Alagoas adquiriu 50 respiradores através de compra coletiva do Consórcio Nordeste para enfrentar a pandemia. Os equipamentos, fabricados na Europa, começarão a chegar nesta semana para equipar UTIs exclusivas para Covid-19. Alagoas já havia comprado outros 74 respiradores no ano passado.
O Dia Digital - MP: “FLÁVIO LIDERAVA AORGANIZAÇÃOCRIMINOSA”
Mais 50 respiradores para Alagoas na luta contra Covid-19
1. Alagoas adquiriu, por
meio de compra coletiva reali-
zadapeloConsórcioNordeste,
mais 50 respiradores para o
enfrentamento da pandemia
provocada pelo novo corona-
vírus (Covid-19) no estado.
Os equipamentos, fabricados
na Europa, começam a chegar
no final desta semana e vão
equipar as UTIs exclusivas
para tratamento da Covid-19.
O Estado já havia comprado
outros 74 respiradores no
ano passado para equipar os
novos hospitais que agora
estão sendo utilizados nos
leitos para vítimas graves da
doençaemAlagoas.Àexceção
doRioGrandedoNorte,todos
os demais estados nordesti-
nos participaram da compra
coletiva, cujo valor total foi de
R$ 94.208.400. Alagoas parti-
cipou com o montante de R$
10.513.800paraaaquisiçãodos
equipamentos.
VÍTIMASMAISNOVAEMAIS
VELHA ERAM DE ALAGOAS
Alagoas l 12 de maio I ano 08 I nº 017 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
MEIA VOLTA!...COVID-19
EM MANAUS
Militares
não querem
aliança com
Centrão
Ponta Verde
e Jatiúca
com 10%
dos casos
42
3
5
7
SEMANA COMEÇA COM 12 ÓBITOS E 85 NOVOS CASOS EM APENAS 24 H; SÃO 138 MORTES E 2.343 INFECTADOS
CULTURA
Mestre Geraldo
fala das suas
brincadeiras
na cultura
popular em
Alagoas
Mais 50 respiradores
Sozinha,a índia Vanda Ortega
atende às 700 famílias da
comunidade que envolve 25
aldeias,no Assentamento
das Tribos; trabalho voluntário
é árduo,arriscado,mas
graticante para a enfermeira
Campanha orienta a prevenção
NOS ÔNIBUS
A campanha “Bem Legal é
andar Seguro” orienta passa-
geiros sobre o uso do Cartão
Bem Legal nos ônibus e sobre
oscuidadosqueprecisamfazer
parte da rotina dos usuários.
Sinturb lança
campanha:
“Bem Legal é
andar seguro”
COVID-19: RECÉM-NASCIDO DE DOIS DIAS E ANCIÃ DE 102 ANOS ESTÃO NA RELAÇÃO DE ÓBITOS NOS ÚLTIMOS DIAS
Bruno Kelly / Reuters
2. 2 O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
MACEIÓ redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Jornal deAlagoas
D
ois bairros da
área nobre da
capital alago-
ana despontam no ranking de
casos confirmados da Covid-
19 em Alagoas. Com 112 e 106
testes positivos respectiva-
mente para o novo coronaví-
rus, a Jatiúca e a Ponta Verde
só estariam atrás, se fossem
cidades, apenas do próprio
Estado e de Maceió. Os dados
sãodoBoletimEpidemiológico
daSesau-AL,atualizadosnesse
domingo(10).
Juntos os dois bairros
tinham, até domingo, 218
pessoas contaminadas pelo
novo coronavírus ou quase
10% de todos os 2.258 casos
confirmados de Covid-19 em
Alagoas.
Em relação ao número
de mortes, a situação é outra.
Os dois bairros respondem
por somente 4 ou 3% dos 126
óbitos por Covid-19 ocorridos
em Alagoas até esse domingo,
sendo que 1 foi registrado na
Jatiúca e outros 3 na Ponta
Verde.
Dos outros 51 bairros de
Maceió também listados no
“Painel Covid-19 emAlagoas”
- abastecido pela Sesau-AL e
Secretaria de Planejamento e
Gestão (Seplag-AL) – apenas a
Ponta Grossa tinha mais de 100
casos(101).
Mas na comparação com
os casos confirmados nas cida-
des do interior, os números são
superioresemoutrosnovebair-
rosdacapital:CidadeUniversi-
tária 96, Benedito Bentes 91, Do
Martins91,Jacintinho78,Vergel
doLago76,Farol59,Serraria60,
TrapichedaBarra60ePoço54.
Jatiúca e Ponta Verde tem
10% dos casos de Covid-19
“MAPA DA MORTE” coloca bairros das área nobre na liderança, mas doença avança para bairros populosos na periferia
Bairro Casos
Jatiúca 112
PontaVerde 106
Ponta Grossa 101
Cidade Universitária 96
Benedito Bentes 91
Tabuleiro 91
Jacintinho 78
Vergel Do Lago 76
Farol 59
Serraria 60
Trapiche Da Barra 60
Poço 54
Pinheiro 49
Feitosa 49
Clima Bom 51
Gruta De Lourdes 43
Prado 39
Centro 31
Levada 34
Antares 35
Não Informado 30
Petrópolis 26
Bom Parto 25
Jardim Petrópolis 28
Pajuçara 24
Bebedouro 23
Chã De Bebedouro 22
Santa Lúcia 21
Santos Dumont 22
Barro Duro 20
SantaAmélia 18
Chã Da Jaqueira 19
Cruz DasAlmas 15
Mangabeiras 17
São Jorge 14
Ponta DaTerra 15
Ouro Preto 12
Pitanguinha 9
FernãoVelho 7
Canaã 6
Ipioca 6
Jaraguá 6
Pontal Da Barra 6
Rio Novo 5
SantoAmaro 5
Guaxuma 5
Jacarecica 5
GarçaTorta 3
Riacho Doce 4
Mutange 1
Pescaria 1
Total 1735
Covid-19 por bairros em Maceió
Ao longo desse período de
pandemia pelo novo coronaví-
rus, o Centro de Referência em
Saúde do Trabalhador (Cerest)
de Maceió, tem emitido uma
série de orientações para traba-
lhadores de diversos segmen-
tos considerados essenciais,
que continuam oferecendo
serviços à comunidade. Um
desses segmentos é o de traba-
lhadores que atuam no manejo
deóbitosporcontadacovid-19,
seja em necrotérios, funerárias
oucemitérios.
Pensando nesses profissio-
nais, a médica do trabalho do
Cerest, Ana Paula Cavalcante,
elaborou uma cartilha para
reforçaroscuidadosquedevem
ser tomados em relação à segu-
rança desses trabalhadores.
“Sabe-se que a transmissão do
Coronavírus se dá pelo contato
pessoa a pessoa e também
pelo manejo de corpos. Nesse
contexto, os profissionais
envolvidos com os cuidados
com os corpos ficam expostos
aoriscodeinfecção”,explica.
Uma das primeiras instru-
ções da cartilha é o uso de
Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs) pela equipe
que maneja os corpos, sendo
eles gorro, óculos de prote-
ção ou protetor facial, aven-
tal impermeável de manga
comprida, máscara cirúrgica,
usar luvas nitrílicas para o
manuseio durante todo o
procedimento, botas imperme-
áveis e se for necessário reali-
zar procedimentos que gerem
aerossol, como extubação ou
coleta de amostras respirató-
rias, usar máscaras N95, PFF2
ouequivalente.
Já em relação aos necroté-
rios e funerárias, Ana Paula
Cavalcante, médica do traba-
lho do Cerest, recomenda. “Os
profissionais que atuam no
transporte, guarda e alocação
do corpo no caixão também
devem adotar as medidas de
precaução, até o seu fecha-
mento. Assim, não se deve
realizar o embalsamamento,
deve-se limpar a urna lacrada
com solução clorada a 0,5%,
após a manipulação do corpo
e retirar e descartar máscaras,
avental usados em lixo infec-
tante e lembrar de higienizar
as mãos antes e após o preparo
do corpo com água e sabão”,
destaca.
A profissional afirma ainda
que o serviço funerário/trans-
porte deve ser informado de
quesetratadevítimadeCovid-
19, porém não há necessidade
de uso de EPI por parte dos
motoristas dos veículos que
transportarão o caixão com o
corpo. O mesmo se aplica aos
familiaresqueacompanharãoo
traslado,considerandoqueeles
nãomanusearãoocorpo.
A cartilha traz ainda instru-
ções sobre como as pessoas
devem proceder em casos de
ocorrência de óbito em domi-
cílio e quais os cuidados que se
devem ter com velórios e fune-
rais, onde devem ser evitadas a
presença de pessoas em grupo
de risco para o agravamento
da Covid-19, ou seja, igual ou
superior a 60 anos, gestantes,
lactantes,portadoresdedoenças
crônicaseimunodeprimidos.
DECRETOMUNICIPAL
As orientações fornecidas
pela cartilha seguem as deter-
minações do Decreto Muni-
cipal de Maceió, nº 8.877 de
06 de maio de 2020. Em óbitos
decorrentes ou suspeitos de
Covid-19, a duração máxima
develórioeenterroéde1(uma)
hora com caixão fechado e
com limite de dez pessoas. Há
também a proibição do proce-
dimento de tanopraxia (forma-
lizaçãoeembalsamamento).
Já em casos de óbitos não
decorrentes da Covid-19, a
duração máxima de velório e
enterro é de 3 horas com limite
de20pessoas.Deve-setambém
evitar contato físico com a
pessoavelada.
COVID-19
Cartilha dá orientações a trabalhadores
que atuam no manejo de óbitos
3. ArielCipola
Repórter,comassessoria
O
novo corona-
vírus (Covid-
19) já mostrou
para o mundo que não discri-
minaaidadequandosetratada
sua cruel mortandade, o Brasil
já contabiliza oficialmente mais
de 11 mil mortos e Alagoas
chegou a 126. Do total de óbitos
no estado cerca de 30% não são
idosos,esim,adultoscomidade
inferior a 50 anos, crianças,
adolescenteseatébebês.Nodia
08/05morreuumrecémnascido
com apenas dois dias de vida, e
no dia das mães veio a falecer
uma senhora de 102 anos. Isso
mostra a discrepância letal com
queovírusvematerrorizandoa
classemédica,científicaetodaa
sociedade civil – exceto o nosso
presidenteJairBolsonaro.
Alagoasregistrouseumaior
índicedeletalidadepelaCovid-
19 em 24h, do sábado (09) para
o domingo (10) foram mais
12 alagoanos mortos, e o total
de casos confirmados segue
subindo em ritmo acelerado,
já são 2.258 casos confirmados
segundooúltimoboletimepide-
miológico divulgado ontem
(10) pela Secretaria Estadual de
saúde(Sesau).
Dos 2.258 casos confir-
mados do novo coronavírus
até o momento, 902 estão em
isolamento domiciliar e 168
internados em leitos públicos e
privados. Outros 1.062 pacien-
tes já finalizaram o período de
isolamento, não apresentam
mais sintomas e, portanto,
estão recuperados da doença.
Há 1.470 casos em investigação
laboratorial.
12 mortes em Alagoas
por causa da Covid-19. Cinco
vítimas eram residentes em
Maceió, sendo três mulheres
com idades de 64, 85 e 75 anos,
e dois homens de 51 e 72 anos.
A vítima de 64 anos faleceu no
Hospital da Mulher, enquanto
as mulheres de 85 e 75 anos
tiveram óbitos registrados no
Hospital Universitário. Hiper-
tensão,diabetesedoençascardí-
acas foram as comorbidades
apresentadas.
Já os óbitos dos homens
foram registrados no Hospital
da Mulher e Hospital Univer-
sitário. A vítima de 51 anos era
hipertensa e o homem de 72 era
hepatopatacrônico.
Outros óbitos foram regis-
trados no interior do Estado, a
exemplodeMarechalDeodoro,
UniãodosPalmares,Paripueira,
Flexeiras, Japaratinga e Penedo.
A vítima de Marechal Deodoro
tinha 88 anos, era mulher, não
tinha comorbidade e faleceu na
SantaCasadeMaceió;oóbitode
UniãodosPalmareseramulher,
62 anos, era diabética e faleceu
noHospitaldaMulher;avítima
de Paripueira era homem, tinha
16 anos, doença cardíaca, e fale-
ceunoHospitalVeredas;oóbito
de Flexeiras era homem, tinha
27 anos, não tinha comorbida-
des e faleceu na Santa Casa de
SãoMigueldosCampos;oóbito
deJaparatingaeramulher,tinha
102anos,eradiabética,efaleceu
no Hospital Geral do Estado; a
vítima de Penedo era homem,
tinha 88 anos, era hipertensa e
faleceu no Hospital Carvalho
Beltrão.
Também foi registrado um
óbito de um homem de Santa
Catarina, de 47 anos, no Hospi-
tal Djacy Barbosa, em Arapi-
raca.Avítimatinhahipertensão
comocomorbidade.
Os casos confirmados
estão distribuídos em 68 cida-
des: Maceió (1.725), Marechal
Deodoro (56), Rio Largo (48),
Murici (41), Arapiraca (39),
PalmeiradosÍndios(33),Satuba
(32), Coruripe (23), Teotonio
Vilela (20), União dos Palma-
res (18), Pilar (17), São Miguel
dos Campos (14), Maragogi
(13), Santa Luzia do Norte (12),
Junqueiro (11), São Miguel
dos Milagres (10), Santana do
Ipanema (10), Atalaia (10), São
Sebastião (9), Campestre (9),
Paripueira (7), Piaçabuçu (7),
Boca da Mata (6), Barra de São
Miguel (5), Penedo (5), Joaquim
Gomes (3), Campo Alegre (3),
Porto Calvo (3), Batalha (3),
Jequiá da Praia (3), Taquarana
(3), Paulo Jacinto (3), Mari-
bondo (2), Capela (2), São Luiz
do Quitunde (2), Matriz do
Camaragibe (2), Messias (2),
Anadia(2),LimoeirodeAnadia
(2), Japaratinga (2), Porto Real
doColégio(2),Cacimbinhas(1),
Craíbas(1),LagoadaCanoa(1),
Branquinha (1), Olho d’Água
das Flores (1), Delmiro Gouveia
(1), Jaramataia (1), Viçosa (1),
Ibateguara (1), Barra de Santo
Antônio(1),LimoeirodeAnadia
(1), Palestina (1), Novo Lino
(1), Coqueiro Seco (1), Colônia
Leopoldina (1), Campo Grande
(1),SãoJosédaLage(1),Coitédo
Nóia (1), Inhapi (1), Canapi (1),
Flexeiras (1), Major Izidoro (1),
Olivença (1), Pindoba (1), Poço
dasTrincheiras(1),Quebrangulo
(1),Cajueiro(1)ePassodoCama-
ragibe (1).As outras 13 pessoas
que testaram positivo para a
Covid-19 em Alagoas residem
em Pernambuco, Distrito Fede-
ral, Rio de Janeiro, São Paulo,
BahiaeSantaCatarina.
3O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
ALAGOAS redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Vítimas mais nova e mais velha da
Covid-19 no Brasil são de Alagoas
BEBÊ DE DOIS DIAS DE VIDA E ANCIÃ DE 102 ANOS foram infectados com o novo coronavírus e morreram; Estado passa de 130 mortos
Josenildo Torres
Repórter
A terceira fase da Campa-
nha de Vacinação contra a
Influenza foi iniciada ONTEM
nos postos de vacinação dos
102 municípios alagoanos. A
meta é imunizar, no mínimo,
90% do grupo prioritário até
o dia 5 de junho, conforme
prevê o Programa Nacional
de Imunização (PNI), órgão
vinculado ao Ministério da
Saúde.
Estaúltimafasefoidividida
em duas etapas. A primeira,
que vai até 17 de maio, é desti-
nada a vacinar pessoas com
deficiência, gestantes, puérpe-
ras (mulheres com até 45 dias
após o parto) e crianças de seis
meses a cinco anos. Já a etapa
seguinte, que vai de 18 de
maio a 5 de junho, tem como
público-alvoosadultosde55a
59 anos e professores de esco-
las públicas e privadas.
Para se vacinar, conforme
explica a enfermeira do PNI
em Alagoas, Emilly Francine
Silva, é necessário compa-
recer aos postos portando
a caderneta de vacinação.
Quem não se vacinou – Emilly
Francine Silva ressalta, ainda,
que as pessoas contempladas
na primeira e segunda fases
da Campanha de Vacina-
ção contra a Influenza ainda
podem se imunizar. Para isso,
basta comparecer ao posto
mais próximo do local onde
reside, comprovar que faz
parte do público-alvo e apre-
sentar a caderneta de vacina-
ção.
“Não há razão para
deixar de se vacinar contra a
Influenza, que previne contra
a H1N1, H3N2 e Influenza B.
Apesar de não prevenir contra
o coronavírus, que ainda não
tem vacina, o ato de se imuni-
zar vai proteger contra três
tipos de gripes que podem
levar à óbito e facilitará o diag-
nóstico para a Covid-19, caso
a pessoa vacinada apresente
uma síndrome gripal neste
momento de pandemia”,
ressaltou.
VACINAÇÃO H1N1
Começa a terceira
fase em Alagoas
A Tarifa Social de ener-
gia elétrica é um benefício
criado pelo Governo Federal,
previsto em Lei. O desconto
que antes era escalonado,
de acordo com o consumo
mensal, sendo o máximo
de 65% para o consumo até
30kWh, e o mínimo de 10%
para consumo entre 101 e 220
kWh, agora, no período de
pandemiaemedianteapubli-
cação da MP 950 de 8 de abril,
e do Decreto Estadual do dia
24 de abril, passa a conceder
100% de desconto na tarifa
de energia e isenção de ICMS
para quem consumir até 220
kwh nas contas emitidas no
período de 1/04 a 30/06.
O gerente de Gestão
Comercial da Equatorial,
Maycon Keydell, destacou
que empresa passou um
período de adaptação com as
novas regras, e que as faturas
emitidassemisençãodatarifa
e do ICMS foram reajustadas
para aplicação dos descon-
tos e podem ser obtidas no
site www.equatorialalagoas.
com.br ou com a assistente
virtual Clara pelo WhatsApp.
Para ter atendimento por este
canal, bastar salvar o telefone
(82) 2126-9200 na agenda do
celular e enviar uma mensa-
gem de texto.
Maycon afirmou ainda
que o Centro de Referência
de Assistência Social (Cras)
dos municípios podem ter
um papel importante para
auxiliar as famílias que ainda
não possuem cadastro junto a
Equatorial.
Hoje,existem660milfamí-
lias cadastradas no Número
de Identificação Social (NIS),
destas 66,16% possuem
cadastros válidos. Dos 66%
apenas 48,20% têm cadastro
na Tarifa Social. Segundo os
técnicos da Equatorial, entre
os 33,84%, que correspondem
146 mil famílias com cadas-
tros inválidos, cerca 87 mil
poderiam apenas atualizar
seusdadosnoCadastroÚnico
(CadÚnico) junto Assistência
Social (Cras) e receber o bene-
fício. Somando esse número
aos 17,98% que tem direito
masaindanãosecadastraram
nadistribuidora,dariammais
de 206 mil famílias que, com
o desconto na tarifa de ener-
gia, poderiam injetar aproxi-
madamente R$10 milhões na
economia dos municípios.
Na sexta-feira (8),A Equa-
torialEnergiaAlagoaspartici-
pou de uma videoconferência
realizada pela Associação
dos Municípios Alagoanos
(AMA)entretécnicosdadistri-
buidora, Prefeitos e secre-
tários de Assistência Social
para discutir as mudanças da
tarifa social para população
de baixa renda, em tempos de
pandemia. A presidente da
AMA, Pauline Pereira, tomou
iniciativa da reunião para
unir esforços e levar o benefí-
cioàsfamíliasqueaindaestão
desassistidas.
TARIFA DE ENERGIA
Mais de 200 mil clientes
podem ser beneficiados
4. V
anderlecia
Ortega dos
Santos, ou
Vanda para seus vizinhos,
oferece os únicos cuidados
de prevenção à sua comuni-
dade indígena de 700 famílias
contraosurtodeCovid-19que
devasta Manaus.
VicentePiratapuia,69anos
e da etnia piratapuia, estava
com febre e mal conseguia
respirar, mas se recusava a
abandonar sua casa nos arre-
dores de Manaus, capital do
Amazonas.
Foi preciso que uma
técnica de enfermagem de sua
comunidade indígena falasse
duro para convencê-lo de que
morreria, caso se recusasse
a acompanhá-la ao pronto-
-socorro.
É uma batalha dura. O
Parque das Tribos, assenta-
mento precário com descen-
dentes de 35 comunidades
indígenas, carece de eletrici-
dade e saneamento na maio-
ria das casas. Com frequência
as ambulâncias se recusam a
recolher seus doentes graves
por não haver nenhuma
clínica de saúde pública nas
proximidades.
Quando a pandemia de
coronavírus começou a se
espalhar pelo Brasil, indíge-
nas que vivem dentro ou nas
proximidades de cidades se
viram em um limbo perigoso,
já que a Secretaria Especial
de Saúde Indígena (Sesai)
concentra seus recursos àque-
les que moram em terras indí-
genas.
Segundo o Sesai, a pande-
mia já matou 10 indígenas,
mas a organização indígena
Apib estimou nesta semana
que ao menos 18 indígenas
brasileiros já pereceram se
as mortes em áreas urbanas
foremcontadas.Édifícilpreci-
sar o número real de casos
em localidades muitas vezes
remotas do interior do país.
“Neste momento de
pandemia, os parentes que
estão morrendo vítimas dessa
doença continuam com essa
identidade negada, uma vez
que o Estado e a Sesai não
reconhecem a morte deles
enquanto indígenas”, diz
Vanda, membro da etnia
witoto, do extremo norte do
Rio Amazonas, na fronteira
com a Colômbia.
O Sesai informou que os
indígenas que moram nas
cidades deveriam recorrer ao
sistema de saúde pública do
país.
Uma porta-voz do prefeito
de Manaus disse que a saúde
indígena é uma questão fede-
ral, e não responsabilidade do
município.
Manaus, que está sofrendo
o surto per capita de COVID-
19 mais mortal do Brasil, viu
a doença sobrecarregar hospi-
tais, cemitérios e a capacidade
das autoridades de contabili-
zar os mortos.
Vanda, de 32 anos, nasceu
na comunidade ribeirinha de
Amatura e se mudou há 10
anos para Manaus, onde se
tornou técnica em enferma-
gem. Ela trabalha tratando
pacientesdecâncerdepeleem
uma clínica da cidade.
Mas, desde o inicio da
epidemia ela esta usando
seu tempo livre para aten-
der chamados nas casas de
sua comunidade, monito-
rando potenciais sintomas
da COVID-19 atraves de um
grupo de WhatsApp que ela
criou.
Esta semana ela esta moni-
torando 40 casos suspeitos
do novo coronavírus. Ela
indicou cinco casos urgentes
para os serviços de emergên-
cia, incluindo uma idosa que
precisou ser levada de carro
pois não havia ambulância.
Vanda dá analgésicos e
outros medicamentos bási-
cos aos seus pacientes, além
de orientações para evitar
o contágio. Ela faz visitas
domiciliares nas horas vagas
usando um avental, luvas e
máscara -- às vezes com um
cocar tradicional dos witotos
com penas de arara.
A fome chegou à comu-
nidade antes do vírus, alerta
Vanda. O distanciamento
social imposto para refrear o
surto abalou a economia local
e acabou com a renda tanto
das mulheres que fazem arte-
sanato ou trabalham como
empregadas em lares de
Manaus, quanto dos homens
que trabalham em canteiros
de obras.
“Diante de toda essa nega-
ção de falta de assistência, eu
tive a iniciativa de criar uma
campanha em redes sociais,
pedindo que as pessoas nos
doassem alimento e kits de
higiene”, explica Vanda.
4 O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
BRASIL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Enfermeira indígena ajuda
na luta contra o coronavírus
NO ASSENTAMENTO PARQUE DAS TRIBOS, onde há mais de 700 famílias indígenas, ela é a única esperança de assistência
Bruno Kelly / Reuters
índia Vanda Ortega percorre a aldeia, na companhia de auxiliar, para atender aos pacientes em casa
Congresso em foco
O crescimento do número
de militares em postos-chave
do governo federal tem
afetado a tentativa de aliança
entre o presidente Jair Bolso-
naro e o Centrão, bloco infor-
mal de deputados de centro e
de direita. Bolsonaro negocia
há semanas com o grupo a
nomeação de cargos dentro
do governo em troca da cons-
trução de uma base aliada
formal no Congresso.
São de origem militar
todos os quatro ministé-
rios abrigados no Palácio do
Planalto (Casa Civil, Secre-
taria de Governo, Secre-
taria-Geral e Gabinete de
Segurança Institucional).
Tambémháestataisimpor-
tantes dominadas por mili-
tares como o Departamento
Nacionalde Infraestruturade
Transportes (Dnit), autarquia
vinculada ao Ministério da
Infraestrutura. Recentemente
esse movimento foi ampliado
comasnomeaçõesparasecre-
tariasnoMinistériodaSaúde.
Nasemanapassadaalguns
desses cargos prometidos às
legendasforamentregues.São
eles o Departamento Nacio-
nal de Obras Contra as Secas
(Dnocs), indicado pelo PP, e
a Secretaria de Mobilidade
do Ministério de Desenvol-
vimento Regional, indicado
pelo Republicanos (ex-PRB).
No entanto, ainda há insa-
tisfação com a demora na
entregadeestruturasquetêm
o controle de partes maiores
do orçamento como o Fundo
Nacional de Desenvolvi-
mento da Educação (FNDE),
doMinistériodaEducaçãoea
Fundação Nacional da Saúde
(Funasa), do Ministério da
Saúde.
O FNDE deve ficar sob o
comando do PP e as direto-
rias vinculadas ao órgão com
indicados do MDB, DEM, PL
e Republicanos. Já a presi-
dência da Funasa, hoje com
a bancada evangélica, deve
ficar com o PSD.
Membros do Centrão
ouvidos pelo Congresso em
Focoreclamamqueapresença
demilitaresemmuitospostos
do governo dificulta as indi-
cações partidárias. Políticos
reclamam que seus indicados
serão tutelados por oficiais
das Forças Armadas.
Também é alvo de recla-
mações o ministro da Educa-
ção,AbrahamWeintraub,que
inicialmente havia travado a
nomeação dos partidos para
o FNDE e suas diretorias. A
demora inclusive fez crescer
no grupo o desejo que Wein-
traub saísse do cargo. No
entanto, deputados ouvidos
pelo site disseram que após
criar dificuldades para a
nomeação, o ministro cedeu.
A grande presença de
militares dá menos margem
para próximas indicações,
sobretudo as negociadas
pelo PL, que almeja uma
secretaria do Ministério da
Saúde e o comando do Dnit,
hoje comandado pelo gene-
ral Antonio Leite dos Santos,
diretor-geral.
No mês passado, o
tenente-coronel André Kuhn
saiu do cargo de diretor-
-executivo do DNIT para
assumir o comando da Valec.
Ao responder um seguidor
no Twitter, o ministro de
Infraestrutura, Tarcísio Frei-
tas, negou indicação parti-
dária e disse que o substituto
do de Kuhn será alguém de
perfil técnico.
CENTRÃO
Aliança de Bolsonaro esbarra em militares
5. 5O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
MERCADO redação 82 3023.2092
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E
m tempos de
mudanças de
hábitos, paga-
mento em dinheiro se torna
cada vez mais distante da
realidade atual por ser um
vetor de transmissão do vírus.
Para conscientizar sobre os
novos hábitos também no
setor de transporte, o Sindi-
cato das Empresas de Trans-
porte Urbano de Passageiros
(Sinturb) lançou a campanha
“Bem Legal é andar Seguro”,
para orientar os passageiros de
Maceió sobre o uso exclusivo
do Cartão Bem Legal dentro
dos ônibus e sobre os cuidados
que precisam agora fazer parte
da rotina dos usuários.
De acordo com a Organiza-
çãoMundialdaSaúdedinheiro
em espécie pode ser uma via
de contaminação pela capa-
cidade de circulação e dentro
dos ônibus não seria diferente.
O objetivo do Sinturb com a
campanha é que a população
entendatambémasfacilidades
de pagar a passagem através
da bilhetagem eletrônica, sem
precisartercontatocomnotase
moedas.A campanha também
traz informações importantes
sobre prevenção do coronaví-
rus, como lavar as mãos após
utilizar o transporte público,
utilizarmáscaraaosairdecasa
e ter o álcool gel na bolsa.
ParaopresidentedoSinturb,
Guilherme Borges, é impor-
tante que a população entenda
que precisamos mudar antigos
hábitos e assumir a responsabi-
lidadedecuidarunsdosoutros.
“A campanha é uma forma de a
gente fazer com que a popula-
ção se conscientize que a partir
de agora precisamos mudar
nossos hábitos, pagamento em
dinheiro hoje se torna um risco
para a população, o cartão bem
legal é a forma mais segura de
pagar a passagem atualmente”,
exemplificou.
Ainda de acordo com presi-
dente, os rodoviários também
receberam informações sobre a
importânciadahigienizaçãoem
dia, dos cuidados e a importân-
cia do uso da máscara. “Nossos
rodoviários também foram
orientados pelos médicos do
trabalho sobre os cuidados
durante o trabalho, os sintomas
da doença e também formas
de prevenção, eles receberam
máscaras e álcool gel para que
usem no dia-a-dia e se prote-
jam”,destacou.
Acampanhaserádivulgada
nasredessociaisdoCartãoBem
Legal, pelas ruas da cidade nos
outbus e outdoors, além da
divulgaçãodentrodosônibus.
Sinturb lança campanha “Bem Legal é
andar seguro” nos ônibus de Maceió
EMPRESAS DE ÔNIBUS querem reduzir ao máximo a possibilidade de contágio entre os usuários do transporte coletivo
6. 6 O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
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#fiqueemcasa
Tá fechado
• O acesso às praias e ao calçadão das
avenidas beira-mar.
• Acesso às lagoas e praças, para prática
de qualquer atividade.
Não pode
• Viajar em pé nos transportes públicos.
• Entrar no supermercado sem máscara.
• Entrar nos bancos e farmácias sem máscara.
É obrigatório
• O uso de máscara para sair às ruas.
• Usar máscara no transporte público.
Para mais informações,
consulte o decreto 69.722/2020,
do dia 4 de maio de 2020.
7. João Lemos
Repórter
N
ossa repor-
t a g e m
retornou a
Maceió e foi parar na zona sul
da capital. Ali, nos bairros do
Vergel do Lago e Ponta Grossa
há mais de um século nascem
manifestações folclóricas de
todos os tipos e gostos. Por
terem sido sempre formados
com uma população simples
e vinda de diversas partes do
Estado, foi comum a região se
destacarcomamúltiplaforma-
ção de folguedos e danças.
Essa pujante massa folcló-
rica sempre viveu entre a difi-
culdade e a persistência para
manter-se de pé, afinal como
já dissemos: foi à região que a
população mais carente pode
se estabelecer, formando seus
círculos de amizade e cultu-
ando suas religiões.
Umfomentonatural-cultu-
ral levantou a zona sul do
ostracismo, os Clubes Carna-
valescos, Bumba Meu Boi, La
Ursas e Escolas de Samba no
período do Carnaval agitavam
toda a cidade; no período do
São João as famosas quadri-
lhas improvisadas e os cocos
faziam a festa nos palhoções.
Já no período natalino por
certo o mais contagiante da
população era vivido com as
afamadas apresentações de
Cheganças, Fandango, Pasto-
ril, Guerreiros, Reisados,
Maracatus, Taieiras, Baianas,
Quilombos e Cavalhadas.
Foi nesse meio que o seu
Geraldo José da Silva, (hoje
com 66 anos) nasceu: dentro
de uma família multifolclórica
com os pais que amavam fazer
parte das brincadeiras.“Eu
nasci aqui em Maceió, onde
moro até hoje: no Vergel do
Lago.Ao longo dos meus anos
sempre estudei em escola
pública e lá eu aprendi muitas
coisas, porém tudo começou
dentro de casa com meus pais
e meus irmãos, meu pai tinha
um pastoril e coordenava na
época as baianas da Mestra
Terezinha e a chegança do
Mestre Vicente. No Vergel,
onde hoje está localizado o
Colégio Rui Palmeira meu pai
faziaasfestasdenatal,formava
o pastoril e eu dançava como
pastor e nas baianas como
mascote.Alémdisso,nogrupo
escolar eu dançava coco e
quadrilha”, relembrou.
7O DIA DIGITAL l 12 de maio I 2020
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Geraldo José da Silva, o mestre de
“todas as brincadeiras” no Vergel
SÃO 66 ANOS DEDICADOS à preservação dos folguedos; em alguns deles, o mestre foi quem ensinou os primeiros passos
Fotos:João Lemos
“Senhor dos folguedos”, Mestre Geraldo esteve em quase todas as brincadeiras que compõem hoje o acervo da cultura popular em Alagoas
Seu José Ponciano da Silva,
pai do Mestre, foi vigia da
antiga lavanderia comunitária
e sua mãe Maria José da Silva,
mesmo sendo evangélica, era
amante da cultura popular.
“Em agosto começavam os
ensaios do Pastoril, coordena-
dosporminhamãeeporDona
Ritinha,umavizinha.Meupai,
com recursos próprios e talvez
com ajuda de comerciantes
locais, armava um palco para
o Pastoril; outro para as Baia-
nas e Guerreiro e por fim,
uma barca para a Chegança
do Mestre Vicente”, disse.
“Uma coisa interessante que
eu recordo foi que me entendi
de gente, minha mãe era evan-
gélica e sempre a encontrava
na cozinha cantando coco,
baiana e guerreiro. Um dia
tive a curiosidade de pergun-
tar aonde ela aprendeu aquilo
tudo, e ela respondeu que
quando era solteira em Capela
se juntava com meu avô e meu
tio e saíam com um “esquenta
muié” pelos engenhos pra
conseguir uns trocados. É daí
que eu tenho esse amor pelos
folguedos. Ela foi um estí-
mulo. Dos quinze irmãos eu
fui o único que pendi para a
brincadeira”, recordou.
De acordo com Josefina
Maria Medeiros Novaes em
seu livro Asfopal 25 anos
Brincando Sério, foi exata-
mente em 1977 que começou a
ensaiar Coco de Roda, Taieira
e Quadrilha Junina no Colégio
Estadual Rodrigues de Melo,
auxiliado posteriormente já
participando da Asfopal pelo
MestreBeneditoBelarmino,de
Bebedouro,comquemformou
os grupos de Maracatu, Toré
de Índio e Quilombo.
“Sem a compreensão da
diretoria da escola à época, fui
obrigado a abandonar o traba-
lho que vinha sendo realizado
eassimformeioGrupoFolcló-
ricoAxé Zumbi”, comentou. E
Josefina completa afirmando
que por vários anos o Mestre
Geraldo ensaiou com os
mesmosgruposnaEscolaEsta-
dual Dom Adelmo Machado,
sempre contando com a ajuda
do Mestre Benedito, que
muito lhe ensinou. “Assumi
independente o grupo dando
novo nome e adereço. A essas
alturas fui avisado da criação
da Asfopal e passei a partici-
par ativamente. Lá contei com
o apoio da associação e segui
em frente. Eu já dominava o
Coco, a Quadrilha, o Pastoril e
a Baiana. Mas eu não conhecia
ainda a Taieira, os Quilombos,
o Maracatu e o Toré de índio, e
isso se deu com a chegada do
Mestre Benedito Belarmino”,
confirmou. “Durante 33 anos
que eu coordenei esses grupos
tive oportunidade de viajar
pelo Brasil e ir a muitos muni-
cípios do estado”, lembra.
Em 1990 se formou em
Educação Artística com espe-
cialização em música pelo
Cesmac. Integrante do Memo-
rial Zumbi foi um dos funda-
dores da Associação Cultural
Zumbi e também ajudou na
fundação do Centro de Enti-
dades Negras de Alagoas –
Cenal. Foi professor da rede
estadual de ensino. Em 2012
recebeu a Comenda Zumbi
dosPalmaresemsessãosolene
proposta pelas vereadoras
Fátima Santiago (PP), Heloísa
Helena(PSOL)eTerezaNelma
(PSDB). A Comenda Zumbi
dos Palmares foi instituída
através da Resolução nº 492,
de 9 de agosto de 1998 e deve
ser outorgada a personalida-
des, entidades e instituições
que tenham se destacado na
lutapelofimdadescriminação
cultural, racial e de cor sofrida
pelos negros.
“Mestre mesmo de cartei-
rinha registrada como diz
a história, eu sou mestre do
Quilombo, do Maracatu e do
Coco de Roda. Mas, durante
toda a minha trajetória como
folclorista eu tive no meu
grupoumaTaieiraeumPasto-
ril, todos eles ensinados por
mestres autênticos”, disse.
Dentro do farto saber
foi nos apresentado o Coco
com suas modalidades, o
Quilombo e o Maracatu. Em
um assunto e outro percebe-
mos que o seu Geraldo é real-
mente um Mestre de muitas
brincadeiras autênticas.
Já “homem feito”, Mestre Geraldo decidiu seguir a cultura popular
Quadrilha junina, a matuta “raiz”, foi umas das brincadeiras seguidas durante anos pelo Mestre Geraldo
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