Geo 12 rochas sedimentares, arquivos históricos da terra
Como Evitar Bolhas em Lagoas de Geomembranas
1. Bolhas em Lagoa de
Geomembrana:
Porque surgem e como evitar?
Por PRISCILA
2. Segundo Attila Marta (1), a ocorrência de Whales não são incomuns e a incidência
tem sido observada em diferentes tipos de geomembranas no mundo.
Bolhas formadas em lagoa de geomembranas (1).
A palavra Whale, termo em inglês que significa baleia, vem sendo utilizada pela
comunidade científica para denominar as enormes bolhas que surgem em meio ao
líquido armazenado em uma lagoa de geomembrana.
3. As lagoas nas quais a geomembrana possui furos são as mais suscetíveis à formação das
whales, pois a percolação do lixiviado pelos furos promove seu contato com o solo e a
consequente formação de gases no local (3).
Devido à esta formação de
gases, há um aumento de
pressão sob a geomembrana
que causa o seu descolamento
(levantamento) em relação à
base, como mostra a figura ao
lado.
Formação da bolha, conforme Wei Guo et al (2).
4. Com o levantamento da
geomembrana, o lixiviado
tende a entrar pelos furos da
mesma e se acondicionar
nesta interface, como mostra o
diagrama ao lado publicado
por Attila (1) .
O aumento da percolação de
chorume acelera ainda mais a
formação da bolha.
Diagrama indicativo das bolhas (whales) formadas na geomembrana
Apesar da formação de bolhas ser muito mais frequente quando acontece a percolação de
lixiviado através dos furos da geomembrana. este tipo de fenômeno pode acontecer também
pela presença de matéria orgânica no solo onde a geomembrana foi implantada.
6. Uma das soluções é incorporar sistemas de alívio da pressão de gás e remoção do lixiviado.
Isso pode ser conseguido pela instalação de uma camada permeável abaixo da
geomembrana, a qual deve ter capacidade para drenar o gás via vent.
Similarmente, um sistema de detecção e drenagem de lixiviado (por vezes chamados
drenos testemunhos) deve ser instalado abaixo da geomembrana para mitigar a entrada de
chorume e consequente perda de contato entre a geomembrana e o solo.
7. Outra solução seria a adoção de
métodos geoelétricos para inspeção
e localização de furos na
geomembranas instalada na lagoa
quando há suspeita de furos.
A inspeção é realizada com a
utilização de uma sonda e o técnico
examina a geomembrana
submersa para localizar qualquer
vazamento que ali possa existir.
Este método pode ser realizado em
instalações rasas ou profundas e
com ele é possível localizar furos
de até 1mm de diâmetro.
8. Além de permitir a identificação do
furo e seu reparo, uma das grandes
vantagens deste método é que não
há a necessidade do esvaziamento da
lagoa para que a inspeção seja
realizada. Além disso, no caso de ter
sido identificado um vazamento, o
reservatório pode ser esvaziado e
reparado sem a necessidade da
substituição de toda geomembrana.
9. Considerando que a percolação do lixiviado
através de furos na geomembrana sejam uma
causa importante para a formação das Whales,
o aumento do rigor dos procedimentos de
garantia da qualidade da instalação da
geomembrana são muito importante também
para prevenir sua formação.
10. Bibliografia:
1) https://www.linkedin.com/pulse/geomembrane-gmb-whales-case-study-attila-marta/
2) Wei Guo, Jian Chu, Bo Zhou e Liqiang Sun. “Analysis of geomembrane whale due to liquid flow
through composite liner”, Geotextiles and Geomembrane, Volume 44, capítulo 3, Junho 2016,
pag 241-253.
3) Ian Peggs. “Geomembrane liners in wastewater treatment ponds: whales and their
prevention”, Land and Water Magazine, Volume 50, número 4, 2006.
4) GRI paper #30 “In situ repair of geomembrane Bubbles, whales and hippos”, em 2014.
5) GRI paper #33 “Under Drain design for geomembrane lined surface impoundments to avoid
whales/hippos from accurring”, em 2015.