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Grupo: Júlia M., Nicole, Paula e Stell
Antigamente, o território onde foi erguida Porto Alegre era ocupado por duas 
tribos  indígenas:  Tapiaçu,  que  ocupava  o  cume  do  Morro  Santa  Tereza;  e 
Tapimirim, que se situava às margens do atual rio Gravataí.
   Conta a lenda que Obirici, a filha predileta do cacique dos Tapimirim, teria 
se apaixonado e morrido de amor por Upatã, filho mais velho do cacique da tribo 
Tapiaçu. Todavia, outra índia também se apaixonara pelo guerreiro. A sorte foi 
então  decidida  numa  competição  de  arco  e  flecha,  cuja  vencedora  desposaria 
Upatã. Muito nervosa, Obirici teria errado o alvo e, em decorrência, perdido sua 
grande paixão.
   Teria saído, então, a caminhar por uma grande planície arenosa, onde hoje se 
situa  o  bairro  Passo  da  Areia.  Cansada,  teria  se  sentado  embaixo  de  uma 
figueira e ali ficado chorando. Em meio a preces e lágrimas, teria pedido com os 
braços erguidos ao céu que o deus Tupã viesse buscá­la.  Teria morrido, assim, 
de amores por Upatã.
   Das lágrimas, teria se formado um pequeno riacho, que corria sobre a areia, 
entre  colinas  e  vales,  árvores  e  plantas.  Por  isso,  as  mulheres  indígenas  que 
perdiam seus maridos em batalhas buscavam consolo nas "lágrimas de Obirici". 
A  lenda,  registrada  pelo  escritor  José  Antônio  do  Vale  Caldre  e  Fião,  era 
recitada por um velho índio guarani, chamado Vicente, que teria fugido de um 
dos Sete Povos das Missões, logo após o final da Guerra Guaranítica, ocorrido 
em 1756.
   Em  Porto  Alegre,  que  recém  estava  recebendo  seus  primeiros  habitantes, 
teria se instalado na área em que atualmente fica o Viaduto Loureiro da Silva. 
   A  estátua  em  homenagem  à  índia  Obirici  foi  inaugurada  em  13/03/1975, 
quando  o  prefeito  da  época,  Telmo  Thompson  Flores,  inaugurou  o  viaduto  no 
cruzamento das avenidas Plínio Brasil Milano e Brasiliano Índio de Moraes.
   A escultura foi modelada pelo artista Mário Arjonas e projetada por Nelson 
Boeira Fairich. (fonte: revista Viva no Sul, Ano 3, Novembro de 2000, p. 10­11)

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  • 2. Antigamente, o território onde foi erguida Porto Alegre era ocupado por duas  tribos  indígenas:  Tapiaçu,  que  ocupava  o  cume  do  Morro  Santa  Tereza;  e  Tapimirim, que se situava às margens do atual rio Gravataí. Conta a lenda que Obirici, a filha predileta do cacique dos Tapimirim, teria  se apaixonado e morrido de amor por Upatã, filho mais velho do cacique da tribo  Tapiaçu. Todavia, outra índia também se apaixonara pelo guerreiro. A sorte foi  então  decidida  numa  competição  de  arco  e  flecha,  cuja  vencedora  desposaria  Upatã. Muito nervosa, Obirici teria errado o alvo e, em decorrência, perdido sua  grande paixão. Teria saído, então, a caminhar por uma grande planície arenosa, onde hoje se  situa  o  bairro  Passo  da  Areia.  Cansada,  teria  se  sentado  embaixo  de  uma  figueira e ali ficado chorando. Em meio a preces e lágrimas, teria pedido com os  braços erguidos ao céu que o deus Tupã viesse buscá­la.  Teria morrido, assim,  de amores por Upatã. Das lágrimas, teria se formado um pequeno riacho, que corria sobre a areia,  entre  colinas  e  vales,  árvores  e  plantas.  Por  isso,  as  mulheres  indígenas  que  perdiam seus maridos em batalhas buscavam consolo nas "lágrimas de Obirici". 
  • 3. A  lenda,  registrada  pelo  escritor  José  Antônio  do  Vale  Caldre  e  Fião,  era  recitada por um velho índio guarani, chamado Vicente, que teria fugido de um  dos Sete Povos das Missões, logo após o final da Guerra Guaranítica, ocorrido  em 1756. Em  Porto  Alegre,  que  recém  estava  recebendo  seus  primeiros  habitantes,  teria se instalado na área em que atualmente fica o Viaduto Loureiro da Silva.  A  estátua  em  homenagem  à  índia  Obirici  foi  inaugurada  em  13/03/1975,  quando  o  prefeito  da  época,  Telmo  Thompson  Flores,  inaugurou  o  viaduto  no  cruzamento das avenidas Plínio Brasil Milano e Brasiliano Índio de Moraes. A escultura foi modelada pelo artista Mário Arjonas e projetada por Nelson  Boeira Fairich. (fonte: revista Viva no Sul, Ano 3, Novembro de 2000, p. 10­11)