A olivicultura em Portugal: história, produção e desafios

Carlos Pombeiro
Técnico DCO- IFAP
Jornadas del CTAEX
Villafranca del Guadiana
(Badajoz)
05 de Junho de 2015
1
A olivicultura em Portugal

2
INTRODUÇÃO
A oliveira encontrou-se desde sempre adaptada
às condições edafoclimáticas do nosso país,
deixando vestígios da sua presença no território
desde a Idade do Bronze.

3
No final do século XIX e início do seculo XX,
plantaram-se grandes áreas de olival, existindo
em 1954, 570 000 hectares de olival e
produções superiores a 100 000 toneladas de
azeite.

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Total
5076 8168 6485 4764 4789 1400 2580 308 1519 279 264 262 36254
Azeite 518 881 1287 1132 880 721 1090 255
Conserva 122 575 708 301 480 226 368 85
Total 640 1456 1995 1433 1360 947 1458 340 1233 1793 3528 2058 18241
Azeite 767 567 357 6 0
Conserva
Total 321 312 644 779 606 357 6 0 1216 315 186 298 5040
24 63 235 0 22 171 107 17 639
453 779 1575 578 3385
PAMAF Meida II (Maio 99)
Fonte: ACACSA
Plantação
Enxertia
Adensamento
Regadio
PEDAP AGRICULTURA
Arranque
4
Resultados da aplicação na olivicultura dos
quadros Comunitários de Apoio

5
94/95 95/96 96/97 97/98 98/99
Nº de Lagares
Reconhecidos
1585 1567 1550 1432 1424
Nº de Lagares em
Laboração
1088 1163 1134 1073 912
Azeitona
Produzida (ton)
223279 309141 287809 327478 230224
Azeitona
Laborada (ton)
224401 310694 289256 329123 233221
Azeite Obtido
(ton)
32875 44104 45130 41823 35107
Rendimento em
Azeite (%)
15% 14% 16% 13% 15%
Bagaço Obtido
(ton)
92351 123979 117989 134627 101030
Rendimento em
Bagaço (%)
41% 40% 41% 41% 43%
Campanha
lagares em laboração
Fonte: ACACSA

6
Fonte: ACACSA

7
0
50
100
150
200
250
300
NºdeLagares
Distritos
Contínuo 2 Fases
Contínuo 3 Fases
Prensas
Classificação dos Lagares por Sistema de Extracção na
Campanha 1999/2000
Fonte: ACACSA

Quanto à natureza jurídica, os lagares em Portugal distribuem-
se do modo seguinte:
 26 % são cooperativas, a que correspondem 35% da
quantidade de azeite produzido
 67 % são lagares industriais que compram azeitona e que
representam 61 % da produção
 7 % são lagares particulares, que só laboram azeitona do
próprio e que representam 3 % da quantidade total do
azeite produzido em Portugal
8

9
96% do total da azeitona produzida em Portugal
destina-se à extração de azeite e apenas 4% é
canalizada para a produção de azeitona de mesa.

10
Em Portugal, contrariando a evolução das últimas
décadas, assiste-se hoje em dia, a uma dinâmica do
setor da produção, quer por via da utilização de
técnicas de produção mais adaptadas, nomeadamente
com maior recurso ao regadio, quer pela instalação de
novas plantações.

11
As principais cultivares de oliveiras
portuguesas para azeite são:
- Galega Vulgar
- Cobrançosa
- Cordovil de Serpa
- Verdeal Alentejana
- Verdeal transmontana
- Madural
- Maçanilha Algarvia
- Blanqueta

12
Nos últimos tempos, tem-se plantado, em Portugal
algumas cultivares espanholas como por exemplo:
- Arbequina
- Hojiblanca
- Picual

13

14
Ano
Consumo per capita
(kg/ano)
Grau de autoaprovisionamento (%)
2007 6,7 19,3
2008 7,2 64,9
2009 7,6 75,3
2010 7,7 76,8
2011 7,8 90,2
2012 7,8 76,8
2013 7,9 101,2

15
2011 2012 2013 2011 2012 2013
338 048 338 562 342 982 510 733 417 949 634 209
Fonte: INE
ha t
Superficíe Produção

16
Superficie Produção Azeite
Rendimento
Médio
ha t ht %
Norte 76 897 91 862 155 742 16,95
Centro 79 644 102 020 147 060 14,4
Lisboa 596 574 440 8
Alentejo 177 288 433 929 689 261 15,88
Algarve 8 557 5 825 7348 12,6
Total 342 982 634 209 999 853 15,76
Fonte: INE
Azeitona para azeite
Continente
Produção por Regiões em 2013

17
2010 2011 2012 2013
165 890 164 427 198 512 282 281
161 954 215 436 263 910 343 714
‐3935 51 009 65 398 61 432
Fonte: INE
1,51 1,44 1,4 1,3
Termo de troca ( rácio entre os
valores unitários médios das
saídas e entradas )
1,98 1,87 1,94 2,50
2,99 2,69 2,72 3,25
Entradas de azeite ( mil euros)
Saídas de azeite (mil euros)
Saldo Saídas - Entradas (mil euros)
Valor unitário médio das
entradas ( euro / kg )
Valor unitário médio das saídas
( euro / kg )
Balança comercial de Portugal

18
Campanhas
T
o
n
e
L
a
d
a
s
Fonte: INE

19
2013-2014 2014-2015 2013-2014 2014-2015 2013-2014 2014-2015
% %
Norte 72 58 12 384 929 10 774 311 ‐13,0 78 927 411 73 565 168 ‐6,8
Centro 48 39 6 248 202 2 737 868 ‐56,2 49 591 248 22 988 588 ‐53,6
LVT 13 16 3 782 989 2 070 685 ‐45,3 32 476 423 17 357 405 ‐46,6
Alentejo 54 51 58 224 515 35 358 351 ‐39,3 387 809 672 243 249 121 ‐37,3
Algarve 4 4 664 072 249 032 ‐62,5 5 064 779 1 786 890 ‐64,7
TOTAL 191 168 81 304 707 51 190 247 ‐37,0 553 869 533 358 947 172 ‐35,2
Fonte: SIAZ - GPP
nº
Azeite extraído
Região
Azeitona Laborada
KgKg
Inquérito aos lagares de azeite
campanha 2104-2015
Comparação com a campanha anterior
Variação Variação
Lagares

20
Mas para que possamos laborar toda esta
azeitona foi também importante apostar na
criação de novas unidades industriais

21
ANO 2005
Fonte: Pool red
Legenda
Cor verde AVE
Vermelho AV
Azul AVL
Coluna esquerda €/Tn
Coluna Direita Tn

22
ANO 2007

23
ANO 2011

24
Objectivo Otimização
Atuação
Linha de
extração
Monitorização

25

26
‐ Estes esquipamentos permitem modificar os
protocolos de controlo (mudança de azeitona; adição
de água etc)
‐ A existência de uma grande informação que o
mestre do lagar processa em cada momento;
‐ É rápido na resposta, porque se formos recorrer a
procedimentos de controlo analíticos que além de
levarem imenso tempo na obtenção do resultado não
deixa de ser uma amostra pontual e por quanto
pouco representativa.

27
‐ Mesmo com a dificuldade não esperada que é a entrada
de azeitona de outra variedade é possível efetuar as
correções necessárias em tempo oportuno.
- É um bom auxiliar de Gestão

28
- Aquisição de azeitona em diferentes
regiões;
- Monitorização dos bagaços

29
“SENDO A OLIVEIRA TRADICIONALMENTE SAGRADA, SÓ
PODERIA DAR ORIGEM A UM PRODUTO COM TANTAS
POTENCIALIDADES E QUALIDADE “
Muito Obrigado

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