco Consiste de uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou brita tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por solos de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de enchimento é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura, compressão (sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico. O macadame seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de simplificar o processo de construção evita o encharcamento, sempre indesejável, do subleito. BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS) Estas camadas têm, quase todas, processos tecnológicos e construtivos semelhantes às granulares por estabilização granulométrica, diferente apenas em alguns detalhes. a) Solo-cimento
  • 26. É uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade, durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro, cimentado, de acentuada rigidez à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem de 6% a 10%. b) Solo Melhorado com Cimento Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%), visando primordialmente à modificação do solo no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são consideradas flexíveis. c) Solo-cal É uma mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona artificial. O teor de cal mais freqüente é de 5% a 6% [...]. d) Solo Melhorado com Cal E a mistura que se obtém quando há predominância do primeiro dos efeitos citados em 6.3.2.3, e é considerada flexível. e) Solo-betume É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura considerada flexível. f) Bases Betuminosas Diversas Bases e Sub-bases Rígidas Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no seu dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto: – concreto plástico - próprio para serem adensados por vibração manual ou mecânica; – concreto magro - semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao pequeno consumo de cimento, mas com consistência apropriada à compactação com equipamentos rodoviários.
  • 27. Para te mostrar que esse assunto e não cai, DESPENCA em prova, observe a questão abaixo de 2023 em um concurso que a remuneração é de mais de R$ 20.000,00. Questão relevante em um concurso de altíssimo nível. 8) (FGV/CGE SC - 2023) Assinale a opção que indica exemplos de bases do tipo rígida, semirrígida ou flexível, nesta ordem. a) Macadame cimentado, solo-cimento e brita graduada. b) Solo-cimento, concreto de cimento e brita graduada. c) Macadame cimentado, solo-brita e solo-cimento. d) Brita graduada, concreto de cimento e solo-cal. e) Solo-cimento, macadame cimentado e solo-cal. Comentário: A questão pede de forma ordenada a classificação das bases como, respectivamente, rígida, semirrígida e flexível. Logo, atenção para a ordem das assertivas e suas respectivas classificações. Como a primeira da ordem deve ser uma base rígida, já podemos descartar as seguintes alternativas: B, D e E; uma vez que solo cimento é uma base semirrígida e a brita graduada é uma base granular flexível. Conclui-se, então, que o macadame cimentado é uma base rígida. Assim, restam as alternativas A e C. Relativamente à base semirrígida pedida, somente a letra A apresenta uma base semirrígida, uma vez que solo-brita é uma base flexível. A fim de que vocês entendam um pouco mais sobre as classificações aqui elencadas, colaciono abaixo um esquema, mostrando com clareza a classificação das bases de acordo com literatura vigente.
  • 28. Figura 20: Tipos de bases. Portanto, a alternativa A é o gabarito da questão, uma vez que ordena as bases na classificação determinada pelo quesito. 2.3.2.2 Equipamentos Após a parte conceitual das classificações, iremos conversar de forma bem breve sobre alguns equipamentos e de forma indireta sobre a execução de pavimentos. O objetivo aqui não é esgotar o tema, uma vez que, em virtude de ser um tema longo, fugiria ao escopo desse material, que é acertar questões de concurso público. Portanto, sigamos aos equipamentos.
  • 29. Figura 21: Caminhão basculante. Figura 22: Motoniveladora.
  • 30. Figura 23: Pá carregadeira sobre esteiras (bulldozer). Figura 24: Retroescavadeira.
  • 31. Figura 25: Escavadeira hidráulica. Figura 26: Rolo liso
  • 32. Figura 27: figuras questões 9, 10 e 11. Considerando as figuras de I a III acima, que ilustram equipamentos de terraplanagem, julgue o item a seguir. 9) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura I mostra um trator de esteira, que é utilizado na fase de escavação. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: O erro da questão reside no fato de afirmar que a figura I acima é um trator de esteiras, uma vez que ela é uma pá carregadeira sobre pneus. Observe que a concha dianteira tem o fito de trazer
  • 33. utilidade que vai além do esforço motriz que um trator teria, portanto, deixa de ser apenas uma unidade tratora e passa a ser uma unidade escavo-empurradora. Observe o que o Manual de Implantação básica rodoviária do DNIT afirma sobre o tema: O trator de lâmina ou de pneus, que é a máquina básica da terraplenagem, pode receber a adaptação de um implemento, que o transforma numa unidade capaz de escavar e empurrar a terra chamando-se, por isso, unidade escavo-empurradora. Esse implemento é denominado lâmina e o equipamento passa a chamar-se trator de lâmina ou ―bulldozer. Os tratores de esteiras são equipamentos destinados à escavação de solos, sendo equipados com lâminas para operação de escavação, ou com placas de empuxo, para operação de ―pusher em motoscrapers. Alguns são equipados, também, com escarificadores, que visam facilitar o trabalho de escavação quando o solo é duro. Figura 28: Bulldozer. Por fim, a unidade acima sem sua lâmina seria um trator de esteiras. Desse modo, o gabarito é ERRADO. 10) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura II mostra, em primeiro plano, uma moto-basculante, que é utilizada para carregar o material retirado dos cortes do terrapleno. ( ) Certo ( ) Errado
  • 34. Comentário: A questão erra ao afirmar que a imagem II corresponde a uma "moto-basculante". Em verdade, o equipamento da imagem referenciada diz respeito a um moto-scraper Figura 29: Moto-scraper. O moto-scraper é um equipamento destinado à execução do corte, transporte e descarga de solos, realizando ainda, quando passam carregados sobre o material já descarregado, uma compactação inicial. Basicamente constam de duas partes: a caçamba (scraper) e o trator ou cavalo. Desse modo, o gabarito é ERRADO. 11) (CEBRASPE/CEF - 2015) A figura III mostra uma pá carregadeira, utilizada em espalhamento. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: O examinador tenta confundir o candidato entre os seguintes equipamentos: a pá carregadeira (unidade escavo-empurradora) e a motoniveladora (unidade aplainadora). Observe que ambos possuem uma lâmina, no entanto, cada um serve para uma coisa. Note o que o DNIT afirma dobre esse equipamento. Motoniveladoras – São equipamentos destinados ao espalhamento de solos e regularização do subleito. Trabalham sobre seis rodas, sendo duas dianteiras e quatro traseiras montadas em tandem.
  • 35. As rodas dianteiras, além do movimento normal, formam ângulos com a vertical, para ambos os lados, o que facilita a operação. A lâmina, que na maioria das operações trabalha em posição horizontal ou próxima desta, possui facilidade de movimentação muito grande e pode ficar e qualquer posição, inclusive a vertical, do lado de fora da máquina. Isso permite uma série de operações especiais, inclusive a regularização de taludes. São equipados, também, com escarificadores, que podem facilitar o trabalho quando trabalhando em solos mais duros. Desse modo, o gabarito é ERRADO. 2.4 - Materiais Rodoviários Então pessoal, nesta seção iremos passar por alguns tópicos acerca das características dos materiais asfálticos e demais materiais rodoviários. No entanto, não adentraremos em profundidade nos aspectos relacionados aos respectivos ensaios. Assim, recomenda-se que uma posterior leitura dos manuais seja feita de forma a complementar tudo que veremos a seguir. Definições gerais foram trazidas da literatura consagrada (BERNUCCI) para que você, meu querido aluno (a), entenda de onde saem e o que são todas essas misturas. Betume e asfalto são a mesma coisa? – Betume: comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel no bissulfeto de carbono; – Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção; – Alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém hidrocarbonetos, que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira etc.
  • 36. Note que o betume é uma matéria prima para componentes asfálticos, conforme definição acima. Após entender as diferenças entre cada um dos materiais acima, cumpre ressaltar que eles ainda podem ser utilizados para elaboração de outros insumos utilizados na pavimentação. Portanto, bastante atenção no quadro abaixo. Os ligantes asfálticos ou CAPs são constituídos de 90 a 95% de hidrocarbonetos e de 5 a 10% de heteroátomos (oxigênio, enxofre, nitrogênio e metais – vanádio, níquel, ferro, magnésio e cálcio) unidos por ligações covalentes. Os asfaltos diluídos (ADP) são produzidos pela adição de um diluente volátil, obtido do próprio petróleo, que varia conforme o tempo necessário para a perda desse componente adicionado restando o asfalto residual após a aplicação. O diluente serve apenas para baixar a viscosidade e permitir o uso à temperatura ambiente. O principal uso do ADP na pavimentação é no serviço de imprimação de base de pavimentos. Emulsão Asfática de Petróleo (EAP): Uma emulsão é definida como uma dispersão estável de dois ou mais líquidos imiscíveis. No caso da EAP, os dois líquidos são o asfalto e a água. A questão a seguir elenca algumas características do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) e do CBUQ (Concreto Asfáltico Usinado a Quente), portanto, use-a para memorizar alguns conceitos bem pertinentes sobre esse tema. 12) (FGV/IMBEL - 2021) A pavimentação das estradas tem o objetivo de resistir e distribuir ao subleito os esforços produzidos pelo tráfego, além de melhorar as condições de rolamento dos veículos, quanto à comodidade e à segurança. Os pavimentos podem ser divididos em flexíveis e rígidos, podendo ser aplicados também pavimentos semi-flexíveis. Em relação às características dos pavimentos flexíveis, é correto afirmar que são constituídos de revestimentos a) betuminosos, que possuem elevada resistência à tração e elevada plasticidade. b) betuminosos, que possuem baixa resistência à tração e elevada plasticidade. c) betuminosos, que possuem baixa resistência à tração e baixa plasticidade. d) de placas de concreto, que possuem elevada resistência à tração e baixa plasticidade. e) de placas de concreto, que possuem elevada resistência à tração e elevada plasticidade.
  • 37. Comentário: Inicialmente, pode-se perceber que a questão pergunta algumas características dos pavimentos flexíveis. Então, vamos resolvê-la por eliminação. As letras D e E trazem que os revestimentos mais adequados para os pavimentos flexíveis são placas de concreto, portanto, percebemos o erro das assertivas, uma vez que esse revestimento diz respeito aos pavimentos rígidos. Assim, restam as assertivas A, B, e C. Os pavimentos flexíveis não são dimensionados para trabalhar à tração, assim como os pavimentos rígidos que são dimensionados para resistir a esforços internos de tração na flexão. Portanto, a letra A erra ao afirmar que "possuem elevada resistência à tração". Restaram as letras B e C. Consoante as notas de aula do Professor Geraldo Marques (UFJF), algumas características são de extrema importância para o entendimento de como os pavimentos funcionam. Observe abaixo: O CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) é por definição um material Adesivo termoplástico, impermeável à água, viscoelástico e pouco reativo, ou seja: - Termoplástico: possibilita manuseio a quente. Após resfriamento retorna a condição de viscoelasticidade. - Impermeável: evita a penetração de água (chuva) na estrutura do pavimento, forçando o escoamento para os dispositivos de drenagem - Viscoelástico: Combina o comportamento elástico (sob aplicação de carga curta) e o viscoso (sob longos tempos de aplicação de carga) - Pouco reativo: Quimicamente, apenas o contato com o ar propicia oxidação lenta, mas que pode ser acelerado pelo aumento da temperatura. Por fim, elimina-se a alternativa C, uma vez que nela se assevera que há "baixa plasticidade". Isso contradiz exatamente o que acabamos de ver no quadro acima. Portanto, a alternativa B é o gabarito da questão. 13) (CEBRASPE/Polícia Científica Alagoas - 2023) Julgue o item a seguir, a respeito da construção e avaliação de pavimentos rodoviários.
  • 38. A brita graduada tratada com cimento pode ser utilizada, por exemplo, para aumentar a resistência das camadas de base ou de sub-base de pavimentos semirrígidos de rodovias. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Nessa questão, pessoal, iremos falar um pouco sobre a brita graduada tratada com cimento (BGTC). Essa metodologia pode ser empregada tanto em bases quanto em sub-bases, como estabilização química em uma camada granular, reforçando-a. A BGTC tem a mesma composição da Brita Graduada Simples (BGS) com adição de cimento. A BGS corresponde a uma camada estabilizada granulometricamente composta por materiais (incluindo a brita, como o próprio nome já diz) que se complementam de forma a se obter uma mistura final com propriedades adequadas de estabilidade e durabilidade. Uma vez que para a obtenção da BGTC deve-se inserir cimento na BGS, convém ressaltar que há retração dessa camada, seja ela uma base ou sub-base, em virtude da adição do aglomerante. Caso você se pergunte, como uma camada de alta resistência pode ser empregada na sub-base? A resposta é simples, existem diversas metodologias de dimensionamento do pavimento, uma delas é a concepção por meio de pavimentos invertidos. Esse pavimento utiliza uma sub-base cimentada e uma base granular sobreposta a ela. No entanto, em virtude de esta camada cimentada ser mais nobre e mais cara, corriqueiramente é encontrada como base e não como sub- base, uma vez que não há impeditivo direto para que seja usada dessa forma. Esquematizando o conhecimento aqui compartilhado abaixo: Figura 30: Composição do BGTC. BGS CIMENTO BGTC
  • 39. Desse modo, o gabarito é CORRETO. 2.5 - Requisitos Normativos e Exigências Técnicas Nesta seção, iremos conversar um pouco acerca dos requisitos normativos e exigências técnicas correlatas aos serviços de pavimentação. Não sei se você, querido aluno (a), irá lembrar-se do que conversamos no início desse livro digital, portanto, irei recordá-lo. Disse que a aprendizagem dos nomes das camadas do pavimento seria fundamental, bem como das suas respectivas localizações. Você pode se perguntar: Raul, por quê? Eis a resposta: Para saber os requisitos normativos e o que as normas preconizam sobre o pavimento, torna-se necessária a aprendizagem do nome e das funções das camadas, uma vez que CADA CAMADA TEM ESPECIFICAÇÕES PRÓPRIAS. Portanto, trarei, a seguir, um pouco do que é cobrado em prova relativamente às exigências técnicas. No entanto, o intuito aqui não é esgotar o tema em virtude da grande diversidade de camadas existentes. Muito menos, dizer que você não vai precisar ler de forma mais aprofundada alguns tópicos pertinentes. Assim, em alguns tópicos, por conta da cobrança em prova, seremos mais incisivos e entraremos mais afundo. Por outro lado, em outros a análise limitar-se-á aos conceitos básicos discutidos em provas anteriores. Dessa forma, recomendo tanto a memorização do básico, que sempre cai em prova (iremos conversar aqui neste material), quanto a resolução de questões direcionadas a este tópico, pois isso te ajudará a aprender de uma vez por todas o tema. Então, vamos deixar de balela e entrar nesse assunto. 2.5.1 Regularização do subleito e Reforço do subleito1 Conforme vimos anteriormente, a “nobreza” das camadas se dá de forma crescente de baixo para cima. Então, as camadas mais próximas da superfície são mais nobres (exigentes tecnicamente e, 1 NORMA DNIT 137/2010- ES e 138/2010.
  • 40. portanto, mais caras) e as camadas mais próximas do subleito são menos nobres (menos exigentes e mais baratas). Figura 31: Nobreza das camadas. Percebe-se, assim, que estas duas camadas que traremos neste tópico, regularização do subleito e reforço do subleito, são “pouco exigentes”. 2.5.1.1 Regularização do subleito Inicialmente observe, a seguir, a definição de regularização do subleito extraída da respectiva norma: Operação destinada a conformar o leito estradal, transversal e longitudinalmente, obedecendo às larguras e cotas constantes das notas de serviço de regularização de terraplenagem do projeto, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de espessura. Com a definição acima, é possível resolver algumas questões de concurso, no entanto, não nos limitaremos a apenas conceituar as camadas. Portanto, a fim de que o entendimento do material seja facilitado e que uma visão mais prática seja formada na sua cabeça, perceba abaixo alguns requisitos técnicos transcritos da norma DNIT 137/2010- ES. Os materiais empregados na regularização do subleito devem ser preferencialmente os do próprio. Em caso de substituição ou adição de material, estes devem ser provenientes de ocorrências de materiais indicadas no projeto e apresentar as características estabelecidas na alínea “d” da subseção 5.1- Materiais, da Norma DNIT 108/2009-ES: Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviço, quais sejam, a Camadas mais superficiais (próximas ao revestimento) Camadas mais profundas (próximas ao subleito) Mais nobres Menos nobres
  • 41. melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%, cabendo a determinação da compactação de CBR e de expansão pertinentes [...]. 2.5.1.2 Reforço do subleito A norma DNIT 138/2010 – ES, que dispõe acerca do reforço do subleito, conceitua o serviço como: Camada estabilizada granulometricamente, executada sobre o subleito devidamente compactado e regularizado, utilizada quando se torna necessário reduzir espessuras elevadas da camada de sub-base, originadas pela baixa capacidade de suporte do subleito. Note aqui, caro aluno (a), que a função desta camada é reduzir a espessuras de camadas que estão sobrepostas a ela. Portanto, qual o intuito dessa estratificação e aumento da espessura das camadas inferiores? O projetista economizará no projeto! -Certo Raul, mas ainda não entendi. Explica um pouco melhor. - Vamos lá, caro aluno (a). Como foi explicitado acima, as camadas mais próximas ao subleito têm características tecnicamente menos exigentes, portanto, são mais baratas do que as camadas mais superficiais. Até aqui tudo bem, né? Continuemos, então. Por outro lado, as camadas mais próximas da superfície do pavimento, ou seja, do revestimento, são mais exigentes tecnicamente. Portanto, em virtude de as qualidades exigidas serem maiores, elas também são mais caras. Por fim, quero que você pense junto comigo. Se você, como projetista, tivesse que aumentar alguma espessura das camadas de um pavimento, quais seriam? Obviamente as camadas mais baratas, portanto, seriam camadas mais próximas do subleito. Um exemplo de camada que poderia ter sua espessura aumentada seria a camada de Reforço do Subleito.
  • 42. Dessa forma, estaríamos gastando mais com uma camada menos nobre (mais barata) e gastando menos com uma camada menos nobre (mais cara). Depois da explicação acima do motivo de existirem camadas menos exigentes como o reforço do subleito, vamos identificar um pouco das suas especificações normativas. No tópico 5.1 da norma supracitada, conforme se verá a seguir, são fixados alguns requisitos técnicos. 5 Condições específicas 5.1 Material a) Os materiais constituintes são solos ou mistura de solos, de qualidade superior à do subleito. (...) c) Índice Suporte Califórnia - ISC - igual ou maior aos indicados no projeto, e Expansão ≤ 1%, [...]. Figura 32: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca do reforço de subleito. Ainda, antes de seguirmos para as demais camadas, vale a pena passarmos por esse aspecto de espessura máxima e mínima das camadas. O tópico a seguir pode variar em redação de norma para norma, no entanto, todas dizem mais ou menos a mesma coisa, portanto, atenção aqui. Reforço de subleito ISC: qualidade maior do que o subleito. Expansão ≤ 1%
  • 43. Quando houver necessidade de executar camada de reforço com espessura final superior a 20 cm, estas devem ser subdivididas em camadas parciais. A espessura mínima de qualquer camada de reforço deve ser de 10 cm, após a compactação. 14) (CEBRASPE/CNMP - 2023) A respeito das especificações e do controle de materiais utilizados na execução de um pavimento flexível, julgue o item que se segue. Em se tratando de um pavimento cuja sub-base seja granular, a expansão máxima permitida nessa camada é de 1%. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Questão bem “cara-crachá”, uma vez que cobra o conhecimento de uma especificação técnico- normativa de um dos estratos do pavimento. De acordo com a norma DNIT 139/2010, a sub-base estabilizada granulometricamente deve ter: c) Índice de Suporte Califórnia – ISC ≥ 20% e Expansão ≤ 1%, determinados através dos ensaios [...]
  • 44. Figura 33: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da sub-base estabilizada granulometricamente. Portanto, o gabarito da questão é correto. 15) (VUNESP/Prefeitura Municipal de Araçatuba - 2023) Na execução de sub-base e base estabilizadas granulometricamente com agregado siderúrgico para pavimentação rodoviária, quando houver necessidade de executar a camada de base com espessura final superior a 20 cm, esta deve ser subdividida em camadas parciais de espessura mínima de a) 3 cm. b) 5 cm. c) 7 cm. d) 10 cm. e) 12 cm. Comentário: Nesta questão a banca quis complicar a vida candidato pedindo uma norma não usual. Entretanto, o conhecimento perguntado pela questão é comum e transversal a diversas normas. Portanto, traz-se a citação da norma de base granulometricamente estabilizada com a MESMA disposição da teoria de reforço de subleito (citado na teoria acima), somente escritos de forma diferente. NORMA DNIT 141/2022 – ES Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente – Especificação de serviço
  • 45. 5.3.6 Espessura da camada compactada A camada compactada deve ter espessura no intervalo entre 10 cm e 20 cm. Quando houver necessidade de se executar camadas de base com espessura final superior a 20 cm, estas devem ser subdivididas em camadas parciais, sendo 10 cm a espessura mínima permitida após compactação, para as camadas subdivididas. Nesta fase, devem ser tomados os cuidados necessários para evitar a adição de material na fase de acabamento. Desse modo, a alternativa D é o gabarito da questão. 2.5.2 Sub-base estabilizada granulometricamente2 De acordo com as orientações da norma DNIT 139/2010, a sub-base estabilizada granulometricamente pode ser conceituada como: Camada de pavimentação, complementar à base e com as mesmas funções desta, executada sobre o subleito ou reforço do subleito, devidamente compactado e regularizado. Vale ressaltar que a definição corriqueiramente cobrada em prova é a do Manual de Pavimentação. Embora a literalidade seja um pouco diferente, no final a ideia é mais ou menos a mesma. A fim de evitar que você erre uma questão, em virtude da literalidade ser diferente nas normas, colaciono abaixo a definição do manual. Sub-base: é a camada complementar à base, quando por circunstâncias técnico- econômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre regularização. Observe, também, que a sub-base, de acordo com a definição citada a norte, é dispensável. Explicando melhor: caso o subleito tenha capacidade suficiente de suporte e regularização adequada, a execução do pavimento pode ser iniciada diretamente pela base. Portanto, dispensando a regularização do subleito, reforço do subleito e sub-base. 2 NORMA DNIT 139/2010 – ES.
  • 46. Voltando ao que estávamos discutindo, note o que se dispõe na norma do DNIT acerca dos requisitos técnicos dos materiais que compõem a sub-base: a) Os materiais constituintes são solos, mistura de solos, mistura de solos e materiais britados. b) Quando submetidos aos ensaios de caracterização DNER-ME 080/94, DNER- ME 082/94 e DNER-ME 122/94, os materiais devem apresentar as seguintes características: - Índice de Grupo - IG igual a zero; - A fração retida na peneira n° 10 no ensaio de granulometria deve ser constituída de partículas duras, isentas de fragmentos moles, material orgânico ou outras substâncias prejudiciais. c) Índice de Suporte Califórnia – ISC ≥ 20% e Expansão ≤ 1%, determinados através dos ensaios: Figura 34: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da sub-base estabilizada granulometricamente. Sub-base IG = 0 ISC ≥ 20% Expansão ≤ 1%
  • 47. 2.5.3 Base estabilizada granulometricamente3 Ao adentrar nos conceitos relativos à camada de base, percebe-se o padrão de exigência no que diz respeito aos parâmetros de qualidade dessa camada. Porém, antes mesmo de entender os requisitos técnicos, convém trazer à baila a definição de base prevista na Norma DNIT 141/2022 – ES. Atenção ao conceito abaixo e às palavras destacadas. Camada de um pavimento, sobre a qual será construído o revestimento, destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os adequadamente às camadas subjacentes, executada sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente regularizado e compactado. Após a conceituação, vamos ao que interessa. Abaixo estão dispostos alguns requisitos normativos que devem ser obedecidos na execução de bases estabilizadas granulometricamente. Bastante atenção aqui, pois este conhecimento é recorrente em provas de concursos públicos. Os agregados eventualmente retidos na peneira n° 10 devem ser constituídos de partículas duras e resistentes, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, de matéria vegetal ou outra substância prejudicial. Quando submetido ao ensaio de abrasão Los Angeles (DNER – ME 035/98), o agregado não deve apresentar desgaste superior a 55 %, admitindo-se valores maiores quando, em utilização anterior, o material tiver apresentado desempenho satisfatório. (...) A combinação dos solos ou material selecionado na fase de projeto deve proporcionar melhoria substancial nas características do solo puro que justifique seu emprego, tendo ainda que atender aos seguintes requisitos: – Expansão máxima de 0,5 % (DNIT 172 – ME); – Módulo de Resiliência (MR), de acordo com o especificado em projeto, se realizada análise mecanicista (DNIT 134 – ME); 3 NORMA DNIT 141/2022 – ES
  • 48. – Deformação Permanente (DP), de acordo com o especificado em projeto, se realizada análise mecanicista (DNIT 179 – IE). Os parâmetros a seguir devem ser atendidos, caso o projeto tenha sido dimensionado pelo método empírico: – Índice de Suporte Califórnia ISC ≥ 60 % para Número N ≤ 5 x 106 e ISC ≥ 80 % para Número N > 5 x 106 (DNIT 172 – ME); – Limite de liquidez ≤ 25 % (DNER – ME 122/94); – Índice de plasticidade ≤ 6 % (DNER – ME 082/94); – Equivalente de areia > 30 % quando os limites para limite de liquidez e índice de plasticidade forem ultrapassados. – A porcentagem do material passante na peneira n° 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem passante na peneira n° 40. Figura 35: Requisitos técnicos mais cobrados em provas acerca da base estabilizada granulometricamente. Requisitos Normativos para execução de Base Estabilizada granulometricamente Abrasão Los Angeles ≤ 55% Módulo de Resiliência Especificado em projeto Deformação permanente Especificado em projeto ISC Número N ≤ 5 x 106 ISC ≥ 60 % Número N > 5 x 106 ISC ≥ 80 % Limite de liquidez ≤ 25 % Índice de plasticidade ≤ 6 % Equivalente de areia > 30 %
  • 49. A norma DNIT 141/2022 – ES, originalmente de 2010, foi atualizada em outubro 2022, embora alguns conceitos permaneçam iguais, deve-se atentar para as mudanças. Portanto, as mudanças dispostas na norma foram para adaptar as normas técnicas aos novos métodos de dimensionamento (métodos mecanicistas). Apenas a título de exemplo, verifique, a seguir, a menção da nova norma aos requisitos dos materiais que não estavam previstos na norma de 2010. – Módulo de Resiliência (MR), de acordo com o especificado em projeto, se realizada análise mecanicista (DNIT 134 – ME); – Deformação Permanente (DP), de acordo com o especificado em projeto, se realizada análise mecanicista (DNIT 179 – IE). 2.5.4 Concreto asfáltico4 Após termos passado pelas camadas iniciais e intermediárias do pavimento, chegamos até o último e mais nobre estrato. Antes de seguirmos para as especificações técnicas, conceituou-se abaixo o concreto asfáltico segundo a norma DNIT 031/2006 – ES (Pavimentos flexíveis - Concreto asfáltico - especificação de serviço). Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em usina apropriada, com características específicas, composta de agregado graduado, material de enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e compactada a quente. 4 NORMA DNIT 031/2006 – ES
  • 50. Figura 36: Composição básica do Concreto Asfáltico (CA) ou Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) Algumas condições gerais do emprego do CBUQ devem ser consideradas, uma vez que costumam cair em prova. Portanto, as principais foram transcritas, a seguir, da norma para este material. Apesar de parecerem informações triviais, o óbvio e o básico necessitam ser ditos. Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva. O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC Observe que há uma limitação do emprego do CBUQ quando houver temperaturas e condições de umidade inadequadas. Isso decorre da limitação originada das características intrínsecas do material asfáltico. Portanto, qualquer questão que discuta flexibilizações do emprego do CBUQ em localidades úmidas ou com temperatura baixa tem alta probabilidade de estar errada. Atenção!!! Componentes do Concreto Asfáltico (CA) Agregados Material de enchimento Cimento asfáltico (CAP)
  • 51. Outro tópico que merece a nossa atenção é a disposição a seguir da norma 031/2006 – ES. Ela dispõe que o CBUQ pode ser usado para praticamente qualquer camada. O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligação (binder), base, regularização ou reforço do pavimento. Existe um tipo de pavimentação chamada de Full-Depth Asphalt, nela a espessura de CBUQ vai desde o subleito até o revestimento. Esse exemplo confirma o que a norma do DNIT assevera. No entanto, algumas considerações são importantes: ● A estratificação na estrutura convencional, como conhecemos, torna-se bem mais econômica em virtude de utilizar materiais mais baratos; ● Considerações técnicas de drenagem devem ser feitas no uso desse pavimento, uma vez que a água não drenada pode causar dano ao ligante asfáltico, se não corretamente destinada; ● Por fim, a mais importante para prova, o pavimento pode, sim, ser constituído apenas de CBUQ. Compreendidas as disposições gerais, vamos às especificações técnicas e às considerações dos materiais utilizados no Concreto Asfáltico (CA). 2.5.4.1 Cimento Asfáltico de Petróleo O Cimento Asfáltico de Petróleo é o aglomerante que envolve todos os demais componentes, diante disso, convém um controle rígido das suas características. Nas obras usuais, usa-se muito o CAP-50/70, embora a norma preveja a utilização de outros tipos, conforme se observa a seguir. Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de petróleo: – CAP-30/45 – CAP-50/70 – CAP-85/100 Temperatura do ligante
  • 52. A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 75 a 95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C. Figura 37: Temperaturas limites do CAP na confecção do CBUQ. Existe uma “janela” de 70°C para o aquecimento do ligante asfáltico definida em norma, consoante se observa no esquema acima (177-107= 70°C). Isso serve para que nem o ligante fique com uma viscosidade que dificulte o seu emprego (temperatura mínima de 107°C), nem o ligante perca características desejadas em virtude de um superaquecimento (temperatura máxima de 177°C). 2.5.4.2 Agregado graúdo Quanto aos agregados empregados na confecção do CBUQ, convém destacar alguns pontos que a norma DNIT 031/2006 – ES enuncia e que são cobrados em prova. O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado preferencialmente britado ou outro material indicado nas Especificações Complementares a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admitindo-se excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado comprovadamente desempenho satisfatório em utilização anterior; (...) Temperatura do Cimento asfáltico (CAP) Mínima 107°C Máxima 177°C
  • 53. b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086); c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089). Após a verificação dos parâmetros que devem ser obedecidos nos agregados graúdos, a constatação dos índices relativos aos agregados miúdos também deve ser feita, conforme orientam as normas do DNIT. Vejamos a seguir. O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054). Aquecimento dos agregados Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177° C. Figura 38: Resumo das características dos agregados do CBUQ. 2.5.4.3 Pintura de ligação Relativamente ao serviço de pintura de ligação, segundo a norma DNIT 145/2012-ES (pintura de ligação com ligante), pode-se conceituar este serviço como: Pintura de ligação consiste na aplicação de ligante asfáltico sobre superfície de base ou revestimento asfáltico anteriormente à execução de uma camada asfáltica Parâmetros dos Agregados no CBUQ Agregado Graúdo Desgaste Los Angeles ≤ 50% Índice de forma ≥ 0,5 Durabilidade Perda < 12% Agregado Miúdo Equivalente de Areia ≥ 55% Partículas individuais devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas
  • 54. qualquer, objetivando promover condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado. Cabe a este material, ainda que não entre afundo na sua execução, definir a sua necessidade quando da execução do CBUQ. Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve ser feita uma pintura de ligação. Uma vez que o intuito principal da pintura de ligação é promover a aderência, quando a superfície sobre a qual será implantado o revestimento estiver em condições insatisfatórias para promover adesão, a pintura de ligação deverá ser executada. O material utilizado para executar a pintura de ligação é a emulsão asfáltica RR-1C, consoante a norma DNIT 145/2012-ES. 2.5.4.4 Imprimação5 Em se tratando da imprimação, convém ressaltar o conceito normativo presente na norma DNIT 144/2014-ES (Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico). Imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, objetivando conferir coesão superficial, impermeabilização e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado. Predominantemente são utilizados dois materiais para execução da imprimação, eles são: 1. CM-30 (Asfalto Diluído); e 2. EAI (Emulsão Asfáltica). A fim de esquematizar o tema em uma única imagem, atenção ao próximo esquema, pois ele resumirá quase tudo o que você precisa saber para acertar uma questão de imprimação na sua prova. 5 NORMA DNIT 144/2014-ES (Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico)
  • 55. Figura 39: Resumo dos tópicos mais relevantes do serviço de imprimação. 16) (VUNESP/Prefeitura Municipal de Guarulhos - 2023) Nos serviços de pavimentação, para a execução de reforço de subleito de uma via deve-se verificar a espessura final da camada compactada por nivelamento a 60 cm das bordas da camada e no eixo, a cada a) 10 m. b) 20 m. c) 30 m. d) 40 m. e) 50 m. Comentário: Essa questão é bem decoreba, para falar a verdade. No entanto, não adianta brigar com a banca e praguejar, pois questões assim SEMPRE estarão nos concursos público (feliz ou infelizmente). Então vamos lá para resolução. Primeiramente vamos recorrer ao normativo respectivo de reforço de subleito do DNIT. NORMA DNIT 138/2010–ES Pavimentação – Reforço do subleito - Especificação de serviço 7.1 Controle dos insumos Imprimação Função Coesão superficial Impermeabilização Aderência Materiais usados CM-30 e EAI
  • 56. d) A frequência indicada para a execução dos ensaios é a mínima aceitável, devendo ser compatibilizada com o Plano de Amostragem Variável (vide subseção 7.4). e) Para pistas de extensão limitada, com área de até 4.000 m2, devem ser coletadas, pelo menos, cinco amostras, para execução do controle dos insumos. (...) 7.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios, para o controle tecnológico dos insumos, da execução e do produto devem ser estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscalização, elaborado de acordo com os preceitos da Norma DNER-PRO 277/97. Percebe-se que o controle pode ser baseado em um plano de amostragem ou em um número de ensaios por área. Como a questão quer saber em unidade linear, cabe a verificação do item 7.4 da norma, a fim de verificar se existe essa previsão normativa pedida pela banca. Ao examinar o plano de amostragem previsto na norma, nota-se que ele se baseia em critérios estatísticos previstos na norma DNER-PRO 277/97, conforme visto acima. E agora? Peço a anulação da questão? Sento e choro? Nada disso, aluno (a) do Estratégia fica muito tranquilo, pois o professor procura outra fonte normativa para responder, ou seja, a fonte que o examinador se baseou quando elaborou esta questão. Então vamos lá. NBR 12752/1992 - Execução de reforço do subleito de uma via - Procedimento 5.2 Execução 5.2.5 Verificar a espessura final da camada compactada, por nivelamento, a cada 20 m, a 60 cm das bordas da camada e no eixo. Perceba, caro aluno (a), que no início do comentário recorremos ao principal órgão, enquanto se fala de pavimentação, ou seja, o DNIT. Lá existia resposta, no entanto, não era no “formato que queríamos”, desse modo, utilizamos as normas da ABNT de forma a encontrar a base teórica utilizada na questão aqui apresentada.
  • 57. Na norma NBR 12752/1992 - execução de reforço do subleito de uma via (citação acima), encontrou-se a fundamentação da questão. Portanto, verifica-se que, para a ABNT, em um reforço de subleito, deve-se executar a verificação de espessura final compactada a cada 20 m. Portanto, a alternativa B é o gabarito da questão. 17) (FGV/DPE RS - 2023) Para os projetos de pavimentos rígidos, é comum a adoção da sub-base de concreto de cimento Portland compactado com rolo, cuja especificação está prevista na norma DNIT 056/2013-ES. De acordo com essa norma: a) a cura da sub-base deve ser realizada por meio da cura úmida ou cura química; b) uma resistência característica da compressão de 4,5 MPa é suficiente para o emprego nessa camada; c) a compactação deve ser feita por meio de placas vibratórias em toda a superfície da camada espalhada; d) o espalhamento do concreto deve ser executado por meio de motoniveladora, de forma a se obter adequados nivelamento e acabamento superficial da camada; e) um controle de qualidade previsto para a execução dessa camada é o grau de compactação e não deve ser inferior a 100% para a sua aceitação. Comentário: Pessoal, nessa questão vamos passar em alguns tópicos um pouco mais complexos, portanto, aproveitem para aprender algumas nuances normativas que, embora não tenham sido explanadas na integralidade neste material, trarão um entendimento amplo sobre o tópico de pavimentação. A estratégia adotada aqui para resolver a questão será por eliminação, então, passaremos letra a letra eliminando os possíveis erros. Para tanto, utilizaremos a norma DNIT 056/2013-ES (Pavimento rígido – Sub-base de concreto de cimento Portland compactado com rolo – Especificação de serviço). Na letra A, o erro reside no fato de a questão afirmar que a cura "deve ser realizada por meio da cura úmida", uma vez que a norma assevera que a cura deverá ser feira por emulsão asfáltica. A cura da sub-base deve ser realizada com pintura asfáltica, utilizando-se emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida ou média, em conformidade com a norma DNIT 165/2013 – EM.
  • 58. Na Letra B, o quesito erra ao afirmar que a "resistência característica da compressão de 4,5 MPa é suficiente". Consoante citação a seguir, verifica-se que a resistência característica deve ser superior a 5,0 MPa. a) Resistência característica à compressão (fck) aos 7 dias, determinada em corpos de prova moldados e curados da maneira indicada na subseção 7.2.3 e ensaiados à compressão segundo a norma NBR- 5739:2007: – fck ≥ 5,0 MPa; Na letra C, observa-se uma generalização por parte da banca no que diz respeito à compactação. Vale ressaltar que essa assertiva, apesar de errada, é bem difícil de distinguir das corretas, porque, para acertar, você precisaria ter lido ao menos uma vez a referida norma. Então, a generalização da banca deu-se ao afirmar que a compactação deve ser feita por "placas vibratórias em toda a superfície ". No entanto, a norma dispõe de maneira diversa, observe: 5.3.7 Compactação A compactação deve ser feita por meio de rolos lisos vibratórios, sendo utilizadas placas vibratórias na compactação somente em locais de difícil acesso aos rolos. Então, o emprego de placas vibratórias deve ser utilizado em locais de difícil acesso e a compactação por rolos lisos deve ser feita de forma preferencial. Portanto, assertiva errada. Relativamente à letra D, quanto ao espalhamento do concreto, percebe-se que a assertiva contradiz diretamente disposição expressa da norma (abaixo), a qual veda expressamente o uso de motoniveladora para espalhamento. Assim, o equipamento mais adequado, segundo a norma, é a vibroacabadora. 5.3.6 Espalhamento O espalhamento do concreto deve ser executado por meio da vibroacabadora de asfalto, de forma a se obter adequados nivelamento e acabamento superficial da camada. (...) Não é permitido o espalhamento do material com motoniveladora ou outro equipamento não apropriado.
  • 59. A letra E, por eliminação já seria o nosso gabarito. Porém, vamos verificar o motivo de ela estar correta e expor a sua fundamentação teórica. Essa questão dispõe sobre o controle de qualidade da sub-base de concreto compactado a rolo, o requisito aqui discutido é o grau de compactação, que é 100%. O percentual encontra-se de acordo com a norma, consoante se observa a seguir. O desvio máximo da umidade em relação à umidade ótima deve ser de um ponto percentual e o grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%, em relação à massa específica aparente seca máxima obtida em laboratório, considerada a energia normal de compactação, segundo a norma DNER-ME 092/94. Apenas uma observação para vocês que vão fazer prova e se depararão com questões parecidas com esta. Depois de um tempo verificando parâmetros técnicos de diversas camadas, algumas características tornam-se frequentes e se repetem, como é o caso do grau de compactação. Portanto, uma pessoa que já leu algumas normas e verificou certa similaridade entre os índices de diferentes camadas certamente iria "chutar" a letra E, uma vez que esse índice se repete e é coerente com a prática. Considerando que os outros parâmetros das demais assertivas são mais difíceis de lembrar e o índice da letra E parece estar correto, o "chute" seria menos arriscado e não sairia de um lugar puramente aleatório. Por fim, todo esse "arrodeio" foi para te dizer: Existem questões que mesmo os melhores candidatos não saberão, no entanto, eles marcarão as assertivas baseando-se em conhecimentos globais da matéria. É isso que eu quero que você consiga fazer, querido aluno (a). Resolvendo muitas questões, você chegará nessa maturidade e com toda certeza passará no seu tão sonhado concurso. Portanto, a alternativa E é o gabarito da questão. 18) (FGV/DPE RS - 2023) O controle do desempenho e da deterioração do pavimento é fundamental para a implantação de um sistema de gerenciamento de pavimentos. No caso rodoviário, o DNIT conceitua esse controle e outros dispositivos por meio do seu Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos (Publicação IPR 720). De acordo com esse manual:
  • 60. a) a característica do pavimento que mais afeta a avaliação do desempenho estrutural é irregularidade longitudinal. b) os ensaios deflectométricos são os mais apropriados para a interpretação do comportamento funcional do pavimento. c) a avaliação econômica das alternativas de restauração deve incluir os custos do ciclo de vida do pavimento, utilizando um período entre dez e vinte anos. d) a viga Benkelman é apropriada para a medição da irregularidade longitudinal em função da sua portabilidade e facilidade de manuseio. e) a exsudação é um defeito de superfície caracterizado pela perda de agregados e/ou argamassa fina do revestimento asfáltico, marcado pela aspereza superficial anormal. Comentário: Essa questão é bem interessante e dispõe tanto acerca de conceitos que vimos aqui, quanto de restauração rodoviária. Um quesito assim mostra a vasta quantidade de teoria que pode ser alvo de apenas uma questão. Embora não tenhamos visto alguns conceitos a seguir, concentre-se em assimilá-los à medida que avançamos na sua resolução, pois aprender como questões assim são resolvidas engrandecem o nosso estudo, na medida em que compreendemos a teoria correlata. O Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos (Publicação IPR 720) assevera que o desempenho do pavimento pode ser dividido em análises específicas. Dentre os campos de análise previstos no manual, dois podem ser citados para resolver essa questão: 3.1 DESEMPENHO FUNCIONAL O desempenho funcional refere-se à capacidade do pavimento de satisfazer sua função principal, que é a de fornecer uma superfície com serventia adequada em termos de qualidade de rolamento. A serventia pode ser avaliada subjetivamente ou por medidas físicas correlacionáveis com avaliações subjetivas. No “AASHO Road Test”, concluiu-se que a característica do pavimento que mais afetava a avaliação dos usuários era a irregularidade longitudinal. 3.2 DESEMPENHO ESTRUTURAL Os ensaios defletométricos são os mais apropriados para a interpretação do comportamento estrutural do pavimento. Se o pavimento exibir deformações, será necessário coletar amostras e ensaiar as diversas camadas que constituem a
  • 61. estrutura do pavimento, antes de decidir sobre a execução de uma intervenção (por exemplo, um recapeamento). Na letra A, percebe-se a falsa afirmação de que a característica que mais afeta o desempenho estrutural do pavimento é a irregularidade longitudinal. A irregularidade longitudinal é o parâmetro técnico que mais afeta o desempenho funcional e não o desempenho estrutural, ainda que o afete indiretamente. Portanto, a alternativa A está errada. Quanto à alternativa B, ela vai na mesma linha da alternativa A. Ela faz a inversão de conceitos, uma vez que os ensaios deflectométricos indicam a situação estrutural do pavimento. Portanto, a assertiva erra ao afirmar que os ensaios defletométricos refletem o comportamento funcional do pavimento, embora que indiretamente reflitam no comportamento funcional. Não brigue com o examinador, entenda o que ele está pedindo. Nesse caso ele queria uma associação do ensaio com o respectivo comportamento do pavimento. Atenha-se ao que a questão trouxe de forma direta e seja feliz para discutir tópicos e orientações técnicas divergentes quando passar no seu cargo dos sonhos, enquanto isso tente concordar com o examinador (hahaha). Na letra C, encontramos o nosso gabarito. Nela discussões acerca da avaliação econômica da restauração são feitas de forma correta. Tendo em vista que o ciclo de vida de um pavimento oscila entre 10 e 20 anos, dependendo do pavimento. Esse ciclo parece adequado para definição das alternativas de restauração nesse tempo. Conforme se afirma a seguir no manual citado a norte, os custos do ciclo de vida se referem a todos os custos atrelados ao pavimento, sejam eles de implantação até restauração e conservação. Portanto, é correto afirmar que a avaliação econômica deve ser pautada no ciclo de vida do pavimento (aproximadamente entre 10 e 20 anos). 8.2 CUSTOS DE CICLO DE VIDA Na avaliação econômica é essencial que todos os custos e benefícios que ocorrem na vida da rodovia sejam incluídos. [...] custos de ciclo de vida referem-se a todos os custos (e no sentido mais amplo a todos os benefícios) envolvidos em um ciclo completo de vida do pavimento. Isto inclui custos de construção, de conservação, de restauração, e de operação. Na letra D, a assertiva erra ao afirmar que a viga Benkelman mede a irregularidade longitudinal. Na verdade, a viga Benkelman mede parâmetros estruturais do pavimento e não a irregularidade
  • 62. do pavimento. Contudo, a parte final da assertiva ("portabilidade e facilidade de manuseio") relativamente à Viga Benkelman está correta. Em se tratando da última assertiva, letra E, ela erra ao trocar a definição de exsudação por a definição de desgaste. Observe abaixo que são patologias bem diferentes uma da outra. A exsudação é uma ocorrência ocasionada pela formação de uma película ou filme e material betuminoso na superfície do pavimento e se caracteriza por manchas de variadas dimensões. Estas manchas resultantes comprometem seriamente a aderência do revestimento aos pneumáticos, principalmente sob tempo chuvoso, caracterizando um sério problema funcional. A exsudação poderá ocorrer por duas razões: 1) Dosagem inadequada da mistura asfáltica, acarretando teor excessivo de ligante e/ou índice de vazios muito baixo; 2) Temperatura do ligante acima da especificada no momento da mistura, acarretando a dilatação do asfalto e ocupação irreversível dos vazios entre as partículas. Figura 40: ilustração da exsudação no manual de conservação rodoviária do DNIT. Desgaste é a perda de agregados e/ou argamassa fina do revestimento asfáltico. Caracteriza-se pela aspereza superficial anormal, com perda do envolvimento betuminoso e arrancamento progressivo dos agregados.
  • 63. Figura 41: ilustração do desgaste no manual de conservação rodoviária do DNIT. Desse modo, a alternativa C é o gabarito da questão. 19) (VUNESP/Pref Jundiaí - 2022) Na especificação dos materiais a serem utilizados na execução de camada de concreto betuminoso usinado a quente para pavimentar uma via, o agregado miúdo deve ter boa adesividade ao material betuminoso e ter um equivalente de areia igual ou superior a a) 12% b) 25% c) 36% d) 40% e) 55% Comentário: Nessa questão, pessoal, iremos tratar de mais um assunto relacionado ao controle de qualidade dos pavimentos. De forma mais específica, questiona-se acerca do equivalente de areia6 do concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Note a transcrição normativa abaixo sobre o índice pedido na questão: 6 Equivalente de areia (EA): relação volumétrica que corresponde à razão entre a altura do nível superior da areia e a altura do nível superior da suspensão argilosa de uma determinada quantidade de solo ou de agregado miúdo, numa proveta, em condições estabelecidas neste Método. (DNER-ME 054/97)
  • 64. O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054). Atente que esse parâmetro também é medido na camada de base estabilizada granulometricamente, observe abaixo o respectivo valor e condições: Norma DNIT 141/2022 – ES – Equivalente de areia > 30 % quando os limites para limite de liquidez e índice de plasticidade forem ultrapassados. Apesar de esse não ser o tópico questionado pela questão, faz-se pertinente relembrar alguns índices que são analisados em mais de uma camada, como o equivalente de areia, uma vez que a banca pode tentar enganar o candidato desatento. Diante do exposto, a alternativa E é o gabarito da questão. 20) (CEBRASPE/DP DF - 2022) Acerca da adoção de tratamento superficial simples em pavimentação asfáltica, julgue o item a seguir. Esse tipo de tratamento aumenta substancialmente a resistência estrutural do pavimento e corrige irregularidades de defeitos previamente existentes. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Essa questão versa acerca dos tratamentos superficiais, mais especificamente do Tratamento Superficial Simples (TSS). Embora o TSS melhore as condições de rolamento, ele não tem o condão de aumentar a resistência estrutural, muito menos conforme afirma a questão “aumenta substancialmente a resistência estrutural”.
  • 65. Ainda, cabe ressaltar que, em virtude de sua capa ser muito delgada, a superfície de aplicação deve estar regularizada e previamente tratada para sua posterior execução. A fim de corroborar o aqui afirmado, observe, a seguir, o que a doutrina especializada assevera. Devido à sua pequena espessura, o tratamento superficial não aumenta a resistência estrutural do pavimento e não corrige irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista caso seja aplicado em superfície com esses defeitos. (BERNUCCI) Portanto, o gabarito é ERRADO. 21) (CEBRASPE/PC RO - 2022) Na pavimentação flexível, a principal causa para a exsudação é a) o excesso de material betuminoso na produção do concreto asfáltico. b) a ausência de fíler na composição da massa asfáltica. c) a falta de material betuminoso na produção do concreto asfáltico. d) a escolha incorreta do ligante asfáltico. e) a temperatura abaixo da recomendada na produção da massa asfáltica. Comentário: Ainda que esta aula não tenha abordado o assunto de patologias em obras rodoviárias, em virtude de já termos conceituado a exsudação em comentários de questões anteriores, convém rememorar o conteúdo, uma vez que costuma cair com frequência em provas. Então, repare o que o Manual de Conservação Rodoviária do DNIT dispõe acerca dessa patologia rodoviária A exsudação é uma ocorrência ocasionada pela formação de uma película ou filme e material betuminoso na superfície do pavimento e se caracteriza por manchas de variadas dimensões. Estas manchas resultantes comprometem seriamente a aderência do revestimento aos pneumáticos, principalmente sob tempo chuvoso, caracterizando um sério problema funcional. A exsudação poderá ocorrer por duas razões: 1) Dosagem inadequada da mistura asfáltica, acarretando teor excessivo de ligante e/ou índice de vazios muito baixo;
  • 66. 2) Temperatura do ligante acima da especificada no momento da mistura, acarretando a dilatação do asfalto e ocupação irreversível dos vazios entre as partículas. Em virtude de expressa previsão normativa em manual do DNIT, verifica-se que a alternativa correta é a que afirma que uma das causas da exsudação se deve ao excesso do teor de ligante na mistura. Desse modo, a alternativa A é o gabarito da questão. 22) (CEBRASPE/PC RO - 2022) A estrutura do pavimento flexível de uma rodovia pode ser composta por diversas camadas, a depender da concepção do projeto. Nesse contexto, o terreno de fundação desse tipo de pavimento é denominado a) base. b) greide do leito. c) sub-base. d) leito. e) subleito. Comentário: Para fechar esse material, que foi feito com muito carinho, deixo essa questão bem simples para você, meu querido aluno (a). O manual do DNIT discorre da seguinte forma sobre o tema: b) Subleito - é o terreno de fundação do pavimento; c) Leito - é a superfície obtida pela terraplenagem ou obra-de-arte e conformada ao seu greide e perfis transversais; Cuidado para não confundir, em uma questão conceitual e bem “decoreba”, o subleito com o leito. Desse modo, a alternativa E é o gabarito da questão. Lembre-se de que questões fáceis também caem em concursos difíceis (o caso desta questão aqui). Portanto, NUNCA menospreze um conteúdo por ele ser básico ou trivial, pois uma questão simples como essa pode te colocar na lista de aprovados ou te tirar dela.
  • 67. Com isso, encerramos a teoria pertinente à aula de hoje. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final deste E-book! Embora tenhamos abordado uma pequena parcela de todo o conhecimento da Engenharia Civil, conseguimos entender tópicos extremamente relevantes para sua preparação. Portanto, considero que o objetivo desta aula foi alcançado, uma vez que você, meu querido aluno (a), aprendeu de uma vez por todas os conhecimentos correlatos à matéria de Pavimentação. Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas não hesitem em enviar uma mensagem nas redes abaixo. Será uma honra trocar uma ideia com você. Dica final: Todas as questões aqui expostas estão no nosso canal do YouTube. Portanto, além das questões resolvidas aqui nesse livro digital, MUUUUITAS dicas de estudo e planejamento estarão também por lá. Então, inscreva-se no nosso Canal e acompanhe tudo que está rolando. Clique no link abaixo e seja redirecionado: Link do Canal Engenharia Sobre Controle Espero que tenham gostado, desejo tudo de melhor e que na sua prova caia toda essa teoria que conversamos aqui, pois agora você já sabe de tudo :) Prof. Raul Suzuki E-mail: raulsuzuki77@gmail.com
  • 69. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12752:1992. EXECUÇÃO DE REFORÇO DO SUBLEITO DE UMA VIA – PROCEDIMENTO, ABNT. BERNUCCI, L. L. B., ET AL. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: FORMAÇÃO BÁSICA PARA ENGENHEIROS. 1°ED. PROGRAMA ASFALTO NAS UNIVERSIDADES, PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A., 2008. BRASIL. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DIRETORIA EXECUTIVA. INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS. MANUAL DE IMPLANTAÇÃO BÁSICA DE RODOVIA. – 3. ED. - RIO DE JANEIRO, 2010. 617P. (IPR. PUBL. 742). _____. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA. COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA.INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS. MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO. 3.ED. – RIO DE JANEIRO, 2006. 274P. (IPR. PUBL., 719). DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. – DNIT 031/2006 - ES PAVIMENTOS FLEXÍVEIS - CONCRETO ASFÁLTICO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO _____. NORMA DNIT 138/2010 - ES PAVIMENTAÇÃO – REFORÇO DO SUBLEITO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO. _____. NORMA DNIT 139/2010 – ES PAVIMENTAÇÃO – SUB-BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO. _____. NORMA DNIT 141/2022 – ES PAVIMENTAÇÃO – BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO. _____. NORMA DNIT 145/2012-ES PAVIMENTAÇÃO – PINTURA DE LIGAÇÃO COM LIGANTE ASFÁLTICO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO. MARQUES, GERALDO. PAVIMENTAÇÃO. MINAS GERAIS, UFJF, 2006. NOTAS DE AULA DA DISCIPLINA ENGENHARIA. SENÇO, W. MANUAL DE TÉCNICAS DE PAVIMENTAÇÃO. SÃO PAULO: PINI, 1997.