O documento discute dois artigos publicados pelo jornal Cinform sobre o médium Kleber Aran. O primeiro artigo abordou o tema de forma tendenciosa e preconceituosa, induzindo uma criminalização do médium. O segundo artigo tratou o assunto de forma justa e isenta, merecendo elogios do autor.
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IntolerâNcia Religiosa I
1. Intolerância Religiosa: o médium Kleber Aran
O equívoco trás a possibilidade da correção. Registra a sabedoria
popular que “ nada como um dia após o outro”. A propósito do dito médio
Kleber Aran, o Cinform, em edição de nº 1357, trouxe uma matéria, com
destaque na capa, sobre a atuação do referido cidadão que proclama receber
o espírito do médico alemão Adolph Fritz. A matéria, em tela, causou-me
surpresa! Não conseguia identificar, em uma linha apenas, o perfil editorial do
jornal; não consegui encontrar aquele princípio, tão caro a esse semanário, que
é o de um jornalismo investigativo e conseqüente; não consegui, por fim,
localizar aquele espírito de transparência sobre a isenção de ânimos quando
da elaboração de textos que se sabe, por excelência, polêmicos, marca que
venho, ao longo do tempo, observando nos profissionais que trabalham nesse
jornal, alguns dos quais foram meus alunos.
Por tudo isso, e, especificamente, em relação à matéria citada, causou-
me indignação ver a maneira tendenciosa, preconceituosa e aligeirada como o
tema fora abordado. Como disse, minha indignação, nem tanto pelo implicado,
nesse caso o Kleber Aran, mas, por me sentir traído pelo modo como a matéria
foi abordada. É como se eu tivesse dito: esse não é o jornal que eu leio...
E o que me indignou tanto? Foi o fato de a matéria induzir a uma
criminalização da atuação do médio; foram as acusações de charlatanismo; foi
a tentativa de provocação do Ministério Público e do CRM, com o claro intuito
de declarar o impedimento das atividades do paranormal. Foram as afirmações
que não possuíam a menor sustentação, nem resistiam a uma pesquisa
elementar. Esse, decididamente não era, nem é o papel de um veículo de
comunicação.
Diante de tudo isso, escrevi uma nota protestando contra essa inusitada
postura do Cinform, mas, ao fim, não enviei, pois a julguei inútil e
desnecessária. Outros o fizeram por mim na edição posterior, felizmente.
Eis que na última edição ( n° 1360), sou mais uma vez surpreendido com
a matéria: ´ “ Quem cura é Deus, a fé e o merecimento de cada um”, afirma o
médio brasiliense´, sobre o médio Aran. Dessa vez, uma grata surpresa! Trata-
se de um texto bem feito, digno desse veículo e de seus leitores. Agora, o
jornal me devolveu o gosto pela leitura e o respeito que lhe é merecedor.
Estamos diante de uma matéria sem ruídos e isenta de paixões e credos. Ao
se corrigir vocês se superaram trazendo uma peça jornalística a altura do nome
e respeito desse semanário. Parabéns.
Milton Barboza, professor universitário